Uma brisa fria entrava pela janela, passei uma das mãos sobre a cama, procurei por seu corpo. Abri uma fresta dos olhos ainda sensível com a luz que vinha da janela aberta. Algumas gotas de água fria da manhã ainda estavam presentes no ar, me fazendo querer ficar na cama por mais um tempo. Gemi abrindo os olhos, obriguei-me a sair da cama, prendi os cabelos deixando algumas mechas soltas, caminhei até o quarto de Zola, a sua cama estava vazia, corri rapidamente rumo a cozinha, e para meu alívio e tranquilidade ela estava a brincar com a suas bonecas sobre a cadeirinha.Suspirei aliviada e voltei para o quarto, precisava de um banho.Sobe a água morna do chuveiro sorria lembrando da noite passada.Depois do banho desci as escadas, margarida secava o chão — ontem a chuva molhou toda a casa do jardim...— ergui os olhos corando um pouco. — Vou precisar de ajuda com aquele sofá, molhou tudo. —Igor olhou-me conspiratóriamente. — Não se preocupe marga, eu posso cuidar disso. — Sorriu e vol
Estava na varanda, o jantar havia sido ótimo, pizza de queijo era minha favorita.E além das muitas risadas, vez ou outra era surpreendida com beijos. E apesar do filme ruim, nós havíamos tido um dia tranquilo, como uma família tem. Sentei na beira da piscina, ergui os olhos aos céus, pensava comigo mesma, como alguém como eu podia ser tão abençoada assim? Alguém que teve tudo roubado de si, o amor de um pai, o amor de uma mãe. E que apesar de toda a dor, havia ganhado um lar. Respirei fundo olhando os céus, tudo o que mais precisava havia sido tirado de mim, mas em troca da dor, um lar havia sido presenteado pelos céus. Eu não podia estar mais grata a Deus por isso, por esse privilégio. — Obrigado. — Senti lágrimas quentes me escapando pelos olhos. — Obrigado por minha família. — Ri em lágrimas.— Ei...— a sua mão quente acalentou-me. — Calma, o que foi? Eu tô aqui... Bianca fala comigo — segurou o meu rosto entre as mãos. Sorri em lágrimas, podia jurar que estava vermelha — está me
AntesJá faziam dois dias que ele tinha ido para nova York, o meu relacionamento com Zola estava melhorando. Ela já me deixava brincar com as suas bonecas e pedia para ler histórias de princesas. Mas nosso progresso com a comida estava um pouco... bem...— Olha o aviãozinho… — Tentava fazer com que ela comesse algo, mas o não se transformava em gritos, os gritos em berros, os berros em choro, o choro em gritos agudos e soluços, os soluços em pedaços de comida voando por toda a mesa. E nó fim eu estava no chuveiro tirando pedaços de macarrão do cabelo e molho de tomate de alguma blusa. A vontade bater a cabeça contra a parede era muito atrativa quando se tratava de passar 2 horas tentando fazer ela comer algo que não fosse cereal de ursinho.No fim do dia ela comia leite e biscoitos, mas nada muito animador.A hora do banho era um pouco complicada, não que eu não soubesse dar banho numa criança, mas é que aquela trava ridícula aprova de crianças no vaso, era impossível de se tirar.
O globo de neve escorregou dos meus dedos, se chocando no chão, por sorte o vidro resistente não o quebrou, mas o barulho foi inevitável.A respiração descompassada e rápida me fazia ficar tonta, com ondas de calor e frio ao mesmo tempo, os meus olhos doíam. Lagrimas marejavam os meus olhos, e uma imensa vontade correr enchia-me o peito e o pensamento. Alguém que não vi, pegou o globo de neve rapidamente e entregou-me, tirando a minha mente de devaneios terríveis que não queria nunca mais cogitar a hipótese de que existiam.— Não quebrou, mas foi por pouco... moça? — o garoto da loja me sorria.O olhei lentamente ainda confusa, assenti, e ele dirigiu-me ao caixa. — é isso moça? — confirmei com um nó na minha garganta.Como aquele homem podia estar vivo? Como ele ainda podia estar livre?! A minha pele pinicava e uma vontade imensa de limpar-me inundava o meu ser, senti nojo de mim mesma.— São trinta e cinco. — Pisquei lutando contra o pânico dentro de mim.— Sim, claro. — Abri a carte
Depois, o assisti se acalmar deitado entre os meus sei*s ele acariciava a minha pele com cuidado. — Quer me contar o sonho? — ele negou, se agarrando mais a mim. — Foi tão ruim assim? — suspirei.— Eu te amo...— me olhou. — Só isso importa. — Me beijou ternamente, sabia que algo o preocupava, mas decidi não contestar.Levantei da cama e vesti a sua camisa, ela cobria até as minhas coxas, ele observava-me. — onde vai? — parei girando sobre os calcanhares.— A cozinha — inclinei a cabeça. Ele se levantou me acompanhando.— Vou com você...— beijou-me nos lábios e vestiu a sua calça cinza de algodão.Fiquei parada o olhando agir de forma possessiva, sim. Havia algo estranho ali, e eu ia descobrir. Abri a porta e sai pelo corredor, não sabia o que estava acontecendo, mas a ligação mais cedo com certeza tinha algo haver. Descemos juntos, sentei na bancada e ele me serviu água. O observei, os músculos
Abri os olhos.As janelas ainda estão abertas, conseguia ver todos os convidados lá fora. sinto-me o pior ser humano do mundo, desde que disse "aceito", ao seu pedido absurdo de casamento. Mas não posso retroceder, e muito tarde para isso.O som das conversas anuncia ao longe que todos já estão se acomodando nos seus lugares. Olhei para o meu vestido preto com pedrarias na altura dos joelhos, estava bem arrumada, e mesmo angustiada por dentro, o meu sorriso superficial tinha que estar no meu rosto pálido com camadas de uma maquiagem. Caminhei até a porta a abrindo, suspirei indo rumo à recepção do jantar, todos os acionistas e amigos mais íntimos estariam na festa de noivado.Um presentinho dado por Kathy, que surtou ao Saber que nós iríamos nos casar no civil.Barbara havia se arrumado mais cedo e estava com Chuck na sua mesa, com seus pais e outros convidados. E apesar das suas palavras de ânimo em relação ao noivado terem sido de bom grado, cada passo meu em direção aquele salão er
Sentamos perto de uma fonte de pedras cinzentas. O lugar estava cheio de luzes por todos os lugares, algumas pessoas caminhavam distraídas por perto, evitei levantar o rosto. Bah olhava-me aflita, e apesar do vestido longo verde musgo e a maquiagem bem trabalhada haviam pequenas rugas de preocupação no seu rosto delicado. — Bih... o que houve? — Secou uma lágrima.Cobri a boca um pouco tremula — eu não posso fazer isso... — os meus olhos ardiam. - Eu não consigo fingir... quando ele me toca eu lembro de tudo o que ouvi naquela maldita noite... — funguei na mão. — Eu tenho nojo de mim mesma... estou me vendendo como... como uma Grhhh... — Gemi enterrando os dedos na cabeça.Bah abraçou-me tentando me acalmar. — Bih... olha pra mim. — Pôs o meu rosto entre a suas mãos macias. — Presta atenção está bom?... vamos lá, você assinou um contrato prévio. — Me preparei para contestar, mas bah era bem convincente. — Fica quieta e deixa-me falar! Agora... assinou um contrato prévio, eu sei que es
O salão de festas borbulhava de pessoas dançando, ao que parece com um globo de espelhos e música alta ninguém nunca iria sentira falta dos noivos.Caminhamos em silêncio até o banheiro mais próximo, entramos e o fiz ficar em frente ao espelho. Haviam lâmpadas nas laterais dele, as liguei e pude observar os contornos do seu rosto com mais precisão.— Vamos ver... — O olhei com atenção. — Está com os seus óculos horrorosos aqui? — ele ficou sério por alguns segundos. — Está ou não?! — fui firme.Igor revirou os olhos avermelhados em desaprovação. — Olha, só pra você saber... eu os ganhei natal passado. E eu sei que são horríveis, não precisa lembrar-me disso... — sentou num banquinho perto da luz do espelho.Tirei os saltos ficando aproximadamente da sua altura. — Ok... isso vai ser igual tirar um curativo... vamos fazer rápido. — Prendi os cabelos atrás da orelha. — Olha pra cima. — Igor ergueu os olhos para cima e com a ponta da unha tirei uma das lentes de contato. Igor segurava a c