Segunda-feira de manhã, o clima está nublado, a Sociedade está silenciosa e na casa de David, sua mãe está arrumando algumas roupas para o, praticamente, passeio educativo do filho.
— Meu filho. — Disse a Srt. Deborah entregando a David uma mochila e seu receptáculo com o aparelho eletrônico. — Eu não sei o que dizer para essa situação mas, espero que você fique bem.
— Nossa, que discurso. Acho que vou chorar. — Brincou David, o que fez sua mãe rir.
— Ah, menino! Cedo assim e você não pára. Acho que vou sentir sua falta.
— São só duas semanas, a senhora nem vai perceber.
— Mas é claro que vou.
A estratégia de Abelle para conseguir captar a garota procurada é ficar na entrada do grande Refeitório esperando que todos os alunos passem por eles até um deles sentir as vibrações. Abelle acredita que David e ela juntos, emitiria uma onda de vibrações tão forte que não teria como a garota não senti-los, ou eles senti-la. Ela convenceu aos Mestres que os voluntários parecerão mais receptiveis se estiverem na entrada do salão das refeições para receberem os alunos. Este ainda é o segundo Instituto Acadêmico da Sociedade, David e Abelle não encontraram a garota. No mesmo dia eles partiram para a terceira, e lá também não estava, depois voltaram para o grande carro e siguiu caminho. A Sociedade é muito grande, realmente demora dias para visitar cada Instituto, alguns
Michelly caminhava as pressas em direção à sua residência acompanhada de David e Abelle. — Eu não posso ficar aqui. Tenho que ir embora com vocês e fazer parte desta grande missão. — Espera garota. — Disse Abelle segurando-a pelo braço, a fazendo parar. — Não é assim que funciona. Temos que desenvolver um planejamento, depois entrarmos em um consenso para que tudo dê certo. — Não temos tempo. — Disse Michelly voltando a caminhar com pressa. — Vocês vão para casa ainda hoje, e sinto que não devemos nos separar. Somos inteligentes, acredito que temos a capacidade de bolar alguma coisa em segundos. — Aí é que está o problema. — Diss
A Sociedade Centro-Oeste já estava sendo vista de longe por causa das luzes. Ela é completamente igual a Sociedade Nordeste, tem a mesma arquitetura, mas tinha uma parte a mais, também murada. Uma voz foi ouvida de um alto-falante informando que faltava poucos minutos para o pouso, acordando todos que dormiam. Já é uma hora da manhã. O pouso foi perfeito, as hélices do aeródino pararam de fazer barulho. Tinham vários militares com armas apontadas, não para eles, para a escuridão da floresta. Quase todos usavam óculos de visão noturna. A porta do aeródino se abriu. — De pressa. Andem. — Gritou um dos militares. — O que está havendo? — Perguntou Michelly.&
Michelly abriu os olhos, ela estava ofegante. Sua visão estava confusa, porém mais limpa. O mesmo com o olfato e audição. Ela também se sentia mais forte. Tudo o que a Preceptora falou se cumpriu. Ela levantou da cama e acendeu a luz com um gesto feito com a mão. Entrou no closet e se olhou no espelho. Até sua pele estava mais limpa. E a cor dos seus olhos estavam mais acesos. Ela amarrou o cabelo e tomou um banho. Vestiu uma peça da roupa preta e foi para sua cama onde está seu comunicador. Mandou uma mensagem conferência para Abelle e David querendo saber se alguém estava acordado. Somente a garota o respondeu. Ela saiu do seu quarto e foi bater na porta do quarto de Abelle, que saiu para a receber. — E aí! Falou com o David? — Perguntou Michelly. — Falei mas ele não me resp
Uma semana se passou. É segunda-feira, duas horas da tarde. Nem no Café-da-Manhã e nem no Almoço, Álice se sentou à mesa com o grupo. Esse ato estava sendo ignorado por todos, inclusive por seu namorado, o William, e pela sua melhor amiga, a Vanessa. Eles não podiam deixar de interagir com os de pele escura só porque uma garota com problemas psicológicos tem aversão a eles. Por incrível que pareça, os de pele escura são os integrantes mais legais do grupo, os mais amistosos, mais espertos, até mesmo mais bonitos. O David, o Jake e a Michelly. Todos os oito jovens estavam reunidos numa quadra fazendo alongamentos, instruídos por um fisioterapeuta eté ele mandar descansarem e se retirar do local. Os subgrupos ficam divididos sempre da mesma forma: Jake e William; Álice, Vanessa e Derik; Michelly, Abelle e Da
Seis horas da manhã, e David já havia arrumado sua mochila preta colocando apenas uma peça de roupa, assim ordenado pela Preceptora. Ele desceu as escadas e ficou na sala sentado no estofado, o primeiro até agora. Mais tarde Michelly e Abelle desceram. — Só porque você é o Líder não quer dizer que tem que ser o primeiro em tudo. — Brincou Abelle. David estava sério, pensativo. Mas Abelle sempre sabe como o alegrar. Ele não se imagina viver sem sua amiga por perto. — Hey! Eu sou seu Líder, me obedeça e pare de falar. — Tudo bem, quer que eu me jogue do muro também? — Se você levar a Michelly consigo, eu quero sim. Eles riram.
A manhã e a tarde se passaram bem rápido, sem brigas, mas com divisão. Realmente, o grupo é mais unido quando a Álice não estar. O carro chegou na Praça do Obelisco que fica situado no centro da Sociedade. Pelas janelas os jovens puderam ver a extensão da praça e a quantidade absurda de pessoas aglomeradas. O carro estava estacionando em um local reservado e chamou muita atenção, tanto pelo seu tamanho quanto pela sua beleza. Vários carros normais e monorraundes estavam estacionados. Mais um carro daquela magnitude merecia notoriedade. Ainda era seis e meia da noite, o evento iniciaria as sete horas. Derik entrou no quarto para se arrumar e encontrou Jake e William retirando suas vestes íntimas, ficando completamente nús. Derik se virou. — Pelo amor de Deus. Vocês não
O autobús chegou ao seu destino final. A Preceptora e seus jovens chegaram ao Palácio Branco. Como já é noite, todos estavam com sono. Cada um foi para seu quarto dormir. Sete horas da manhã, todos os jovens estavam na sala de treinos. O fisioterapeuta os instruía. Eles já têm preparamento físico por conta das aulas de Lutas que eles receberam na Sociedade, nada do que foram treinados eles não sabiam. Só treinavam para não perderem a prática. Mas no dia seguinte, ele aprenderam tiro ao alvo, com armas e munições de verdade. Isso era uma coisa nova. Estavam exaustos, ficaram debaixo do sol por oito horas aprendendo a atirar, todos se sairam bem, mas se fossem seres humanos comuns, não aguentariam. Poderiam adquirir uma série de problemas. Essa vantagem fez com que o Palácio Branco explorasse esses jov