Dois anos depois, nos mudamos pra Nova York, por causa da faculdade dos gêmeos.
Estava sentado no sofá, ouvindo uma das demos do novo álbum, quando ouço vozes na porta da frente, mas logo reconheci serem meus filhos.— Jenipher caramba eu tava com a razão! — ouço a voz do meu filho e olho na direção da porta.— Razão? Você perdeu toda a razão quando…— O que ouve com o seu rosto? — digo ao ver a marca roxa no olho esquerdo dele.Me levantando imediatamente.— Ele brigou com um cara na frente da faculdade, se não fosse o Samuel aparecer pra apartar nem sei, acho que teria que levar ele pro hospital. — Jenipher me responde.— Filho, você não é disso o que aconteceu? — pergunto preocupado.— Bom foi o seguinte… — ele para de falar e olha para trás de mim. — Oi mãe…— Brigando na faculdade?Jessica estava parada na entrada, segurando nosso filho caçula no colo. O pequeno de 6 meses, mordia um cachE lá se foram mais alguns anos, o relógio do tempo marcava “uma hora”, sessenta anos. Meus cabelos, antes castanhos, agora estão mais brancos, e as rugas no meu rosto são mais evidentes, cada linha contando uma história. A banda, que começou como um sonho juvenil, ainda existe. A formação mudou, mas a essência permanece na “família”. Mia, com sua voz poderosa, assumiu o vocal. Evan Rogers, com sua energia incansável, comanda a bateria. As gêmeas Lily e Rose Parker, sincronizadas como sempre, dominam as guitarras. Barry Jordan, com seu ritmo constante, segura o baixo, enquanto Ryan Bishop, com sua habilidade nos teclados e piano, completa a harmonia. E então há Jessica. Ela continua linda, como se o tempo tivesse parado para ela. Seu sorriso ainda ilumina qualquer sala, e sua presença é um lembrete constante dos dias dourados da nossa juventude. Acordo cedo e passo alguns minutos observando a mulher ao meu lado. Seu
Vinte anos depois, a casa estava cheia de vida e risos. O aroma de comida caseira preenchia o ar enquanto os preparativos para o tradicional almoço de domingo estavam a todo vapor. A mesa grande na sala de jantar estava decorada com uma toalha branca bordada à mão, herança de família, e arranjos de flores frescas colhidas do jardim. Na cozinha, Jenipher estava ocupada mexendo uma panela de molho enquanto dava instruções aos filhos. Thomas estava cortando legumes com habilidade, enquanto Diana arrumava os pratos na mesa com cuidado. — Diana não se esqueça das taças! — lembrou Jenipher, sorrindo ao ver a dedicação dos filhos. Jessica e eu estávamos do lado de fora preparando a carne. Olhava para dentro da casa ainda faltava três de meus filhos e suas famílias. Meus bisnetos corriam pelo quintal, brincando com o vovô Samuel, suas risadas ecoando pela casa. Mia e Barry chegaram junto com Willian e Sofie. Jessica já não tinha a vitalidade de antes, seus passos tornaram-se curtos a me
Quando cheguei em Nova Iorque, me senti como um peixe fora d'água, eu cresci numa fazendo e de repente… PAH! O lado bom é que fiz amigos rapidamente.Eu tenho um grupo de seis amigos, somos diferentes em vários aspectos, mas nos damos bem! John e eu cursamos o jornalismo, mas eu estou dois semestres na frente dele, vez ou outra ele me liga pedindo ajuda. Dean está praticamente formado em artes cênicas, ele até já fez algumas peças, Broadway aguarde que ele já está chegando! Jimmy faz dança contemporânea junto com o Kalel – E sim ele tem o mesmo nome que o Superman, mas fazer o que se o pai dele é um DCnauta? O irmão dele se chama Bruce! – Nathan cursa história e Eric ciência da computação.Nós normalmente saímos juntos no fim de semana, mas dessa vez nossas agendas não bateram, então cá estou eu, em pleno sábado, sentado em frente a TV da sala comendo um hambúrguer, completamente entediado. Foi então que recebi um convite para participar de uma partida online de FreeFire, com John e D
A semana passou rápido demais, e quando me dei conta o dia da minha viagem havia chegado, eu iria para a fazenda onde cresci. O barulho de despertador me tira do meu precioso sono. Coloco no modo soneca, mas nem tenho tempo de pegar no sono e ele toca outra vez. — Tá bom, tá bom, já acordei. — falo desanimado. — Que horas são agora? Duas da manhã mais já? — me lamento, rolando um pouco na cama, mas logo levanto, tinha horário para chegar no aeroporto. Procurava sair cedo, afinal seriam mais de quatro horas de vôo até Arkansas e depois mais de três horas de carro até Jefferson. Suspiro, hoje começa o meu tormento, o que devia ser uma alegria por estar de férias vai ser um pesadelo na fazenda, mas não tinha jeito, é isso ou ficar sem mesada sabe-se lá Deus por quanto tempo. Tomo um banho rápido só pra ficar mais desperto, pego a mala e sigo em direção ao aeroporto, levava comigo um sanduíche e uma garrafa d'água na mala de mão. Depois de um tempo quase interminável estava acomodad
Respiro fundo, e ao abrir a porta meus olhos se arregalaram, a moça que estava diante mim era completamente diferente daquela que me lembrava. Ela havia mudado, os cabelos estavam mais longos e as curvas se seu corpo mais definidas…— Theo, THEO! — ela me chama com um tom de voz mais alto. — Terra chamando Theodore. — ela dá uma leve risadinha.— Desculpa, eu me distraí por um instante. Entra, fica à vontade. — dou espaço pra ela passar.Ela entra se acomoda no sofá, nessa hora reparo que ela carregava uma mala. Franzo o cenho intrigado com esse fato, me sento ao lado dela.— É… Obrigado por vir… Mas eu não quero atrapalhar sua viagem!— Como? Está falando de quê? — me responde e aponto para a mala ao lado do sofá. — Eu trouxe umas coisinhas! — sorri. — Afinal vou ficar aqui por um tempo pra te ajudar com as tarefas da fazenda. — conta.— É sério? — estava incrédulo em saber disso. — Por essa eu não esperava. — digo ainda surpreso com sua fala.— É claro! Mas porquê você não esperava
Acordo com o barulho de fritura vindo da cozinha, em seguida minhas narinas são invadidas pelo delicioso cheiro de ovos fritos com bacon, inalo novamente o aroma, levanto-me da cama e seguindo aquele odor.Quando chego na cozinha vejo Jéssica em frente ao fogão passando os ovos para um prato, completamente distraída.— Bom dia. — falo com animação assustando-a — Desculpa, não queria te assustar. — passo por ela, mas antes que pudesse pegar uma fatia de pão ela dá um tapa na minha mão.— Vá escovar os dentes primeiro. — ordena.— Ta bom sua chata. — ela parecia minha mãe, dirijo-me ao banheiro, lavo o rosto e escovo os dentes. Ao voltar para cozinha a mesa já estava posta e Jéssica estava terminando de colocar o café em uma xícara, e como não sou bobo pego a xícara recém servida. — Obrigado. — digo sentando na cadeira que ficava na ponta da mesa.— Não era pra você! — reclama. — Mas pode tomar eu me sirvo de novo. — diz já servindo outra xícara.Tomamos o café em silêncio, não tínhamos
— Bom vamos jantar o cheiro aqui tá bom viu. — digo ao vê-la se aproximar.— Se chama banho. — ela me responde com um leve sorriso nos lábios.— Não tava falando do seu cheiro, tava falando do jantar, você não era assim não viu, foi só sair daqui e voltou pervertida é?— Não sou pervertida. — retruca.— Achou que eu tava falando do seu cheiro e não quer que eu pense que seja pervertida? — reviro os olhos. — Só o que me faltava, ter que dividir o teto com uma garota com a mente suja desse jeito. Daqui a pouco vai ser preciso trancar a porta do quarto.— Porquê? — me olha confusa.— Sei lá vai que você resolve me ataca no meio da noite. — digo de brincadeira e ela passa esbarrando em mim propósito. — Calma era brincadeira eu sei que você não é dessas coisas, caramba não sabe nem brincar pelo amor de Deus!Nos sentamos à mesa e como na noite anterior jantamos em silêncio.— Nossa, comi demais minha barriga tá até doendo! — falo à ela, que começava a retirar a louça suja da mesa. — Não!
Esses dias com ela estavam mesmo me mudando, e mudando para melhor! Eu me sentia mais responsável, não que antes eu não fosse, mas é diferente as coisas aqui são bem mais regradas, se alguma coisa ficar para o dia seguinte, provavelmente vai atrapalhar todo o cronograma daquele dia. Atrasado assim muitos afazeres, o que geraria uma bagunça danada, pois haviam coisas com data e horários específicos, como entregas e regimentos.Naquela manhã Jéssica e eu esperamos pelo entregador de sementes, que pro nosso azar atrasou, ela queria organizar tudo pela manhã e para que à tarde nós pudéssemos iniciar a semeadura. Era impressionante o jeito que ela fazia tudo dar certo, nem que fosse no improviso. — Por que está me olhando assim? — ela me questiona quando havíamos terminado de guardar os sacos de sementes. Nem havia percebido que a estava encarando, sem saber o que dizer apenas balanço a cabeça em negação.— Nada, não! Estava só pensando! — sorri envergonhado.— Pensando em quê exatament