Haviam passado alguns dias, a cozinha estava impregnada com o aroma salgado do mar, e o som do óleo borbulhante preenchia o espaço. Jessica virou os peixes com uma destreza que só vem com a prática, a pele dourada e crocante contrastando com o interior suculento.
De repente, o som de uma notificação quebra a tranquilidade do momento. Era o meu celular, vibrando contra o balcão de mármore. Estendo a mão e pego o aparelho, meu coração batendo um pouco mais rápido ao ver o nome de Claud na tela. Mas quando atendo, não foi a voz familiar de meu sósia que ouvi.— Quem é você? Onde está o Claud?— Não se preocupe, Claud está seguro, por enquanto! — a voz do outro lado da linha era fria e calculista, fazendo meu coração acelerar. — Você não me conhece, mas eu conheço você, Theodore Smith.Sinto um calafrio percorrer minha espinha. Eu nunca tinha ouvido aquela voz antes, mas a ameaça implícita era clara.— O que você quer? — ela perguntou, tentO ar frio da noite de Nova York me envolve enquanto aguardo, o celular firmemente em mãos. O silêncio é quebrado pelo toque insistente do telefone, e eu atendo rapidamente.— Estou ouvindo. — Minha voz é calma, mas meu coração dispara com a possibilidade de cada palavra ser uma pista para o desfecho dessa situação.Do outro lado da linha, a voz dita as coordenadas do encontro.— Central Park, meia-noite. Não se atrase. E lembre-se, estamos de olho em você. — a ameaça implícita na voz do sequestrador é clara.Desligo o telefone e olho para o detetive, que assente, já ciente do plano. Nosso próximo movimento precisa ser calculado com precisão; qualquer erro pode custar caro.Nos dirigimos ao local marcado, a cidade passando por nós como um borrão. A tensão cresce à medida que nos aproximamos do Central Park, um vasto espaço aberto onde o rio reflete as luzes da metrópole.Chegamos com antecedência, o detetive e eu nos posicionamos
A chuva lá fora começa a diminuir, e o som das gotas batendo na janela traz um ritmo calmante ao quarto. A respiração dele era suave, quase imperceptível, mas cada suspiro é um lembrete de que o pior já passou. O silêncio se instala novamente, apenas o som da respiração e da chuva preenchendo o espaço. É um silêncio confortável, cheio de palavras não ditas e sentimentos compartilhados. De repente, ele se mexe na cama, e seus olhos começam a piscar lentamente.— Ele está acordando! — sussurro, e Jessica levanta a cabeça rapidamente.Os olhos dele se abrem, confusos no início, mas depois se fixam em nós. Um sorriso fraco aparece em seu rosto.— Vocês estão aqui — ele murmura, e sua voz é a melhor melodia que poderíamos ouvir.Nós nos inclinamos para mais perto, segurando sua mão, e o quarto se enche de uma nova esperança. A tempestade lá fora pode ter passado, mas a tempestade em nossos corações se acalma apenas agora, com ele de volta entre nós.
1 ano depois...Os dias se tornaram semanas, que viraram meses e por fim, um ano passou. Cheio de reviravoltas, finais, mas meu amor por Jessica se manteve maior. A quadrilha foi desmembrada de uma vez por todas, trazendo alívio para todos nós e principalmente para Claud. Meus gêmeos cresceram saudáveis e cada vez mais espertos, se desenvolvendo mais depois que Jessica e eu decidimos nos mudar para a fazenda. Quando tinha agenda de show, voltava à cidade, mas meu lar era a fazenda onde cresci, meus pés fincados na terra e para meus filhos assim seria também. Ah, e Claud? Bom, Claud esqueceu Soraya e engatou um romance com a enfermeira que cuidou dele, chamada Ana. Finalmente ele sabia o que era ser amado com reciprocidade, zelo e bem querer. 9 meses depois, estavam casados e felizes.Atualmente estão viajando pelo mundo! E eu sigo aqui, com minha mulher, aproveitando tudo o que posso.Estava aprov
Estava ajudando Jessica a arrumar as sacolas das crianças, eles iriam passar dois dias na casa dos meus sogros, enquanto eu iria para Nova York fazer o show de estreia do novo Álbum.— Amor aonde você colocou a chupeta do Will? — pergunto a Jessica.— Papai, papai! Mia pepeta, mia pepeta.— Já vai filho. — seguro ele nos braços indo pegar a chupeta. — Aqui rapazinho. Agora tá na hora de nanar, amanhã você a mamãe e Jeni vão passar o dia na casa do vovô e da vovó Morgan.— Não queio a tia é sata! — ele faz bico.Minha cunhada estaria em casa naquele final de semana, depois de meses sem conseguir vir.— Eu sei que ela implica com você só pra te ver bravo, mas não liga ela é um doce. — dou um beijo na testa do pequeno.— É um doce quando quer. — Jessica diz chegando com Jenipher nos braços.A pequena “cantava” a palavra papai, me fazendo sorrir.— Ela é a filhin
Depois que a turnê terminou eu voltei pra casa, Jessica estava em repouso absoluto e minha mãe veio ficar com ela e as crianças.— Família! Cheguei! — digo entrando em casa.— Filho! — minha mãe vem me abraçar. — Que saudades mãe! Obrigado por ter ficado aqui com eles!— Imagina filho, eu faço com prazer! — ela me dá um beijo na bochecha. — Os pequenos estão no quarto, tirando um cochilo. Jessica ainda está na cama, a médica disse que o repouso é pra ver só o bebê espera até dia vinte.— Okay, obrigado, vou ver os pequenos! — digo a ela seguindo na direção do quarto deles.A luz suave do entardecer entra pela janela, iluminando o ambiente. Ao abrir a porta, vejo os pequenos aninhados em suas camas, respirando tranquilamente. Willian, com seus cachinhos bagunçados, segura um ursinho de pelúcia com firmeza. Jenipher envolta em um cobertor fofo, suas mãozinhas fechadas em punhos. Me aproximo, sentindo
O tempo voava, como se as manhãs se desdobrassem em segundos. Jenipher e Willian, com suas mochilas coloridas e sorrisos ansiosos, seguiam para a pré-escola. Os passinhos miúdos ecoavam no corredor, e eu os observava com um misto de orgulho e nostalgia. Como cresceram rápido!Mas era a caçula, a pequena Mia, que me fazia hesitar. Com seus três anos, ela estava prestes a enfrentar seu primeiro dia na creche. A mochila dela era quase do seu tamanho, e seus olhinhos curiosos buscavam respostas. Jessica ainda achava cedo para ela ir, mas sabia que seria bom para seu crescimento.O primeiro lugar que vou é a pré-escola o corredor estava repleto de expectativa e alegria. Jenipher e Willian, mãos dadas, entraram na sala de aula, onde a professora os aguardava com um sorriso acolhedor. As mochilas foram cuidadosamente penduradas nos ganchos numerados, e os pequenos rostos se iluminaram ao ver os brinquedos e livros coloridos dispostos nas mesinhas baixas.Willian,
Depois do evento especial de aniversário de vinte anos do Bulletproof finalmente tiramos três meses de férias.Estava na cozinha, vendo minha linda esposa preparando o almoço. Um suave aroma de temperos e amor. Jessica estava os cabelos presos em um coque despretensioso, mexia habilmente os ingredientes na panela. Seus olhos brilhavam, e eu sabia que ela estava preparando algo especial.Me aproximei e a abracei por trás. Ela se virou, surpresa, e sorriu para mim. — O que você está fazendo? — perguntei, curioso.Ela riu, os olhos ainda brilhando. — Estou fazendo seu prato favorito! — disse ela. Eu a beijei suavemente, sentindo a textura dos seus lábios contra os meus. — Você é incrível! — murmurei. — Como consegui ser tão sortudo?Ela riu novamente, e eu a puxei para mais perto. — Talvez seja porque você tem um gosto excelente para escolher esposas. — brincou ela.Sorrio e a puxo pra um bei
Dois anos depois, nos mudamos pra Nova York, por causa da faculdade dos gêmeos.Estava sentado no sofá, ouvindo uma das demos do novo álbum, quando ouço vozes na porta da frente, mas logo reconheci serem meus filhos.— Jenipher caramba eu tava com a razão! — ouço a voz do meu filho e olho na direção da porta.— Razão? Você perdeu toda a razão quando…— O que ouve com o seu rosto? — digo ao ver a marca roxa no olho esquerdo dele.Me levantando imediatamente.— Ele brigou com um cara na frente da faculdade, se não fosse o Samuel aparecer pra apartar nem sei, acho que teria que levar ele pro hospital. — Jenipher me responde.— Filho, você não é disso o que aconteceu? — pergunto preocupado.— Bom foi o seguinte… — ele para de falar e olha para trás de mim. — Oi mãe…— Brigando na faculdade? Jessica estava parada na entrada, segurando nosso filho caçula no colo. O pequeno de 6 meses, mordia um cach