O número trinta e dois, ou por aí, na lista de cento e uma maneiras de Rachel seduzir seu chefe era fingir ser umaestranha em um bar. Ser confundida com uma estranha em um bar tão perto disse que provocou um arrepio pelas costas.
— Acho que nunca ouvi você rir assim antes, — ele disse, e não era na voz do sr. Blackstone. Com certeza era uma voz paquerando uma mulher em um bar.— Você nunca me contou uma piada sobre dois elfos, uma rena e um bastão de doces.Ele girou seu banquinho um pouco na direção dela, de modo que os joelhos deles quase se tocaram.— Deixe-me pagar outra bebida e vou pensar em uma piada.Ela deveria alegar exaustão e voltar para seu quarto. Por alguma razão, Adrian Blackstone estava olhando para ela de uma maneira totalmente nova esta noite e, embora fantasiasse com esse olhar muitas vezes, na verdade ela queria manter seu emprego. Seu trabalho com a Blackstone Historical Renovações era desafiador e havia viagens a lugares lindos e respeito profissional. O trabalho era árduo e as horas podiam ser extenuantes, mas a gratificação financeira mais do que compensava por isso. Além disso, Adrian Blackstone era um homem que respeitava seus funcionários e dizia por favor eobrigado. Seria um trabalho difícil de perder. Ela não podia colocar tudo em risco por uma aventura. Seria um grande erro.— Uma bebida, — ouviu-se dizer, — edepois vou para a cama.Duas horas depois, o estômago de Rachel doía de tanto rir e ela tinha tomado mais de uma bebida. Não tanto para ficar bêbada, mas o suficiente para fazê-la rir das piadas horríveis dele. E o timing cômico dele era tão ruim que ela ria ainda mais. Eles estavam de frente um para o outro nos banquinhos do bar, um dos joelhos dele dobrado entre os dela. Com os dois encostados no bar, as cabeças juntas, ela sabia o que pareciam para as outras pessoas na sala um homem e uma mulher prestes a subirem as escadas juntos.— Você sabe onde o Papai Noel gosta de ficar quando está de férias?— Chega, — ela gritou, erguendo as mãos em sinal de rendição. — Eu não aguento mais.— No ho-ho-ho-hotel! — Ele segurou as mãos dela e a puxou para mais perto. — Dance comigo.A pulsação dela acelerou e olhou ao redor da sala mal iluminada.— Ninguém mais está dançando.— Então vou ter que continuar contando piadas porque ainda não estou pronto para voltar para o meu quarto. — Ele franziu um pouco o rosto, como se estivesse tentando pensar em uma boa - ou uma muito, muito ruim.— Está bem. Uma dança. — Ela poderia sobreviver quatro minutos ou mais nos braços de Adrian sem fazer papel de idiota. Provavelmente. — Tenho que avisar que não sou a melhor dançarina.Ele se levantou e a puxou para longe dos banquinhos, então deslizou as mãos pelos ombros dela até o quadril antes de segurar uma das mãos dela. A outra descansou na partebaixa das costas dela que a deixou um pouco sem fôlego.— Nem eu, — ele confessou, a respiração roçando o cabelo na têmpora dela enquanto eles balançavam ligeiramente com I’ll Be Home for Christmas. — Mas não tem problema. Tudo o que tenho que fazer é dançar até aquele canto onde o visco está pendurado, e então você pode ficarparada enquanto eu te beijo. Com seu corpo praticamente moldado ao dele e sua mãovagando lentamente para o sul, Rachel não conseguiu encontrar a vontade de dizer a ele que não era uma boa ideia. Fazia muito tempo que ela queria que ele a beijasse para o bom senso dissuadi-la.Adrian não se importava se caísse tanta neve que tivessem que escavar para resgatá-los de lá. Não havia nenhum outro lugar que queria estar a não ser em um bar dançando com Rachel. Ela não respondeu às suas intenções de visco, mas não disse não nem se afastou. E o brilho no rosto dela o fez suspeitar que ele não era o único ansioso por isso. A ideia de que Rachel pudesse estar tão atraída por ele quanto ele por ela era uma sensação inebriante, e ele buscou fundo por ter autocontrole. Enquanto a música sobre estar em casa no Natal e as letras entravam em sua mente, Adrian suspirou. — Quer saber, estou me sentindo muito mal agora, por arrastar você até aqui. Se a reunião fosse em Boston, você estaria em casa e, com o Natal chegando, deve ter um milhão de coisas mais importantes para fazer do que dançar comigo. — Ela riu de novo, e parecia ainda melhor de perto. — Na verdade não. Meus pais moram na Flórida, mas vêm todo mês de fevereiro para esquiar, daí fazemos o Natal. O dia de N
Quando ele deslizou as mãos sob o suéter e roçou a ponta dos dedos em sua barriga nua, Rachel quase se esqueceu do que estavam falando. — Eu... você não parecia distraído.— Isso é por causa de toda a prática. — As mãos dele pousaram debaixo dos seios dela, sem tocá-los, e ela se encostou nele com um suspiro. — Em todos os dias de trabalho dos últimos dezesseis meses, tive que fingir que não queria você - tive que fingir que me importava com o relatório de despesas de alguém quando tudo que queria fazer era tocar em você. Com um arrepio, Rachel admitiu que não era só sua carreira que ela estava falhando em proteger. Seu coração estava em perigo tanto quanto seu emprego. Viajar juntos com tanta frequência criava uma certa dose de intimidade. Não intimidade no sentido de mãos acariciando a barriga nua subindo para seus seios como estavam fazendo naquele momento, mas no sentido de se conhecerem muito, muito bem. Há meses ela estava um pouquinho apaixonada por Adrian Blackstone
Adrian geralmente não era uma pessoa de acordar cedo. Precisava que o despertador passasse três vezes pelo soneca para ele se render e mais de uma xícara de café para torná-lo coerente. Mas hoje, mesmo quando abriu os olhos, ele estava sorrindo. Envolvido ao redor de Rachel, com o rosto enterrado no cabelo dele, era uma ótima maneira de acordar. Ele podia ouvir o granizo batendo contra a janela e isso significava que tinha pelo menos hoje com ela. Ele iria aproveitar ao máximo. Por mais que quisesse compartilhar o café da manhã com ela no saguão romântico e menor, com vista para o lago congelado, porém seria muito fácil seguir caminhos separados. Assim que terminassem de comer, ela poderia dizer que tinha trabalho a fazer e desaparecer em seu quarto. Simples assim, as paredes estariam de volta entre eles. Se ele pedisse serviço de quarto, ficariam aqui no quarto dele. Ele gostava muito mais dessa ideia.Aninhou-se no cabelo dela para beijar a lateral do pescoço. — Está acordada?
Mesmo que fossem apenas duas portas no corredor, Rachel se sentiu ridícula ao caminhar para seu quarto vestindo um roupão com as roupas da noite anterior enroladas em seus braços. Ela não sabia se isso contava como uma caminhada da vergonha, mas suspirou de alívio quando entrou em seu quarto sem ser vista.Depois de largar as roupas, jogou-se na cama e olhou para o teto. Ela passou a noite com Adrian Blackstone. Embora fosse tentador pular para cima e para baixo em sua cama, rindo e gritando, forçou-se a ficar quieta e pensar sobre como isso afetaria sua posição na Blackstone Historical Renovações. Ela imaginou que isso dependeria em grande parte da direção que o relacionamento deles tomaria quando essas idílicas férias forçadas terminassem. Romances no trabalho eram complicados, especialmente por ele ser o chefe dela, mas poderiam dar certo. Ou talvez ele estivesse apenas apreciando a companhia dela para manter os efeitos do isolamento sob controle. Sem bola de cristal para
No meio da tarde, a tempestade estava diminuindo e algumas horas depois, tudo o que estava caindo eram flocos de neve grandes que você pegava com a língua quando era criança. Adrian os viu cair de sua cadeira em frente à lareira crepitante. Com Rachel sentada em frente a ele, pensando no tabuleiro de xadrez e seu próximo movimento, ele pensou que foi um dos melhores dias que teve há muito tempo. Depois do café da manhã, ele se ofereceu para mostrar o hotel a ela. Parte disso era orgulho. O Monte Lafayette era um prédio do qual ele tinha muito orgulho e queria mostrá-lo a ela. Mas também deu a ele mais tempo antes que ela voltasse para o quarto para trabalhar. Estava com medo de que se isso acontecesse, ela pudesse ficar lá. Após o passeio, acabaram em uma das salas de estar espalhadas por todo o resort e ele pediu que a lareira a gás fosse acesa. Os ramos de pinheiro pendurados na sala davam ao ambiente um cheiro de Natal, ligeiramente mesclado por velas de mirtilo apagadas coloca
Rachel transferiu o conteúdo da gaveta de cima da cômoda de volta para sua mala, em seguida, acrescentou os poucos itens que ficaram pendurados no armário. Se os pendurasse assim que chegasse ao quarto de Adrian, não deveria guardar na capa protetora outra vez.— São duas portas ao lado. Por que não podemos sócarregar tudo em algumas viagens? - Ela olhou para Adrian, que se esparramou na poltrona depois que ela recusou sua ajuda para fazer as malas. — Não vou carregar minhas calcinhas pelo corredor, não importa quantas poucas portas sejam.— Eu poderia andar atrás de você e pegar o que você deixar cair. - Ela riu e checou cuidadosamente cada gaveta para se certificar de que não havia esquecido nada. Em seguida, foi ao banheiro para dar uma última olhada. Quando se viu no espelho, ela parou, olhando para seu reflexo. Dividindo um quarto de hotel com Adrian Blackstone. Mesmo que ela tivesse se esforçado para empacotar seus pertences, ainda mal podia acreditar que estava aconte
A manhã de sábado chegou calma e clara, com o sol refletindo nas árvores geladas e na paisagem. O brilho do sol era enganoso, entretanto, e Rachel estremeceu com o ar frio.— Está com frio?Ela apertou a mão coberta pela luva de Adrian. — Não com tanto frio para voltar para dentro.Depois que finalmente rolaram para fora da cama e devoraram um café da manhã do serviço de quarto para repor suas forças depois de uma longa noite de amor, Adrian sugeriu que saíssem para uma caminhada. Como os músculos estavam ligeiramente doloridos, embora de um jeito bom, e agradecida pela atividade não envolver esquis, ela concordou. Cada uma deles tinha um casaco, luvas e botas no SUV de Adrian, já que só idiotas faziam uma viagem no inverno da Nova Inglaterra sem eles, mas Rachel parou na loja do hotel para comprar uma linda echarpe que chamou sua atenção na sexta-feira. Agora caminhavam de mãos dadas pelos caminhos deslumbrantes do resort, que já haviam sido abertos pela equipe de jardinagem.
Adrian se segurou até que estivessem em segurança atrás da porta fechada de seu quarto, mas assim que se fechou, ele a pressionou contra a porta e a beijou como se nunca pudesse beijá-la outra vez. Conseguiu tirar os casacos sem tirar os lábios dos dela, mas a camisa dela era um pulôver, então precisou se afastar para realizar sua missão de deixá-la nua. Ela obviamente tinha o mesmo plano porque estava desabotoando a camisa dele. Ele abriu a braguilha para liberar um pouco da pressão e permitir que ela puxasse a camisa de sua calça.— Precisamos tirar sua calça, — ele disse. — Não quero que pegue um resfriado. — Ela está um pouco molhada.— Sério? — Ele sorriu.Rachel revirou os olhos. — Engraçadinho. Me ajude a tirar as botas se quiser que eu tire essa calça logo. Ele a levou para a cama e a fez se sentar na beirada para que pudesse tirar as botas dela. Então ele agarrou a barra da calça dela e começou a puxá-la. Com cada puxão, ela deslizava um pouco mais para baixo na cama.