Ela desmaiou no cemitério

- Senhor, para onde?

Victor pergunta-me assim que entro no carro depois de uma tarde e inicio de noite discutindo com os meus advogados.

- Clube.

Eu respondo levando minha cabeça para o encosto do carro, depois de passar o final de tarde discutindo com os advogados sobre o meu novo pedido de compra, a pepelada será iniciada e transferida para o actual proprietário.

No momento, quero satisfazer minha alma gananciosa, desfrutando de uma boa companhia e um copo de whisky.

- Senhor?

Ele diz depois de estacionar o carro em frente do prédio.

- Duas horas.

Aliso o meu casaco enquanto olho para o prédio à minha frente, clube para homens poderesos como eu, discreto, limpo.

As mulheres são belas, interessantes na cama, é tudo o que interessa-me, uma noite de puro prazer.

Nada mais que isso.

EDWART

Desta vez, carrego em minhas mãos, rosas brancas, ela dizia que as rosas brancas transmitem paz, eu não sei qual foi motivo que as trago comigo. Sinto muita saudades suas querida, meu coração está vazio sem você.

Não suporto saber que nunca a terei em meus braços, nunca mais irei ver o sorriso da nossa menina, minha garotinha, Sophia, minha menina. Papai sente muitas saudades suas.

- Senhor?

Eu mal coloquei as rosas no vaso e ele deseja ir?

- Diga.

Eu digo levantando meu corpo para ficar na mesma altura que ele, no entanto, seus olhos estão presos noutro lugar.

- Victor?

Eu questiono preocupado na possibilidade que seja alguém que queira machucar-nos.

- Senhorita do hospital.

Ele diz, sem entender olho para a direção na qual ele olha e a vejo, seus cabelos muito bem penteados, uma tiara negra de bolas brancas está preso no topo da sua cabeça.

Ela veste um casaco negro, vestido rodado azul que vai até em cima dos joelhos, meias calças entre as suas pernas, ela calça sapatilhas da cor negra.

O rosto branco que vi na última vez que foi a um més, está totalmente diferente, suas bochechas rosadas é um sinal que ainda existe vida.

Linda.

Lentamente, aproximo-me dela.

- Não atreva-te a chegar perto dele.

Ela diz amargamente.

Oi?

O que eu fiz agora? Travo os meus pés ficando longe dela.

- Oi.

Eu digo cumprimentando-a.

- Tchau.

Ela responde-me caminhando para longe de mim.

- Por que está agindo assim comigo?

Eu pergunto seguindo seus passos, tentando no minímo alguns passos de distância dela.

- Talvez porque eu seja uma suicida louca.

Ela responde-me sem olhar para mim.

Droga, ela ouviu.

- Você ouviu.

Ela abre a porta do seu carro, sério? Ela está doente e ainda anda nessa coisa que parece uma lata velha?

- Esse carro é muito perigoso para entrar na estrada.

Eu digo parando vendo-a entrar no carro.

- Vá a merda.

Diz batendo a porta do seu carro com força, eu não sei o que está acontecer, mas o motor não arranca. Por mais que ela tente, nada.

Esse carro é uma lata velha, deve ter muitos problemas insolúveis.

- Eu posso deixar-te em casa.

Eu digo a ela sendo gentil.

- Não.

Ela responde-me grosseiramente.

Teimosa.

- Eu posso levá-la para casa.

Insisto novamente, esse carro deve ir para um ferro velho com uma certa urgência, como ela sai de casa expondo-se ao perigo com isso? Pode parar no meio da estrada causando uma série de acidentes.

- Eu disse não, vá embora, não gaste a porcaria do seu tempo e dinheiro com uma suicida.

Ela grita batendo no volante.

Merda.

Eu não vou a lugar nenhum sem saber como ela vai chegar em casa, ela precisa de ajuda, estou aqui para isso, nem que haja a necessidade de chamar um táxi,

Ela entra no carro novamente depois de verificar o motor, bato o vidro do seu carro, mas ela não baixa.

- Eu posso chamar um táxi.

Ela mostra-me o dedo do meio sem nenhum receio, o que essa mulher tem na cabeça?

Não deve ser mal educada com as pessoas.

Quando eu bato no vidro do carro novamente o maldito motor resolve funcionar, droga, ela vira as rodas quase pisando meus pés.

Louca.

CAPÍTULO 2

EDWART

Respiro aliviado ao vê-la entrar no instituto central de câncer, aquela lata velha que chama de carro é muito perigoso, ainda mais nas suas condições.

Ela precisa de ajuda, estou disposto a ajudar num que for necessário, primeiro comprando a droga de um carro novo.

- Victor, empresa.

Eu digo ao Victor, pego o telefone para verificar mensagens do meu trabalho, sim, hoje será um dia calmo, apenas papeladas para ler, assinar.

Depois do trabalho escolho um belo carro para aquela louca, enviando-o para o instituto onde ela faz o tratamento para que ele seja entregue a ela.

- Edwart.

Levanto os olhos para identificar quem está na minha frente, sorrio ao perceber que é Cecília, ela foi minha namorada na época de faculdade.

- Quanto tempo?

Eu digo levantondo-me do sofá para cumprimentá-la, seus lábios pintados de vermelho, vestido curto chamativo significa que veio a procura de diversão.

- Não sabia que frequenta boates.

Ela diz sentando-se ao meu lado, aceno para o garçon, está noite vai ser muito longa.

- Como vai o trabalho?

Ela pergunta com um certo interesse falso.

- Eu não vim aqui para falar de trabalho.

Eu respondo-a entrego-a uma taça de champain.

- Eu gosto do seu ar frio.

Ela diz sedutoramente, suavemente, ela passa a mão na minha coxa, isso é um convite claro de sexo.

- Não estou a procura de compromisso Cecília.

Respondo-a, por mais que ela termina num desses hoteis comigo, não vamos iniciar qualquer tipo de romance.

- Você nunca muda querido.

Morde o nodúlo da minha orelha.

- Eu não prometo cumprir com as suas demandas, mas, sou uma mulher muito ambiciosa, gulosa, provocadora, picante na cama.

Caralho, ela senta-se no meu colo, antes que eu reaja cola minha boca na sua. Coloco minhas mãos na sua cintura empurando-a para longe de me, aqui é um lugar público, e os fotografos adoram esses lugares para revistas de fofocas.

- Aqui não.

Digo recompondo a postura, maldição.

- Victor? 5 minutos.

Eu digo para o Victor através de uma breve chamada que fiz para ele, brevemente coloco-me de pé.

- Baixe esse vestido e comporte-se parente a sociedade.

Ordeno, iniciando uma marcha para fora da área vip, sinto sua mão em volta do meu braço, descemos as escadas juntos usando o corredor privado até ao estacionamento.

- Senhor?

Victor diz depois de acomodar-me no assento do carro, passo o dedo no ecrã do meu telefone para que ele possa abrir, vejo um convite da Cecília para jantarmos juntos, eu sei o que ela quer, criar uma convivência, rotina. Isso não será possível.

Olho para o victor, através do retrovisor, ele espera pelo meu comando.

- Instituto.

Eu não conheço seu nome, isso precisa mudar, na primeira hora de manhã, vou contratar um investigador para saber tudo sobre ela.

Hoje faz uma semana depois do nosso inesperado no cemitério, uma semana que não sei nada dela, algo deixa-me incomodado.

Quero saber como ela está, se tem executado todas as demandas médicas, se ela recebeu o meu presente, usa?

Porque estou muito ansioso?

Isso não é um bom sinal.

Eu vou sentar neste assento por duas horas até o distrito de Queen Anne, para saber como ela está.

Enquanto não chegamos ao nosso destino, abro meus emails trabalhando até perder a noção do tempo.

- Senhor chegamos.

Fecho meu laptop, observo em volta a procura da sua lata velha ou o carro que dei-lhe de presente, mas não está no estacionamente exterior.

- Deseja que eu vá obter informações sobre ela?

Desejo?

Por mais que o meu impulso implore para sair deste carro e ir pessoalmente bater de porta em porta desse instituto procurando por ela, eu não posso incomodar, causar tumultos.

Essas pessoas vieram obter ajuda, merecem toda tranquilidade do mundo.

- Não. Para casa.

Eu digo para ele derrotado, o que eu vim fazer aqui?

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