L U I Z Me encosto na cama enquanto observo minhas malas encostadas no guarda-roupa de Mia. Algumas de minhas roupas de encontram misturadas as dela no guarda-roupa dela, tudo por insistência da minha sogra. Já faz um mês que estou a viver com Mia e meus sogros, não posso dizer a nossa convivência tem sido ao todo má. Tenho descoberto algumas coisinhas curiosas, por exemplo meu sogro não é tão chato quanto parece. Ele é na verdade um homem muito protetor com tudo que a filha. Como todos os pais devem ser com suas filhas mulheres... Esse facto me faz recordar da conversa que tive minha sogra acerca disso, ela me disse que eu também seria exatamente igual quando eu e Mia tivéssemos filhas meninas. Confesso que fiquei sem palavras, não consegui dizer nada além de acenar com a cabeça em concordância. Embora eu e Mia ainda não tenhamos falado disso, o assunto de filhos está encerrado entre nós. Não é algo que é negociável.Colocar uma vida aqui na terra é muita responsabilidade. Um beb
M I A — Vocês dois são muito fofos juntos. Talvez por serem recém-casados.– Ella comenta. Eu me concentro na tarefa de tirar fralda suja do meu afilhado, que é uma criança quieta, mas agora com cinco meses está mais iniquieto que tudo. Por isso limpar o rabinho dele com os wipes, demanda mais tempo que o suficiente. Pois ele quer se mexer a todo custo. — Obrigada, Ella. – Sorrio. Enfim consigo retirar toda a roupinha dele e seguimos para casa de banho, onde ela vai a correr para banheira infantil para testar a temperatura da água. — Como tem sido a vossa vida? – Ela pergunta, mergulho meu afilhado na sua banheira. Ele reluta. — Enzo,meu coração fica quieto, amor de madrinha. – Peço. Ele está muito agitado e espalha água por tudo que é lado, ao bater na superfície com os bonequinhos. — Nossa vida tem sido normal como a de um casal comum. Temos nossos momentos românticos, ajudamos nas despesas de casa e conciliamos tudo com nosso trabalho. O que mais gosto mesmo é quando saímos os
M I AMeu país não recebeu tantas notícias quanto viajei com o Luiz. Está marcado para daqui a quatro dias, no sei ao certo o rumor das emoções. Tente me fazer sentir dividido entre curiosidade, medo e ansiedade. Curiosidade de como estão os pais do Luiz. Temo que as crianças gostem de mim e fiquem ansiosas por não saber ou o que esperar quando eu deixar para trás tudo o que sei, para mergulhar na incerteza e na incerteza. Ela, por sua vez, ficou satisfeita ao receber a notícia, pois para ela era mais do que a hora de conhecer os parentes de Luiz. Uma vez nos casamos há dois meses e não sei nada disso. Ela também lamentou por deixar a Itália – temporariamente livre. — pois você vai sentir saudades imensas minhas. Minhas sobrinhas e sobrinhos são outros que também vão se arrepender, mas vão nos confortar dizendo que a internet existiu para que pudéssemos matar nossa saúde. Hoje, a tecnologia evoluiu muito. Temos ou Skype, ou Facebook, ou WhatsApp e outras redes sociais que permitem
LUIZ Meu sono ou viagem inteira. Apreciei muito a paz de espírito quando adormeci durante a viagem e, por outro lado, não consegui namorar seus olhos por um segundo. Consumido por pensamentos e pensamentos sem fim. Cada vez que saio de casa atormentado pela dor de perder minha avó Esther, parece que se transforma um a um e me surpreende sem piedade. Lembro-me de como fiquei com raiva, pois estava colocando coisas importantes na minha mochila. As imagens devem ser perfuradas cada vez mais, sem a intervenção de ninguém, por escolha própria. Vovó Esther descobriu os cistos em nossos ovários muito tarde, infelizmente já havia evoluído para câncer colorretal uterino em estágio avançado. Ela sabia disso e não quis se tratar. Cuidamos como podíamos, por mais que nos esforcemos; Mais ao ponto... Na voz do co-piloto somos autofalantes para dizer que devemos abrir os cintos logo iremos pousar. Agora, quando Mia decide concordar, ela desabafa e desenha, é claro, antes de colocar minha mão e
M I A Mando uma mensagem para minha mãe a avisar que enfim cheguei na casa dos Suárez. De todas as recepções que eu poderia imaginar, essa foi sem dúvidas muito estranha e regada a simpatia e sorrisos. Vendo as mulheres que estão sentadas comigo aqui na sala, observando a simpatia e como elas são calorosas me pergunto porque Luiz estava distante deles. Torço para que um dia ele tenha o desejo de me contar, pois minha curiosidade é gigantesca. Espanhol definitivamente é uma língua difícil, eu tentei avidamente aprender através de algumas aulas no YouTube, mas tudo que sei são as coisinhas básicas; Cumprimentar, agradecer e despedir. Parece fácil quando vejo nas músicas, mas praticando é bem difícil. Por sorte inglês é um idioma que todas sabemos, então nossa comunicação torna-se mais fácil.— Mia de onde és? – Belinda, mas que prefere ser chamada de Bela, pergunta.— Sou italiana. De Veneza. E tu? – Devolvo. — Sou espanhola mesmo. — Obrigada por teres convencido mi hijo a voltar.
L U I Z— Que felicidade, ter os meus dois hijos comigo. – Mamá diz ao entrelaçar os dedos aos meus e de Gui, tal como fazia como éramos crianças.Ela sorri quando cruzamos a porta do hospital uma semana depois da minha chegada em solo espanhol. As paredes brancas deste lugar me remetem a dor e incerteza, sobretudo quando nos sentamos na sala de espera. Na ala da Ginecologia.— Em que circunstâncias conheceste Mia? – Mamá pergunta.Sinto-me um tanto surpreso com a pergunta, não dá para negar. O que mais me espanta é olhar repreensivo que recebo de ambos.— Como assim? Em circunstâncias normais. Ela é amiga da minha patroa. Então está sempre lá na mansão e assim foi. – Digo com calma.— Mia é muito simpática e amável, mas é estranho e repentino esse vosso casamento. – Guilherme comenta.— Que eu me lembre, tu conheceste Bela em pouco tempo e depois de seis meses vocês casaram-se. – Retruco. — Não és a pessoa mais adequada para falar de casamentos relâmpago.— Eu e Bela nos amamos. Tu e
M I ALuiz me beija brevemente, enquanto afasta o tecido da minha saia para apertar a minha coxa. Deixo escapar um suspiro de satisfação, ao sentir o beijo tornar-se ainda mais exigente e intenso.Estremeço ao mesmo passo que deixo que meus dedos viqqajem pela barra da camisete dele. Os lábios do meu marido deixam a minha boca para deixar um rastro de calor e desejo pelo meu pescoço.Sinto quando minha saia em fim cai, sendo seguida pela minha blusa e depois os restantes também tem o mesmo feliz destino. Embora o vento do final da tarde entre pela janela e sopre em rajadas suaves, não sinto nem um pouquinho de frio, sobretudo quando nossas peles quentes de chocam e também tem o olhar dele que me aquece.— És a mujer mais linda e sensual que já vi. – Ele diz com a voz rouca e com aquele sotaque que adoro.— Também acho. – É tudo que digo antes dar um passo e colar nossas bocas em um beijo apaixonado.Sinto o agarre firme dele na minha cintura, e não tarda para que caiamos na cama macia
M I A— No! Não acho justo, mamá. – Luiz reclama.— Realmente, isso não faz nenhum sentido. Como sairemos para nos divertir e mamá aqui. – Guilherme apoia o irmão.— Não tem nada de mau, meninos. Eu estou bem... Falam como se fossem atravessar o país a cavalo e ir para esquina ao lado. – Sofia diz, fazendo pouco caso. Ela usa a mão para enfatizar a fala. — Além do mais já estou a melhorar, sabem. O pior já passou, o próprio Dr Adrian disse. Não tem nada de errado vocês irem.— Eu acho que mamá tem razão. Também não podem tratá-la como se ela estivesse muito enferma. – Dou meu ponto de vista.— Obrigada, Mia. Usted me entende... – Ela sorri.— Já que é assim, vamos assistir a apresentação de Flamenco. – Guilherme cede. — Mamá terá de prometer ligar se sentir-se mal.— Agora virei hija? – Sofia pergunta antes de rir. — Se é assim então ligarei, só se sentir-me mal.— Que bom, assim fico mais aliviada. Ou então eu e Mia iríamos sozinhas assistir a apresentação. Porque perder os bilhetes