AntesJá faziam dois dias que ele tinha ido para nova York, o meu relacionamento com Zola estava melhorando. Ela já me deixava brincar com as suas bonecas e pedia para ler histórias de princesas. Mas nosso progresso com a comida estava um pouco... bem...— Olha o aviãozinho… — Tentava fazer com que ela comesse algo, mas o não se transformava em gritos, os gritos em berros, os berros em choro, o choro em gritos agudos e soluços, os soluços em pedaços de comida voando por toda a mesa. E nó fim eu estava no chuveiro tirando pedaços de macarrão do cabelo e molho de tomate de alguma blusa. A vontade bater a cabeça contra a parede era muito atrativa quando se tratava de passar 2 horas tentando fazer ela comer algo que não fosse cereal de ursinho.No fim do dia ela comia leite e biscoitos, mas nada muito animador.A hora do banho era um pouco complicada, não que eu não soubesse dar banho numa criança, mas é que aquela trava ridícula aprova de crianças no vaso, era impossível de se tirar.
O globo de neve escorregou dos meus dedos, se chocando no chão, por sorte o vidro resistente não o quebrou, mas o barulho foi inevitável.A respiração descompassada e rápida me fazia ficar tonta, com ondas de calor e frio ao mesmo tempo, os meus olhos doíam. Lagrimas marejavam os meus olhos, e uma imensa vontade correr enchia-me o peito e o pensamento. Alguém que não vi, pegou o globo de neve rapidamente e entregou-me, tirando a minha mente de devaneios terríveis que não queria nunca mais cogitar a hipótese de que existiam.— Não quebrou, mas foi por pouco... moça? — o garoto da loja me sorria.O olhei lentamente ainda confusa, assenti, e ele dirigiu-me ao caixa. — é isso moça? — confirmei com um nó na minha garganta.Como aquele homem podia estar vivo? Como ele ainda podia estar livre?! A minha pele pinicava e uma vontade imensa de limpar-me inundava o meu ser, senti nojo de mim mesma.— São trinta e cinco. — Pisquei lutando contra o pânico dentro de mim.— Sim, claro. — Abri a carte
Depois, o assisti se acalmar deitado entre os meus sei*s ele acariciava a minha pele com cuidado. — Quer me contar o sonho? — ele negou, se agarrando mais a mim. — Foi tão ruim assim? — suspirei.— Eu te amo...— me olhou. — Só isso importa. — Me beijou ternamente, sabia que algo o preocupava, mas decidi não contestar.Levantei da cama e vesti a sua camisa, ela cobria até as minhas coxas, ele observava-me. — onde vai? — parei girando sobre os calcanhares.— A cozinha — inclinei a cabeça. Ele se levantou me acompanhando.— Vou com você...— beijou-me nos lábios e vestiu a sua calça cinza de algodão.Fiquei parada o olhando agir de forma possessiva, sim. Havia algo estranho ali, e eu ia descobrir. Abri a porta e sai pelo corredor, não sabia o que estava acontecendo, mas a ligação mais cedo com certeza tinha algo haver. Descemos juntos, sentei na bancada e ele me serviu água. O observei, os músculos
Ainda antes. (Igor)— Larissa eu estou deixando em parte a empresa nas suas mãos, então, qualquer coisa me liga e eu volto imediatamente.—— O senhor voltará quando?—A olhei por um estante, Larissa parecia cansada, e todos tinham mesmo que estar, não iria ser fácil limpar o nome da Gonzales depois do que Anastácia havia espalhado e difamado. Para minha sorte, eu tinha muito mais credibilidade e respeito do que ela propriamente. Arrumei a minha pasta, a nossa foto no porta-retratos olhava-me atenta. — Logo. — Acenei.Sai afrouxando a gravata, algumas funcionárias observavam-me pelo corredor, acenei e vi uma delas corar como uma pimenta. Sorri, eram boas meninas, e vê-las corar assim só me lembrava uma linda senhorita que cabelo cor de fogo e olhar curioso que estava na nossa casa nesse exato momento. As portas se abriram e Cristiane saia de dentro da caixa de ferro. Sorri e ela também — Igor! — socou-me o ombro. — Quando pensava em ligar para sua advogada?! — entrei no elevador e el
Agora. Os dias em Luanda corriam como o vento, e com certa relutância da parte de Ava, a nossa conselheira da vara de família, Igor conseguiu uma permissão para sairmos do país por um breve período de tempo. O nosso destino, Carolina do Norte, com uma parada mais breve ainda em nova York. Estava animada para ver a minha filha sair pelas ruas da grande cidade dos sonhos, ao lado do meu marido. Em partes sentia-me uma cretin* por estar mantendo um segredo de Igor, haviam momentos em que desejava-lhe contar tudo, e tirar aquele aperto do peito. Mas, ele olhava-me com tanta admiração e respeito que todas as minhas forças e coragem iam embora. DROGA! Porque o meu marido tinha que ter se apaixonado por mim? Tudo seria tão mais fácil se nós ainda... não. Eu nunca poderia desejar tamanho agouro para nós dois. Eu o amava, e nada nunca ia mudar isso. Os meus olhos estavam fixos na janel
— Então, o príncipe beijou a mocinha e eles viveram felizes para sempre. — A minha bonequinha dormia na minha cama no apartamento de bah.Aparentemente tudo estava no mesmo lugar, como se eu nunca houvesse saído dali. Levantei-me e sai a deixando, fechei a porta estava quase pronta para ir ao pub. Era a primeira vez que saia como casada pelas ruas de NY City. De certa forma era empolgante, mas ainda tinha uma certa apreensão quanto a minha imagem em revistas ou tabloides.Bah conversava com o meu marido, eles dois pareciam estar numa conversa séria, já que o seu tom de voz era baixo e ambos tinham a testa enrugada. Aproximei-me e ele sorriu levemente e beijou-me — pronta? — cruzei os braços intrigada.— Sim, está tudo bem? — ele assentiu.— Claro, vamos? —Camila e José optaram por ir de carro, Igor por outro lado, queria dirigir a sua Ducato. O ronco do motor me causava medo e arrepios. Ele subiu na moto a aceler
Abracei-me vendo o carro sair da calçada, a madrugada estava fria. Olhei para a porta entreaberta da casa, era um perigo entrar naquele lugar, mas eu tinha coisas a acertar também. Caminhei para dentro e me deparei com o quadro da maçã partida que tanto havia amado da primeira vez que o vi. Suspirei, olhei para os lados Igor não parecia estar pela sala e nem cozinha, olhei as escadas e pensei algumas vezes antes de subir, mas acabei por subir.O segundo andar estava escuro e apenas a luz do quarto estava acessa.Notei algumas peças de roupas jogadas no chão, ouvi a água do chuveiro ligada, desci dos saltos e sentei na cama. Com as mãos envoltas no rosto não pensei na discursão que estava por vir, mas obriguei-me a pensar na minha madrinha. Estava a poucas horas de distância dela, e mesmo assim sentia-me do outro lado do planeta.Eu definitivamente não podia deixar que ela viesse a morrer, não! Eu me recusava a perder a minha mãe kelly. Ainda
Depois de aterrissar na pista de pouso, a nossa primeira parada foi a casa de repouso em que minha madrinha estava. Vez ou outra arrumava o laço na cabeça de Zola, ela brincava com um unicórnio distraída, as árvores altas com longas folhagens amareladas banhavam o caminho tranquilo. Sorri olhando o meu marido, ele beijava a minha mão e voltava a olhar a estrada, suspirei.Já fazia um bom tempo, e torcia com todas as minhas forças para que ela ainda estivesse lá. Viva. Bem.Vez ou outra o meu celular brilhava e uma mensagem de Kathy surgia na tela, eu olhava-a e voltava a agir como se nada estivesse a acontecer. Felipe e ela haviam fugido, e estavam na fazenda, fechei os olhos, esperava que a essa altura estivessem no seu destino final.A tela brilhou outra vez.Era ela.Corri os olhos de forma rápida pela tela, Kathy havia chegado ao ponto de partida. Já não estava mais em território americano, Havana era seu destino, engoli em seco e notei os olhos de Igor em mim. Travei o celular