Estava claro que ele tinha apego emocional muito rápido e nenhum amor próprio!
— Você vai devolver os dois e ir mais devagar. — Jessica assume uma expressão séria.— Mas… Mas...— Claud, você precisa estar com alguém que te ame de verdade por quem é, sem barganha ou recompensa! — Ela suspira. — Olha só o que fez, pare e analise: você pegou suas economias, reserva para seu futuro e comprou uma joia pra alguém que está conhecendo há meses!— Eu sei que não deve ser fácil pra você, essa aparência não é a sua! Você deve ficar desconfiado, em algum nível, de que as coisas com a Soraya podem se repetir. — me aproximo dele. — Mas comprar o amor de quem quer que seja, não é a melhor opção!Ele fica pensativo, olhando as próprias mãos.— Mas… E se ela...— E se ela nada! — Jessica o corta do jeitinho dela. — Primeiro que essa fulana era uma fã, certo? Eu estou de olho nela, ouviu? Se eu souber que é só interesse, arranco os cabChego em casa exausto, os dias que deixei Claud no meu lugar agora estão sendo cobrados. Os ensaios estão sendo mais puxados pra mim que o de costume, mas não podia deixar os meninos na mão, fora que agora tinha mais duas boquinhas pra alimentar.Confesso que não imaginei que ter um filho desse tanta despesa...Incontáveis fraldas, lenço umedecido, pomada pra assadura... Fora as roupas que já estão ficando pequenas...Assim que entro na sala da cobertura, vejo o ambiente a meia luz e uma mesa posta para dois com o jantar me esperando: o prato era lasanha com uma garrafa de vinho. Olho ao redor procurando Jessica e a mulher sai do corredor, usando um vestido florido e cabelos soltos— Amor, você voltou. — diz baixo. — Estava no escritório falando com os fornecedores... — vem até mim me dando um beijo rápido.— Acho que cheguei bem na hora! — seguro em sua cintura, dando beijos em seu pescoço. — Está cheirosa essa minha esposa...<
Em poucas horas, minha casa se tornou palco de policiais, seguranças e staffs, entrando e saindo, dando depoimentos.O motivo? Uma fuga em massa do presídio de custódia onde entre os fugitivos estavam dois líderes da quadrilha. A informação foi suficiente pra aterrorizar a Jessica e a mim. A mulher mantinha nossos filhos no colo, sentada no sofá observando o entra e sai de agentes. Claud também estava desaparecido, que tornou tudo pior.Eu estava do lado de fora, conversando com um dos policiais. Me sentia aflito, esperava Claud aparecer magicamente, são e salvo, mas sabia que algo terrível estava prestes a acontecer.Os agentes entravam e saíam, suas botas sujando o tapete da sala. Eles faziam perguntas, anotavam respostas, e Jessica tentava acompanhar o que estava acontecendo. Mas sua mente parecia estar em outro lugar. Conhecendo ela como conhecia, provavelmente estava pensando nos líderes da quadrilha, homens perigosos que agora est
Os dias se arrastavam, Claud havia conquistado o coração dos meus pais com seu carisma peculiar. Não era surpresa; o “desgraçado” tinha um jeito abestalhado de ser que cativava a todos.Mas eu? Eu ainda estava inquieto. Cada barulho estranho me deixava em alerta, e a tensão era insuportável. Não conseguia mais viver assim.Ao cair da tarde, encontrei minha esposa. Os olhos dela refletiam a mesma preocupação que eu sentia. Já havíamos decidido: partiríamos naquela noite, levando nossos filhos conosco. Claud ficaria para trás, protegido pelos meus seguranças.O carro estava pronto, as malas arrumadas. O destino? Um lugar distante, onde pudéssemos respirar com mais tranquilidade, sem a apreensão de cada som ouvido. A noite seria nossa aliada, e a estrada, nosso refúgio.Enquanto olhava para o horizonte, senti uma mistura de alívio e apreensão. Com o motor ronronando suavemente, partimos. Meus filhos dormiam no banco de trás, alheios ao mundo que deix
Haviam passado alguns dias, a cozinha estava impregnada com o aroma salgado do mar, e o som do óleo borbulhante preenchia o espaço. Jessica virou os peixes com uma destreza que só vem com a prática, a pele dourada e crocante contrastando com o interior suculento. De repente, o som de uma notificação quebra a tranquilidade do momento. Era o meu celular, vibrando contra o balcão de mármore. Estendo a mão e pego o aparelho, meu coração batendo um pouco mais rápido ao ver o nome de Claud na tela. Mas quando atendo, não foi a voz familiar de meu sósia que ouvi.— Quem é você? Onde está o Claud?— Não se preocupe, Claud está seguro, por enquanto! — a voz do outro lado da linha era fria e calculista, fazendo meu coração acelerar. — Você não me conhece, mas eu conheço você, Theodore Smith. Sinto um calafrio percorrer minha espinha. Eu nunca tinha ouvido aquela voz antes, mas a ameaça implícita era clara.— O que você quer? — ela perguntou, tent
O ar frio da noite de Nova York me envolve enquanto aguardo, o celular firmemente em mãos. O silêncio é quebrado pelo toque insistente do telefone, e eu atendo rapidamente.— Estou ouvindo. — Minha voz é calma, mas meu coração dispara com a possibilidade de cada palavra ser uma pista para o desfecho dessa situação.Do outro lado da linha, a voz dita as coordenadas do encontro.— Central Park, meia-noite. Não se atrase. E lembre-se, estamos de olho em você. — a ameaça implícita na voz do sequestrador é clara.Desligo o telefone e olho para o detetive, que assente, já ciente do plano. Nosso próximo movimento precisa ser calculado com precisão; qualquer erro pode custar caro.Nos dirigimos ao local marcado, a cidade passando por nós como um borrão. A tensão cresce à medida que nos aproximamos do Central Park, um vasto espaço aberto onde o rio reflete as luzes da metrópole.Chegamos com antecedência, o detetive e eu nos posicionamos
A chuva lá fora começa a diminuir, e o som das gotas batendo na janela traz um ritmo calmante ao quarto. A respiração dele era suave, quase imperceptível, mas cada suspiro é um lembrete de que o pior já passou. O silêncio se instala novamente, apenas o som da respiração e da chuva preenchendo o espaço. É um silêncio confortável, cheio de palavras não ditas e sentimentos compartilhados. De repente, ele se mexe na cama, e seus olhos começam a piscar lentamente.— Ele está acordando! — sussurro, e Jessica levanta a cabeça rapidamente.Os olhos dele se abrem, confusos no início, mas depois se fixam em nós. Um sorriso fraco aparece em seu rosto.— Vocês estão aqui — ele murmura, e sua voz é a melhor melodia que poderíamos ouvir.Nós nos inclinamos para mais perto, segurando sua mão, e o quarto se enche de uma nova esperança. A tempestade lá fora pode ter passado, mas a tempestade em nossos corações se acalma apenas agora, com ele de volta entre nós.
1 ano depois...Os dias se tornaram semanas, que viraram meses e por fim, um ano passou. Cheio de reviravoltas, finais, mas meu amor por Jessica se manteve maior. A quadrilha foi desmembrada de uma vez por todas, trazendo alívio para todos nós e principalmente para Claud. Meus gêmeos cresceram saudáveis e cada vez mais espertos, se desenvolvendo mais depois que Jessica e eu decidimos nos mudar para a fazenda. Quando tinha agenda de show, voltava à cidade, mas meu lar era a fazenda onde cresci, meus pés fincados na terra e para meus filhos assim seria também. Ah, e Claud? Bom, Claud esqueceu Soraya e engatou um romance com a enfermeira que cuidou dele, chamada Ana. Finalmente ele sabia o que era ser amado com reciprocidade, zelo e bem querer. 9 meses depois, estavam casados e felizes.Atualmente estão viajando pelo mundo! E eu sigo aqui, com minha mulher, aproveitando tudo o que posso.Estava aprov
Estava ajudando Jessica a arrumar as sacolas das crianças, eles iriam passar dois dias na casa dos meus sogros, enquanto eu iria para Nova York fazer o show de estreia do novo Álbum.— Amor aonde você colocou a chupeta do Will? — pergunto a Jessica.— Papai, papai! Mia pepeta, mia pepeta.— Já vai filho. — seguro ele nos braços indo pegar a chupeta. — Aqui rapazinho. Agora tá na hora de nanar, amanhã você a mamãe e Jeni vão passar o dia na casa do vovô e da vovó Morgan.— Não queio a tia é sata! — ele faz bico.Minha cunhada estaria em casa naquele final de semana, depois de meses sem conseguir vir.— Eu sei que ela implica com você só pra te ver bravo, mas não liga ela é um doce. — dou um beijo na testa do pequeno.— É um doce quando quer. — Jessica diz chegando com Jenipher nos braços.A pequena “cantava” a palavra papai, me fazendo sorrir.— Ela é a filhin