M I A — Vocês dois são muito fofos juntos. Talvez por serem recém-casados.– Ella comenta. Eu me concentro na tarefa de tirar fralda suja do meu afilhado, que é uma criança quieta, mas agora com cinco meses está mais iniquieto que tudo. Por isso limpar o rabinho dele com os wipes, demanda mais tempo que o suficiente. Pois ele quer se mexer a todo custo. — Obrigada, Ella. – Sorrio. Enfim consigo retirar toda a roupinha dele e seguimos para casa de banho, onde ela vai a correr para banheira infantil para testar a temperatura da água. — Como tem sido a vossa vida? – Ela pergunta, mergulho meu afilhado na sua banheira. Ele reluta. — Enzo,meu coração fica quieto, amor de madrinha. – Peço. Ele está muito agitado e espalha água por tudo que é lado, ao bater na superfície com os bonequinhos. — Nossa vida tem sido normal como a de um casal comum. Temos nossos momentos românticos, ajudamos nas despesas de casa e conciliamos tudo com nosso trabalho. O que mais gosto mesmo é quando saímos os
M I AMeu país não recebeu tantas notícias quanto viajei com o Luiz. Está marcado para daqui a quatro dias, no sei ao certo o rumor das emoções. Tente me fazer sentir dividido entre curiosidade, medo e ansiedade. Curiosidade de como estão os pais do Luiz. Temo que as crianças gostem de mim e fiquem ansiosas por não saber ou o que esperar quando eu deixar para trás tudo o que sei, para mergulhar na incerteza e na incerteza. Ela, por sua vez, ficou satisfeita ao receber a notícia, pois para ela era mais do que a hora de conhecer os parentes de Luiz. Uma vez nos casamos há dois meses e não sei nada disso. Ela também lamentou por deixar a Itália – temporariamente livre. — pois você vai sentir saudades imensas minhas. Minhas sobrinhas e sobrinhos são outros que também vão se arrepender, mas vão nos confortar dizendo que a internet existiu para que pudéssemos matar nossa saúde. Hoje, a tecnologia evoluiu muito. Temos ou Skype, ou Facebook, ou WhatsApp e outras redes sociais que permitem
LUIZ Meu sono ou viagem inteira. Apreciei muito a paz de espírito quando adormeci durante a viagem e, por outro lado, não consegui namorar seus olhos por um segundo. Consumido por pensamentos e pensamentos sem fim. Cada vez que saio de casa atormentado pela dor de perder minha avó Esther, parece que se transforma um a um e me surpreende sem piedade. Lembro-me de como fiquei com raiva, pois estava colocando coisas importantes na minha mochila. As imagens devem ser perfuradas cada vez mais, sem a intervenção de ninguém, por escolha própria. Vovó Esther descobriu os cistos em nossos ovários muito tarde, infelizmente já havia evoluído para câncer colorretal uterino em estágio avançado. Ela sabia disso e não quis se tratar. Cuidamos como podíamos, por mais que nos esforcemos; Mais ao ponto... Na voz do co-piloto somos autofalantes para dizer que devemos abrir os cintos logo iremos pousar. Agora, quando Mia decide concordar, ela desabafa e desenha, é claro, antes de colocar minha mão e
M I A Mando uma mensagem para minha mãe a avisar que enfim cheguei na casa dos Suárez. De todas as recepções que eu poderia imaginar, essa foi sem dúvidas muito estranha e regada a simpatia e sorrisos. Vendo as mulheres que estão sentadas comigo aqui na sala, observando a simpatia e como elas são calorosas me pergunto porque Luiz estava distante deles. Torço para que um dia ele tenha o desejo de me contar, pois minha curiosidade é gigantesca. Espanhol definitivamente é uma língua difícil, eu tentei avidamente aprender através de algumas aulas no YouTube, mas tudo que sei são as coisinhas básicas; Cumprimentar, agradecer e despedir. Parece fácil quando vejo nas músicas, mas praticando é bem difícil. Por sorte inglês é um idioma que todas sabemos, então nossa comunicação torna-se mais fácil.— Mia de onde és? – Belinda, mas que prefere ser chamada de Bela, pergunta.— Sou italiana. De Veneza. E tu? – Devolvo. — Sou espanhola mesmo. — Obrigada por teres convencido mi hijo a voltar.
L U I Z— Que felicidade, ter os meus dois hijos comigo. – Mamá diz ao entrelaçar os dedos aos meus e de Gui, tal como fazia como éramos crianças.Ela sorri quando cruzamos a porta do hospital uma semana depois da minha chegada em solo espanhol. As paredes brancas deste lugar me remetem a dor e incerteza, sobretudo quando nos sentamos na sala de espera. Na ala da Ginecologia.— Em que circunstâncias conheceste Mia? – Mamá pergunta.Sinto-me um tanto surpreso com a pergunta, não dá para negar. O que mais me espanta é olhar repreensivo que recebo de ambos.— Como assim? Em circunstâncias normais. Ela é amiga da minha patroa. Então está sempre lá na mansão e assim foi. – Digo com calma.— Mia é muito simpática e amável, mas é estranho e repentino esse vosso casamento. – Guilherme comenta.— Que eu me lembre, tu conheceste Bela em pouco tempo e depois de seis meses vocês casaram-se. – Retruco. — Não és a pessoa mais adequada para falar de casamentos relâmpago.— Eu e Bela nos amamos. Tu e
M I ALuiz me beija brevemente, enquanto afasta o tecido da minha saia para apertar a minha coxa. Deixo escapar um suspiro de satisfação, ao sentir o beijo tornar-se ainda mais exigente e intenso.Estremeço ao mesmo passo que deixo que meus dedos viqqajem pela barra da camisete dele. Os lábios do meu marido deixam a minha boca para deixar um rastro de calor e desejo pelo meu pescoço.Sinto quando minha saia em fim cai, sendo seguida pela minha blusa e depois os restantes também tem o mesmo feliz destino. Embora o vento do final da tarde entre pela janela e sopre em rajadas suaves, não sinto nem um pouquinho de frio, sobretudo quando nossas peles quentes de chocam e também tem o olhar dele que me aquece.— És a mujer mais linda e sensual que já vi. – Ele diz com a voz rouca e com aquele sotaque que adoro.— Também acho. – É tudo que digo antes dar um passo e colar nossas bocas em um beijo apaixonado.Sinto o agarre firme dele na minha cintura, e não tarda para que caiamos na cama macia
M I A— No! Não acho justo, mamá. – Luiz reclama.— Realmente, isso não faz nenhum sentido. Como sairemos para nos divertir e mamá aqui. – Guilherme apoia o irmão.— Não tem nada de mau, meninos. Eu estou bem... Falam como se fossem atravessar o país a cavalo e ir para esquina ao lado. – Sofia diz, fazendo pouco caso. Ela usa a mão para enfatizar a fala. — Além do mais já estou a melhorar, sabem. O pior já passou, o próprio Dr Adrian disse. Não tem nada de errado vocês irem.— Eu acho que mamá tem razão. Também não podem tratá-la como se ela estivesse muito enferma. – Dou meu ponto de vista.— Obrigada, Mia. Usted me entende... – Ela sorri.— Já que é assim, vamos assistir a apresentação de Flamenco. – Guilherme cede. — Mamá terá de prometer ligar se sentir-se mal.— Agora virei hija? – Sofia pergunta antes de rir. — Se é assim então ligarei, só se sentir-me mal.— Que bom, assim fico mais aliviada. Ou então eu e Mia iríamos sozinhas assistir a apresentação. Porque perder os bilhetes
M I A O perfume dos biscoitos recém assados espalha-se pela cozinha assim que retiro-os do forno. Embora sinta água na boca apenas com esse cheirinho, controlo-me para não roubar nenhum e sigo para o microondas.Onde um pratinho me espera. Abro o microondas e com ajuda de um paninho retiro o pratinho, vejo que o meu chocolate já se encontra completamente derretido. Começo o trabalho de esbarrar os biscoitos aqui no chocolate.Já se passa um mês e alguns dias desde que estou aqui em Sevilha. Embora eu esteja a gostar dessa experiência, já começo a ficar um tanto impaciente. Pois tenho de voltar já para Itália, duvido que ainda tenha meu emprego, pois o prazo que me deram se esgotou.Gianna é um carrasco como gerente, um péssimo ser humano que prefere fazer de tudo para prejudicar as suas subalternas. No caso eu... Mas dona Patrizia é muito boazinha, então isso me faz ficar calma de todas as vezes que fico a pensar nesse assunto.Terminado meu trabalho, retiro também o pudim de morango