Enquanto observava Adrian no canto com Diane, suas cabeças bem próximas enquanto tinham uma conversa particular, Rachel não conseguiu conter a tristeza que a invadiu. Não havia dúvida em sua mente ou em seu coração de que nada poderia voltar a ser como antes. Ela amava Adrian Blackstone e não havia como voltar atrás. Era mais fácil quando ela estava um pouquinho apaixonada por ele a distância e podia pensar que era só uma paixão. Mas a viagem ao Monte Lafayette tinha sido o ponto sem retorno e ela estava totalmente envolvida. Não era algo que ela pudesse deixar de lado quando passasse pelas portas do escritório todos os dias e não pudessem continuar como estavam. Não ia melhorar. Não tão cedo, de qualquer maneira. Ela não podia continuar vivendo em negação. Doía muito e ela não podia continuar fazendo isso consigo mesma e não iria continuar fazendo isso com Adrian. Pela maneira como ele tentou fazer com que ela falasse com ele algumas vezes, ele sabia que o relacionamento deles esta
— Você mal tocou na sua torta, Adrian. — A voz de sua mãe interrompeu o fluxo interminável de pensamentos sobre Rachel e ele piscou. — Não está doente, está?— Não mãe. Só estou um pouco cansado, só isso. — Ele sorriu para tranquilizá-la, então remexeu na enorme fatia de torta de abóbora com chantili que ela tinha colocado na frente dele. Como fazia todos os anos, Adrian havia voltado para casa em Vermont para passar o Natal com os pais. Não era a pequena casa em que ele cresceu. Seu pai não deixaria Adrian construir uma nova casa para eles, mas cerca de dez anos antes, Don Blackstone encontrou uma casa de fazenda incrível sendo vendida por um preço baixo. Ela tinha uma ótima estrutura, mas precisava ser removida do terreno ou demolida, então Adrian comprou a casa e pagou pelo oneroso processo de movê-la. Então, eles a restauraram juntos.— Você parece um pouco aéreo, filho, — o pai disse. — Sabe que sua mãe só vai ficar mais preocupada, talvez até se convencer de que você está
Rachel sempre gostou de suas tradições do dia de Natal. Era um pouco não tradicional passar o dia sozinha, mas dava certo para ela e para sua família. Em fevereiro, quando seus pais voltavam da Flórida para esquiar, Rachel se juntava a eles na casa de sua irmã no interior do estado de Nova York para um fim de semana de Natal atrasado. Não apenas animava o que normalmente era um mês sombrio, mas todos podiam aproveitar as promoções depois do Natal quando faziam as compras. Portanto, não havia como ficar deprimida sentada sozinha em seu pijama de flanela, assistindo a filmes. Como sempre. Este ano havia tristeza. E lágrimas. E devorar quase todos os alimentos à base de açúcar da casa.Foi muito estúpido transar com seu chefe? Ou, pior ainda, se apaixonar por ele? Ela deveria ter previsto isso, já que provavelmente estava um pouco apaixonada por ele antes mesmo de ver o lado não profissional dele. Mas passaram o fim de semana juntos, embora ele tenha dito abertamente que o que aco
Um ano depois...Rachel se levantou e saiu para o corredor em resposta à chamada de seu chefe, levando seu celular no caso de ter que fazer anotações ou verificar a agenda dele. Sem bater, abriu a porta do escritório e entrou. Adrian e seu potencial cliente olharam em sua direção e ela deu a eles um sorriso caloroso, mas profissional. — O que posso fazer por você, sr. Blackstone?— Rachel, este é Bill Kennedy. Ele representa uma construtora que concordou em nos contratar para transformar um antigo hotel de esqui em um spa holístico em Vermont. — O que ela sabia, já que estava no trabalho preliminar nos bastidores, mas era assim que ele apresentava novos clientes se viessem ao escritório. — Bill, você vai lidar com Rachel com bastante frequência, especialmente se eu estiver viajando, mas ela se certificará de que estou disponível se você precisar falar comigo pessoalmente.Bill se levantou para apertar a mão de Rachel e eles trocaram gentilezas. Ela sabia que Adrian lhe daria
Se alguém perguntasse a ele, enquanto estivesse tão bêbado a ponto de esquecer os tópicos principais de sua apresentação, qual era o segredo de seu sucesso, Adrian Blackstone diria que ele era um camaleão. Ele tinha a capacidade de ser o que a pessoa do outro lado da mesa queria que ele fosse. A Blackstone Historical Renovations, especializada em modernizar propriedades históricas sem sacrificar seu charme e autenticidade, foi construída com base nessa capacidade. Tendo trabalhado como ajudante de carpinteiro na adolescência, ele tinha um relacionamento natural com empreiteiros e marceneiros. Graças a devorar revistas, noticiários financeiros e conseguir um diploma universitário, ele podia vestir um terno personalizado e conversar sobre negócios com bilionários e banqueiros. Era um homem que sentia o coração e a alma de um edifício enquanto observava os resultados financeiros. E, enquanto observava a mulher atravessando o saguão de sua maior conquista até o momento, ele parecia nada a
— Como assim eles não vêm? — Rachel certificou-se de que sua expressão neutra e perfeitamente profissional não vacilasse diante do descontentamento de seu chefe. Isso nunca aconteceu. — O sr. Bouchard ligou para o escritório e falou com Alex. A neve se transformou em precipitação mista mais cedo lá, com muito granizo e chuva congelante. Eles chegaram a Boston antes que o aeroporto fechasse, mas não há como conseguirem chegar aqui. Ele passou os dedos pelos cabelos escuros em um gesto familiar de frustração que nunca deixava de distrai-la. — Como isso aconteceu?Isso aconteceu porque Adrian Blackstone queria impressionar Rick Bouchard, então, em vez de se reunir no escritório, a reunião foi marcada no Monte Lafayette Grand Resort Hotel, no alto das Montanhas Brancas. Onde a Mãe Natureza era famosa por destruir os melhores planos com um movimento inconstante da mão. — Droga, — Adrian praguejou.Quando ele se levantou e foi até a janela, ela se permitiu vê-lo andar. Ele já estava
O número trinta e dois, ou por aí, na lista de cento e uma maneiras de Rachel seduzir seu chefe era fingir ser umaestranha em um bar. Ser confundida com uma estranha em um bar tão perto disse que provocou um arrepio pelas costas.— Acho que nunca ouvi você rir assim antes, — ele disse, e não era na voz do sr. Blackstone. Com certeza era uma voz paquerando uma mulher em um bar.— Você nunca me contou uma piada sobre dois elfos, uma rena e um bastão de doces.Ele girou seu banquinho um pouco na direção dela, de modo que os joelhos deles quase se tocaram.— Deixe-me pagar outra bebida e vou pensar em uma piada.Ela deveria alegar exaustão e voltar para seu quarto. Por alguma razão, Adrian Blackstone estava olhando para ela de uma maneira totalmente nova esta noite e, embora fantasiasse com esse olhar muitas vezes, na verdade ela queria manter seu emprego. Seu trabalho com a Blackstone Historical Renovações era desafiador e havia viagens a lugares lindos e respeito profissional. O tr
Adrian não se importava se caísse tanta neve que tivessem que escavar para resgatá-los de lá. Não havia nenhum outro lugar que queria estar a não ser em um bar dançando com Rachel. Ela não respondeu às suas intenções de visco, mas não disse não nem se afastou. E o brilho no rosto dela o fez suspeitar que ele não era o único ansioso por isso. A ideia de que Rachel pudesse estar tão atraída por ele quanto ele por ela era uma sensação inebriante, e ele buscou fundo por ter autocontrole. Enquanto a música sobre estar em casa no Natal e as letras entravam em sua mente, Adrian suspirou. — Quer saber, estou me sentindo muito mal agora, por arrastar você até aqui. Se a reunião fosse em Boston, você estaria em casa e, com o Natal chegando, deve ter um milhão de coisas mais importantes para fazer do que dançar comigo. — Ela riu de novo, e parecia ainda melhor de perto. — Na verdade não. Meus pais moram na Flórida, mas vêm todo mês de fevereiro para esquiar, daí fazemos o Natal. O dia de N