Ela sabia muito bem que Isabel tinha medo de água desde que salvou José anos atrás, mas ainda assim queria jogá-la no mar!Pensando nisso, Isabel de repente se arrependeu de ter contado essas coisas para Carolina. Poucas pessoas sabiam que ela havia salvado José e Carolina era uma delas!- Entendi. - Isabel apertou os lábios, sua voz fria.O homem, ansioso, pediu:- Me solte.Isabel arqueou a sobrancelha:- Não foi você que me sequestrou? Não deveria ser eu a pedir para você me soltar?O canto da boca do homem se contraiu. Isabel estava zombando dele? Será que ela sabia que era a sequestrada?Mas, pela sobrevivência, o homem juntou as mãos em súplica:- Srta. Isabel, por favor, me deixe ir.Isabel assentiu:- Eu te deixo ir, mas você precisa me ajudar a encenar uma peça.O homem assentiu imediatamente:- Srta. Isabel, podemos considerar que somos amigos. Diga o que precisa.Isabel soltou um resmungo frio:- Quem é seu amigo?Pensar que ele queria se passar por amigo dela era muito engr
Noite.À meia-noite, o hospital estava vazio.Se diz que quem não deve, não teme. Carolina acordou de repente, sentindo um frio intenso que a fez se sentar na cama com um tremor.Ela olhou para o quarto vazio e depois para a janela. Respirando pesadamente, pegou o celular e viu que era exatamente meia-noite.Ela teve um pesadelo, sonhou que Isabel vinha buscar sua vida. Carolina engoliu em seco e massageou as têmporas antes de pegar o celular e enviar uma mensagem para José."Zé, você está acordado?"José não respondeu, deixando Carolina inexplicavelmente ansiosa.Ela saiu da cama para pegar um copo de água, mas quando estava prestes a beber, ouviu alguém bater na porta do quarto.Carolina se virou:- Quem é?Seria a enfermeira, vendo que havia luz em seu quarto?Mas ninguém respondeu do outro lado da porta, apenas continuaram batendo.Carolina franziu a testa e foi até a porta, olhando através do vidro. De repente, um rosto feminino apareceu.Carolina deu um salto para trás, recuando
Isabel chegou ao corredor, olhou para o monitor e esboçou um sorriso, fazendo um gesto de “tudo resolvido” com a mão. Ao mesmo tempo, na sala de monitoramento, alguém deletou o vídeo.Na entrada do hospital, Isabel abriu a porta de um carro preto. Dentro do carro, um jovem já a aguardava.- O vídeo foi deletado? - Perguntou Isabel.Fernando acenou com a cabeça:- Sim, chefe.Fernando, homem, 20 anos, o hacker estrela da Base I. Com uma memória superpotente, ele era o membro central da equipe. Versado em criar estratégias, ele era um verdadeiro mestre em todas as áreas!Davi entrou no carro, que logo se afastou.- A Carolina deve estar apavorada - Davi riu.- Foi realmente assustador - Fernando concordou com um aceno.Isabel começou a remover a maquiagem assustadora do rosto com um demaquilante e disse calmamente:- Ela me odeia profundamente.- Claro que sim, ela quer tanto se casar com o José, e você ainda não cedeu. Como ela não estaria desesperada? - Davi comentou, batendo no volant
Isabel parou de andar e trocou um olhar com Heitor. Ela ouviu Carolina dizer baixinho:- Deixe a Bela entrar, irmão.Heitor, com um tom frio, disse a Isabel:- Seja gentil com a minha irmã.Isabel sorriu:- Sr. Soares, quando eu fui rude com sua irmã?Além disso, todos sabiam que Carolina era o tesouro da família Soares, e seus dois irmãos a adoravam. Seria uma tolice de Isabel maltratar Carolina na frente dos irmãos dela. Isabel não era ingênua a esse ponto.Heitor não deu mais atenção a Isabel e a conduziu para dentro do quarto. Lá dentro, Carolina estava recebendo soro, parecendo extremamente fraca e pálida. No momento em que Isabel entrou, os olhos de Carolina se fixaram nela.Isabel vestia um jaleco branco, uma camisa verde clara por baixo e calças pretas. Com as mãos nos bolsos, ela observava Carolina em silêncio.Carolina mexeu os lábios, e sua mão, que estava recebendo o soro, começou a tremer involuntariamente. Ela olhava Isabel de cima a baixo, com incredulidade e terror nos
Isabel estreitou os olhos e deu um passo à frente. Ela queria ouvir o que ele tinha a dizer.Heitor olhou para o rosto de Isabel que se aproximava e sentiu um nó na garganta. Isabel estava muito perto.Ele mexeu os lábios e encontrou o olhar de Isabel, que tinha olhos lindos. Heitor franziu ligeiramente as sobrancelhas e engoliu seco. Isabel... Os olhos dela lembravam os da mãe quando jovem.Heitor baixou a voz, com as sobrancelhas cerradas, seu rosto duro parecia ainda mais atraente.Ele avisou Isabel:- De qualquer forma, não tenha mais contato com a minha irmã! Se você tiver algo contra ela, venha direto a mim!Heitor cuidava muito de Carolina, pois acreditava que, tratando bem a filha dos outros, sua própria irmã, que estava fora, também seria bem tratada pelas pessoas que a acolhessem.Maísa... Sua irmã de sangue.Se Maísa pudesse voltar para casa, ele a mimaria ainda mais do que Carolina! Ele certamente não levantaria a voz para Maísa e daria a ela o melhor do mundo!- Isabel, se
- Desculpe... - A mulher chamou Isabel.Isabel ficou parada ao pé da cama, olhando para ela, sem qualquer emoção nos olhos. Se ontem ela ainda sentia pena, hoje, restava apenas indiferença.A mulher estava com o rosto cheio de hematomas, a testa envolta em gaze. Seus braços também estavam cobertos de ataduras, mostrando o quão brutalmente aquele homem a havia agredido.Isabel pensou em como a mulher havia defendido aquele homem ontem e sentiu uma profunda tristeza.O que ela ganhou com isso? Apenas uma violência ainda mais cruel por parte daquele homem!- Dra. Isabel, não me culpe. Eu não tenho escolha, dependo dele para sobreviver. - Ela falou com a voz trêmula e cada palavra parecia aumentar a dor em seu rosto machucado.Isabel franziu a testa, e a mulher continuou:- Sem ele, eu vou morrer, você pode entender isso?Isabel balançou a cabeça. Desculpe, mas ela não podia entender.- Eu preciso dele para me tratar. Se eu perder ele, realmente estarei sem saída. Na verdade, ele... ele é
De repente, o tempo ficou nublado na Cidade A, parecendo que ia chover. Isabel saiu do departamento de internação e viu um carro preto estacionado na entrada, ao lado de um homem vestindo terno e gravata.- Isabel. - Ele acenou para Isabel, com um sorriso gentil e elegante.- Sr. Mello, há quanto tempo não nos vemos! Tem estado ocupado ultimamente? - Isabel se aproximou dele.Daniel respondeu:- Acabei de voltar de uma viagem de negócios.Isabel deu uma olhada no carro e viu a mala de Daniel.- Nem sequer deixou sua bagagem?- Estava com saudades da Srta. Isabel, então vim direto para o hospital. - Ele disse diretamente.Isabel não pôde deixar de olhá-lo mais uma vez e então sorriu.- Aceitaria jantar comigo? - Ele perguntou.Isabel assentiu:- Claro.Daniel, num gesto cavalheiresco, abriu a porta do carro para Isabel. Após entrar no carro, Daniel entregou um presente a Isabel:- Para você.- Não precisava...- Não se preocupe, na época em que você salvou meu pai, eu não lhe dei nada
Mayara estava prestes a agradecer à pessoa por tê-la tirado de uma situação embaraçosa, mas quando viu que era Isabel, sua expressão desmoronou imediatamente.Isabel avaliou Mayara, entre o grupo de damas elegantes, sua aparência era bastante superior. Além disso, seu vestuário era muito elegante.Ela parecia ter uma predileção especial por vestidos de gala, pois nas últimas vezes que se encontraram, estava sempre usando um.Os traços de Mayara eram lindos, mesmo aos cinquenta anos, ela ainda era deslumbrante.Ela resmungou:- Você também está aqui?- Não é estranho, a Cidade A é tão pequena. Os restaurantes bons são poucos! - Isabel sorriu suavemente.Mayara arqueou a sobrancelha, olhando para a mesa de Isabel. Sozinha?- Srta. Isabel está tão solitária, até para jantar tem que vir sozinha. - Mayara torceu a boca, provocando. - Diferente da minha filha, que sempre tem o Sr. Silva para acompanhá-la em jantares e passeios.O coração de Isabel acelerou por um momento. Seu sorriso ficou u