DANNA PAOLA MADERO Paul brincava com um revólver na mão enquanto nos encarava. O segurança me soltou rápido. Levei as mãos ao pescoço para tentar aliviar a dor do aperto. — Paul ela estava se recusando a ir ao salão. — Olívia se manifestou rapidamente. Paul mantinha seus olhos fixos em mim, esperando uma confirmação. E agora? —É verdade Danna? Esse homem me faz odiar meu próprio nome. Olhei de soslaio para a víbora. —Sim, é verdade. — Respondi baixando a cabeça fingindo arrependimento. Senti a surpresa dela, mas a mesma não disse nada. Estaria nas minhas mãos agora, era uma vitória importante a se comemorar. Paul se aproximou e com o cano da arma me fez levantar a cabeça. Os olhos frios dele me encaravam transmitindo toda sua podridão. Tive que desviar a vista para não ver o que me tornaria se continuasse ali. — Vá para a boate e me espere lá. Automaticamente minhas pernas começaram a andar pelo corredor sem olhar para trás, mas ainda pude ouvir o e
DANNA PAOLA MADERO Minhas mãos foram para o seu peito o puxando mais para mim pelas pontas do terno. Eu me sentia nas nuvens agora. Nem o álcool foi capaz de me proporcionar tal sensação. Para mim o beijo pareceu durar horas, e eu não queria parar. Porém o fôlego faltou e fui obrigada a me afastar um pouco, respirando fundo para recuperar o ar. Ouvia também sua respiração alta. O coração batendo acelerado no peito embaixo da minha mão. — Tenho que ir. — Sussurrei quase sem voz. Paul devia está me procurando. — Fica mais comigo. Me livrei dos braços dele e o encarei. — Algum motivo para isso? — me fiz de forte, quando tudo que eu queria era beijar ele de novo e de novo. John sorriu malicioso. — Não diga que não quer também. Convencido. — Não. Não quero. — Neguei e lhe dei as costas caminhei até a porta do quartinho que só agora percebi que era o de limpeza. Ouvi ele se mover atrás de mim, ainda tentei abrir a porta e fugir, mas o mesmo me empurrou
JOHN BACKER Acordei depois do meio dia, comi a comida que a Esme tinha feito, dormi mais um pouco e acordei com a Elise pulando em cima de mim. — Acorda titio! Acorda! — ela berrava no meu ouvido com sua vozinha doce de bebê. Abri os olhos e a peguei no colo lhe fazendo cócegas. — Agora você vai me pagar danadinha. — Brinquei, ela ria alto toda feliz. Os cabelos dourados e enrolados todos jogados para o alto. Uma bagunça só. Ri também em ver sua felicidade. Essa menina alegra meus dias. — Elise deixa seu tio dormir querida. — Esme fala da cozinha. — A mamãe é chata. — Sussurrei no ouvido da pequena. Ela riu travessa e saiu correndo do meu colo, provavelmente foi contar para a mãe o que disse. Liguei a tv e estava passando um noticiário sobre um narcotraficante que estava sendo procurando pelo FBI. Fiquei interessado ao ver que se tratava de Juan Madero, o mexicano que tocava o terror por onde passava, me lembrei imediatamente das palavras de Dylan: "ela é a fi
JOHN BACKER Depois do que eu vi e ouvi Paul fazer àquela garota, eu não conseguia parar de pensar nela. Por que ela estava ali? Um pai seria mesmo capaz de vender uma filha? Pensei até em ligar para a polícia e denuncia-lo. Porém, sabia que seria inútil, além de estar colocando a mim e a minha família em perigo. O cara é muito rico e iria se livrar fácil dessa. Passei dias procurando por ela na boate. Mas sempre Paul aparecia sozinho. Onde ela estaria? O que teria acontecido depois daquela noite? Eu não me importava com os outros, para mim cada um tinha seus próprios problemas e que os resolvessem sozinhos. As únicas pessoas nesse mundo que importavam moravam comigo. Um dia finalmente a vi. Estava na pista de dança, obviamente dançando. E porra, todos os movimentos d
JOHN BACKER As lembranças claras da morena linda que eu via ali, invadiram minha mente, lembrei do beijo, das curvas lindas... Só posso estar ficando louco. O que estou fazendo parado aqui? De relance vi Dylan dirigindo um carro preto conversível. Estacionou em frente ao prédio. O que ele está fazendo aqui? Vi o Paul descer e depois Dylan. Pelo visto ele também é motorista do cara. Esperei meu chefe entrar na boate e desci do carro. — Dylan! — chamei de forma casual antes que o mesmo tomasse o caminho do outro. Ele imediatamente se virou e me reconheceu. — John! O que faz por aqui cara? Cheguei mais perto e olhei por cima do ombro dele, ainda vi as costas de Paul antes que sumisse porta a dentro. A boate estava fechada, não tinha ninguém nela durante o dia. Qual o motivo de ele vir aqui?
DANNA PAOLA MADERO Naquela noite, não dormi mesmo. Tracei todo um plano na minha mente. Tudo já estava planejado, até mesmo o lugar que vou morar ao sair daqui. Procurar meu pai e meu irmão estava fora de cogitação. Eles me venderam. E nunca mais vão saber de mim. Já era dia, podia ouvir o canto tímido de alguns poucos pássaros ao longe sufocados pelas buzinas barulhentas de carros. Eu continuava sentada na poltrona de maneira confortável. A porta foi aberta e uma mulher morena como eu passou por ela. Bastante alta, magra, cabelo crespo e curto, vestida com um terninho preto parecido com os seguranças daqui. A diferença era que a mesma usava saltos. Seu rosto era sério, sem resquícios de deboche como Olívia. Sem dizer uma palavra ou dirigir o olhar a mim, andou até o criado mudo e deixou a bandeja que eu nem notei que a mesma segurava. Por um momento pensei em atacar e
DANNA PAOLA MADERO A mulher morena que nem mesmo o nome quis me dizer, apareceu a noite com um vestido preto curto de camurça com correntinhas douradas de um lado, mostrando toda a lateral do meu corpo. Acompanhado de saltos igualmente pretos. A maquiagem eu mesma fiz, um esfumado escuro nos olhos, algumas camadas de base para cobrir a palidez e os hematomas do meu rosto, batom vermelho sangue. Para uma prostituta está linda. Saí do quarto decidida a começar o quanto antes meu plano. — O chefe vai se atrasar e deixou a ordem que vcê pode ficar na boate enquanto isso. — A morena disse. Melhor notícia que essa só a morte dele. Permaneci séria para não parecer suspeita, concordei com a cabeça e passei por ela indo rumo ao bar. Enquanto caminhava alguns dos homens me observavam, babando como se eu fosse um pedaço de carne e eles os cães que
DANNA PAOLA MADERO O homem de joelhos na minha frente baixou a cabeça e começou com beijos molhados nas minhas coxas e virilha. Agora eu sabia o que ele pretendia, não sou tão inocente ao ponto de não saber. Já li alguns romances em que o homem fazia isso na mulher. Só não pensei que um dia fosse acontecer comigo. Por isso o susto quando ele passou os braços fortes por baixo das minhas coxas me puxando para ficar na ponta da cadeira, com a intimidade muito perto do rosto dele. Necessariamente da boca dele. Senti vergonha por estar tão exposta. Meu rosto esquentou na hora. Dei um gritinho de susto. — O que você está fazendo? — pergunta retórica. A resposta dele foi bem clara. Sua língua quente e úmida entrar em contato com o núcleo molhado da excitação. Sem me segurar gemi baixinho. Um turbilhão de sentimentos rodava minha cabeça. Eu estava com medo, isso não fazia pa