Paul Depois da Annie revelar seus sentimentos para mim, senti como se finalmente fosse chegar a um lugar seguro. Por um momento, pensei que pudessemos passar por cima de nossos problemas e enfim, ficarmos juntos. Mas, sempre que algo esta indo bem na nossa vida, algo de ruim acontece. Quando o Paul ligou avisando da morte do pai da Annie, eu não sabia como ela iria reagir. Quando passei a ligação para que a Claire pudesse dar a notícia para ela, a Annie deixou o celular cair e entrou em estado de choque. Ela ficou pálida, ápatica, não conseguia expressar nenhuma emoção. Apesar de saber que o Harry não foi o melhor dos pais, ele continuava sendo o pai dela, por esse motivo, fiz questão de preparar tudo rapidamente para que elas pudessem ir para Londres. Assim que chegamos ao apartamento da Annie, ela entrou para seu quarto e ficou lá com sua irmã, o Landon e eu ficamos resolvendo os pormenores. - O piloto estará disponivel daqui há uma hora e meia. - Landon me avisa e assinto. As
Na noite do dia seguinte, desembarco em Nova Iorque, sem a presença da minha irmã que resolveu ficar mais alguns dias. Não vim embora sem antes deixar claro que daria um prazo para quee ela voltasse, caso contrario, eu cruzaria o continente como um cometa para busca-lá. Conversei com minha mãe e disse que ela poderia juntar-se a nós e morar em Nova Iorque, ela falou que pensaria no assunto, mas não sei se aceitaria. Ela levava uma vida muito confortavel, e eu sabia que seria ela que estaria na frente dos négocios do Phillipe, já que minha irmã e eu não tinhamos interesse algum nisso.Olho no meu relógio de pulso e já se passavam das 20:00, eu estava cansada, com fome e querendo um banho, mas não posso negar que estava morrendo de vontade de ver o Paul. Eu não avisei que estaria voltando e não sei se seria uma boa ideia aparecer em sua casa sem avisar. Decido ir para casa. Chamo um taxi e no meio do trajeto meu celular brilha com o nome do Paul na tela. Atendo. - Annie. - Ele fala as
Quando acordo no dia seguinte, Paul não está na cama. Me levanto e encontro no chão a blusa dele que tirei imacientemente ontem a noite quando viemos para o quarto. Minhas roupas devem estar espalhadas em algum lugar pela casa. Visto sua blusa e amarro meus cabelos em um coque desajeitado. Saio em busca do Paul e ouço vozes vindo da sala, talvez ele esteja no telefone. Mas assim que chego na sala, encontro a Olivia entregando alguns papéis para ele. Ela me vê. Subitamente me arrependo da escolha de roupa que fiz, mas já é tarde demais e nem daria para sair despercebida. Observo quando o olhar dela foca em mim. Olivia veste um vestido midi e saltos altos. Está com um óculos nos cabelos, então imagino que tenha acabado de chegar. O Paul está vestindo calças jeans e uma camiseta.- Paul, não sabia que costumava trazer suas conquistas para sua casa. Pensei que ela estivesse em Londres. - Ela diz para ele e tento não me aborrecer.Não faço ideia do que a Olivia esteja fazendo aqui, mas ela
Na segunda feira de manhã, eu havia chegado cedo a empresa e subi diretamente para o setor de mídias sociais. Eu havia voltado para o meu apartamento na noite anterior. Passar o fim de semana foi algo incrível, tirando o aborrecimento de ter tido que encontrar com a Olívia lá. A minha irmã havia me avisado que estaria aqui no fim da semana, então tudo parecia estar indo bem.- Bom dia, Megan. - cumprimento a recepcionista assim que chego ao andar. A Megan era uma pessoa dedicada, ela sempre chegava bem cedo. Apesar da maneira como fui grosseira com ela, ela continuou seu trabalho e foi gentil. - Bom dia, Annie. Não sabia que estaria de volta hoje, fico feliz que tenha voltado. - Ela fala simpaticamente. - Obrigada, Megan, cheguei no final de semana. - Falo e quando vou pedir um relatório de como anda a atualização da página, o elevador abre e o Paul caminha até onde estamos. - Bom dia, Annie. Imaginei que estaria cedo aqui. - Ele me abraça e dá um beijo em meu rosto. Seu cheiro
A semana passou e eu estava intrigada com as coisas que a Olivia havia me dito, mas preferi não comentar nada com o Paul, apenas concentrei-me em fazer o que tinha que ser feito, que era trabalhar e voltar para casa. Apesar de não ter medo das ameaças disfarçadas da Olívia, eu tinha outras coisas com as quais me preocupar e não queria começar a travar uma batalha com ela, definitivamente, não valeria a pena no momento. A Claire havia chegado de Londres na noite anterior e eu enfim sentia-me aliviada por isso, sentia que ela poderia tomar as redeas da sua vida novamente. - Por que está deitada? - Claire pergunta entrando no meu quarto ao me ver deitada na cama. - Não tenho nada para fazer hoje, estou cansada, tive uma semana cheia. - Falo cobrindo meu rosto com a coberta. - Levante, Annie, vamos sair para tomar café. - Ela diz puxando a coberta de cima de mim.- Claire, eu não quero. - Falo me sentando tentando pegar meu cobertor de suas mãos. - Você tem 20 minutos para colocar um
Vermelho era minha cor favorita. Era uma cor associada ao amor, sangue flores e ao poder. E era assim que eu me sentia essa noite, poderosa. Um belo e longo vestido vermelho abraçava minhas curvas, tinha uma fenda discreta na parte dos joelhos que ia até o chão. Nos pés eu usava um scarpin preto e cachos caiam pelas minhas costas, pois minha irmã havia me ajudado a arrumar o meu cabelo. - Você está vestida para matar, Anelise, por Deus. - Minha irmã diz e olho novamente para o espelho. Eu estava nervosa, sabia que toda a elite de New York estaria presente no evento dessa noite e não poderia negar que aparecer em público com o Paul em um evento tão grande, me deixava apreensiva, tinha medo de qual manchete estaria nos principais veiculos de comunicação amanhã. Mas o Paul estava certo, se eu ficasse preocupada com o que a mídia acharia de alguma coisa, não daria para ter uma vida.- Eu estou nervosa. - Falo respirando fundo. - Tenha calma, você está incrível. - Você deveria ter acei
- Se mantenha firme, Anelise. Você consegue. - Dean fala e paro de correr para tentar controlar minhaa respiração. - Não vou ultrapassar meus limites. - Falo ofegante e bebo um pouco da minha água. O Dean havia me chamado para correr hoje cedo pois sabia que eu estava na cidade, a Claire saiu cedo para a faculdade e para não ficar sozinha, eu decidi aceitar.- Eu só acho que você conseguiria muito mais. - Ele diz parando ao meu lado.- Talvez, se eu não fosse tão sedentária. Vamos tomar café em algum lugar. - Falo e ele dá risada.Eu havia passado alguns meses longe de Nova Iorque, havia voltado para Londres para receber minha parte da herança do meu pai e fiquei algum tempo com a minha mãe. Ela havia vendido a casa em que morava com meu pai e comprado uma propriedade menor, acredito que foi por esse motivo que passei mais tempo lá. Foi um alívio não precisar conviver com as lembranças ruins que a casa em que cresci me trazia. - E aí, tem planos do que vai passar a fazer aqui? Esto
— Annie, tem uma pessoa querendo falar com você. — Kimberlly me avisa, mas noto a hesitação na sua voz.Olho de relance para o relógio, mesmo sabendo que minha agenda estava livre. A semana estava frenética, a venda da Times estampou os principais veículos de Nova York, e, apesar de toda a agitação, eu estava tranquila. Não temia mais os holofotes nem a exposição, afinal, agora eu era a proprietária de uma das maiores revistas do país. Estava onde sempre quis.— Não tenho horário marcado com ninguém, Kimberlly. — respondo, voltando minha atenção aos documentos espalhados pela mesa.Sinto o olhar dela em mim, persistente, como se estivesse tentando preparar o terreno para uma notícia desagradável.— Annie… eu não queria insistir, mas o Paul está aí, e ele não parece disposto a sair sem falar com você. — ela diz com uma cautela que faz o meu estômago revirar.O nome dele soa como um tiro abafado no peito. Eu sabia que reencontrá-lo era apenas uma questão de tempo, mas nunca imaginei que