Ele levantou a cabeça, respondeu e continuou a ajeitar a gravata, como se não se importasse nem um pouco.Não se podia negar, aquele homem era realmente muito charmoso. Mesmo com a aparência ligeiramente sonolenta ao acordar.Ele pressionou os lábios, pegou o paletó que estava ao lado. Isabel observava seus longos dedos abotoarem o casaco, um a um.Carolina tinha muita sorte.- Estou indo. - Ele disse.Isabel permaneceu onde estava, olhando as costas dele enquanto saía, suspirando em seu coração.Ao chegar à porta, ele parou de repente. Ele se virou e olhou para Isabel.Isabel também olhou para ele.De repente, ele levantou a ponta dos lábios, arqueou uma sobrancelha e disse despreocupadamente:- A cintura da Srta. Isabel é realmente macia.Isabel ficou sem palavras.Se lembrando de como tinha se enfiado no abraço dele durante a noite, Isabel sentiu uma onda de vergonha, que falta de dignidade.Não era apenas uma tempestade com trovões, o que havia para temer?Que vergonha!Além disso,
- Aurora, deixe-me sair do hospital! Eu realmente estou bem!Aurora veio visitar Isabel, que segurou o braço de Aurora, pedindo com uma expressão lamentável para ser liberada.Aurora folheava os exames de Isabel, falando preguiçosamente:- Não sou eu quem não deixa você sair, é o Sr. Jorge que não permite. Eu não posso fazer nada!- Ah! - Isabel se sentou na cama, desanimada, olhando para Aurora com um beicinho. - Quero voltar a trabalhar. Amo muito meu trabalho, Aurora, você entende?Aurora riu.Isabel entrava na sala de cirurgia com ela todos os dias, estava sempre muito ocupada e ainda era criticada. Será que ela realmente amava o trabalho?- Tudo bem, vou falar com o Sr. Jorge. - Aurora disse, dando um tapinha na cabeça de Isabel.Isabel instantaneamente ficou comportada como uma criança.- Posso ver a Nadia? - Isabel perguntou a Aurora.Aurora assentiu:- Claro que pode.Isabel imediatamente trocou de sapatos e seguiu Aurora até o quarto de Nadia.Nadia ainda estava em estado grav
Isabel virou a cabeça e ficou surpresa ao ver quem entrava. Se levantou rapidamente:- Daniel.Daniel estava vestido com um terno preto e usava óculos de armação dourada, conferindo-lhe uma elegância discreta.Ele carregava um buquê de flores e uma sacola de comida, fazendo uma piada:- Vim ver a grande heroína.Isabel fez um beicinho:- Que grande heroína, no fim das contas, foi outra pessoa que levou a facada por mim.- O quê, você está desapontada por não ter sido você a levar a facada? - Ele colocou a sacola de comida no chão e entregou as flores a Isabel. - São frescas.Isabel olhou para o buquê em seus braços, se sentindo tocada.Em todos esses anos, nunca tinha recebido flores de José.- Obrigada. - Isabel sorriu. - Eu adorei.- Comprei um pouco de comida para você. Não sei se é do seu gosto. - Ele apontou para as coisas no criado-mudo e se sentou casualmente na cadeira.- Comida comprada pelo Sr. Mello com certeza será do meu gosto. - Isabel arqueou as sobrancelhas, num tom lev
Daniel disse isso e lançou um olhar intencional para José. José estava sem expressão, olhando fixamente para ele, se olhares pudessem matar, Daniel achava que já estaria morto. Daniel curvou os lábios em um sorriso satisfeito e saiu.No momento em que a porta do quarto se fechou, os punhos de José começaram a se fechar lentamente.- Você não vai embora? - A pergunta de Isabel soou em seu ouvido.José lançou um olhar rápido para Isabel e não pôde deixar de sorrir.- Isabel, eu vim te trazer o jantar e mal me sentei por cinco minutos e já quer que eu vá embora? "Pelo contrário, quando Daniel estava saindo, você estava toda triste querendo acompanhá-lo!Essa mulher ingrata muda de coração rápido demais!"Isabel olhou para o horário no celular e resmungou:- Já passaram mais de cinco minutos...José ficou sem palavras. Ele lançou um olhar severo para Isabel.Isabel fez um beicinho e apontou para a cadeira, com um toque mais suave na voz:- Sr. Silva, por favor, se sente.José ficou furios
Esta era uma pergunta que ele mesmo não conseguia responder.- Você não quer mais se divorciar? - Isabel perguntou novamente.José permaneceu em silêncio por um momento.Os cílios de Isabel tremeram e o tom de brincadeira deu lugar a uma seriedade crescente.O quarto estava incrivelmente silencioso e o som da respiração quente de ambos era claramente audível. Isabel observou a respiração de José se tornar ofegante, até que ele, perdido, a empurrou.- Não se iluda. - Ele disse. Ele nunca se apaixonaria por Isabel.A resposta fria e desoladora deixou Isabel um pouco atordoada.- Não se iluda. - Ela murmurou, repetindo a resposta de José.Ele já havia dito essas palavras a Isabel inúmeras vezes.José se endireitou, puxou a gola da camisa e engoliu em seco. Ele não ousou olhar para Isabel novamente, fixando o olhar na janela.Isabel ficou olhando suas costas por um bom tempo, e finalmente sorriu:- Eu estava brincando, parece que você ficou nervoso.- Não faça esse tipo de piada sem sentid
Até que os passos pararam.Quando Isabel levantou a cabeça sem querer, viu aquele homem familiar.Isabel lentamente abaixou o que estava segurando e se levantou, então olhou o homem de cima a baixo.- José, o que aconteceu com você? - Isabel estava um pouco atordoada.Nina ouviu e olhou. Viu que o cabelo de José estava molhado pela chuva e ele estava olhando para Isabel com uma expressão visivelmente aflita e ansiosa.Atrás de José estavam Vitor e dois seguranças do hospital.- Por que você não atende o telefone? - Quando ele falou, sua voz estava cheia de reprovação, e a raiva era evidente.Isabel tocou o bolso. Telefone?Ela se lembrou de que esqueceu o telefone no quarto ao trocar de roupa.- O celular está no quarto. - Isabel apontou apaticamente para o andar de baixo.José deu um passo à frente. Ele olhou para Isabel, obviamente querendo dizer muitas coisas, mas acabou não falando nada."No quarto...Essa mulher estúpida sabia que não atender o telefone no meio da noite, e ainda n
Isabel apertou o celular, confirmando aquele pensamento em seu coração. Ele não conseguia encontrá-la à noite e estava desesperado. José estava começando a ter sentimentos por ela, certo?- Amanhã você terá alta? - Ele perguntou de repente.Isabel desligou o celular e, ao levantar a cabeça, viu José segurando o secador de cabelo, prestes a usá-lo. Ela assentiu ligeiramente:- Sim.- Não precisa que Daniel venha te buscar. Eu te levo para casa. - Disse ele, começando a secar o cabelo.Isabel se enrolou no cobertor, resmungando:- Não precisa incomodar o Sr. Silva.Ele riu friamente, passou os dedos pelo cabelo e desligou o secador. Jogou ele no armário e, em seguida, lançou um olhar para Isabel:- Se não quer me incomodar, então faça o que eu digo.Isabel ficou sem palavras. Esse homem era realmente autoritário e irracional.- Minha identidade estará pronta depois de amanhã. - Disse ela.- Entendi. - Ele respondeu de forma abafada, se deitando no sofá.Isabel olhou para ele, não consegu
- Não diga meu nome, isso me enoja! - Isabel disse entre os dentes.Se um segundo atrás ainda havia alguma ternura, agora só restava frieza.José segurava o casaco, rindo friamente. Enojada? Esse jeito espinhoso combinava bem com a personalidade arrogante de Isabel!- Vá ver sua Carolina, vá casar com ela. Eu os abençoo! - Isabel pegou a maçã do criado-mudo e atirou em José. - Vá embora!Ela não suportava a presença dele nem por mais um segundo!A vida de Carolina era importante, mas a dela não? Dizer que elas eram diferentes? De fato, Isabel era muito mais digna do que Carolina!José, atingido pela maçã, perdeu completamente a paciência e olhou furioso para Isabel, murmurando:- Incompreensível!Sem dizer mais nada, ele saiu sem olhar para trás.Isabel agarrou o cobertor com força, ouvindo a porta do quarto bater com um estrondo. De repente, o quarto ficou silencioso. Naquele instante, algo queimou as costas de sua mão......De manhã cedo, Isabel, sem conseguir dormir a noite toda, s