- Tio, você viu as notícias? O Grupo Cardoso acabou. - Isabel tomou um gole de chá, levantando os olhos para olhar Samuel.Samuel estava focado no contrato em seu celular, franzindo a testa enquanto respondia distraidamente:- O quê?- Foi obra sua, tio? - Isabel não resistiu e perguntou a Samuel.Samuel levantou os olhos novamente para olhar Isabel:- O quê?- Foi obra sua? - Isabel repetiu a pergunta.Samuel finalizou a revisão do contrato, desligou o celular e sorriu para Isabel:- Claro que seu tio tem suas artimanhas! - Ele apontou para o contrato no celular, claramente falando de algo diferente do que Isabel estava mencionando. - Você acha que eu cheguei onde estou hoje à toa?Isabel sorriu:- O tio é realmente impressionante.Samuel estava prestes a dizer algo mais quando seu celular tocou. Isabel tomou outro gole de chá, enquanto ouvia Samuel exclamar:- O quê? Agora? É grave?Ele se levantou abruptamente, e Isabel rapidamente colocou a xícara de chá na mesa, preocupada com o q
- Você sabe quanto é dez vezes mais? - O homem perguntou a Isabel.- Não importa quanto seja, a família Castro não se preocupa com dinheiro! - Isabel respondeu com uma expressão extremamente séria, sem ousar mostrar negligência.O homem no banco do carona olhou para trás, fixando o olhar em Isabel, com uma voz calma:- Não estamos interessados em dinheiro, mas em você... Estamos muito interessados.- As pessoas vivem apenas por dinheiro, mas você está interessado em mim? - Isabel sorriu.Isso era a coisa mais sem sentido que tinha ouvido.Ela gostava de José, e no final, o que ela ganhou com isso?- É raro ver uma jovem rica tão esclarecida. - O homem no banco do carona olhou Isabel com mais atenção. - Pena que vai morrer.Isabel estava prestes a dizer algo, mas sua boca foi novamente tapada.- Durma, quando acordar estará em outro mundo. Somos profissionais, garantimos que não vai sentir dor. - O homem no banco do carona bocejou, indicando que ele iria dormir primeiro.O capanga ao la
Isabel de repente se sentiu prestes a ser jogada para fora com força. Nos olhos do homem, surgiu um lampejo de choque, Isabel ousava pular do carro com as costas viradas para a janela! Se caísse, seus ossos não seriam encontrados, e os carros passando a esmagariam completamente!O homem rapidamente se adiantou e segurou Isabel, exclamando:- Você é louca? Comparado a ser atropelada por um carro, não seria melhor afundar no mar? - A raiva em sua voz fez Isabel quase rir.Ele até tinha um bom coração, considerando qual forma de morte seria mais confortável para ela.Aproveitando a distração do homem, Isabel deu um chute violento em seu estômago. O homem recuou e soltou Isabel. Com a flexibilidade de seu corpo, ela rapidamente se encolheu de volta para dentro do carro pela janela.Quando o homem estava prestes a se levantar, viu que Isabel já estava se aproximando de seu pescoço com uma agulha de prata. Ele franziu a testa e ficou imóvel, sem ousar se mexer.A agulha de prata de Isabel ro
Ela sabia muito bem que Isabel tinha medo de água desde que salvou José anos atrás, mas ainda assim queria jogá-la no mar!Pensando nisso, Isabel de repente se arrependeu de ter contado essas coisas para Carolina. Poucas pessoas sabiam que ela havia salvado José e Carolina era uma delas!- Entendi. - Isabel apertou os lábios, sua voz fria.O homem, ansioso, pediu:- Me solte.Isabel arqueou a sobrancelha:- Não foi você que me sequestrou? Não deveria ser eu a pedir para você me soltar?O canto da boca do homem se contraiu. Isabel estava zombando dele? Será que ela sabia que era a sequestrada?Mas, pela sobrevivência, o homem juntou as mãos em súplica:- Srta. Isabel, por favor, me deixe ir.Isabel assentiu:- Eu te deixo ir, mas você precisa me ajudar a encenar uma peça.O homem assentiu imediatamente:- Srta. Isabel, podemos considerar que somos amigos. Diga o que precisa.Isabel soltou um resmungo frio:- Quem é seu amigo?Pensar que ele queria se passar por amigo dela era muito engr
Noite.À meia-noite, o hospital estava vazio.Se diz que quem não deve, não teme. Carolina acordou de repente, sentindo um frio intenso que a fez se sentar na cama com um tremor.Ela olhou para o quarto vazio e depois para a janela. Respirando pesadamente, pegou o celular e viu que era exatamente meia-noite.Ela teve um pesadelo, sonhou que Isabel vinha buscar sua vida. Carolina engoliu em seco e massageou as têmporas antes de pegar o celular e enviar uma mensagem para José."Zé, você está acordado?"José não respondeu, deixando Carolina inexplicavelmente ansiosa.Ela saiu da cama para pegar um copo de água, mas quando estava prestes a beber, ouviu alguém bater na porta do quarto.Carolina se virou:- Quem é?Seria a enfermeira, vendo que havia luz em seu quarto?Mas ninguém respondeu do outro lado da porta, apenas continuaram batendo.Carolina franziu a testa e foi até a porta, olhando através do vidro. De repente, um rosto feminino apareceu.Carolina deu um salto para trás, recuando
Isabel chegou ao corredor, olhou para o monitor e esboçou um sorriso, fazendo um gesto de “tudo resolvido” com a mão. Ao mesmo tempo, na sala de monitoramento, alguém deletou o vídeo.Na entrada do hospital, Isabel abriu a porta de um carro preto. Dentro do carro, um jovem já a aguardava.- O vídeo foi deletado? - Perguntou Isabel.Fernando acenou com a cabeça:- Sim, chefe.Fernando, homem, 20 anos, o hacker estrela da Base I. Com uma memória superpotente, ele era o membro central da equipe. Versado em criar estratégias, ele era um verdadeiro mestre em todas as áreas!Davi entrou no carro, que logo se afastou.- A Carolina deve estar apavorada - Davi riu.- Foi realmente assustador - Fernando concordou com um aceno.Isabel começou a remover a maquiagem assustadora do rosto com um demaquilante e disse calmamente:- Ela me odeia profundamente.- Claro que sim, ela quer tanto se casar com o José, e você ainda não cedeu. Como ela não estaria desesperada? - Davi comentou, batendo no volant
Isabel parou de andar e trocou um olhar com Heitor. Ela ouviu Carolina dizer baixinho:- Deixe a Bela entrar, irmão.Heitor, com um tom frio, disse a Isabel:- Seja gentil com a minha irmã.Isabel sorriu:- Sr. Soares, quando eu fui rude com sua irmã?Além disso, todos sabiam que Carolina era o tesouro da família Soares, e seus dois irmãos a adoravam. Seria uma tolice de Isabel maltratar Carolina na frente dos irmãos dela. Isabel não era ingênua a esse ponto.Heitor não deu mais atenção a Isabel e a conduziu para dentro do quarto. Lá dentro, Carolina estava recebendo soro, parecendo extremamente fraca e pálida. No momento em que Isabel entrou, os olhos de Carolina se fixaram nela.Isabel vestia um jaleco branco, uma camisa verde clara por baixo e calças pretas. Com as mãos nos bolsos, ela observava Carolina em silêncio.Carolina mexeu os lábios, e sua mão, que estava recebendo o soro, começou a tremer involuntariamente. Ela olhava Isabel de cima a baixo, com incredulidade e terror nos
Isabel estreitou os olhos e deu um passo à frente. Ela queria ouvir o que ele tinha a dizer.Heitor olhou para o rosto de Isabel que se aproximava e sentiu um nó na garganta. Isabel estava muito perto.Ele mexeu os lábios e encontrou o olhar de Isabel, que tinha olhos lindos. Heitor franziu ligeiramente as sobrancelhas e engoliu seco. Isabel... Os olhos dela lembravam os da mãe quando jovem.Heitor baixou a voz, com as sobrancelhas cerradas, seu rosto duro parecia ainda mais atraente.Ele avisou Isabel:- De qualquer forma, não tenha mais contato com a minha irmã! Se você tiver algo contra ela, venha direto a mim!Heitor cuidava muito de Carolina, pois acreditava que, tratando bem a filha dos outros, sua própria irmã, que estava fora, também seria bem tratada pelas pessoas que a acolhessem.Maísa... Sua irmã de sangue.Se Maísa pudesse voltar para casa, ele a mimaria ainda mais do que Carolina! Ele certamente não levantaria a voz para Maísa e daria a ela o melhor do mundo!- Isabel, se