Isabel rolou agilmente para o lado, fazendo com que a adaga nas mãos de Isaac errasse o alvo. Ele cerrou os dentes, com as veias saltando em sua testa, e praguejou:- Não se esconda!Isabel não era tola, claro que iria se esconder. Isaac lançou um olhar feroz para ela, enquanto Isabel se levantava lentamente, deixando cair a agulha de prata da manga, prendendo ela entre os dedos. Vendo que não conseguiria se aproximar de Isabel, Isaac de repente olhou para Nadia. Ela hesitou por um momento, e Isaac agarrou seu braço, puxando ela para frente e colocando a adaga contra seu pescoço.- Nos deixe sair, ou eu a mato! - Gritou Isaac para Isabel.Isabel ficou mais uma vez chocada com aquele homem.- Isaac, ela é sua esposa. Vocês compartilharam a mesma cama por anos! - Lembrou Isabel.Mas Isabel se esqueceu de que, para Isaac, Nadia não passava de uma ferramenta para gerar filhos! E, como não podia ter filhos, era uma ferramenta que merecia morrer!Que triste.- Pare de falar e nos deixe sair
- Nadia, eu disse que iria te tratar e eu vou te curar. - Isabel se virou para os médicos do lado de fora, chamando. - Aurora, Nadia está ferida.- Dra. Isabel, obrigada. Mesmo que eu morra, não tem problema. - A voz de Nadia era suave e delicada.Naquele momento, Isabel sentiu uma imensa compaixão por ela. Quem não gostaria de ser uma mulher bonita e elegante? Mas a vida a empurrou para se tornar uma simples camponesa.Isaac foi levado pela polícia. No entanto, o coração de Isabel ainda estava apreensivo, incapaz de se acalmar. Ela sempre considerou Nadia uma pessoa fraca, desprezando essa fraqueza. Mas, quando Isaac avançou contra ela, Nadia, essa pessoa aparentemente fraca, se colocou na sua frente.Enquanto via os médicos levarem Nadia, a testa de Isabel se contraiu de forma visível.- Isabel, você está bem? - A voz de Aurora chegou aos seus ouvidos.Isabel levantou a cabeça, os olhos um pouco perdidos.Aurora franziu a testa e ajudou Isabel a se levantar:- Você está assustada?-
Isabel levantou a cabeça, se apoiando no próprio ombro. Para sua surpresa, viu Marina e Lívia, ambas apressadas e com os olhos cheios de preocupação.- Bela, o que aconteceu? Assim que vimos a notícia, viemos imediatamente! - Marina estava visivelmente preocupada, examinando Isabel de cima a baixo.Isabel olhou para as duas e pensou na família que chegou para vê-la logo após o incidente. Comparada a Nadia, ela se sentia verdadeiramente sortuda.- Avó, estou bem. - Isabel abriu os braços, quase pronta para pular da cama de tão animada.- Eu vi nas notícias que você foi feita refém, fiquei apavorada! - Marina deu um leve toque na testa de Isabel. - Você é uma menina travessa!Lívia, ao ver que Isabel estava bem, também soltou um suspiro de alívio.- Avó, Lívia, desculpem por preocupá-las. Sinto muito. - Isabel fez uma cara de triste, brincando com a situação.As duas se entreolharam e riram:- Até numa situação dessas, você continua a mesma!- Ah, eu não faço isso porque sei que vocês me
Isabel se sentiu novamente cheia de felicidade. Ela se recostou na cabeceira da cama, olhando pela janela. Se...Isso a faria ainda mais feliz....À noite, Isabel pretendia voltar para casa, mas Jorge foi visitá-la e insistiu em fazer um exame completo, determinando que ela ficasse no hospital por mais dois dias. Felizmente, Nadia estava fora de perigo.Isabel estava sozinha no quarto do hospital, extremamente entediada. Não havia nada de errado com ela, mas não a deixavam sair. Ela estava sendo observada de perto, como um animal protegido.Seu celular vibrou com uma nova mensagem de Lívia: "Bela, os bolinhos de carne estão a caminho!"Pensar nos bolinhos de carne feitos por sua sogra fez Isabel se sentir um pouco menos entediada. Ela lavou algumas frutas e preparou duas xícaras de chá, esperando a chegada de Marina e Lívia.Quando bateram na porta do quarto, Isabel imediatamente disse:- Entre!Se virando alegremente, Isabel ficou surpresa ao ver quem entrou.José?Ele carregava uma
Ele não disse nada, apenas a encarou.Isabel se sentiu um pouco desconfortável sob aquele olhar fixo e baixou a cabeça para comer o bolinho de carne. Depois de um tempo, levantou os olhos novamente e percebeu que ele ainda a observava.- Olhando para mim, você consegue se sentir satisfeito? Coma a sua comida, pare de me olhar! - Isabel rapidamente pegou um bolinho de carne e colocou na tigela dele.Ele baixou a cabeça, olhou para o bolinho de carne na tigela e franziu a testa.Isabel de repente pareceu lembrar de algo e rapidamente retirou o bolinho de carne da tigela dele.José ficou confuso.O que ela estava fazendo? Praticando o uso de talheres?- Eu me esqueci, você não gosta que os outros coloquem comida para você. - Isabel resmungou enquanto enchia a boca.José permaneceu em silêncio, soltando por fim um suspiro.- Antes, você não era tão obediente. - Ele disse com uma voz grave, como se estivesse refletindo sobre algo.- Porque antes eu era sua esposa e as esposas podem fazer o
Isabel ficou atordoada. Ele cruzou os braços e olhou para Isabel, capturando sua expressão atônita:- Não pode?- Parece que não é apropriado. - Isabel disse baixinho.- O que não é apropriado? - José sorriu levemente.- Nós, um homem e uma mulher sozinhos juntos, não é apropriado. - Isabel disse seriamente.- Não é apropriado? - Ele estreitou os olhos e de repente se levantou, caminhando em direção à cama de Isabel.Isabel teve uma sensação ruim. Ela se encolheu na cama, e José se inclinou, apoiando as mãos ao lado de suas orelhas:- Naquele dia no carro, você não disse isso.Isabel estava confusa:- Naquele dia no carro?Qual dia?Espere, ela esqueceu de algo?- Naquele dia no bar, você bebeu demais e no caminho de volta começou a me apalpar. Srta. Isabel esqueceu? - Os olhos de José se estreitaram levemente, com um toque de provocação.Isabel engasgou ao lembrar, naquele dia no bar...Ele lhe deu alguns segundos para se lembrar!Ela e Clara estavam bebendo no bar, encontraram Enzo e
José abriu o celular para iluminar e viu Isabel de repente se aproximar e se aconchegar em seu peito.- Isabel? - José não pôde deixar de chamá-la.Ela não respondeu.O sofá já era pequeno, e as costas de José estavam pressionadas contra o encosto. Isabel se mexeu, e José, instintivamente, segurou a mão dela, puxando ela para perto de si.Com tão pouco espaço, qualquer movimento poderia fazê-la cair.Ela estava sonâmbula?...De manhã, a chuva forte parou, o ar em Cidade A estava incrivelmente fresco. A enfermeira entrou para tirar sangue e viu os dois dormindo abraçados no sofá.A enfermeira deu uma olhada furtiva, sem querer perturbar, e foi para outro quarto.Um leve som, a porta se fechou.Isabel franziu ligeiramente a testa e abriu os olhos lentamente.A primeira coisa que viu foi o rosto bonito e definido de José. Isabel levou um susto, quase caindo do sofá.Até que sentiu um aperto na cintura, sendo puxada para os braços dele.Ele abriu os olhos, suas longas e densas pestanas se
Ele levantou a cabeça, respondeu e continuou a ajeitar a gravata, como se não se importasse nem um pouco.Não se podia negar, aquele homem era realmente muito charmoso. Mesmo com a aparência ligeiramente sonolenta ao acordar.Ele pressionou os lábios, pegou o paletó que estava ao lado. Isabel observava seus longos dedos abotoarem o casaco, um a um.Carolina tinha muita sorte.- Estou indo. - Ele disse.Isabel permaneceu onde estava, olhando as costas dele enquanto saía, suspirando em seu coração.Ao chegar à porta, ele parou de repente. Ele se virou e olhou para Isabel.Isabel também olhou para ele.De repente, ele levantou a ponta dos lábios, arqueou uma sobrancelha e disse despreocupadamente:- A cintura da Srta. Isabel é realmente macia.Isabel ficou sem palavras.Se lembrando de como tinha se enfiado no abraço dele durante a noite, Isabel sentiu uma onda de vergonha, que falta de dignidade.Não era apenas uma tempestade com trovões, o que havia para temer?Que vergonha!Além disso,