Capítulo 45

Eu não sabia como Teri e Paulo tinham me convencido a subir até ali. Talvez tenha sido o olhar determinado de Teri ou as palavras encorajadoras de Paulo, mas, de alguma forma, estávamos agora na sala de espera do Grupo Sartori.

O ambiente era frio, sofisticado e impecavelmente silencioso. Cada detalhe, desde os móveis minimalistas até o aroma amadeirado que pairava no ar, parecia gritar “poder”. E, no meio daquele cenário, eu me sentia tão deslocada quanto um peixe fora d'água.

Olhei para a porta de vidro no final do corredor, a mesma porta que levava ao terraço do prédio. A imagem veio como um soco no estômago: eu, atravessando aquela mesma porta, desesperada, correndo em direção ao vazio que parecia ser minha única saída. Pisquei algumas vezes, tentando afastar a lembrança. Era só uma memória distorcida, não era real. Não podia ser.

— Eu não posso fazer isso — murmurei, virando-me para Teri. — Não tem a mínima chance de eu ficar frente a frente com Nicolas de novo.

Teri franziu o ce
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