Capítulo 4

     — Mas como é possível? Por que isso… Você pode me explicar? — David estava com medo, confuso, eufórico. Estava sentindo uma serie de emoções que não soube mais o que distinguir.

     — David — falou Abelle, — se alcame, respire fundo pois eu acho que tenho uma explicação para isso, mas também acho que você não vai gostar muito dela.

     — Do que você está falando?

     — Acho que somos mutantes.

     — Impossível! Minha mãe faz parte dos superiores do Instituto da Saúde da Primeira Associação da Sociedade Nordeste. Ela fez em oculto todos os exames possíveis para saber isso, e todos deu negativo. Eu não sou um mutante. Ela não tem um diagnóstico exato sobre a cor dos meus olhos mas ela deduziu que é apenas um problema de pigmentação da melanina. É um fato raro, mas não é impossível de acontecer.

     — Então por que aconteceu comigo também?

     — Coincidência.

     — David, você não nasceu aqui.

     Ele se calou por alguns segundos.

     — Como?

     — Você não nasceu nesta Sociedade, nasceu na Sociedade Central, a que governa todo o Restabelecimento da America do Sul, e sua mãe veio morar aqui quando você era recém-nascido, aos sete anos seus olhos mudaram de cor, aos quatorze você começou a sentir a proximidade das pessoas a metros de distância, aos dezessete começou a sonhar com criaturas humanóides…

     — Espere, como você sabe disso tudo? O quê você é?

     —Tudo isto aconteceu comigo também, eu sou igual a você David, e tenho certeza que há outros iguais a nós espalhados por aí.

     — Meu Deus! Mas e os exames que minha mãe fez para saber…

     — O agente mutagênico dentro do nosso organismo perde a possibilidade de ser detectado.

     — Não! Pára! Essa história eu conheço, você não está querendo insinuar que nós somos duas das crianças quem o Dr. Angellus sei-lá-o-quê injetou uma substância tóxica e extra-terrestre não é?

     — Pois é.

     — Eu vou embora.

     — Por favor não vá. — Disse Abelle correndo até a porta. A porta se abre automaticamente com o sensor de proximidade, mas a professora Jupter desativou o sensor deste banheiro, a porta é de metal e possui uma fenda onde se coloca os dedos para abri-la ou fecha-la.

     — Pra mim já chega Abelle, não posso dar atenção a esta loucura, para começar, você mesma disse há uma hora atrás que essa história podia não ser verídica.

     — Foi para nos proteger, não podia dar bandeira sobre este assunto. Mas me ouça David, me ajude a ir mais fundo nisso, sozinha não vou muito longe, se eu estiver errada, farei o que você quiser por um mês.

     — Minha preocupação é se você estiver certa.

     Abelle sorriu e pulou nos braços do seu amigo, entendendo que no fundo ele acreditava nela. Esse foi o primeiro ato de afeto extremo entre eles, para David foi reconfortante.

     — Vou fazer o seguinte. Vou te ajudar nessa missão, mas me mostre mais um tópico que possa me convencer.

     — Está bem, só um minuto. — Ela foi até o seu receptáculo de polietileno onde guarda o aparelho eletrônico e pegou este para mostrar algo a David. Mexeu no aparelho até encontra uma imagem. — Veja.

     — O que é isso? — Era a imagem de um laboratório com vários cientistas sorridentes em trages de segurança contra radioatividade em volta de uma mesa com um monotito em cima dela, e no meio do monólito tinha uma esfera com uma cor perfeitamente igual a dos seus olhos e um pouco fluorescente.

     — Isso… meu amigo, é o meteoro que causou a catástrofe mundial e o que está dentro daquela esfera é a substancia que agora faz parte das nossas vidas.

     — Como você conseguiu essa imagem?

     — Raquiei o laboratório. Meu pai trabalha lá.

     — Você me convenceu.

     Eles saíram após colocarem as lentes de contato. Abelle tinha um par novo e concedeu a David.

     Os dois estavam na praça da Primeira Associação sentados em bancos de vidro.

     — Então, qual é o plano? — Perguntou David.

     — Eu estava pensando o seguinte: a cada seis ou sete letras se é formada uma Associação de Moradores, cada Associação possui um Instituto Acadêmico. Então a missão é procurar um jovem que possa ser como nós.

     — Espera um pouco. A Sociedade é enorme. Como vamos fazer isso sem queimar aula? Se os militares nos pegarem estaremos condenados.

     — Eu já pensei em tudo. Você lembra que todo ano, três jovens voluntários, entre aspas, vem visitar nossas salas com os superiores dos Institutos Acadêmicos da S.N. para palestrar sobre a importância de se dedicar às aulas e etc? Eles fazem isso para dizerem que se importam com nossa educação, mas todos nós sabemos que eles só querem status. — Os jovens não se dispõem para acompanhar uns velhos chatos em uma atividade totalmente maçante, eles são selecionados e obrigados a irem. A seleção é feita de Associação em Associação.

     — Já entendi a estratégia. Nós seremos esses voluntários. Mas está faltando um.

     — Eu posso cuidar disso. Será que você pode falar com o Diretor Amaury para enviar uma relatório inusitado para os Superiores de três voluntários para esse ano?

     — Por que todo mundo me pede para falar as coisas com o Diretor Amaury?

     — Pelo pouco tempo que te conheço, eu já percebi que você é muito querido pelo diretor, ele deixou você entrar no colégio de óculos escuros.

     — Verdade. — David demonstrou um pouco de tristeza. — Ele foi muito amigo do meu pai, antes d'ele falecer, o diretor prometeu que ia cuidar de mim.

     — Nossa, deve ser uma longa história. Como ele faleceu?

     — Em um acidente fora da Muralha. Eu nem era nascido.

     — Sinto muito.

     — Mas foi passado, vamos voltar ao que interessa. Confirme com a terceira pessoa que eu confirmo com o diretor.

     — Feito.

     O Diretor Amaury recebeu uma vídeo-chamada em seu comunicador. Era David. Ele atendeu com intusiasmo.

     — Ótima tarde filho. A que devo sua rara ligação?

— Ótima tarde diretor. Bom… Eu estava conversando com uns amigos e nós tivemos uma grande ideia. Queremos ser voluntários para as visitas nos Institutos Acadêmicos da S.N. com os Superiores. Se não for tarde de mais, o senhor pode m****r um relatório com nossos nomes?

     O diretor encheu-se de alegria, sempre achou David um menino prodígio.

     — Nossa! Nem consigo acreditar. Bem, eu preciso de vocês três amanhã de manhã e tragam sua pulseiras. Agora me diga, eu sei que você é um jovem interessado e erudito, mas por que seus amigos decidiram ir com você?

     — Eu os convenci a irem comigo, para adquirirmos mais experiencias com os nossos superiores Academicos.

     O diretor encheu o peito de orgulho.

     — Fez muito bem rapaz. Amanhã antes dos portões se abrirem, na minha sala. Direi ao porteiro que você e quem estiver com você tem passe livre.

     — Obrigado diretor. Tenha uma boa tarde.

     — Eu que agradeço filho.

     Encerrou a video-chamada.

     — Consegui. — Falou David com Abelle. — E você falou com seu amigo?

     — Ele não atendeu, eu mandei uma video-mensagem para ele pra gente se encontrar no portão amanhã.

     — Está nervosa?

     — Um pouco. Eu vim maquinando isso desde os primeiros dias em que ouvi falar da esfera extraterrestre. Sempre soube que tinha a ver comigo, mas nunca coloquei nada em prática, até agora, graças a você.

     Eles sorriram um para o outro. David falou:

     — Me diga uma coisa, como você pretende encontrar quem nós estamos procurando se nem equipamentos de ultima geração não encontram?

     Abelle gargalhou.

     — Nós vamos saber quem é, tenho certeza. Assim como aconteceu com nós dois.

     — O quê? Não me diga que você está se referindo àquele calafrio que eu senti quando te vi pela primeira vez?!

     — Para, idiota, eu também senti, ouviu.

     — Eu apenas me assustei com seu olhos gigantes.

     Ela pôs as mãos sobre os olhos.

     — Para…

     As poucas pessoas que passavam pela praça observavam os únicos jovens naquele lugar sorrindo e brincando, como se só existissem apenas eles no mundo, sem se importarem com quem estavam a sua volta.

     Abelle reside na primeira casa da Primeira Associação, portanto chega primeiro que David.

     — Amigo, por que você não vem jantar aqui em casa hoje?

     — Sério? Minha mãe quer que você vá jantar lá em casa um dia.

     — Você fala de mim pra ela?

     — Eu não tenho muitos amigos. Você é a mais próxima.

     — Então vamos combinar, hoje você vem aqui, amanhã eu vou lá.

     — Você gosta de negociar tudo. — Eles riram. — Está feito. — Apertaram as mão. Abelle entrou em sua casa vermelha-escura.

     Todas as vezes que David chega em casa, ele já encontra sua mãe no computador. Antes ele via ela entrar, agora ela ver ele entrar, porque está saindo muito ultimamente com sua mais nova melhor-amiga. Srt. Deborah até que está gostando disso, apesar de não querer que o filho namore, o mundo está se refazendo, não dá para ficar em casa e assistir, tem que participar.

     — Mãe.

     — Oi meu filho. Tudo bem… — Srt. Deborah se assustou quando viu os olhos do seu filho de outra cor. — Ai menino. Que lentes são essas. Que susto.

     David jogou seu receptáculo no estrado e sentou-se em uma cadeira de vidro.

     — Longa história.

     Srt. Deborah ouviu tudo com atenção. David contou tudo, exceto a parte em que ele mostrou pra sua amiga a verdadeira cor dos seus olhos e descobriu que ambos são mutantes, senão ela poderia surtar.

     — Graças a Deus que sua amiga tinha lentes reserva no receptáculo, foi muito esperto em dizer que tinha o mesmo problema de vista dela.

     — Acredito que temos de verdade. — Sussurrou David.

     — Mas diga aí, você vai passar bastante tempo com os superiores Acadêmicos, se prepare, que é chato, ainda mais para você.

     — Com minha amiga, tenho certeza que não vai ser.

     — Hum! Que bom, já está assim. Só quero saber que dia ela virá aqui. Está com vergonha de quê? Tudo que ela tem nós temos, somente a cor que é diferente.

     — Não é isso mãe.

     — Acho melhor que não seja mesmo.

     — Só não queria trazer qualquer um para minha casa, não se pode confiar em todos.

     — E você confia nela?

     — Com certeza. Amanhã ela janta aqui, tudo bem.

     — Perfeito!

     — Vou tomar banho.

     Ele beijou a testa da sua mãe e foi para o quarto. Quando voltou, estava arrumado com roupas para sair, qual ele nunca necessitou de usar. Todas as roupas da Sociedade é padrão, principalmente para o Instituto Acadêmico, que é farda: calças cinzas, sapatos pretos e camisas brancas com o brasão da S.N.. Ele queria muito que sua mãe estivesse na sala para dizer o quanto ele estava bonito e cheiroso, mas ela trabalha de mais, e dorme cedo. Ele não ia incomoda-la. Então saiu em sua monorraunde preta com roda azul-anil até a casa de Abelle. Ela não mora muito longe dele, mas sair de noite à pé não estava em seu combinado. Ele nunca saiu a noite para lugar nenhum, a não ser na frente da sua casa, logo não precisava da monorraunde.

     A monorraunde foi estacionada conferente a casa vermelho-escura de Abelle. David chegou na porta e esperou alguém abrir, não precisava bater ou tocar a campainha, o sistema de segurança de todas as casas alarmam quando alguém está próximo e uma câmera mostra a imagem de quem está lá. Ninguém vê a necessidade de um sistema de segurança nas residências, pois não existe roubo, nem arrombamento, nem nada semelhante na Sociedade, é um lugar de paz e comunhão. Existe apenas uma única lei na qual supre todas os direitos e deveres da Sociedade: Pode se fazer qualquer coisa, em qualquer lugar e a qualquer hora na Sociedade, desde que não prejudique os Patrimônios Público e Privado, o individuo será detido. Invadir uma residência é prejudicar um patrimônio privado, logo, o acusado será preso. Felizmente nunca houve casos de prejuízos ao patrimônio privado, mas ao público sim.

     Abelle abriu a porta e recebeu David em sua casa com muita satisfação. Ele entrou na sala-de-estar, é uma emoção para ele entrar pela primeira vez em uma casa que não seja a dele, mas aparentemente, como sua mãe havia dito, é tudo igual, exceto pela cor e alguns detalhes. Abelle está usando um vestido justo vermelho-escuro sem estampa, sem detalhes sem mangas, totalmente simples, e brincos com rubis. O cabelo sempre a mesma coisa, curto loiro e partido no meio.

     — Você fica muito estranha de vestido e brincos. — Disse David rindo.

     — Foi minha mãe qmue me fez usar. Se você me dissesse apenas que eu estou bonita, eu podia ficar mais feliz.

     — Não mesmo.

     — Cretino. — Eles riram juntos. — Venha conhecer minha familia. — Ele foi conduzido até a mesa de centro na qual estavam um homem, uma mulher, uma garota de dezesseis anos e um garoto de nove anos, sentados em um tapete com almofadas ao redor desta. Estavam jogando um jogo holográfico através da mesa. É um jogo terapêutico de raciocínio usado somente nos Institutos da Saúde, este foi raquiado por Abelle, que é ótima com sistemas operacionais de computadores e aparelhos eletrônicos. — Família, este aqui é o meu amigo David, de quem eu falei que viria.

     O jogo holográfico desativou e todos se poram de pé. David cumprimentou primeiro o patriarca, depois a senhora, e depois a garota, que o olhou com sensualidade, qual fez Abelle revirar os olhos.

     — Ótima noite a todos. — Disse David.

     — Idem! — Responderam.

     Abelle apresentou sua família.

     — Então, este é meu pai, Sr. Victor, esta é a minha mãe, Srt. Estela, essa insuportável é minha irmã Isadorah — esta mostrou a língua para Abelle que retribuiu, — e este pequeno é o meu irmão Christiano. Todos juntos somos a família Herbaunes. E família, mais uma vez, este é David Gastelua. Vamos jantar?

     Na sala de jantar, os rapazes estavam sentados à mesa enquanto as mulheres traziam o refeição.

     Antes de comer, fizeram uma oração. David já tinha esquecido deste costume, depois que sua mãe foi promovida no Instituto da Saúde da Primeira Associação, não teve tempo nem mais para comer.

     — Diga meu filho, onde você mora e com quem? — Perguntou a Srt. Estela. Ela é uma mulher elegante, com cabelo da cor e tamanho igual ao da filha Isabelle, porém emborcado. Ele observou que os irmãos de Abelle são parecidos com ela, exceto os cabelos, que são castanhos, iguais aos do pai, que é um pouco calvo, também gordinho.

     — Eu moro na rua F número quinze.

     — A ultima casa da Associação? Que interessante. — Disse Isadorah.

     — Eu moro com minha mãe. E não tenho irmãos.

     — Que chato… Sua mãe é divorciada? — Perguntou Srt. Estela.

     — Viúva.

     Todos pararam de comer e olharam para David, menos o garoto Christiano que não estava entendendo nada do que se passava.

     — Oh. Sinto muito. — Lamentou a mãe de Abelle. É muito difícil alguém morrer na Sociedade. Quando alguém morre, é sinal de que foi um idoso, e mesmo assim, demora muito. Não existe homicídios, suicídio são quase inexistentes e a tecnologia avançada permite descobrir se uma pessoa tem algum tipo de enfermidade e a soluciona perfeitamente, até para o câncer se foi achado uma cura. Uma morte de uma pessoa não idosa na Sociedade é motivo de grande surpresa e curiosidade.

     — Quem era seu pai? — Perguntou o Sr. Victor.

     — Era um militar. Ele morreu em um acidente fora da Muralha da Sociedade.

     — E qual era seu nome?

     — Antoniel Gaztelua.

     O pai de Abelle ficou misterioso, como se ele estivesse se lembrado de alguma coisa, depois voltou a comer dizendo:

     — Isso mesmo, eu me lembro deste nome, não é a toa que você me é familiar. Você parece com seu pai só que a versão morena dele. Ele era branco dos olhos azuis, robusto, bochechas rosadas. Se apaixonou pela sua mãe no primeiro dia que a viu.

     — Como o senhor sabe tanto sobre meus pais? — Admirou-se David.

     — Ele foi um dos militares que fizeram parte da segurança num centro de pesquisas do Instituto da Ciência, e sua mãe era uma simples ajudante de enfermagem na época.

     — Segurança?

     — Fora da Muralha. Foi há muita anos. O importante é que ele era um bom homem. — O Sr. Herbaunes se levantou da mesa. — Bem, já vou dormir, amanhã é um longo dia, o jantar estava ótimo.

     — Será que depois o senhor pode me contar mais sobre...

     — Lamento filho, isso é tudo.

     — Okay — disse David mudando de humor.

     Abelle decidiu mudar de assunto após seu pai se retirar.

     — Então mãe, o David e eu decidimos ser voluntários para acompanhar os Superiores Acadêmicos da S.N. nas visitas anuais nos Institutos.

     Isadorah riu muito.

     — Qual o motivo da graça Isadorah? — Srt. Estela repreendeu a filha mais nova. — Eu acho uma ótima ideia. Pena que na minha época não tinha isso.

     — A questão é que ninguém quer ser voluntário, não existem voluntários, os jovens são obrigatoriamente escolhidos. Aí tem coisa! — Insinuou Isadorah.

     David e Abelle se entreolharam. Isadorah sorriu novamente.

     — Eu imagino que vocês dois querem ficar longe de todos para namorarem a vontade.

     — Isadorah… — Mais uma vez foi repreendida pela mãe.

     Abelle fez sinal para a mãe se acalmar e falou:

     — Primeiro, sou mais interessada nos estudos que você, por isso sou voluntária. Segundo, David é meu amigo. E terceiro, não preciso esconder namoros como você faz.

     — Agora já chega as duas. Vocês não param de brigar nem na frente das visitas. Que vergonha. David querido, quer um pós-refeição? — Disse a Srt. Estela com brando. E David que permaneceu todo este momento de cabeça baixa respondeu que sim. — Isadorah, recolha os pratos e traga a bandeja de prata.

     Isadorah resmungou mas obedeceu. Levou os pratos numa mesinha rolante e voltou na mesma com uma bandeja de prata, e a pôs sobre a mesa do jantar. Retirou a tampa revelando uma caprichada torta de chocolate.

     — Oba! Chocolate. — Disse Christiano.

     Depois de comerem, conversarem e rirem bastante. Já estava na hora de David ir para casa.

     — Até mais ver meu querido, volte sempre que quiser, ouviu. — Disse Srt. Estela para David já montado em sua monorraunde.

     — Caso você não estiver namorando com Abelle, me liga. — Falou Isadorah piscando para David.

     Abelle revirou os olhos.

     — E vamos conversar sobre esses seus namoros escondidos Srt. Isadorah.

     — Mãe! — Disse Isadorah entre os dentes já constrangida. Elas entraram na casa deixando David e Abelle a sós.

     — É... Amanhã de manhã a gente de encontra. Depois, minha vez de ir jantar na sua casa. — Disse Abelle.

     — Ótimo. Até mais ver.

     — Até mais.

     Seu percurso até em casa foi tranquilo. David estacionou sua monorraunde, estrou em casa, e foi para o quarto tomar um banho e escrever um pouco antes de dormir.

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