No quarto do hospital.- Tio Hugo, o médico disse como está o estado de saúde do avô? - Daniel perguntou, de pé ao lado da cama, olhando para Hugo.- Ele está fora de perigo. - Hugo suspirou. - Mas de agora em diante, precisamos tomar cuidado. Ele não pode passar por grandes emoções nem se cansar demais.Daniel assentiu:- Tio Hugo, meu pai deveria ter vindo comigo. Mas ele teve que fazer uma viagem de última hora e me mandou para visitar o avô. Espero que não se importe!- Que isso, eu não me importo. - Hugo acenou com a mão, sorrindo para Daniel. - Peça a Bela para reservar uma mesa. Vamos jantar juntos esta noite.Daniel olhou para Isabel.Isabel estava de pé junto à janela, com os braços cruzados, olhando para fora. Seus olhos estavam fixos no carro esportivo preto lá embaixo.José ainda não tinha ido embora.Isabel abaixou a cabeça, se sentindo irritada.- Isabel! - Hugo chamou.Isabel levantou a cabeça, desviando o olhar.- O que você está pensando, menina? - Hugo a repreendeu. -
Hugo resmungou friamente, confiar nela? Seus juramentos não valiam nada!Quando Isabel se casou com José, ela havia prometido com toda a certeza que não perderia sua dignidade! Mas, no fim das contas, perdeu de maneira retumbante.- O avô está comigo, vá trabalhar. Só de te ver, eu já me irrito! - Hugo empurrou Isabel de leve.Isabel sorriu, disse algumas palavras gentis e foi trabalhar.Ela sabia que seu pai estava apenas falando da boca para fora. Ele a amava tanto, como poderia se irritar com ela?Na verdade, desde que era pequena, seu pai nunca determinou que ela deveria se tornar algo específico, como designer ou uma renomada médica. Desde o início, tudo o que ele desejava era que ela fosse feliz, saudável e estivesse segura.Mas, infelizmente, sua vida estava uma bagunça....À noite, Isabel foi convidada por Clara para sair para jantar.- A grande estrela hoje encontrou tempo para me convidar para jantar? - Isabel brincou.Clara puxou a cadeira, indicando para Isabel se sentar:
O homem ajustou os óculos e, ao levantar os olhos, viu Isabel.Isabel era muito bonita, chamando a atenção onde quer que fosse, brilhando intensamente.- Isabel, o que você está fazendo aqui? - Ele se levantou rapidamente e puxou uma cadeira, indicando que Isabel se sentasse.- Tio Fábio, estou aqui jantando com uma amiga e acabei encontrando a Nádia. - Isabel respondeu docilmente.Fábio soltou uma gargalhada e disse:- Que coincidência maravilhosa!- Tio Fábio, tem estado muito ocupado ultimamente? Como está sua saúde? - Isabel perguntou.Fábio deu um tapinha no braço e respondeu:- Desde que você me tratou com aquelas agulhas de prata, minha saúde está ótima!- Tio Fábio, ainda precisa se exercitar mais. - Isabel lembrou.Fábio acenou com a cabeça imediatamente e, puxando Isabel, disse:- Entendi, venha sentar e comer algo!- Não, obrigada. Só vim dar um oi. - Isabel recusou com um sorriso.Fábio insistiu:- Se não se sentar, vou achar que está me desrespeitando!Isabel, sem ter como
Ela acertou.- É mesmo você? - Isabel franziu a testa, contendo sua surpresa, tentando manter a calma.- Sim. - José balançou o copo de vinho, olhando para Isabel com interesse.Isabel não podia acreditar e olhou para Fábio em busca de confirmação. Fábio, desconfortável, assentiu.Sim, dessa vez os dois concorrentes mais fortes eram José e Daniel.Ele também estava indeciso sobre a quem dar a terra. Tanto José quanto Daniel a utilizariam bem.O problema era que o Grupo Silva já tinha um sistema completo e não precisava de ajuda. O Grupo Mello, por outro lado, tinha potencial de crescimento e merecia ser apoiado.Mas apoiar o Grupo Mello significava desagradar José...Fábio também estava perplexo. No início, quando essa terra foi colocada à venda, o Grupo Silva não mostrou interesse. Mas quando os concorrentes foram anunciados, José de repente quis comprá-la.Isabel segurou a testa, sentindo uma dor de cabeça. Depois de um momento, ela perguntou a José:- Você realmente precisa dessa te
A raiva subiu pelas sobrancelhas de Isabel, que perguntou em voz baixa:- Você está me ameaçando?Fábio e Nádia rapidamente se levantaram para ver os dois saírem. A porta do camarote se fechou, isolando-os. José olhou para a mulher em seus braços, o olhar cada vez mais frio:- Que bom que você sabe.Isabel tentou se soltar, mas José a segurou ainda mais forte. Franzindo as sobrancelhas, Isabel de repente entendeu algo e perguntou:- O Grupo Silva não precisa desse terreno. Você está deliberadamente contra Daniel?- Deliberadamente contra ele? Ele não tem essa importância! - Sua voz era fria e indiferente.- Solte-me agora! - Isabel o encarou.José não deu importância, apertando o botão do elevador. Os funcionários que passavam por José o cumprimentavam respeitosamente:- Sr. José.- Me solte logo! - Isabel estava agitada.A porta do elevador se abriu. José finalmente a colocou no chão.Mas antes que Isabel pudesse arrumar suas roupas, ele a pressionou contra o canto.Ele era mais alto
A raiva de José transbordou quando viu aquele homem:- Sai daqui!José foi muito agressivo. Isabel, assustada, teve um leve tremor nos ombros, até sentindo pena do homem.O homem, perplexo, ficou sem palavras e logo se virou e foi embora. Isabel empurrou José e sorriu preguiçosamente para ele, dizendo:- Você sabe que eu tenho coragem. - Depois disso, ela tentou apertar o botão do elevador para descer ao térreo.José a observou enquanto ela passava, seus ombros roçando suavemente os dele. O cabelo dela caía sobre seus ombros, revelando uma clavícula bonita e um corpo sexy parcialmente escondido.José sentiu a garganta seca e quente. Ele segurou o pulso de Isabel.Isabel ergueu os olhos, teimosa:- Sr. José, ainda há algo a tratar?A respiração de José estava pesada, seus ouvidos ainda ecoando o modo como ela o chamava... Sr. José.Quando aquele título se tornou tão irritante? José deu um passo à frente, forçando Isabel de volta para o canto do elevador. Seu rosto estava severo, olhos p
Ao ouvir isso, a pontada de tristeza no nariz de Isabel se tornou insuportável. Seus olhos ficaram vermelhos num instante.Mais do que o fato de José não a amar, era a humilhação dele que a sufocava.Ao ver Isabel engasgar, José se sentiu como um general vitorioso, com o coração inundado de satisfação.- Está chorando por quê? Você está se sentindo injustiçada? - Ele ergueu o queixo de Isabel, olhando fixamente para seus olhos, sua expressão feroz, totalmente diferente do homem gentil que ela conheceu um dia.- Isabel, aguente. Isso é culpa sua! - Seus beijos caíam sobre ela como uma chuva implacável. O ambiente já pesado dentro do carro a deixou sem fôlego várias vezes.O corpo de Isabel ficou completamente rígido. O calor dele quase a queimava."Isabel, aguente. Isso é culpa sua."Sim, foi ela quem procurou esse problema. Ela não deveria tê-lo amado, não deveria tê-lo provocado. Foi ela que insistiu em persegui-lo, foi ela que teimosamente quis se casar com ele!Não era de se admirar
A palma quente dele pousou sobre ela, e ele se inclinou para frente, alertando ela:- Isabel, você escute bem. Até conseguirmos o certificado de divórcio, você vai se comportar direitinho como Sra. Silva e não me faça passar vergonha. Se você ousar me trair... - Ele semicerrou os olhos, com um olhar ameaçador.A mão de Isabel, que estava caída ao lado de suas pernas, lentamente se fechou em um punho ao ouvir:- Não me culpe por ser cruel.Isabel sabia muito bem quão cruel e implacável José podia ser. O que ele quis dizer com "cruel" certamente não se limitava a ela. Se ela o enfurecesse, toda a família Castro sofreria as consequências. Mas Isabel respondeu:- Você não está se achando demais?Será que Isabel permitiria que ele machucasse a família Castro? Ela, Isabel, não era inútil! Apenas era fraca no que dizia respeito aos sentimentos! Se ele ousasse tocar na família Castro, ela com certeza não o perdoaria!- Isabel, você sabe do meu poder. - O olhar dele ficou ainda mais frio.Tudo