Olá, leitores! Desculpem pelo sumiço, mas tive problemas sérios de saúde. Obrigada por acompanharem a história de Kate até aqui. Combinei que ainda este mês Angels Crying estará com status de livro completo na plataforma, portanto, aguardem por capítulos novos, todos os dias! Mil beijos! Pri OBS.: Fiz uma revisão geral no texto, recomendo a releitura do capítulo IV.
- Você está em um sonho – disse Miah, para mim. - Eu estou em um sonho... – eu disse, meio tonta, olhando para os lados e tentando me situar. Eu estava de pé, no meu quarto. Mas estava tudo esquisito... A mobília, o piso e – quem diria! – aquelas paredes que não eram pintadas nunca estavam totalmente brancos. Com certeza eu estava em um sonho. - Eu preciso te dizer algo muito importante – disse Miah, num tom grave que eu nunca tinha escutado antes. Tombei a cabeça, duvidando se era Elemiah interferindo de verdade ou se minha cabeça estava inventando aquilo tudo num sonho. - Não precisa ficar confusa. Sou eu, sim. E tudo o que eu te disser aqui é estritamente proibido que repita para mim no mundo terreno – existia grande urgência em sua voz. - Onde está Daniel? - Daniel só consegue aparecer em seus pesadelos. Finalmente você teve um sonho para que pudéssemos conversar com tranquilidade. - Isso é muito louco – comentei, rindo. – Eu quase nunca sonho. - Então precisamos aproveita
Eu estava correndo como uma desesperada. Tentei fazer com que minhas asas saíssem para que eu voasse, mas não estava funcionando. Olhei para trás e o Dr. Austin estava em meu encalço, com aqueles olhos de fogo horríveis fitando para mim e a boca abrindo revelando dentes amarelos e afiados enquanto ele gritava:- Muito esperta. Só que eu sou mais rápido que isso!Com um salto, ele parou na minha frente e veio me atacar com garras enormes! Derrapei e caí aos pés dele. Virei para trás. Havia uma porta preta atrás de mim. Levantei rapidamente e corri. Abri a porta e atravessei para o outro lado, sem nem saber para onde eu estava indo.Bati a porta atrás de mim mesma com força e joguei-me contra ela, com medo do Dr. Austin tentar derrubá-la em meio à perseguição. No susto, derrubei o gancho de toalhas vazio atrás dela, que bateu bem no meio da minha cabeça e caiu na minha frente, dando uma volta de meia lua ao rolar no chão. Após alguns momentos, nada aconteceu.Meio tonta, fiquei olhando
E lá estávamos nós, no Reino Superior. A cidade branca e dourada pronunciava-se por sobre um amontoado de nuvens. Observei tudo ao meu redor enquanto estávamos na praça central, vi prédios brancos com quinas arredondadas e detalhes dourados, a praça calçada com tijolos brancos, a fonte de anjos na praça e um palacete de vidro. Os portões do palacete se abriram para que nós entrássemos. Após o susto que levei em ver a escadaria onde, em uma visão que tive, eu e Justin jurávamos amor um para o outro, pisei com receio dentro do palacete. Será que ia quebrar?Entrar ali era como entrar naquelas edificações de gelo que artistas esculpiam no inverno. Viajando com meu pai, eu já havia visitado alguns museus que eram assim.- Não faça isso – disse Luviah, baixinho. – Esse dia não é hoje.Olhei para o lado e vi que Justin tinha me estendido a mão, para entrar comigo, mas Luviah o impedira.“O que será que está acontecendo?” – pensei.- Fiquem à vontade – disse Miah. – Em breve seremos convocad
Vi Justin tentando manter-se firme ao encarar o terrível Abaddon de frente. Ele engoliu em seco. Rapidamente, entendi qual era o meu papel ali.- Eu também vi tudo – eu disse, e me arrependi, porque no segundo seguinte quem estava quase encostando nariz com Abaddon era eu. Fiz uma força tremenda para não me deixar abalar pela aproximação do chefe dos céus, que mais parecia ser chefe do Inferno – Eu estava em minha forma de anjo, vi tudo.- Gostaria de me contar? – o demônio deu um ganido. Acho que ele queria dar uma risada curta e acabou se afogando na própria saliva.- Mas é claro! – fechei meus olhos e me arrependi de não ter procurado por algo útil na biblioteca como Justin fizera.Abri os olhos e fitei o teto de vidro. Isso foi até que irônico. Respirei fundo e levantei meus braços para o alto. Os anjos presentes olharam para
Andei pelos corredores da mansão de Dan, desesperançosa. Com certeza aquele demônio não ia dar o veredicto no dia seguinte. Eu não sabia nem se aquilo seria mesmo um veredicto ou algo do tipo, mas sabia que ele não ia tomar decisão alguma sobre aquilo tão cedo. Provavelmente ele ia escravizar Adnachiel para procurar incansavelmente por alguma brecha na lei.Abri uma porta aleatória no corredor do andar superior da mansão e entrei em um quarto bem bonito, cheio de flores, móveis de madeira escura e uma cama de casal enorme, de um dossel branco como a neve. Deitei na cama e fitei o delicado tecido do dossel que, aliás, era o único objeto delicado que eu havia visto na mansão até agora.Eu estava extremamente cansada e fechei meus olhos. Sem que eu pudesse controlar, meus pensamentos foram até o garoto que estava no outro quarto daquele mesmo corredor: Justin. Aq
Não sei como, mas eu acabei dormindo na confortável cama da mansão de Daniel. Acordei no outro dia e olhei para os lados, procurando por minhas coisas. Arrumei tudo o que eu podia, com intenção de ir embora o mais rápido possível, antes que se passassem vinte e quatro horas no Reino Superior, o que significava que estávamos há uma hora de vida atrasados no mundo real. Miah bateu na porta entrou no quarto em que eu estava. Ela olhou para mim com um rosto amigável e disse:- Kate, bom dia.- Bom dia, Miah. Já podemos ir? O Abaddon se pronunciou?- Não, ele não disse nada. Luviah pediu uma audiência na primeira hora da manhã e fomos liberados para voltar às nossas atividades normais enquanto aguardamos o veredicto. Mesmo ele não sendo um juiz, mas deixa isso para lá.- Beleza! – eu disse, empolgada, colocando a mochila nas costas
Finalmente estávamos Justin e eu na fila do Meet and Greet do show do Palante em Seattle e eu só conseguia pensar em dormir. Eu precisava urgentemente dormir e ter um sonho ou pesadelo para poder falar livremente com meus anjos da guarda, sem que estivéssemos sendo espionados pelos asseclas de Abaddon. Enquanto Justin conversava animadamente com outro fã na fila do Meet and Greet, eu estava passando mal de ansiedade: minha visão ficou embaçada e minhas pernas, bambas. Sentei num canteiro de grama e encostei na parede, fechando os olhos. Justin ficou preocupado com meu movimento e perguntou: - O que houve? Você está bem? - Estou tentando dormir – eu disse, frisando a última palavra para que ele, indiretamente, pudesse entender que eu precisava falar com meus anjos da guarda em particular. – Dormir e sonhar, ou ter um pesadelo quem sabe... - Nossa, adoro essa música! Dormir e sonhar, foi o próprio Jayden que compôs – disse o “humano” como qual Justin conversava animadamente na fila,
A cerveja não teve efeito algum. Não sonhei e tive que realizar meu trabalho sem as instruções que meu anjo negro tentara me entregar sorrateiramente em meu pesadelo, contra as regras angelicais. Eu não via Miah e Dan em lugar algum.Em minha forma angelical, eu caminhava atrás de Jayden, que passava pelos corredores dos bastidores do SoDo cumprimentando, de forma descolada, as pessoas que passavam por ele, chamando-as por seus primeiros nomes e apelidos: parecia íntimo de todos os que estavam ali. Enfim, parecia uma tarefa fácil cuidar de um sujeito famoso que vivia rodeado de pessoas que gostam dele e de seguranças. Desta forma, eu podia focar no que era mais importante para mim naquele momento: observar como era a vida de Jayden “por trás das telas”.Meu coração batia tão forte que eu achei que ele ia estourar meu peito. Além de tudo, me trazia extrema satisfação e uma felicidade inenarrável saber que, a convite dele, eu ia vê-lo no final do show para conversarmos sobre o sonho del