Isabel se sentiu novamente cheia de felicidade. Ela se recostou na cabeceira da cama, olhando pela janela. Se...Isso a faria ainda mais feliz....À noite, Isabel pretendia voltar para casa, mas Jorge foi visitá-la e insistiu em fazer um exame completo, determinando que ela ficasse no hospital por mais dois dias. Felizmente, Nadia estava fora de perigo.Isabel estava sozinha no quarto do hospital, extremamente entediada. Não havia nada de errado com ela, mas não a deixavam sair. Ela estava sendo observada de perto, como um animal protegido.Seu celular vibrou com uma nova mensagem de Lívia: "Bela, os bolinhos de carne estão a caminho!"Pensar nos bolinhos de carne feitos por sua sogra fez Isabel se sentir um pouco menos entediada. Ela lavou algumas frutas e preparou duas xícaras de chá, esperando a chegada de Marina e Lívia.Quando bateram na porta do quarto, Isabel imediatamente disse:- Entre!Se virando alegremente, Isabel ficou surpresa ao ver quem entrou.José?Ele carregava uma
Ele não disse nada, apenas a encarou.Isabel se sentiu um pouco desconfortável sob aquele olhar fixo e baixou a cabeça para comer o bolinho de carne. Depois de um tempo, levantou os olhos novamente e percebeu que ele ainda a observava.- Olhando para mim, você consegue se sentir satisfeito? Coma a sua comida, pare de me olhar! - Isabel rapidamente pegou um bolinho de carne e colocou na tigela dele.Ele baixou a cabeça, olhou para o bolinho de carne na tigela e franziu a testa.Isabel de repente pareceu lembrar de algo e rapidamente retirou o bolinho de carne da tigela dele.José ficou confuso.O que ela estava fazendo? Praticando o uso de talheres?- Eu me esqueci, você não gosta que os outros coloquem comida para você. - Isabel resmungou enquanto enchia a boca.José permaneceu em silêncio, soltando por fim um suspiro.- Antes, você não era tão obediente. - Ele disse com uma voz grave, como se estivesse refletindo sobre algo.- Porque antes eu era sua esposa e as esposas podem fazer o
Isabel ficou atordoada. Ele cruzou os braços e olhou para Isabel, capturando sua expressão atônita:- Não pode?- Parece que não é apropriado. - Isabel disse baixinho.- O que não é apropriado? - José sorriu levemente.- Nós, um homem e uma mulher sozinhos juntos, não é apropriado. - Isabel disse seriamente.- Não é apropriado? - Ele estreitou os olhos e de repente se levantou, caminhando em direção à cama de Isabel.Isabel teve uma sensação ruim. Ela se encolheu na cama, e José se inclinou, apoiando as mãos ao lado de suas orelhas:- Naquele dia no carro, você não disse isso.Isabel estava confusa:- Naquele dia no carro?Qual dia?Espere, ela esqueceu de algo?- Naquele dia no bar, você bebeu demais e no caminho de volta começou a me apalpar. Srta. Isabel esqueceu? - Os olhos de José se estreitaram levemente, com um toque de provocação.Isabel engasgou ao lembrar, naquele dia no bar...Ele lhe deu alguns segundos para se lembrar!Ela e Clara estavam bebendo no bar, encontraram Enzo e
José abriu o celular para iluminar e viu Isabel de repente se aproximar e se aconchegar em seu peito.- Isabel? - José não pôde deixar de chamá-la.Ela não respondeu.O sofá já era pequeno, e as costas de José estavam pressionadas contra o encosto. Isabel se mexeu, e José, instintivamente, segurou a mão dela, puxando ela para perto de si.Com tão pouco espaço, qualquer movimento poderia fazê-la cair.Ela estava sonâmbula?...De manhã, a chuva forte parou, o ar em Cidade A estava incrivelmente fresco. A enfermeira entrou para tirar sangue e viu os dois dormindo abraçados no sofá.A enfermeira deu uma olhada furtiva, sem querer perturbar, e foi para outro quarto.Um leve som, a porta se fechou.Isabel franziu ligeiramente a testa e abriu os olhos lentamente.A primeira coisa que viu foi o rosto bonito e definido de José. Isabel levou um susto, quase caindo do sofá.Até que sentiu um aperto na cintura, sendo puxada para os braços dele.Ele abriu os olhos, suas longas e densas pestanas se
Ele levantou a cabeça, respondeu e continuou a ajeitar a gravata, como se não se importasse nem um pouco.Não se podia negar, aquele homem era realmente muito charmoso. Mesmo com a aparência ligeiramente sonolenta ao acordar.Ele pressionou os lábios, pegou o paletó que estava ao lado. Isabel observava seus longos dedos abotoarem o casaco, um a um.Carolina tinha muita sorte.- Estou indo. - Ele disse.Isabel permaneceu onde estava, olhando as costas dele enquanto saía, suspirando em seu coração.Ao chegar à porta, ele parou de repente. Ele se virou e olhou para Isabel.Isabel também olhou para ele.De repente, ele levantou a ponta dos lábios, arqueou uma sobrancelha e disse despreocupadamente:- A cintura da Srta. Isabel é realmente macia.Isabel ficou sem palavras.Se lembrando de como tinha se enfiado no abraço dele durante a noite, Isabel sentiu uma onda de vergonha, que falta de dignidade.Não era apenas uma tempestade com trovões, o que havia para temer?Que vergonha!Além disso,
- Aurora, deixe-me sair do hospital! Eu realmente estou bem!Aurora veio visitar Isabel, que segurou o braço de Aurora, pedindo com uma expressão lamentável para ser liberada.Aurora folheava os exames de Isabel, falando preguiçosamente:- Não sou eu quem não deixa você sair, é o Sr. Jorge que não permite. Eu não posso fazer nada!- Ah! - Isabel se sentou na cama, desanimada, olhando para Aurora com um beicinho. - Quero voltar a trabalhar. Amo muito meu trabalho, Aurora, você entende?Aurora riu.Isabel entrava na sala de cirurgia com ela todos os dias, estava sempre muito ocupada e ainda era criticada. Será que ela realmente amava o trabalho?- Tudo bem, vou falar com o Sr. Jorge. - Aurora disse, dando um tapinha na cabeça de Isabel.Isabel instantaneamente ficou comportada como uma criança.- Posso ver a Nadia? - Isabel perguntou a Aurora.Aurora assentiu:- Claro que pode.Isabel imediatamente trocou de sapatos e seguiu Aurora até o quarto de Nadia.Nadia ainda estava em estado grav
Isabel virou a cabeça e ficou surpresa ao ver quem entrava. Se levantou rapidamente:- Daniel.Daniel estava vestido com um terno preto e usava óculos de armação dourada, conferindo-lhe uma elegância discreta.Ele carregava um buquê de flores e uma sacola de comida, fazendo uma piada:- Vim ver a grande heroína.Isabel fez um beicinho:- Que grande heroína, no fim das contas, foi outra pessoa que levou a facada por mim.- O quê, você está desapontada por não ter sido você a levar a facada? - Ele colocou a sacola de comida no chão e entregou as flores a Isabel. - São frescas.Isabel olhou para o buquê em seus braços, se sentindo tocada.Em todos esses anos, nunca tinha recebido flores de José.- Obrigada. - Isabel sorriu. - Eu adorei.- Comprei um pouco de comida para você. Não sei se é do seu gosto. - Ele apontou para as coisas no criado-mudo e se sentou casualmente na cadeira.- Comida comprada pelo Sr. Mello com certeza será do meu gosto. - Isabel arqueou as sobrancelhas, num tom lev
Daniel disse isso e lançou um olhar intencional para José. José estava sem expressão, olhando fixamente para ele, se olhares pudessem matar, Daniel achava que já estaria morto. Daniel curvou os lábios em um sorriso satisfeito e saiu.No momento em que a porta do quarto se fechou, os punhos de José começaram a se fechar lentamente.- Você não vai embora? - A pergunta de Isabel soou em seu ouvido.José lançou um olhar rápido para Isabel e não pôde deixar de sorrir.- Isabel, eu vim te trazer o jantar e mal me sentei por cinco minutos e já quer que eu vá embora? "Pelo contrário, quando Daniel estava saindo, você estava toda triste querendo acompanhá-lo!Essa mulher ingrata muda de coração rápido demais!"Isabel olhou para o horário no celular e resmungou:- Já passaram mais de cinco minutos...José ficou sem palavras. Ele lançou um olhar severo para Isabel.Isabel fez um beicinho e apontou para a cadeira, com um toque mais suave na voz:- Sr. Silva, por favor, se sente.José ficou furios