- Ah, a Nadia tentou pular do prédio e ele a salvou. - Isabel estava olhando para o machucado no pulso.Sua ferida não era grave, apenas tinha arranhado um pouco a pele. Isabel não pôde deixar de pensar na mão de José, que estava bem mais machucada.- Quero dizer, quando você entrou no meu carro agora, José viu. - Daniel acrescentou.Isabel ficou surpresa por um momento.- É mesmo? E daí? - Isabel sorriu para Daniel.Daniel ficou intrigado:- Você realmente não o ama mais?- Amar ou não, não importa mais, não é? - Isabel abaixou o braço e olhou pela janela do carro.Amar não trazia resultados, não amar também não. Amar ou não, realmente importava?- Daniel. - Isabel apontou para fora da janela.Uma pequena praça com fonte estava cheia de gente. Daniel entendeu o que Isabel queria dizer. Isabel saiu do carro e estava prestes a lembrar Daniel de tomar cuidado na volta para casa, quando viu que ele também havia descido.- Eu vou brincar um pouco e depois pego um táxi para casa. - Isabel d
No dia seguinte.O céu estava nublado e uma névoa envolvia a paisagem do lado de fora. Isabel foi despertada pelo som do telefone.Ela se virou na cama e viu que era Davi ligando. Isabel desligou a chamada. Esse garoto nunca tinha nada importante para dizer.Mas, logo em seguida, Davi ligou novamente, aparentemente com algo sério.Com os olhos fechados, Isabel atendeu a ligação e respondeu friamente:- Fala.Davi, como se estivesse se divertindo, disse:- Ainda não acordou? Chefe, você está famosa.Isabel não entendeu:- O quê?- Abre o Facebook agora. - Disse Davi antes de desligar rapidamente, como se temesse atrasar Isabel a verificar o Facebook.Isabel abriu os olhos, não conseguiu evitar um bocejo. Ela abriu o Facebook, e quando o celular se conectou automaticamente à internet, o som das notificações começaram a chegar.No título de uma notícia, Isabel viu seu nome."À noite, Isabel e Daniel se divertem no Parque da Fonte Musical! Doce e romântico, o casal perfeito!""Se suspeita
As palavras de Isabel foram sinceras demais. Marina se sentiu desconfortável ao ouvi-las.- Bela. Então, diga à vovó, você se apaixonou pelo Daniel?Se Isabel dissesse que havia se apaixonado por Daniel, a família Silva não insistiria mais.Isabel apertou o celular, mordeu o lábio inferior e, com determinação, respondeu:- Sim, vovó. Daniel é realmente uma boa pessoa, ele é gentil e atencioso, e eu me sinto feliz ao lado dele.Marina permaneceu em silêncio novamente. Isabel ouviu um suspiro silencioso do outro lado da linha. Marina havia feito muito pelo casamento de Isabel e José, mas, no final, tudo havia chegado a esse ponto...- Bela, a vovó realmente não quer te perder. - A voz de Marina estava um pouco embargada.Isabel sorriu:- Embora José e eu não possamos mais ser marido e mulher, meu sentimento por você e pela família não mudará. Eu ainda vou visitá-los frequentemente, tudo bem?Marina, relutante, disse:- Bela, pense mais uma vez, por favor?- Vovó. Eu realmente me apaixone
- Isabel, hoje é ambulatorial. - Aurora chamou Isabel.Carolina se aproximou e perguntou:- Aurora, hoje no ambulatorial, posso ir junto?Aurora olhou surpresa para Carolina. "Ela também quer ir? Normalmente ela não vai."- Claro, vocês duas podem ir juntas. - Aurora não se importava, ter mais uma pessoa não fazia diferença.Isabel murmurou para Carolina:- Você é como uma sombra, não consigo me livrar de você.- Você é que é a sombra! Eu cheguei na cirurgia cardiotorácica antes! - Carolina retrucou.- Carolina, eu aconselho você a se manter discreta. Não se esqueça de quem você usou para entrar na faculdade de medicina! - Isabel ameaçou Carolina.Carolina ficou atônita. Isabel estreitou os olhos e disse:- Se eu não estiver satisfeita, posso fazer seu diploma ser invalidado.- Isabel! - Ela rosnou entre dentes. - Você está me ameaçando?- Você entendeu? Achei que fosse uma idiota que não entenderia minha ameaça. - Isabel sorriu docilmente.Carolina ficou instantaneamente vermelha de r
Isabel entrou no local e viu um homem com uma chave na mão, advertindo o médico:- Este é um prisioneiro importante, ele deve ser salvo a qualquer custo.Depois de falar, o homem com a chave na mão foi fazer uma ligação, dizendo:- Sim, é o 2823. O principal culpado do caso de sequestro de José de alguns anos atrás.Isabel observou a figura do homem com a chave na mão e então se dirigiu para a emergência. Lá, viu um homem com o rosto pálido, espumando pela boca e com os olhos revirados.“Foi envenenado? Como alguém pode ser envenenado na delegacia?”Isabel ergueu uma sobrancelha e depois se virou, pensando: “Será que foi José?”Ela não pôde evitar recordar a cena em que esse homem amarrou pedras em seu corpo e a jogou no mar. Ao pensar nisso, Isabel sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Instintivamente, ela tocou suas costas.As cicatrizes em seu corpo começaram a doer inexplicavelmente, como se inúmeras formigas a estivessem mordendo, fazendo Isabel sentir um grande desconforto.Qua
José deu uma risada abafada, seu olhar repleto de hostilidade se dirigiu a Daniel:- Combinar? Eu não acho.Isabel arqueou uma sobrancelha. Ao ouvir José dizer isso, agarrou deliberadamente o braço de Daniel:- Sr. Silva, olhe melhor.José estreitou os olhos.O que Isabel queria dizer com aquilo? Estava testando os seus limites?- O que há de errado em mim e nele? - Isabel se aninhou ainda mais ao lado de Daniel, demonstrando maior intimidade.A testa de José foi se franzindo gradualmente. Carolina percebeu claramente o descontentamento de José.Ela apertou levemente a mão dele.José fixou seu olhar em Isabel, como se quisesse devorá-la, seu olhar especialmente sombrio. Isabel permaneceu impassível, seu semblante cada vez mais indiferente, com um ar de desafio crescente.De repente, José arqueou uma sobrancelha. Sorriu francamente, com a voz baixa e muito casual:- Se a Srta. Isabel gosta, a opinião dos outros realmente não importa.Isabel assentiu:- Sr. Silva, desta vez o senhor acer
- A cidade A é mesmo pequena. - Isabel suspirou novamente.A cidade A deveria ser grande, mas por que ela sempre encontrava aqueles que não queria ver?O homem soltou uma risada fria, se aproximou lentamente e parou ao lado de Isabel para lavar as mãos.Isabel pegou duas folhas de papel para secar os dedos. Suas mãos eram muito bonitas, com um tom rosado.José desviou o olhar, com a voz abafada:- Isabel, pare com isso.- O que quer dizer com isso, Sr. Silva? - Isabel inclinou a cabeça.José encontrou seu olhar. Sob a luz quente e amarelada, seu rosto parecia ainda mais branco e bonito. Seus olhos tinham um tipo de sedução indescritível.- Você sabe do que estou falando. - José estava perdendo a paciência.Essa farsa com Daniel precisava acabar!- Não sou inteligente, não entendi. - Isabel desviou o olhar, continuando a secar as mãos.José soltou um grunhido e questionou:- Isabel, você acha que isso vai chamar minha atenção?- Eu não estou tentando chamar sua atenção, Sr. Silva, não t
José segurou o pulso de Isabel, girando ela diretamente e empurrando ela contra a parede. A tatuagem de borboleta nas costas de Isabel apareceu instantaneamente diante dos olhos de José. A testa de José tremeu, como se o rosto nebuloso de uma menina tivesse passado por sua mente. Sua respiração ficou inexplicavelmente pesada.Isabel estava com o corpo pressionado contra a parede e, não conseguindo se conter, virou a cabeça e lançou um olhar furioso a José, lutando enquanto gritava:- Me solta!José olhou fixamente para a tatuagem de borboleta de Isabel, engolindo em seco. Ele apertou ainda mais o pulso dela, a voz abafada:- Como você se machucou?Isabel xingou ele:- Me solta ou vou te bater!José levantou os olhos para Isabel. Seus cílios eram densos e longos, e no banheiro mal iluminado, os contornos do homem eram um pouco indistintos.- Me responda! - Ele gritou, irritado.Isabel virou a cabeça, com o braço preso por ele, se sentindo completamente humilhada por aquela posição. José