Depois de tomarmos café, tomamos banho e ficamos um tempo no sofá, aproveitando mais um tempo juntos. Mas Landon entrou no apartamento de Paul com um sorriso que parecia deslocado no seu rosto. -Eles moravam no mesmo prédio, então estavam sempre invadindo a privacidade do outro.- Eu conhecia aquele sorriso — ele costumava ser radiante, mas hoje estava carregado de algo diferente, como se escondesse uma tristeza que ele tentava mascarar. Ele se jogou no sofá ao nosso lado, deixando escapar um longo suspiro dramático. — Vocês não vão acreditar — ele começou, sua voz carregada de frustração. — Claire e eu… achamos melhor nos afastar. Minhas mãos, que estavam apoiadas no colo, se entrelaçaram nervosamente. Claire era minha irmã, e embora eu soubesse que os dois não tinham exatamente um relacionamento convencional, não imaginava que as coisas tinham chegado a esse ponto. — O que aconteceu? — perguntei, tentando manter a voz neutra, mesmo sentindo uma leve tensão no peito. Paul, ao meu
Ao abrir a porta do meu apartamento, uma leve tensão pairava no ar. Claire já estava acordada e, ao me ver, seu olhar não trazia surpresa, apenas um conhecimento silencioso.— Você e o Paul são tão óbvios — ela disse, um sorriso leve nos lábios, mas sem entusiasmo.Coloquei minha bolsa em uma poltrona e me juntei a ela no sofá, envolvendo-a em um abraço.— Fiquei sabendo sobre o que aconteceu entre você e o Landon — falei, sentindo a tensão no ar. Claire permaneceu em silêncio por um tempo, como se estivesse reunindo coragem para falar.— É complicado, Annie. O Landon é um cara incrível, e eu estou confusa — ela finalmente admitiu, sua voz baixa e hesitante. — É tudo muito novo pra mim. Não sei o que eu quero. Só não quero me prender em um relacionamento agora. O Landon merece alguém com certezas, não com dúvidas. Não é justo da minha parte fazer isso com ele.Ela parecia abalada, e eu pude sentir a dor na sua voz. Cada palavra que Claire dizia era como um eco dos meus próprios medos.
Na segunda-feira de manhã, as notícias do evento estavam a todo vapor. Kimberly tinha feito um bom trabalho liderando a equipe jornalística, e a cobertura do evento havia sido um sucesso. Eu estava atolada de tarefas e reuniões, mas, mesmo assim, não conseguia parar de pensar na situação complicada entre mim e Paul. O que deveria ser uma fase animada da minha vida se tornara um emaranhado de sentimentos conflitantes.Depois de ter passado a noite no apartamento dele, o gosto de uma nova possibilidade ainda pairava nos meus lábios, mas as inseguranças também não paravam de me assombrar. Eu estava exausta desse sofrimento, das nossas brigas e do conflito de egos. Cada passo que dávamos juntos parecia uma dança delicada, onde um deslize poderia nos afastar.— Annie, tem uma pessoa querendo falar com você — Kimberly interrompeu meus pensamentos. Eu a olhei, a confusão e a curiosidade se misturando em meu peito.— Quem é? — perguntei, a frustração quase evidente na minha voz.— Ela disse q
Os dias estavam passando, e Paul sempre marcava encontros comigo, mas eu inventava alguma desculpa para desmarcar. A verdade é que a conversa com Olívia ecoava na minha mente, e eu não conseguia me desvencilhar disso.Na sexta-feira, no entanto, aceitei o convite do Paul para jantar. A semana tinha sido cheia e eu precisava me desconectar do trabalho um pouco.Quando saí do trabalho, Paul estava me esperando. Decidi deixar o carro no estacionamento. Ao entrar em seu carro, o cheiro familiar invadiu minhas narinas, e ele me beijou.— Está lindíssima — ele disse, fazendo-me rir.— Obrigada. Para onde vamos?— Pensei em um lugar novo que abriu aqui perto. Dizem que a comida é incrível.Enquanto dirigíamos, o vento suave entrava pela janela. Tentei me deixar levar pelo momento, mas as palavras de Olívia ainda ecoavam em minha mente. O que ela havia dito me fazia questionar o que eu realmente queria com Paul e se ele seria capaz de me dar o que eu desejava.— Você está quieta — ele comento
No sábado pela manhã, a notícia do nosso pedido de namoro já estava em todas as revistas de fofoca. Sentindo uma mistura de excitação e nervosismo, decidimos marcar um almoço na casa do Paul para avisar a nossa família. — Nem consigo acreditar que vocês vão finalmente ficar juntos! — Abby exclamou, com um sorriso radiante no rosto. — Eu sempre apoiei secretamente esse casal. Só você pra colocar o Paul na linha! — Ela riu, e eu não pude deixar de rir junto. A leveza dela era contagiante, e eu estava realmente feliz por ela estar ali. — Estou muito feliz, Abby — respondi, observando Landon ao fundo. Ele havia trazido a Megan com ele, e a presença dela na casa de Paul apenas ressaltava a tensão que eu percebia entre ele e Claire. Claire estava sentada sozinha, parecendo inabalável, mas seu olhar traía suas emoções. A notícia da chegada da Megan certamente abalou minha irmã. Claire havia hesitado em se abrir para Landon, e agora, com ele ao lado de outra, o que aconteceria? Senti uma p
Colocar um ponto final em um livro é sempre um misto de alivio e receio, mas sinto que escrevi tudo que precisava ser dito nesta parte da história. A história da Annie e do Paul veio para mim há mais de dois anos atrás de maneira avassaladora, esse livro abriu muitas portas para mim. Não foi o meu primeiro livro, mas sinto que essa história me fez escritora, me sinto orgulhosa por essa trajetória com esses personagens. A Annie é uma personagem autêntica, independente, estudiosa e guerreira. Muitas de nós mulheres temos medo, vergonha ou receio de mostrarmos para o mundo quem somos, a Annie não, ela é uma personagem que chega sem pedir licença e para mostrar a que veio, e é por isso que ela é apaixonante. O Paul é um "mocinho", com pose de durão, mas logo se rende aos encantos e a personalidade forte da Annie. Juntos eles iniciam uma trajetória. Chegamos ao fim desse livro, mas deixei a possibilidade de um novo livro para a Claire aberta. E eu conto com a ajuda de vocês, só vou esc
"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade." George OrwellUm dia li em algum lugar uma frase que dizia mais ou menos assim: "Escolha um trabalho que você ame e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na sua vida." . No início, eu não entendi muito bem essa frase. Mas agora ela faz todo sentido. O meu trabalho é a minha vida. Quando estou trabalhando eu não fico entediada e nem _nada do tipo_, pois, o que eu faço, faço com todo amor.Eu me especializei em jornalismo investigativo. Já fui considerada uma das melhores colunistas do Times, mas de um tempo pra cá fui rebaixada a jornalista de fofoca. Por isso tenho que andar investigando tudo sobre a vida escandalosa da elite de Nova Iorque.A minha chefe é tão exigente e irritante que as vezes dá vontade de matá-la.Definitivamente a vida dos empresários e socialites de Manhattan não me interessam, mas se for pra fazer fazer fofoca, eu faço, e faço direito, mas na verdade o que eu re
O telefone da minha sala toca e atendo. Ouço a voz da recepcionista do outro lado da linha.— Sr Oliver.— Pois não? —— Annie Marshall está aqui.— ela fala.Que droga! O que essa jornalista de quinta quer na minha empresa?— Eu não disse pra você que não estou com tempo pra nada hoje? —— Eu sei Sr Oliver, mas ela disse que só vai sair daqui quando falar com o senhor. —— Mande ela subir, diga a ela que só tenho 10 minutos. —— Está bem. — ela fala e desliga.Annie Marshall, a jornalista insuportável que quase me tirou da presidência da empresa. Isso ela não sabe, e nunca vai saber.Alguém daqui de dentro passou a informação a ela que a minha ex secretária estava me processando. O que não deixa de ser verdade. A vagabunda interesseira da minha ex secretária, só andava se jogando pra cima de mim, eu sou homem ué, resisti até quando não dava mais. Propús a ela uma noite de sexo selvagem. A vagunda gravou quando fiz a proposta a ela, tá na cara que essa era a intenção dela desde o começ