Daniel disse isso e lançou um olhar intencional para José. José estava sem expressão, olhando fixamente para ele, se olhares pudessem matar, Daniel achava que já estaria morto. Daniel curvou os lábios em um sorriso satisfeito e saiu.No momento em que a porta do quarto se fechou, os punhos de José começaram a se fechar lentamente.- Você não vai embora? - A pergunta de Isabel soou em seu ouvido.José lançou um olhar rápido para Isabel e não pôde deixar de sorrir.- Isabel, eu vim te trazer o jantar e mal me sentei por cinco minutos e já quer que eu vá embora? "Pelo contrário, quando Daniel estava saindo, você estava toda triste querendo acompanhá-lo!Essa mulher ingrata muda de coração rápido demais!"Isabel olhou para o horário no celular e resmungou:- Já passaram mais de cinco minutos...José ficou sem palavras. Ele lançou um olhar severo para Isabel.Isabel fez um beicinho e apontou para a cadeira, com um toque mais suave na voz:- Sr. Silva, por favor, se sente.José ficou furios
Esta era uma pergunta que ele mesmo não conseguia responder.- Você não quer mais se divorciar? - Isabel perguntou novamente.José permaneceu em silêncio por um momento.Os cílios de Isabel tremeram e o tom de brincadeira deu lugar a uma seriedade crescente.O quarto estava incrivelmente silencioso e o som da respiração quente de ambos era claramente audível. Isabel observou a respiração de José se tornar ofegante, até que ele, perdido, a empurrou.- Não se iluda. - Ele disse. Ele nunca se apaixonaria por Isabel.A resposta fria e desoladora deixou Isabel um pouco atordoada.- Não se iluda. - Ela murmurou, repetindo a resposta de José.Ele já havia dito essas palavras a Isabel inúmeras vezes.José se endireitou, puxou a gola da camisa e engoliu em seco. Ele não ousou olhar para Isabel novamente, fixando o olhar na janela.Isabel ficou olhando suas costas por um bom tempo, e finalmente sorriu:- Eu estava brincando, parece que você ficou nervoso.- Não faça esse tipo de piada sem sentid
Até que os passos pararam.Quando Isabel levantou a cabeça sem querer, viu aquele homem familiar.Isabel lentamente abaixou o que estava segurando e se levantou, então olhou o homem de cima a baixo.- José, o que aconteceu com você? - Isabel estava um pouco atordoada.Nina ouviu e olhou. Viu que o cabelo de José estava molhado pela chuva e ele estava olhando para Isabel com uma expressão visivelmente aflita e ansiosa.Atrás de José estavam Vitor e dois seguranças do hospital.- Por que você não atende o telefone? - Quando ele falou, sua voz estava cheia de reprovação, e a raiva era evidente.Isabel tocou o bolso. Telefone?Ela se lembrou de que esqueceu o telefone no quarto ao trocar de roupa.- O celular está no quarto. - Isabel apontou apaticamente para o andar de baixo.José deu um passo à frente. Ele olhou para Isabel, obviamente querendo dizer muitas coisas, mas acabou não falando nada."No quarto...Essa mulher estúpida sabia que não atender o telefone no meio da noite, e ainda n
Isabel apertou o celular, confirmando aquele pensamento em seu coração. Ele não conseguia encontrá-la à noite e estava desesperado. José estava começando a ter sentimentos por ela, certo?- Amanhã você terá alta? - Ele perguntou de repente.Isabel desligou o celular e, ao levantar a cabeça, viu José segurando o secador de cabelo, prestes a usá-lo. Ela assentiu ligeiramente:- Sim.- Não precisa que Daniel venha te buscar. Eu te levo para casa. - Disse ele, começando a secar o cabelo.Isabel se enrolou no cobertor, resmungando:- Não precisa incomodar o Sr. Silva.Ele riu friamente, passou os dedos pelo cabelo e desligou o secador. Jogou ele no armário e, em seguida, lançou um olhar para Isabel:- Se não quer me incomodar, então faça o que eu digo.Isabel ficou sem palavras. Esse homem era realmente autoritário e irracional.- Minha identidade estará pronta depois de amanhã. - Disse ela.- Entendi. - Ele respondeu de forma abafada, se deitando no sofá.Isabel olhou para ele, não consegu
- Não diga meu nome, isso me enoja! - Isabel disse entre os dentes.Se um segundo atrás ainda havia alguma ternura, agora só restava frieza.José segurava o casaco, rindo friamente. Enojada? Esse jeito espinhoso combinava bem com a personalidade arrogante de Isabel!- Vá ver sua Carolina, vá casar com ela. Eu os abençoo! - Isabel pegou a maçã do criado-mudo e atirou em José. - Vá embora!Ela não suportava a presença dele nem por mais um segundo!A vida de Carolina era importante, mas a dela não? Dizer que elas eram diferentes? De fato, Isabel era muito mais digna do que Carolina!José, atingido pela maçã, perdeu completamente a paciência e olhou furioso para Isabel, murmurando:- Incompreensível!Sem dizer mais nada, ele saiu sem olhar para trás.Isabel agarrou o cobertor com força, ouvindo a porta do quarto bater com um estrondo. De repente, o quarto ficou silencioso. Naquele instante, algo queimou as costas de sua mão......De manhã cedo, Isabel, sem conseguir dormir a noite toda, s
- Isabel, você é desprezível! Quanto tempo faz desde o caso das Ervas da Floresta Amazônica? Por que expor isso agora? Será que é porque o José quer se divorciar de você, então você está se vingando da família Soares?Isabel olhou para Carolina, entendendo o motivo de sua raiva. Afinal, Carolina achava que Isabel havia revelado o caso.Isabel se levantou e Carolina tentou empurrá-la novamente.Isabel afastou a mão de Carolina, fazendo ela recuar dois passos.Carolina franziu a testa, encarando Isabel.Isabel, elegantemente, ajeitou as roupas e os cabelos, levantou os olhos e finalmente olhou para Carolina:- Não fui eu.- Pare de fingir! Isabel, você sempre age como se estivesse acima de tudo, mas na verdade, você é a mais desprezível e sem vergonha! - Carolina apontou o dedo para Isabel, os olhos vermelhos de raiva.Com a revelação do caso das Ervas da Floresta Amazônica, a família Soares se tornou alvo de críticas.Não era apenas a imagem da família Soares que estava em jogo, mas tam
Cirurgia CardiotorácicaIsabel tinha acabado de abrir a porta do escritório quando ouviu Sarah comentar:- A família Soares realmente se envergonhou dessa vez. Anunciaram cedo para a mídia que iam enviar Ervas da Floresta Amazônica, e acabaram mandando falsificações!Outro médico concordou com a cabeça:- Pois é, isso é o que chamam de dar um tiro no próprio pé.- Dra. Isabel! - Sarah acenou para Isabel. - Está se sentindo bem? Recebeu alta?Isabel assentiu com a cabeça.Sarah se aproximou, arregalando os olhos de curiosidade:- Dra. Isabel, como você conseguiu as Ervas da Floresta Amazônica?Isabel abriu a boca, sem saber como responder. Deveria contar que ela era a Deusa S de Base I e tinha tudo o que queria?Enquanto Isabel ponderava, outro médico riu e empurrou levemente Sarah.- Você se esqueceu? A família Castro é uma família tradicional na medicina, que tipo de erva eles não têm? Uma simples Ervas da Floresta Amazônica não é nada para eles!Isabel pausou e assentiu:- Sim, eram
- Vagabunda, desprezível! - Carolina continuava a bater em Isabel.Isabel, com um movimento rápido, segurou o braço de Carolina e a empurrou para trás.Com a testa franzida e uma expressão severa no rosto bonito, Isabel gritou:- Você não vai parar?O quarto ficou em silêncio imediatamente.Carolina caiu no chão, o rosto vermelho de raiva e vergonha, com a camisa desabotoada, faltando dois botões.Ela levantou a cabeça, lágrimas escorrendo ao olhar para Isabel:- Isabel, você me bateu?- E daí? Não deveria bater? Você está agindo como uma louca! - A voz de Isabel estava fria e baixa.Carolina apontou para Isabel, ofegante e chorando intensamente.Pegando o telefone, ela ligou para José, chorando:- Zé, a Isabel me bateu, venha rápido!- Você... - Sarah apontou para Carolina, exclamando. - Nós duas brigamos e você envolve a Dra. Isabel?Carolina se ajoelhou no chão, uma mão segurando o rosto, olhando para Isabel com um olhar ressentido. Para ela, Sarah não era ninguém, Isabel era sua v