Mas pra onde eu iria? como começar a busca por três pessoas desaparecidas? eu não sabia onde procurar... eu não tinha como procurar...
Mesmo assim, mesmo frustrada e sem rumo nenhum, peguei minha bolsa já preenchida com coisas que poderiam me livrar de uma situação de risco (PS: eu não tinha uma arma, mesmo que naquele momento ter uma arma seria ótimo) e sai, o plano era pegar um táxi até a casa de Mariana, para depois, juntas, procurarmos os desaparecidos.
Eu estava pronta para telefonar para a companhia de táxi quando um motoqueiro parou ao meu lado e desceu da moto rapidamente, logo em seguida tirou o capacete.
- Felipe! - gritei enquanto me atirava em seu pescoço o puxando para um abraço apertado.
- Analu! - ele gritou imitando minha voz.
- Tudo bem? - perguntei.
- Comigo tudo ótimo... o que não ta bem é o que aconteceu
Entramos no galpão infernal de mãos dadas, Felipe dissera que seria melhor assim, seria um ( ela está comigo, não se preocupem)... Claro que obedeci não é? afinal, eu estava entrando no lugar dos demônios, e embora eu fosse metade demônio, o único com quem me sentia bem era Daniel, e olhe lá... - estamos seguros? - perguntei pela milésima vez enquanto era encarada por vários garotos de uns quinze ou &
Daniel entrou no mercado exatamente dezessete minutos depois, sei disso pois foram os dezessete minutos mais longos de minha vida. Assim que ele me viu seus olhos brilharam... e eu tive certeza do quanto ele me amava, sempre desposto a sair de onde quer que seja para me salvar, e sempre feliz pelo simples fato de eu estar bem... eu queria poder um dia, ser a metade do que ele é para mim, eu quero poder agradecê-lo verdadeiramente, e não só com palavras.Ele me abraçou, mas foi um abraço rápido, então me pegou pelo pulso e puxou até seu carro... Não era bem o que eu imaginava que ele fosse fazer, mas levando em conta as circunstancias, era até um ato compreensível...- o que acha que estava fazendo? - Daniel disse gravemente assim que pegamos a rodovia.- Eu precisava fazer alguma coisa... eu vim tentar procurar alguma pista, alguma c
Acabei por não ver Lucinda, para mim já era suficiente saber que ela estava bem... Minha cabeça latejava, eram tantas as emoções que eu sequer sabia dizer o motivo. Daniel achava que pedir desculpas depois daquelas coisas horríveis seria suficiente, mas eu não esqueço essas coisas, não de uma hora para a outra. Eu estava no quarto pensando sobre tudo o que estava acontecendo quando ouvi um barulho na janela, me virei rapidamente e lá estava Felipe, me olhando arrependido. - Eu sinto muito Analu, eu não achei que... - está tudo bem, - falei - mas você deve ir em bora. - Ir em bora? mas acabei de chegar... não podemos conversar um pouco? - ele me fitou sério - por favor... - Felipe, eu não estou com cabeça para conversar agora, está acontecendo muitas coisas e... enfim, você tem que ir agora! - Eu não vou sair daqu
De duas coisas eu tinha certeza, primeira: Eu amava Daniel mais do que minha própria vida, segunda: eu estava total e completamente confusa sobre o que fazer. Naquela noite, quando Daniel foi embora, a primeira coisa em que pensei foi em como estava arrependida, e cheguei a conclusão de que não estava nervosa pelas coisas que ele havia me dito, no fundo eu sabia que tinham sido da boca pra fora, a verdade era que eu estava nervosa por eu pensar aquelas coisas, eu era mesmo a garotinha boba que ficava em perigo e esperava por ele, e sabia que sem ele eu não duraria algumas horas. E mesmo assim, mesmo diante de tantas burrices ele ainda estava ali, sempre a disposição, e sou muito grata por isso, mas não posso deixar que se torne rotina, não mais, eu precisava viver por mim, eu precisava ser independente ao menos uma vez na vida, e manda-lo em bora era a melhor maneira de fazer isso. No dia seguinte, a primeir
- Sabe Daniel... - falei depois do que pareceu uma eternidade - eu não podia ter feito isso. Ainda estávamos no carro, e depois do beijo, um silêncio constrangedor tomou conta do lugar. - O quê? - ele perguntou meio distraído, mas a voz era doce e calma. - Beijar você, e dizer que te amo... não foi certo. - por quê? não é a verdade? - é... e é esse o problema, nós não podemos continuar... eu não quero continuar. - não quer? - ele me olhava confuso - Analu, explique isso direito! - pra mim já deu, eu... tenho motivos que são meus, então apenas fique longe ok? Eu finalmente tinha tomado a decisão certa, quando coloquei a mão na fechadura da porta, Daniel a travou e ligou o carro. - Você não vai sair. - ele disse sorrindo, mas não era um sorriso de quem estava brincando,
No dia seguinte quando acordei, tudo estava bem de novo. Tomei um banho e me arrumei, ficar em casa só piorava as coisas. Liguei para Lucy e a convidei para ir até o Shopping, lugar que ela adorava. Peguei o Punto e busquei Lucy em sua casa, dessa vez Lucinda foi conosco, coisa que era estranha, mas sequer questionei. - Fico feliz que esteja finalmente seguindo meu conselho amiga! - Lucy disse animada. - é... - Lucinda completou - acho que depois que ela terminou com o namoradinho ficou com medo de andar por ai sozinha... - por quê ela ficaria com medo? - Lucy perguntou antes que eu pudesse formular uma resposta. - Ué... apenas medo, sabe como é. - Lucinda continuou. - Acho que ela não sabe o que diz... - falei. - Tem certeza Analu? - Lucinda perguntou, e tive a impressão de que ela sabia de tudo. <
Estar com o grupo todo novamente foi pior do que eu imaginei que seria, sem Daniel e Dominic jamais seria a mesma coisa... E mais uma vez, fui tomada pela saudade. Então pude entender um pouco do que Mariana sentira ao perder Dominic, claro que no caso dela era um pouco pior. Ao menos eu sabia que Daniel estava bem, quer dizer, ele estava não é? Fechei a cara quando Mike passou pela porta com aquele sorriso de mafioso, ele trazia consigo uma garota e três homens, todos incrivelmente bonitos. Era uma das principais características de um demônio. - Sou Luna, - disse a garota depois do que pareceu uma eternidade de anjos e demônios se encarando- estes são Homero, Peter e Elliot... e o Mike não precisa de apresentação. - eu não preciso mais eu gostaria,- ele brincou - que seja, estamos aqui... qual é o plano? - Este é o problema! - Jonas disse abrindo a boca pela primeira vez de
- Pra começo de conversa, eu não fisguei ele... estávamos apenas conversando. - respondi sorridente. - a é? e por quê ele veio conversar com você? -Ele não veio conversar comigo... eu acidentalmente derramei coca cola nele, e então, como qualquer pessoa educada ele foi gentil. - pareceu mais do que gentil para mim... qual o nome dele? - Leinad, - quando falei o nome dele algo dentro de mim mudou, eu só não sabia dizer o quê. - Leinad? - ela gargalhou - vou procurar saber mais sobre ele. - Não faça isso Maria... é desnecessário! - completei enquanto a garçonete colocava nosso pedido sobre a mesa. - Ah Analu... se ele não fosse tão bonito eu faria você descartar ele só por ter esse nome... que tipo de mãe é a dele? - é só um nome. - murmurei - e não é tão estranho assim,