Capítulo 32: O Ritual
A floresta parecia suspender o fôlego, em uma espera quase reverente conforme Yara e Tupã caminhavam sob o céu sem estrelas, indo ao encontro do destino que haviam escolhido. A manhã estava envolta em um silêncio denso, onde até mesmo os sons da natureza pareciam calar-se, como se todas as criaturas estivessem observando o que estava por vir. O ar era fresco, mas carregava uma energia pulsante, algo que vibrava nas folhas, nas pedras e nas raízes sob os pés descalços dos dois amantes.

No centro de uma clareira iluminada pela macia luz dos vaga-lumes, uma fogueira crepitava. As chamas douradas dançavam ao vento, lançando sombras ondulantes pelas árvores ao redor. Yara e Tupã haviam preparado tudo cuidadosamente, seguindo os passos ensinados por Nagato e os anciãos. As ervas sagradas, as pedras cerimoniais, e o círculo de flores e folhas representavam as forças da natureza que eles estavam prestes a invocar. Ali, naquele altar improvisado, estavam reunidos os símbolos de tudo o que havia
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