De repente, o tempo ficou nublado na Cidade A, parecendo que ia chover. Isabel saiu do departamento de internação e viu um carro preto estacionado na entrada, ao lado de um homem vestindo terno e gravata.- Isabel. - Ele acenou para Isabel, com um sorriso gentil e elegante.- Sr. Mello, há quanto tempo não nos vemos! Tem estado ocupado ultimamente? - Isabel se aproximou dele.Daniel respondeu:- Acabei de voltar de uma viagem de negócios.Isabel deu uma olhada no carro e viu a mala de Daniel.- Nem sequer deixou sua bagagem?- Estava com saudades da Srta. Isabel, então vim direto para o hospital. - Ele disse diretamente.Isabel não pôde deixar de olhá-lo mais uma vez e então sorriu.- Aceitaria jantar comigo? - Ele perguntou.Isabel assentiu:- Claro.Daniel, num gesto cavalheiresco, abriu a porta do carro para Isabel. Após entrar no carro, Daniel entregou um presente a Isabel:- Para você.- Não precisava...- Não se preocupe, na época em que você salvou meu pai, eu não lhe dei nada
Mayara estava prestes a agradecer à pessoa por tê-la tirado de uma situação embaraçosa, mas quando viu que era Isabel, sua expressão desmoronou imediatamente.Isabel avaliou Mayara, entre o grupo de damas elegantes, sua aparência era bastante superior. Além disso, seu vestuário era muito elegante.Ela parecia ter uma predileção especial por vestidos de gala, pois nas últimas vezes que se encontraram, estava sempre usando um.Os traços de Mayara eram lindos, mesmo aos cinquenta anos, ela ainda era deslumbrante.Ela resmungou:- Você também está aqui?- Não é estranho, a Cidade A é tão pequena. Os restaurantes bons são poucos! - Isabel sorriu suavemente.Mayara arqueou a sobrancelha, olhando para a mesa de Isabel. Sozinha?- Srta. Isabel está tão solitária, até para jantar tem que vir sozinha. - Mayara torceu a boca, provocando. - Diferente da minha filha, que sempre tem o Sr. Silva para acompanhá-la em jantares e passeios.O coração de Isabel acelerou por um momento. Seu sorriso ficou u
Ela não tinha uma filha assim!Se a filha dela se atrevesse a agir assim, ela arrancaria as pernas dela!Pensando nisso, Mayara suspirou.Ela nem sabia como Maísa havia se transformado ao longo dos anos, se tornara uma dama refinada ou alguém agressiva e desagradável como Isabel?- Você tem algum problema com a Sra. Soares? - Daniel perguntou curioso a Isabel.- Eu não me dou bem com a filha dela, como ela poderia me tratar bem?Não era só Mayara, mas também o irmão de Carolina, Heitor. A família Soares parecia ter uma hostilidade geral contra ela.Daniel arqueou uma sobrancelha. De repente, ele apoiou os braços na mesa e disse de maneira misteriosa:- Isabel, eu sei de um segredo da família Soares. Quer ouvir?Isabel tomou um gole d'água. Um segredo da família Soares? Ela puxou a orelha, indicando que estava interessada em ouvir.Daniel sorriu e disse:- Não há garota que não goste de ouvir fofocas.- Não foi você quem quis contar? - Isabel deu de ombros.Daniel se inclinou mais perto
- Sr. Silva? - A enfermeira chamou suavemente por José.José se virou, emanando uma aura indescritível de opressão. A enfermeira engoliu em seco e entregou os medicamentos a José:- Aqui está o seu remédio.José respondeu com um aceno, sem esquecer de lançar um olhar para a sala de emergência, e baixou a voz:- O que está acontecendo?- Ah, o pai do Sr. Mello teve um ataque cardíaco. - Explicou a enfermeira.José franziu a testa. "O pai de Daniel teve um ataque cardíaco, por que Isabel está lá? Será que depois daquele banquete, ela se tornou a médica particular da família Mello?"Ao pensar nisso, José não pôde deixar de soltar um riso frio. Isabel sabia realmente tratar doenças? E a família Mello confiava mesmo nela!- Sr. Silva, o senhor precisa cuidar mais do seu estômago. Deve comer as refeições nos horários certos. - A enfermeira aconselhou.José franziu novamente a testa, respondeu com um aceno e se virou para sair. As palavras da enfermeira sempre o faziam se lembrar de Isabel.N
Os olhos de Isabel se estreitaram, e ela correu rapidamente, agarrando Nadia junto com o homem. O corpo de Nadia pendia na beira da parede:- Me solte! - Ela chorava e gritava.Isabel segurou o braço esquerdo de Nadia, enquanto o homem segurava o braço direito. Nadia esfregava o braço esquerdo incessantemente, e o pulso de Isabel estava prestes a sangrar.Isabel parecia entorpecida, incapaz de sentir dor. Ela tinha apenas um pensamento: "Nadia não pode morrer".A outra mão do homem protegeu o pulso de Isabel. Isabel se virou e, ao ver seu rosto, ficou paralisada por um instante.- Não fique parada, venha ajudar! - Ele rosnou para trás.Os lábios de Isabel tremeram. Era José...As pessoas que estavam atrás deles se aproximaram rapidamente. José segurou a mão de Isabel, deixando que a parede arranhasse as costas de sua mão. Juntos, com esforço conjunto, conseguiram puxar Nadia para cima.Nadia chorava copiosamente, gritando furiosa:- Por que me salvaram? Minha vida não vale nada, seria
Isabel levantou a cabeça, seu olhar pousou no dorso da mão de José. A mão dele estava sangrando.Isabel não pôde deixar de encará-lo:- Você não é igual?- Mas fazendo o bem, não se pergunta pelo futuro. - José de repente estava na posição onde Nadia estava antes.O coração de Isabel tremeu. Ele se virou de repente e perguntou a Isabel:- Isabel. Você se lembra que já falou que queria pular de um prédio?Isabel ficou em silêncio.- Provavelmente você não se lembra. Que tal eu te ajudar a lembrar? - José arqueou uma sobrancelha e se agachou.Com um sorriso no canto da boca, ele disse:- Ano passado, uma noite, você me mandou uma mensagem. Disse que estava doente e que, se eu não voltasse, você pularia do prédio e me deixaria cuidar do seu corpo.O rosto de Isabel ficou sombrio. Ela realmente havia dito essas palavras. Naquela época, ela era tão tola! Por José, ela diria qualquer coisa louca.Mas, felizmente, ela ainda prezava por sua vida. Não apostou sua própria vida de verdade, senão,
- Ah, a Nadia tentou pular do prédio e ele a salvou. - Isabel estava olhando para o machucado no pulso.Sua ferida não era grave, apenas tinha arranhado um pouco a pele. Isabel não pôde deixar de pensar na mão de José, que estava bem mais machucada.- Quero dizer, quando você entrou no meu carro agora, José viu. - Daniel acrescentou.Isabel ficou surpresa por um momento.- É mesmo? E daí? - Isabel sorriu para Daniel.Daniel ficou intrigado:- Você realmente não o ama mais?- Amar ou não, não importa mais, não é? - Isabel abaixou o braço e olhou pela janela do carro.Amar não trazia resultados, não amar também não. Amar ou não, realmente importava?- Daniel. - Isabel apontou para fora da janela.Uma pequena praça com fonte estava cheia de gente. Daniel entendeu o que Isabel queria dizer. Isabel saiu do carro e estava prestes a lembrar Daniel de tomar cuidado na volta para casa, quando viu que ele também havia descido.- Eu vou brincar um pouco e depois pego um táxi para casa. - Isabel d
No dia seguinte.O céu estava nublado e uma névoa envolvia a paisagem do lado de fora. Isabel foi despertada pelo som do telefone.Ela se virou na cama e viu que era Davi ligando. Isabel desligou a chamada. Esse garoto nunca tinha nada importante para dizer.Mas, logo em seguida, Davi ligou novamente, aparentemente com algo sério.Com os olhos fechados, Isabel atendeu a ligação e respondeu friamente:- Fala.Davi, como se estivesse se divertindo, disse:- Ainda não acordou? Chefe, você está famosa.Isabel não entendeu:- O quê?- Abre o Facebook agora. - Disse Davi antes de desligar rapidamente, como se temesse atrasar Isabel a verificar o Facebook.Isabel abriu os olhos, não conseguiu evitar um bocejo. Ela abriu o Facebook, e quando o celular se conectou automaticamente à internet, o som das notificações começaram a chegar.No título de uma notícia, Isabel viu seu nome."À noite, Isabel e Daniel se divertem no Parque da Fonte Musical! Doce e romântico, o casal perfeito!""Se suspeita