José ficou sem palavras.Ela o bloqueou?José imediatamente tentou ligar para Isabel, mas descobriu que o telefone também estava bloqueado. Ao ligar, a chamada não completava, indicando que estava em ligação.O rosto de José escureceu instantaneamente, uma fúria repentina preencheu seus olhos, emanando uma aura de ameaça.Essa mulher tinha a ousadia de bloquear ele!Afinal, há pouco eles estavam jantando normalmente. Como em tão pouco tempo, após uma ida ao banheiro, ela poderia mudar assim?Antes, ela não ansiava por estar grudada nele todos os dias? José olhou para a comida inacabada de Isabel na mesa, se sentindo irritado.Ele se levantou bruscamente e caminhou em direção à saída. No balcão, o dono do restaurante disse: - Sr. José, a Sra. Isabel já pagou a conta.O rosto de José ficou ainda mais sombrio. Ele precisava que uma mulher pagasse sua conta? Isso não era uma humilhação?- Quando ela foi embora? - José perguntou com frieza.O dono olhou para o relógio e disse: - Quinze mi
2823 levantou a cabeça, encontrando os olhos de José.José o encarava, se sentindo inexplicavelmente nervoso. Neste momento, o nome que pairava em sua mente não era Carolina. Era Isabel!Ele esperava que fosse Isabel, mas ao mesmo tempo temia que fosse Isabel!- Você pensa bem! Responda minha pergunta! - José o encarou friamente, seus olhos gradualmente se tornando perigosos.2823 abaixou a cabeça, suas mãos tremiam ao lado de suas pernas. Ele era o cérebro por trás do sequestro, e depois de capturar José, foi ele quem o vigiou. Ele estava no comando!Ele sabia quem era a pessoa que estava os seguindo naquele dia. Era Isabel! Sempre foi Isabel! A filha da família Castro, uma jovem de vinte anos, sozinha, ousou lutar com eles! Ela até mesmo estava disposta a morrer para salvar José!Naquele momento, ele quase desistiu do sequestro, mas a pessoa por trás dele disse que José tinha que morrer! Ele não teve escolha!2823 rangeu os dentes, se levantou e confrontou José: - Sr. José está con
Ele mentiu... Mas também agia pelo bem de sua própria família, sua esposa e filhos. Não tinha escolha!"Srta. Carolina. José foi visitar a prisão hoje." Bryan enviou uma mensagem para Carolina.Carolina estava no trabalho, seu coração acelerou ao ver a mensagem."O que ele perguntou?" Carolina respondeu.Bryan: "Ele perguntou quem o salvou naquele dia."Carolina se sentiu momentaneamente sufocada, mas depois perguntou calmamente: "E como ele respondeu?""Fique tranquila, ele não disse nada além do que deveria ter dito."As sobrancelhas de Carolina se contraíram, uma sensação de ansiedade emergiu em seu coração. José desconfiava dela!Ele realmente era uma pessoa desconfiada, apesar de todos esses anos dizendo que a amava e queria se casar com ela. Estava investigando secretamente se ela era mesmo a pessoa que o salvou!Isabel abriu a porta do escritório. Dra. Sarah, imediatamente foi a receber, perguntando: - Dra. Isabel, você gastou muito dinheiro ontem, não é? Realmente nos deixou n
Na sala de repouso. Isabel empurrou a porta e avistou um homem sentado no sofá.Ele vestia um terno preto e estava inclinado sobre uma revista, as pernas longas relaxadas. Elegante e distinto. Cada gesto dele exalava uma aura de nobreza.Isabel bateu na porta e entrou. José ergueu a cabeça e encontrou o olhar sereno de Isabel.- Algum problema? - Sua voz era calma e distante, lembrando a José mais uma vez que o relacionamento entre eles havia terminado.Ela disse que não amava mais e estava tudo bem para ela. Era uma atitude desapegada. Mas ele ainda se perguntava, aquela pessoa que o salvou anos atrás, seria Isabel?José apontou para a mesa de centro. Foi então que Isabel notou o acordo de divórcio sobre a mesa. - Isabel, redigi um novo acordo de divórcio. Conforme você mencionou ontem à noite, vou te dar metade dos bens.Isabel ficou surpresa por um momento. Ela se inclinou para pegar o acordo de divórcio sobre a mesa.Ele já havia assinado, assim como na noite em que se casaram, qu
Terminadas as palavras, ela saiu.A porta da sala de repouso se fechou e imediatamente as mãos de Isabel se fecharam em punho. Ela se encostou na porta, seu coração batendo descontroladamente, como se algo estivesse a prendendo, a sufocando.Ela pensou que estava completamente insensível em relação a José. Ela pensou que realmente não o amava mais. Na verdade, tudo isso era autoengano!Quando ele mencionou o divórcio novamente, seu coração deu um salto. Este casamento, afinal de contas, estava terminando. Isabel respirava pesadamente, tentando controlar suas emoções.Mas ela nem mesmo percebeu a lágrima furtiva que escorreu de seus olhos.Isabel rapidamente foi se ocupar com o trabalho. Ela precisava se manter ocupada para não ser dominada pela tristeza.Na sala de repouso, José segurava firmemente o acordo de divórcio. Ele levantou a mão, apertando as têmporas, respirando pesadamente.Ele estava prestes a se divorciar de Isabel, mas não se sentiu nem um pouco aliviado. Depois de um te
- Documentos. - Ele virou a cabeça para lembrar Isabel.Isabel então colocou suas coisas para baixo.A atendente levantou os olhos e olhou para os dois, dizendo:- Vocês dois têm certeza de que querem se divorciar? Quando um casal está junto, não há problema que não possa ser resolvido. Na verdade...- Nós já decidimos. - Isabel interrompeu.Entre eles havia, sim, um problema que não podia ser resolvido. Ele não a amava e esse era o maior problema. José não disse nada, apenas olhou para a atendente. Ele parecia uma pessoa fria e de difícil acesso. Nesse momento, com a expressão séria, parecia ainda mais assustador.A atendente, temendo prolongar a conversa, lembrou aos dois:- O divórcio tem um período de reflexão de um mês. Mesmo que façam os trâmites hoje, não podem se divorciar imediatamente. Precisarão voltar daqui a um mês.- Tudo bem. - Responderam em uníssono.Isabel pensou que essa talvez fosse a vez em que ela e José estavam mais em sintonia. A atendente os observou por um mom
- Ouvi sua avó dizer que, há seis meses, ele já se queixava de dor no coração de vez em quando. Mas como era ocasional, não deram muita importância... - A voz de Hugo também estava trêmula.- Estou quase chegando, quase... - Isabel sentia sua mente completamente vazia.Ela conseguia salvar a vida de outras pessoas, mas quando seu avô estava doente, ela perdia completamente o controle.- José, mais rápido. - Isabel pediu a José.José olhou para ela. Seus olhos estavam vermelhos e havia lágrimas em seu rosto. Sua aflição era evidente.O cartório ficava a trinta minutos de carro do Hospital Santo Antônio. Cada semáforo parecia uma eternidade para Isabel. Ela fechou os olhos, respirando profundamente, mas seu coração não conseguia se acalmar.Seu avô não podia estar em perigo, ele simplesmente não podia! Se algo acontecesse com ele, o que seria da família?Ela não conseguia imaginar a vida sem seu avô.Enquanto Isabel estava mergulhada em sua angústia, sentiu de repente uma mão quente segu
José apertou a mão de Isabel, sinalizando para ela não se preocupar. Jorge tirou a máscara e olhou para todos, dizendo com pesar:- A situação não é boa.Ao ouvir isso, Isabel deu um passo para trás. José imediatamente segurou sua cintura, puxando ela para seus braços.- O que quer dizer com isso? - A voz de Rafaela tremia de choro.- O paciente ainda está em reanimação. Houve um choque há pouco e a condição é instável. Este é o aviso de risco de vida. - Jorge entregou um documento. - A senhora quer que vocês assinem.As palavras de Jorge soaram como uma bomba aos ouvidos de Isabel.Hugo, tentando se acalmar, assinou o documento enquanto perguntava:- Tem alguma chance?Jorge suspirou:- Não posso garantir.Essas palavras soaram como uma sentença de morte para o avô. Isabel sentiu as pernas tremerem, enquanto as memórias com seu avô passavam pela sua mente como um filme.Hugo caiu sentado no banco. José rapidamente se aproximou, chamando:- Sogro!Hugo acenou, indicando que estava bem.