Colocar um ponto final em um livro é sempre um misto de alivio e receio, mas sinto que escrevi tudo que precisava ser dito nesta parte da história. A história da Annie e do Paul veio para mim há mais de dois anos atrás de maneira avassaladora, esse livro abriu muitas portas para mim. Não foi o meu primeiro livro, mas sinto que essa história me fez escritora, me sinto orgulhosa por essa trajetória com esses personagens. A Annie é uma personagem autêntica, independente, estudiosa e guerreira. Muitas de nós mulheres temos medo, vergonha ou receio de mostrarmos para o mundo quem somos, a Annie não, ela é uma personagem que chega sem pedir licença e para mostrar a que veio, e é por isso que ela é apaixonante. O Paul é um "mocinho", com pose de durão, mas logo se rende aos encantos e a personalidade forte da Annie. Juntos eles iniciam uma trajetória. Chegamos ao fim desse livro, mas deixei a possibilidade de um novo livro para a Claire aberta. E eu conto com a ajuda de vocês, só vou esc
"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade." George OrwellUm dia li em algum lugar uma frase que dizia mais ou menos assim: "Escolha um trabalho que você ame e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na sua vida." . No início, eu não entendi muito bem essa frase. Mas agora ela faz todo sentido. O meu trabalho é a minha vida. Quando estou trabalhando eu não fico entediada e nem _nada do tipo_, pois, o que eu faço, faço com todo amor.Eu me especializei em jornalismo investigativo. Já fui considerada uma das melhores colunistas do Times, mas de um tempo pra cá fui rebaixada a jornalista de fofoca. Por isso tenho que andar investigando tudo sobre a vida escandalosa da elite de Nova Iorque.A minha chefe é tão exigente e irritante que as vezes dá vontade de matá-la.Definitivamente a vida dos empresários e socialites de Manhattan não me interessam, mas se for pra fazer fazer fofoca, eu faço, e faço direito, mas na verdade o que eu re
O telefone da minha sala toca e atendo. Ouço a voz da recepcionista do outro lado da linha.— Sr Oliver.— Pois não? —— Annie Marshall está aqui.— ela fala.Que droga! O que essa jornalista de quinta quer na minha empresa?— Eu não disse pra você que não estou com tempo pra nada hoje? —— Eu sei Sr Oliver, mas ela disse que só vai sair daqui quando falar com o senhor. —— Mande ela subir, diga a ela que só tenho 10 minutos. —— Está bem. — ela fala e desliga.Annie Marshall, a jornalista insuportável que quase me tirou da presidência da empresa. Isso ela não sabe, e nunca vai saber.Alguém daqui de dentro passou a informação a ela que a minha ex secretária estava me processando. O que não deixa de ser verdade. A vagabunda interesseira da minha ex secretária, só andava se jogando pra cima de mim, eu sou homem ué, resisti até quando não dava mais. Propús a ela uma noite de sexo selvagem. A vagunda gravou quando fiz a proposta a ela, tá na cara que essa era a intenção dela desde o começ
Mostro para a Marshall como funciona a página das Indústrias e ela apenas fica calada assentindo pra tudo que falo. Ela parece triste, abalada, mas não tô nem aí. Ela vai se arrepender por ter cruzado meu caminho.Ligo para o Landon, que é meu primo e vice presidente da empresa e peço pra ele vir até a minha sala. Minutos depois ele entra na sala e me lança um olhar questionador quando vê a Marshall. Em seguida volta sua atenção para ela.— Annie Marshall, soube que você fará parte da equipe da nossa empresa de agora em diante, seja bem vinda. — Landonn diz sorrindo.— Obrigada...?— Blake, Blake Landon.Eu sei que ele está pensando em seduzi-la, mas não vou deixar, não quero relacionamentos amorosos entre membros da minha empresa, não depois do escândalo envolvendo minha ex secretária.— Landon, temos algumas salas vazias neste andar, você pode mostrar para a Srta, Marshall? Depois que ela escolher, venha até a minha sala, por gentileza. — falo e volto minha atenção para o computador
Uma semana depois:Deixar o Paul me beijar e não fazer nada pra impedi-lo, foi loucura, eu sei, mas não resisti. Uma semana depois do beijo e eu estou fazendo de tudo para não cruzar com ele nos corredores da empresa e até agora nem sempre tem dado certo, pois vez ou outra nos vemos no corredor. Seria loucura eu beijar o Paul outra vez depois de tudo que ele está fazendo comigo, ameaçando minha carreira. Tenho feito muita coisa produtiva para a página que mudou completamente desde a minha chegada. Confesso que adorei o novo Layout, tudo! Ah, e minha sala está tão linda, o Landon foi um amor por isso. Durante o final de semana ela mandou uma equipe pra fazer a decoração da sala e quando cheguei aqui na segunda me surpreendi.Eu agradeci muito a ele por isso, mas ele disse que se fosse pra mim trabalhar aqui que pelo menos eu me sentisse confortável e em um lugar só meu.O telefone toca em minha mesa e é a nova secretaria do Paul dizendo que ele solicita minha presença em sua sala. Pass
O avião pousa em Londres às 10:00 da manhã, agora estamos indo em direção ao hotel em que ficaremos. A Marshall não deu uma palavra comigo desde a hora que entramos no avião, ela fica sempre conversando com o Landon e fingindo que eu não existo. Percebo que ela ficou mais retraída desde que o avião pousou. Infelizmente o Max ainda não terminou sua "pesquisa" sobre ela, pois ainda não me enviou nada.Hoje o dia vai ser tranquilo, ainda bem, pois amanhã o dia vai ser uma loucura, iremos visitar algumas construções e passaremos a semana inteira em Londres avaliando essas obras. Algum tempo depois o motorista estaciona o prédio em frente ao Four Seasons.***Depois de um funcionário do hotel trazer minhas malas para o quarto, e em seguida sair, me sento na cama, tomo coragem e disco o número da minha irmã, quando penso em desligar, ouço sua voz abafada no outro lado da linha.- Annie, você enlouqueceu?- Oi, Claire, será que dá pra gente se encontrar hoje?- Meu Deus, Annie, você está no
Acordo com o barulho do despertador e uma dor de cabeça horrível, me arrependo amargamente por ter bebido tanto ontem a noite. Me lembro de ver o Paul com uma mulher e sinto um gosto amargo na minha boca. Depois de me arrastar até o banheiro e tomar um banho, a campanhia do quarto toca e vejo que é o Landon.O Landon está se saindo um ótimo amigo comigo, uma pessoa bastante compreensiva e fiquei muito grata por ele sair do meu quarto ontem a noite, sendo que ele poderia tentar alguma coisa e se aproveitar que eu estava bêbada.- Você está péssima. - lanço-lhe um olhar furioso.- Obrigada. - ele ri.- Não, não. Você está linda, mas parece cansada.- Obrigada e sim, estou cansada. Não estou habituada a beber.- Hoje o dia vai ser cansativo, então acho melhor você ficar. - dou risada.- Só se for pra o seu chefe surtar e ameaçar acabar com a minha carreira.- Relaxa, eu me resolvo com ele. Passe a manhã inteira descansando, durma e vou pedir para trazerem algo pra você comer. - ele diz e
Pelo resto do dia eu faço apenas meu trabalho, o Paul não me disse nada e não jogou piadinhas. Que bom, pois eu estava estressada, melancólica e me sentia muito carente. Depois de ter feito um balanço geral da minha vida, eu percebi o quanto minha existência é vazia. Anos de faculdade e trabalho resultaram em que? Nada!Quando sai da casa dos meus pais eu queria liberdade, fugir do autoritarismo e me rebelar. Consegui? Por um tempo sim, mas sinto que estou sendo controlada de novo, Deus sabe o quanto eu odeio ser controlada, mas infelizmente será assim até eu pensar em algo e tomar as rédeas da minha vida. Por ora eu iria apenas fazer o meu trabalho e tentar não matar o Paul sempre que ele determinasse alguma regra.A limousine para em frente ao hotel e desço antes do motorista abrir a porta. Paul me olha confuso e desce logo atrás de mim. Presumo que o motorista tenha ficado sem entender nada. Passo pela porta giratória do hotel, entro na recepção e caminho até o elevador que acabou d