Inês deixou a mansão da família Ribeiro e, em pouco tempo, percebeu que um carro preto a seguia constantemente. Não importava a velocidade, o veículo mantinha uma distância constante de trezentos a quatrocentos metros. Como estava em uma via principal e não podia parar facilmente, Inês ignorou a situação, permanecendo curiosa para descobrir as intenções daquele carro.Finalmente, o veículo parou em frente ao prédio do Grupo Ribeiro. Inês olhou para trás e viu que o carro também parou. Após aguardar um pouco e notar que ninguém saía do carro, Inês decidiu descer e se aproximar.Ela havia acabado de voltar para a Cidade P e não tinha tido desentendimentos com ninguém. Quem poderia estar a seguindo? No entanto, antes de chegar ao carro, ela viu uma pessoa familiar saindo do banco do passageiro.- Fabiano? - Indagou Inês, confusa.“Será que é Fabiano? Se ele está aqui, Emanuel também está.”- Srta. Inês. - Cumprimentou Fabiano. Ele olhou para Inês, fez um breve aceno com a cabeça e abriu
- Vi em uma conversa de fofocas no grupo. - Revelou Inês, de forma casual.Por respeito ao seu avô, ela evitou mencionar o nome Joaquim.- Inês, me deixe explicar. Eu não conheço essa mulher. Ontem à noite no bar... - Disse Emanuel, com um olhar tenso e sério para Inês. Inês não conseguiu segurar o riso diante da expressão nervosa de Emanuel.- Eu sei, Sr. Emanuel, seu gosto não é tão ruim. Além disso, não sou burra. A perspectiva dessa foto é tão astuta, como eu não perceberia o deslocamento? - Interrompeu Inês. - Você acredita em mim? - Questionou Emanuel, confuso. - Sim, pelo menos nesse assunto eu confio em você. - Disse Inês, colocando o celular na bolsa. Afinal, eles se conheciam há mais de dois anos, e ela tinha algum entendimento sobre Emanuel.Emanuel a abraçou novamente, uma sensação de realização preenchia seu coração. Nada foi mais reconfortante do que ter sido confiado pela pessoa amada.- Inês, obrigado. - Agradeceu Emanuel, se sentindo culpado. Inês confiava tanto n
- Ah, eu tenho que viajar a trabalho. Assim que terminar as coisas da empresa, vou direto para o aeroporto. - Respondeu Inês, mantendo os olhos fixos em Emanuel.- Viagem a trabalho? - Questionou Emanuel, cerrando o olhar. A primeira coisa que veio à mente de Emanuel foi que Inês estava prestes a sair do país novamente. Mal tinha voltado por alguns dias e já estava prestes a partir novamente. Após um breve momento, ele continuou com o questionamento. - Para onde você vai a trabalho, e quando volta? Você vai sozinha ou alguém vai te acompanhar? - Não tenho certeza da data de retorno, depende do progresso. Vou sozinha. Meu avô está sozinho na Cidade J, e não me sinto confortável deixando ele sozinho. Então, pedi ao Cauã para ficar lá e cuidar dele. - Respondeu Inês. Após um breve momento, Inês olhou para Emanuel com um sorriso malicioso e o provocando disse. - Quanto ao destino.... Adivinhe.- País M ou País F? - Perguntou Emanuel.Os negócios da família Ribeiro envolviam principalmente
Joaquim piscou os olhos por um momento.- É raro ver um casal se divorciar e ainda manter uma relação tão boa. - Comentou Joaquim.- Joaquim, mesmo que eu e a Inês não sejamos mais casados, ela não é alguém que você possa cobiçar. - Disse Emanuel, encarando Joaquim com os olhos levemente semicerrados. - Não vou esconder do senhor que me apaixonei à primeira vista pela Inês. Estava prestes a conquistar ela, e além disso, o avô da Inês gosta muito de mim. - Disse Joaquim, com um sorriso modesto no rosto. - E daí? - Retrucou Emanuel. Se Joaquim tivesse dito isso antes de encontrar com a Inês, Emanuel poderia até acreditar. No entanto, agora, suas palavras não tinham efeito algum sobre ele. Em seguida, ele acrescentou. - Mesmo que o Sr. Gustavo tenha aprovado você como genro, enquanto a Inês não gostar de você, você não terá nenhuma chance.- Eu sei que a Inês não gosta de mim. Ontem à noite, declarei meu amor a ela, e ela me rejeitou. Mas não pretendo desistir assim tão fácil. - Disse J
- Valentina! Onde você está? O que aconteceu? - Perguntou Emanuel, desesperado, sentindo um aperto no coração. Do outro lado da linha, Valentina chorava, mal conseguindo respirar. - Mano, estou na mansão. Mamãe e papai me trancaram aqui e não querem que eu saia. Eles querem que eu me case com aquele cara mimado da família Simeone. Não quero me casar com ele, mano, você precisa vir me salvar! - Explicou Valentina.- Espere um pouco, estou a caminho. - Disse Emanuel. - O que aconteceu com Valentina? - Perguntou Inês, nervosa, com os olhos fixos em Emanuel. - No caminho eu te conto. - Respondeu Emanuel, puxando Inês para o carro e imediatamente instruindo o motorista a ir até a mansão da família Antunes.No caminho, Emanuel explicou para Inês o que Valentina havia dito ao telefone.Inês ouviu e ficou tão furiosa que parecia que o cabelo dela ia começar a soltar fumaça.- Em pleno século XXI e eles ainda querem impor casamentos arranjados! O que seus pais estão pensando? - Disse Inês,
- Pai, a Valentina me disse que vocês estão planejando uma aliança com a família Simeone, para ela se casar com o Osvaldo, isso é verdade? - Perguntou Emanuel, olhando para o pai. Ângelo desceu as escadas e assentiu com a cabeça. - É verdade, eu e sua mãe conversamos muito sobre isso. Achamos o Osvaldo uma boa opção. Além disso, a família Simeone é uma das principais na Cidade J. Se a Valentina se casar com ele, certamente não será maltratada. - Explicou Ângelo. - Boa opção? Todos sabem que o Osvaldo é um mulherengo! Recentemente, até expuseram ele assediando as estrelas da empresa. Você quer que a Valentina se case com ele? Isso seria igual jogar ela em um abismo. - Disse Inês, furiosa.- Srta. Inês, não se intrometa nisso, este é um assunto da nossa família Antunes! - Disse Ângelo, olhando sombriamente para Inês. Inês apertou os punhos com raiva, prestes a xingar alguém. Em seguinda, ele continuou. - O Osvaldo pode ser um pouco mulherengo, mas é compreensível para alguém jovem. Qu
- Valentina, se você der um passo para fora desta porta, não me chame mais de pai! - Disse Ângelo, vendo Emanuel se afastar com Valentina.Valentina ficou tensa e olhou para Emanuel ao seu lado. Emanuel deu um tapinha no ombro dela, transmitindo silenciosamente força.Valentina respirou fundo e saiu sem olhar para trás. Os três saíram da família Antunes e se depararam com um porsche se aproximando.O carro parou na porta, e em seguida, Pedro desceu. - Sr. Emanuel, Valentina, Srta. Inês. - Cumprimentou Pedro. Ao ver o machucado na cabeça de Emanuel, ele arqueou levemente as sobrancelhas e perguntou. - O que aconteceu aqui?- Pedro, não pense que eu não sei. Foi você quem disse ao pai para me casar com Osvaldo. - Disse Valentina, o encarando com rivalidade. Ouvindo isso, Emanuel franziu a testa.- Valentina, você está me acusando injustamente. Apenas mencionei casualmente ao pai que você estava na idade de se casar. A ideia era que ele te levasse para conhecer o mundo e pessoas. A deci
- Está bem! - Assentiu Pedro. Depois de uma pausa, ele comentou. - Parece que houve algum problema com o noivado da Valentina e do Osvaldo, né? Na verdade, você poderia simplesmente contar a verdade para a família Simeone. Não é que não queiramos nos unir a eles, é que o Emanuel acha que o filho deles não está à altura.Ângelo suspirava de dor de cabeça sempre que o assunto vinha à tona. Com Emanuel apoiando Valentina, ele se viu sem saída. Não deu para simplesmente amarrar Valentina e entregar ela de bandeja para a família Simeone.- É mesmo? - Questionou Ângelo, erguendo as sobrancelhas. A família Simeone era bastante preocupada com a imagem, e se eles descobrissem que o Emanuel achava que eles não estavam à altura, com certeza iria rolar um rebuliço. Ângelo e Pedro se entreolharam, compartilhando um entendimento silencioso, e começaram a rir. Então, Ângelo disse. - Eu vou falar com a família Simeone sobre isso. Não se preocupe. Se concentre no projeto e não me decepcione. - Disse Ân