As palavras de Isabel foram sinceras demais. Marina se sentiu desconfortável ao ouvi-las.- Bela. Então, diga à vovó, você se apaixonou pelo Daniel?Se Isabel dissesse que havia se apaixonado por Daniel, a família Silva não insistiria mais.Isabel apertou o celular, mordeu o lábio inferior e, com determinação, respondeu:- Sim, vovó. Daniel é realmente uma boa pessoa, ele é gentil e atencioso, e eu me sinto feliz ao lado dele.Marina permaneceu em silêncio novamente. Isabel ouviu um suspiro silencioso do outro lado da linha. Marina havia feito muito pelo casamento de Isabel e José, mas, no final, tudo havia chegado a esse ponto...- Bela, a vovó realmente não quer te perder. - A voz de Marina estava um pouco embargada.Isabel sorriu:- Embora José e eu não possamos mais ser marido e mulher, meu sentimento por você e pela família não mudará. Eu ainda vou visitá-los frequentemente, tudo bem?Marina, relutante, disse:- Bela, pense mais uma vez, por favor?- Vovó. Eu realmente me apaixone
- Isabel, hoje é ambulatorial. - Aurora chamou Isabel.Carolina se aproximou e perguntou:- Aurora, hoje no ambulatorial, posso ir junto?Aurora olhou surpresa para Carolina. "Ela também quer ir? Normalmente ela não vai."- Claro, vocês duas podem ir juntas. - Aurora não se importava, ter mais uma pessoa não fazia diferença.Isabel murmurou para Carolina:- Você é como uma sombra, não consigo me livrar de você.- Você é que é a sombra! Eu cheguei na cirurgia cardiotorácica antes! - Carolina retrucou.- Carolina, eu aconselho você a se manter discreta. Não se esqueça de quem você usou para entrar na faculdade de medicina! - Isabel ameaçou Carolina.Carolina ficou atônita. Isabel estreitou os olhos e disse:- Se eu não estiver satisfeita, posso fazer seu diploma ser invalidado.- Isabel! - Ela rosnou entre dentes. - Você está me ameaçando?- Você entendeu? Achei que fosse uma idiota que não entenderia minha ameaça. - Isabel sorriu docilmente.Carolina ficou instantaneamente vermelha de r
Isabel entrou no local e viu um homem com uma chave na mão, advertindo o médico:- Este é um prisioneiro importante, ele deve ser salvo a qualquer custo.Depois de falar, o homem com a chave na mão foi fazer uma ligação, dizendo:- Sim, é o 2823. O principal culpado do caso de sequestro de José de alguns anos atrás.Isabel observou a figura do homem com a chave na mão e então se dirigiu para a emergência. Lá, viu um homem com o rosto pálido, espumando pela boca e com os olhos revirados.“Foi envenenado? Como alguém pode ser envenenado na delegacia?”Isabel ergueu uma sobrancelha e depois se virou, pensando: “Será que foi José?”Ela não pôde evitar recordar a cena em que esse homem amarrou pedras em seu corpo e a jogou no mar. Ao pensar nisso, Isabel sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Instintivamente, ela tocou suas costas.As cicatrizes em seu corpo começaram a doer inexplicavelmente, como se inúmeras formigas a estivessem mordendo, fazendo Isabel sentir um grande desconforto.Qua
José deu uma risada abafada, seu olhar repleto de hostilidade se dirigiu a Daniel:- Combinar? Eu não acho.Isabel arqueou uma sobrancelha. Ao ouvir José dizer isso, agarrou deliberadamente o braço de Daniel:- Sr. Silva, olhe melhor.José estreitou os olhos.O que Isabel queria dizer com aquilo? Estava testando os seus limites?- O que há de errado em mim e nele? - Isabel se aninhou ainda mais ao lado de Daniel, demonstrando maior intimidade.A testa de José foi se franzindo gradualmente. Carolina percebeu claramente o descontentamento de José.Ela apertou levemente a mão dele.José fixou seu olhar em Isabel, como se quisesse devorá-la, seu olhar especialmente sombrio. Isabel permaneceu impassível, seu semblante cada vez mais indiferente, com um ar de desafio crescente.De repente, José arqueou uma sobrancelha. Sorriu francamente, com a voz baixa e muito casual:- Se a Srta. Isabel gosta, a opinião dos outros realmente não importa.Isabel assentiu:- Sr. Silva, desta vez o senhor acer
- A cidade A é mesmo pequena. - Isabel suspirou novamente.A cidade A deveria ser grande, mas por que ela sempre encontrava aqueles que não queria ver?O homem soltou uma risada fria, se aproximou lentamente e parou ao lado de Isabel para lavar as mãos.Isabel pegou duas folhas de papel para secar os dedos. Suas mãos eram muito bonitas, com um tom rosado.José desviou o olhar, com a voz abafada:- Isabel, pare com isso.- O que quer dizer com isso, Sr. Silva? - Isabel inclinou a cabeça.José encontrou seu olhar. Sob a luz quente e amarelada, seu rosto parecia ainda mais branco e bonito. Seus olhos tinham um tipo de sedução indescritível.- Você sabe do que estou falando. - José estava perdendo a paciência.Essa farsa com Daniel precisava acabar!- Não sou inteligente, não entendi. - Isabel desviou o olhar, continuando a secar as mãos.José soltou um grunhido e questionou:- Isabel, você acha que isso vai chamar minha atenção?- Eu não estou tentando chamar sua atenção, Sr. Silva, não t
José segurou o pulso de Isabel, girando ela diretamente e empurrando ela contra a parede. A tatuagem de borboleta nas costas de Isabel apareceu instantaneamente diante dos olhos de José. A testa de José tremeu, como se o rosto nebuloso de uma menina tivesse passado por sua mente. Sua respiração ficou inexplicavelmente pesada.Isabel estava com o corpo pressionado contra a parede e, não conseguindo se conter, virou a cabeça e lançou um olhar furioso a José, lutando enquanto gritava:- Me solta!José olhou fixamente para a tatuagem de borboleta de Isabel, engolindo em seco. Ele apertou ainda mais o pulso dela, a voz abafada:- Como você se machucou?Isabel xingou ele:- Me solta ou vou te bater!José levantou os olhos para Isabel. Seus cílios eram densos e longos, e no banheiro mal iluminado, os contornos do homem eram um pouco indistintos.- Me responda! - Ele gritou, irritado.Isabel virou a cabeça, com o braço preso por ele, se sentindo completamente humilhada por aquela posição. José
Parecia que, desde que José foi sequestrado, Carolina ficava doente a cada dois dias.- Vamos. - Disse Daniel.Isabel respondeu com um aceno de cabeça. Diante do elevador, os dois permaneceram em silêncio. O olhar de Daniel pousou no ombro e no pescoço de Isabel:- E esse machucado, como aconteceu?Isabel hesitou por um momento. Será que ele ouviu a conversa dela com José?- Desculpe, não foi intencional. Só vi Carolina na porta e fiquei curioso, então ouvi sem querer. - Daniel explicou.Isabel balançou a cabeça, não se importava mais.- Quando era pequena, caí da varanda e me machuquei com um vaso. - Isabel respondeu casualmente.Daniel observou seus olhos e perguntou:- Sério?- Claro, eu nunca minto. - Isabel ergueu aquele rosto bonito, com uma expressão séria.Daniel sorriu imediatamente.Isabel deu uma leve tossida, inexplicavelmente se sentindo culpada.- Nunca mente... - Ele riu baixo, repetindo as palavras de Isabel.Quem sabe quantas vezes ela disse que o amava, apenas para fa
- Zé, o que você está fazendo aqui? - Marina ficou surpresa ao ver José.Ela e Lívia haviam agido às escondidas, quem teria avisado José?- Vovó, fui eu quem o chamou. - Isabel respondeu rapidamente.Do lado de fora do escritório, um grupo de pessoas olhava curiosamente para dentro, ansiosas para ver o desenrolar da situação.Até que José fechou a porta e as pessoas do lado de fora suspiraram:- Ai, o que será que eles vão discutir? Até o José apareceu!...- Vovó, mãe. Vou levar vocês para casa. - José tentou levantar Marina.Marina imediatamente empurrou José, cruzou os braços e se virou, soltando um resmungo frio:- Não vou voltar!- Aqui é um hospital, Isabel está trabalhando. Vovó, tenha um pouco de consideração. - José falou em tom baixo, tentando lembrar Marina.Marina olhou para o neto, visivelmente chateada e protestou:- Se você conseguisse resolver seus problemas amorosos, eu não precisaria estar aqui!- Isso mesmo! - Lívia concordou, a reprovação evidente em sua voz.José s