Adrian não se importava se caísse tanta neve que tivessem que escavar para resgatá-los de lá. Não havia nenhum outro lugar que queria estar a não ser em um bar dançando com Rachel. Ela não respondeu às suas intenções de visco, mas não
disse não nem se afastou. E o brilho no rosto dela o fez suspeitar que ele não era o único ansioso por isso. A ideia de que Rachel pudesse estar tão atraída por ele quanto ele por ela era uma sensação inebriante, e ele buscou fundo por terautocontrole. Enquanto a música sobre estar em casa no Natal e as letras entravam em sua mente, Adrian suspirou.— Quer saber, estou me sentindo muito mal agora, por arrastar você até aqui. Se a reunião fosse em Boston, você estaria em casa e, com o Natal chegando, deve ter um milhão de coisas mais importantes para fazer do que dançar comigo. — Ela riu de novo, e parecia ainda melhor de perto.— Na verdade não. Meus pais moram na Flórida, mas vêm todo mês de fevereiro para esquiar, daí fazemos o Natal. O dia de Natal é ficar de pijama assistindo a todos aqueles filmes antigos incríveis que passam apenas uma vez por ano, então, não, eu não tenho nada para fazer mais importante do que dançar com você.— Que bom, porque estamos quase no visco. Mais alguns passos. — Ele a sentiu suspirar, a respiração dela soprando quentecontra seu pescoço.— Acho que é minha responsabilidade lembrá-lo que beijar sua secretária é uma ideia muito ruim.— Você é muito mais do que uma secretária para mim, Rachel. E há um ano e meio venho tentando me convencer que beijar você é uma má ideia, mas estava mentindo. É uma ideia muito boa. — Mais dois passos e eles estariam lá. — Alémdisso, mesmo que nos separemos agora, já fui muito longe. Nunca mais vou olhar para você no escritório sem me lembrar de como você está esta noite, com seus olhos radiante e seu rosto corado de tanto rir das minhas piadas idiotas.— Deus, já chegamos?— Quase, — ele disse, e então, finalmente, a estava beijando.A boca dele foi gentil com a dela no início, até que os braços dela envolveram seu pescoço e ela gemeu contra seus lábios. Então ele a devorou.Dezesseis meses imaginando este momento e ele não tinha nem chegado perto de como era incrível. Foi perfeito. Valeu a pena cada mês agonizante de desejo e espera. Mas foi muito curto. Algum espertinho deu um assobio eRachel afastou o rosto, rindo.— Estamos dando um espetáculo, Adrian.O som do nome nos lábios dela era tão potente quanto uma carícia física.— Sabe, é a primeira vez que você me chama pelo meu primeiro nome.Ele se arrependeu das palavras quando a risada deixou os olhos dela.— Eu... quer saber, é por isso que foi uma máideia. Você é meu chefe e, para ser franca, mesmo que não tenha beijado como uma espécie de... deus grego dos beijos, não existe mais ninguém para quem eu prefira trabalhar. Euamo meu trabalho e ter uma relação de uma noite com meu chefe é uma coisa estúpida demais para fazer. Ela tentou se afastar, mas ele a segurou com força.— Uau. Primeiro, seu trabalho não está em risco. Você é inestimável para mim. Poderia me bater na cabeça com uma garrafa de vinho e roubar minha carteira e eu não te despediria. Em segundo lugar, gostei da coisa de deus grego.E terceiro, já que só ouvi você me chamar de Adrian em minha mente às vezes quando estou sonhando e às vezes quando estou no banho quero ouvir isso de você com mais frequência.Ela ficou com rosto vermelho com as palavrascontundentes.— É um pouco estranho dançar com você debaixo do visco.Adrian ergueu o rosto dela para que pudesse ver seus olhos.— Você não se sente pressionada, não é? Como se disser não, pudesse prejudicar o seu trabalho? — Para o alívio dele, o sorriso dela foi honesto.— Não, não me sinto assim. Beijei você porque queria fazer isso há muito tempo. — A excitação o percorreu e ele puxou o quadril dela para mais perto para que ela pudesse sentir também.— Que bom. Agora, de volta à minha lista. Quarto, eu e você tendo uma aventura de uma noite nem passou pela minha cabeça.Rachel sentiu seu rosto ficar quente e fixou o olhar no botão superior dele. Uma aventura de uma noite nem tinha passado pela mente dele? Para onde, exatamente, ele achava que a dança, obeijo e a impressionante ereção pressionada contra seu quadril estavam levando? Adrian beijou a lateral de seu pescoço e ela estremeceuquando a boca dele se moveu para sua orelha para que pudesse sussurrar:— Vai ser mais do que uma noite. Eu queria você há muito tempo para me contentar com apenasuma noite. Serão pelo menos duas. — A risada após as palavras dele fez cócegas em sua pele eela estremeceu.— Acho que fomos o mais longe que podemosem público para não receber uma acusação de indecência.— Você vai passar a noite comigo, Rachel? — Ela afirmou com a cabeça e ele gemeu em seu cabelo. — Tem certeza? — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou até que tudo ao redordeles e os outros clientes, a música de Natal tocando nos alto falantes desapareceu. Quando ele interrompeu e olhou nos olhos dela como se procurasse por algo, ela pegou a mão delee o conduziu em direção à saída. Levaram quase seis minutos para chegar ao quarto de Adrian e Rachel não se permitiu nem um segundo para pensar duas vezes. Esta noite era para o quarto. Ela se preocuparia com a sala de conferências mais tarde. Quando a porta se fechou, Adrian deu um passo atrás dela e passou os braços em volta da cintura dela enquanto acariciava a nuca.— Já falei como adoro seu perfume novo?Como ele sabia que era novo? Sua fragrância favorita foi descontinuada um mês antes e foi difícil encontrar um novo perfume.— Não, acho que você não falou.— Você usou pela primeira vez no dia da reunião com Edelstein. Fiquei tão distraído que esqueci o nome da empresa três vezes.Quando ele deslizou as mãos sob o suéter e roçou a ponta dos dedos em sua barriga nua, Rachel quase se esqueceu do que estavam falando. — Eu... você não parecia distraído.— Isso é por causa de toda a prática. — As mãos dele pousaram debaixo dos seios dela, sem tocá-los, e ela se encostou nele com um suspiro. — Em todos os dias de trabalho dos últimos dezesseis meses, tive que fingir que não queria você - tive que fingir que me importava com o relatório de despesas de alguém quando tudo que queria fazer era tocar em você. Com um arrepio, Rachel admitiu que não era só sua carreira que ela estava falhando em proteger. Seu coração estava em perigo tanto quanto seu emprego. Viajar juntos com tanta frequência criava uma certa dose de intimidade. Não intimidade no sentido de mãos acariciando a barriga nua subindo para seus seios como estavam fazendo naquele momento, mas no sentido de se conhecerem muito, muito bem. Há meses ela estava um pouquinho apaixonada por Adrian Blackstone
Adrian geralmente não era uma pessoa de acordar cedo. Precisava que o despertador passasse três vezes pelo soneca para ele se render e mais de uma xícara de café para torná-lo coerente. Mas hoje, mesmo quando abriu os olhos, ele estava sorrindo. Envolvido ao redor de Rachel, com o rosto enterrado no cabelo dele, era uma ótima maneira de acordar. Ele podia ouvir o granizo batendo contra a janela e isso significava que tinha pelo menos hoje com ela. Ele iria aproveitar ao máximo. Por mais que quisesse compartilhar o café da manhã com ela no saguão romântico e menor, com vista para o lago congelado, porém seria muito fácil seguir caminhos separados. Assim que terminassem de comer, ela poderia dizer que tinha trabalho a fazer e desaparecer em seu quarto. Simples assim, as paredes estariam de volta entre eles. Se ele pedisse serviço de quarto, ficariam aqui no quarto dele. Ele gostava muito mais dessa ideia.Aninhou-se no cabelo dela para beijar a lateral do pescoço. — Está acordada?
Mesmo que fossem apenas duas portas no corredor, Rachel se sentiu ridícula ao caminhar para seu quarto vestindo um roupão com as roupas da noite anterior enroladas em seus braços. Ela não sabia se isso contava como uma caminhada da vergonha, mas suspirou de alívio quando entrou em seu quarto sem ser vista.Depois de largar as roupas, jogou-se na cama e olhou para o teto. Ela passou a noite com Adrian Blackstone. Embora fosse tentador pular para cima e para baixo em sua cama, rindo e gritando, forçou-se a ficar quieta e pensar sobre como isso afetaria sua posição na Blackstone Historical Renovações. Ela imaginou que isso dependeria em grande parte da direção que o relacionamento deles tomaria quando essas idílicas férias forçadas terminassem. Romances no trabalho eram complicados, especialmente por ele ser o chefe dela, mas poderiam dar certo. Ou talvez ele estivesse apenas apreciando a companhia dela para manter os efeitos do isolamento sob controle. Sem bola de cristal para
No meio da tarde, a tempestade estava diminuindo e algumas horas depois, tudo o que estava caindo eram flocos de neve grandes que você pegava com a língua quando era criança. Adrian os viu cair de sua cadeira em frente à lareira crepitante. Com Rachel sentada em frente a ele, pensando no tabuleiro de xadrez e seu próximo movimento, ele pensou que foi um dos melhores dias que teve há muito tempo. Depois do café da manhã, ele se ofereceu para mostrar o hotel a ela. Parte disso era orgulho. O Monte Lafayette era um prédio do qual ele tinha muito orgulho e queria mostrá-lo a ela. Mas também deu a ele mais tempo antes que ela voltasse para o quarto para trabalhar. Estava com medo de que se isso acontecesse, ela pudesse ficar lá. Após o passeio, acabaram em uma das salas de estar espalhadas por todo o resort e ele pediu que a lareira a gás fosse acesa. Os ramos de pinheiro pendurados na sala davam ao ambiente um cheiro de Natal, ligeiramente mesclado por velas de mirtilo apagadas coloca
Rachel transferiu o conteúdo da gaveta de cima da cômoda de volta para sua mala, em seguida, acrescentou os poucos itens que ficaram pendurados no armário. Se os pendurasse assim que chegasse ao quarto de Adrian, não deveria guardar na capa protetora outra vez.— São duas portas ao lado. Por que não podemos sócarregar tudo em algumas viagens? - Ela olhou para Adrian, que se esparramou na poltrona depois que ela recusou sua ajuda para fazer as malas. — Não vou carregar minhas calcinhas pelo corredor, não importa quantas poucas portas sejam.— Eu poderia andar atrás de você e pegar o que você deixar cair. - Ela riu e checou cuidadosamente cada gaveta para se certificar de que não havia esquecido nada. Em seguida, foi ao banheiro para dar uma última olhada. Quando se viu no espelho, ela parou, olhando para seu reflexo. Dividindo um quarto de hotel com Adrian Blackstone. Mesmo que ela tivesse se esforçado para empacotar seus pertences, ainda mal podia acreditar que estava aconte
A manhã de sábado chegou calma e clara, com o sol refletindo nas árvores geladas e na paisagem. O brilho do sol era enganoso, entretanto, e Rachel estremeceu com o ar frio.— Está com frio?Ela apertou a mão coberta pela luva de Adrian. — Não com tanto frio para voltar para dentro.Depois que finalmente rolaram para fora da cama e devoraram um café da manhã do serviço de quarto para repor suas forças depois de uma longa noite de amor, Adrian sugeriu que saíssem para uma caminhada. Como os músculos estavam ligeiramente doloridos, embora de um jeito bom, e agradecida pela atividade não envolver esquis, ela concordou. Cada uma deles tinha um casaco, luvas e botas no SUV de Adrian, já que só idiotas faziam uma viagem no inverno da Nova Inglaterra sem eles, mas Rachel parou na loja do hotel para comprar uma linda echarpe que chamou sua atenção na sexta-feira. Agora caminhavam de mãos dadas pelos caminhos deslumbrantes do resort, que já haviam sido abertos pela equipe de jardinagem.
Adrian se segurou até que estivessem em segurança atrás da porta fechada de seu quarto, mas assim que se fechou, ele a pressionou contra a porta e a beijou como se nunca pudesse beijá-la outra vez. Conseguiu tirar os casacos sem tirar os lábios dos dela, mas a camisa dela era um pulôver, então precisou se afastar para realizar sua missão de deixá-la nua. Ela obviamente tinha o mesmo plano porque estava desabotoando a camisa dele. Ele abriu a braguilha para liberar um pouco da pressão e permitir que ela puxasse a camisa de sua calça.— Precisamos tirar sua calça, — ele disse. — Não quero que pegue um resfriado. — Ela está um pouco molhada.— Sério? — Ele sorriu.Rachel revirou os olhos. — Engraçadinho. Me ajude a tirar as botas se quiser que eu tire essa calça logo. Ele a levou para a cama e a fez se sentar na beirada para que pudesse tirar as botas dela. Então ele agarrou a barra da calça dela e começou a puxá-la. Com cada puxão, ela deslizava um pouco mais para baixo na cama.
Viajar não era fácil para Adrian. Ele gostava de seu escritório e de seu apartamento e de ter suas próprias coisas ao seu redor, então, fosse de avião ou de carro, sair de casa era um pouco sofrido para ele. Agora, pela primeira vez, estava hesitante em voltar para casa. Exceto pelo fato de que não poderia durar, o fim de semana tinha sido quase perfeito e ele teria dado qualquer coisa para estendê-lo.— Você parece muito sério, — Rachel disse, empurrando o carrinho do serviço de quarto em direção à porta. Eles ainda estavam com roupões azuis após o longo banho, o cabelo dela enrolado em uma toalha e os pés descalços, o que ele achou super sexy. Devia ser porque parecia tão real. Era uma cena doméstica que mexeu com seu coração e o fez começar a querer coisas nas quais não havia pensado muito antes. Ele sabia que um dia encontraria uma esposa e teria alguns filhos, mas seu foco estava nos negócios. Agora seu foco estava firmemente na mulher que estava tão confortável e à vontade co