Na noite do dia seguinte, desembarco em Nova Iorque, sem a presença da minha irmã que resolveu ficar mais alguns dias. Não vim embora sem antes deixar claro que daria um prazo para quee ela voltasse, caso contrario, eu cruzaria o continente como um cometa para busca-lá. Conversei com minha mãe e disse que ela poderia juntar-se a nós e morar em Nova Iorque, ela falou que pensaria no assunto, mas não sei se aceitaria. Ela levava uma vida muito confortavel, e eu sabia que seria ela que estaria na frente dos négocios do Phillipe, já que minha irmã e eu não tinhamos interesse algum nisso.Olho no meu relógio de pulso e já se passavam das 20:00, eu estava cansada, com fome e querendo um banho, mas não posso negar que estava morrendo de vontade de ver o Paul. Eu não avisei que estaria voltando e não sei se seria uma boa ideia aparecer em sua casa sem avisar. Decido ir para casa. Chamo um taxi e no meio do trajeto meu celular brilha com o nome do Paul na tela. Atendo. - Annie. - Ele fala as
Quando acordo no dia seguinte, Paul não está na cama. Me levanto e encontro no chão a blusa dele que tirei imacientemente ontem a noite quando viemos para o quarto. Minhas roupas devem estar espalhadas em algum lugar pela casa. Visto sua blusa e amarro meus cabelos em um coque desajeitado. Saio em busca do Paul e ouço vozes vindo da sala, talvez ele esteja no telefone. Mas assim que chego na sala, encontro a Olivia entregando alguns papéis para ele. Ela me vê. Subitamente me arrependo da escolha de roupa que fiz, mas já é tarde demais e nem daria para sair despercebida. Observo quando o olhar dela foca em mim. Olivia veste um vestido midi e saltos altos. Está com um óculos nos cabelos, então imagino que tenha acabado de chegar. O Paul está vestindo calças jeans e uma camiseta.- Paul, não sabia que costumava trazer suas conquistas para sua casa. Pensei que ela estivesse em Londres. - Ela diz para ele e tento não me aborrecer.Não faço ideia do que a Olivia esteja fazendo aqui, mas ela
Na segunda feira de manhã, eu havia chegado cedo a empresa e subi diretamente para o setor de mídias sociais. Eu havia voltado para o meu apartamento na noite anterior. Passar o fim de semana foi algo incrível, tirando o aborrecimento de ter tido que encontrar com a Olívia lá. A minha irmã havia me avisado que estaria aqui no fim da semana, então tudo parecia estar indo bem.- Bom dia, Megan. - cumprimento a recepcionista assim que chego ao andar. A Megan era uma pessoa dedicada, ela sempre chegava bem cedo. Apesar da maneira como fui grosseira com ela, ela continuou seu trabalho e foi gentil. - Bom dia, Annie. Não sabia que estaria de volta hoje, fico feliz que tenha voltado. - Ela fala simpaticamente. - Obrigada, Megan, cheguei no final de semana. - Falo e quando vou pedir um relatório de como anda a atualização da página, o elevador abre e o Paul caminha até onde estamos. - Bom dia, Annie. Imaginei que estaria cedo aqui. - Ele me abraça e dá um beijo em meu rosto. Seu cheiro
A semana passou e eu estava intrigada com as coisas que a Olivia havia me dito, mas preferi não comentar nada com o Paul, apenas concentrei-me em fazer o que tinha que ser feito, que era trabalhar e voltar para casa. Apesar de não ter medo das ameaças disfarçadas da Olívia, eu tinha outras coisas com as quais me preocupar e não queria começar a travar uma batalha com ela, definitivamente, não valeria a pena no momento. A Claire havia chegado de Londres na noite anterior e eu enfim sentia-me aliviada por isso, sentia que ela poderia tomar as redeas da sua vida novamente. - Por que está deitada? - Claire pergunta entrando no meu quarto ao me ver deitada na cama. - Não tenho nada para fazer hoje, estou cansada, tive uma semana cheia. - Falo cobrindo meu rosto com a coberta. - Levante, Annie, vamos sair para tomar café. - Ela diz puxando a coberta de cima de mim.- Claire, eu não quero. - Falo me sentando tentando pegar meu cobertor de suas mãos. - Você tem 20 minutos para colocar um
Vermelho era minha cor favorita. Era uma cor associada ao amor, sangue flores e ao poder. E era assim que eu me sentia essa noite, poderosa. Um belo e longo vestido vermelho abraçava minhas curvas, tinha uma fenda discreta na parte dos joelhos que ia até o chão. Nos pés eu usava um scarpin preto e cachos caiam pelas minhas costas, pois minha irmã havia me ajudado a arrumar o meu cabelo. - Você está vestida para matar, Anelise, por Deus. - Minha irmã diz e olho novamente para o espelho. Eu estava nervosa, sabia que toda a elite de New York estaria presente no evento dessa noite e não poderia negar que aparecer em público com o Paul em um evento tão grande, me deixava apreensiva, tinha medo de qual manchete estaria nos principais veiculos de comunicação amanhã. Mas o Paul estava certo, se eu ficasse preocupada com o que a mídia acharia de alguma coisa, não daria para ter uma vida.- Eu estou nervosa. - Falo respirando fundo. - Tenha calma, você está incrível. - Você deveria ter acei
- Se mantenha firme, Anelise. Você consegue. - Dean fala e paro de correr para tentar controlar minhaa respiração. - Não vou ultrapassar meus limites. - Falo ofegante e bebo um pouco da minha água. O Dean havia me chamado para correr hoje cedo pois sabia que eu estava na cidade, a Claire saiu cedo para a faculdade e para não ficar sozinha, eu decidi aceitar.- Eu só acho que você conseguiria muito mais. - Ele diz parando ao meu lado.- Talvez, se eu não fosse tão sedentária. Vamos tomar café em algum lugar. - Falo e ele dá risada.Eu havia passado alguns meses longe de Nova Iorque, havia voltado para Londres para receber minha parte da herança do meu pai e fiquei algum tempo com a minha mãe. Ela havia vendido a casa em que morava com meu pai e comprado uma propriedade menor, acredito que foi por esse motivo que passei mais tempo lá. Foi um alívio não precisar conviver com as lembranças ruins que a casa em que cresci me trazia. - E aí, tem planos do que vai passar a fazer aqui? Esto
— Annie, tem uma pessoa querendo falar com você. — Kimberlly me avisa, mas noto a hesitação na sua voz.Olho de relance para o relógio, mesmo sabendo que minha agenda estava livre. A semana estava frenética, a venda da Times estampou os principais veículos de Nova York, e, apesar de toda a agitação, eu estava tranquila. Não temia mais os holofotes nem a exposição, afinal, agora eu era a proprietária de uma das maiores revistas do país. Estava onde sempre quis.— Não tenho horário marcado com ninguém, Kimberlly. — respondo, voltando minha atenção aos documentos espalhados pela mesa.Sinto o olhar dela em mim, persistente, como se estivesse tentando preparar o terreno para uma notícia desagradável.— Annie… eu não queria insistir, mas o Paul está aí, e ele não parece disposto a sair sem falar com você. — ela diz com uma cautela que faz o meu estômago revirar.O nome dele soa como um tiro abafado no peito. Eu sabia que reencontrá-lo era apenas uma questão de tempo, mas nunca imaginei que
Olá, escrevo essa nota sem saber se alguém está realmente lendo essa história. Esse livro teve um alcance muito grande nas primeiras semanas, mas foi só. É um livro muito especial para mim e eu sempre achei que ele seria um sucesso. Pode não ter um número muito grande de leitores, mas eu prometo que vou tentar ir com ele até o fim. Obrigada a todos pela leitura.