- Valentina! Onde você está? O que aconteceu? - Perguntou Emanuel, desesperado, sentindo um aperto no coração. Do outro lado da linha, Valentina chorava, mal conseguindo respirar. - Mano, estou na mansão. Mamãe e papai me trancaram aqui e não querem que eu saia. Eles querem que eu me case com aquele cara mimado da família Simeone. Não quero me casar com ele, mano, você precisa vir me salvar! - Explicou Valentina.- Espere um pouco, estou a caminho. - Disse Emanuel. - O que aconteceu com Valentina? - Perguntou Inês, nervosa, com os olhos fixos em Emanuel. - No caminho eu te conto. - Respondeu Emanuel, puxando Inês para o carro e imediatamente instruindo o motorista a ir até a mansão da família Antunes.No caminho, Emanuel explicou para Inês o que Valentina havia dito ao telefone.Inês ouviu e ficou tão furiosa que parecia que o cabelo dela ia começar a soltar fumaça.- Em pleno século XXI e eles ainda querem impor casamentos arranjados! O que seus pais estão pensando? - Disse Inês,
- Pai, a Valentina me disse que vocês estão planejando uma aliança com a família Simeone, para ela se casar com o Osvaldo, isso é verdade? - Perguntou Emanuel, olhando para o pai. Ângelo desceu as escadas e assentiu com a cabeça. - É verdade, eu e sua mãe conversamos muito sobre isso. Achamos o Osvaldo uma boa opção. Além disso, a família Simeone é uma das principais na Cidade J. Se a Valentina se casar com ele, certamente não será maltratada. - Explicou Ângelo. - Boa opção? Todos sabem que o Osvaldo é um mulherengo! Recentemente, até expuseram ele assediando as estrelas da empresa. Você quer que a Valentina se case com ele? Isso seria igual jogar ela em um abismo. - Disse Inês, furiosa.- Srta. Inês, não se intrometa nisso, este é um assunto da nossa família Antunes! - Disse Ângelo, olhando sombriamente para Inês. Inês apertou os punhos com raiva, prestes a xingar alguém. Em seguinda, ele continuou. - O Osvaldo pode ser um pouco mulherengo, mas é compreensível para alguém jovem. Qu
- Valentina, se você der um passo para fora desta porta, não me chame mais de pai! - Disse Ângelo, vendo Emanuel se afastar com Valentina.Valentina ficou tensa e olhou para Emanuel ao seu lado. Emanuel deu um tapinha no ombro dela, transmitindo silenciosamente força.Valentina respirou fundo e saiu sem olhar para trás. Os três saíram da família Antunes e se depararam com um porsche se aproximando.O carro parou na porta, e em seguida, Pedro desceu. - Sr. Emanuel, Valentina, Srta. Inês. - Cumprimentou Pedro. Ao ver o machucado na cabeça de Emanuel, ele arqueou levemente as sobrancelhas e perguntou. - O que aconteceu aqui?- Pedro, não pense que eu não sei. Foi você quem disse ao pai para me casar com Osvaldo. - Disse Valentina, o encarando com rivalidade. Ouvindo isso, Emanuel franziu a testa.- Valentina, você está me acusando injustamente. Apenas mencionei casualmente ao pai que você estava na idade de se casar. A ideia era que ele te levasse para conhecer o mundo e pessoas. A deci
- Está bem! - Assentiu Pedro. Depois de uma pausa, ele comentou. - Parece que houve algum problema com o noivado da Valentina e do Osvaldo, né? Na verdade, você poderia simplesmente contar a verdade para a família Simeone. Não é que não queiramos nos unir a eles, é que o Emanuel acha que o filho deles não está à altura.Ângelo suspirava de dor de cabeça sempre que o assunto vinha à tona. Com Emanuel apoiando Valentina, ele se viu sem saída. Não deu para simplesmente amarrar Valentina e entregar ela de bandeja para a família Simeone.- É mesmo? - Questionou Ângelo, erguendo as sobrancelhas. A família Simeone era bastante preocupada com a imagem, e se eles descobrissem que o Emanuel achava que eles não estavam à altura, com certeza iria rolar um rebuliço. Ângelo e Pedro se entreolharam, compartilhando um entendimento silencioso, e começaram a rir. Então, Ângelo disse. - Eu vou falar com a família Simeone sobre isso. Não se preocupe. Se concentre no projeto e não me decepcione. - Disse Ân
Naquela noite, Inês se hospedou na mansão em Monte Vista. Após o jantar, ela ligou para Cauã e indagou sobre a situação do avô, sentindo alívio ao saber que estava tudo bem.Enquanto trabalhava um pouco nos documentos em seu quarto, antes de apagar a luz e ir dormir por volta das onze horas, Inês não imaginava que a tranquilidade da noite seria interrompida. No meio da madrugada, a porta do quarto foi aberta silenciosamente, e a imponente figura de um homem adentrou lentamente.Emanuel caminhou até a beira da cama, observando a pequena mulher dormindo profundamente, com uma expressão indescritível de serenidade. Ele se questionava em como ele a convenceria a ficar no dia seguinte.Seu plano inicial de causar danos a si mesmo não funcionava, já havia tentado antes, e só a deixou chateada. Contudo, a ideia de adquirir o lugar onde ela estava hospedada parecia promissora.Decidido, Emanuel se inclinou e deu um beijo nos lábios de Inês. - Eu tenho certeza de que tranquei a porta. - Murmu
Após o almoço, Emanuel foi para o trabalho e, no caminho, deixou Inês em seu apartamento. - Este lugar fica muito perto da minha empresa. - Comentou Emanuel.Apenas uma rua os separava.Considerando a proximidade do apartamento de Inês à sua empresa, Emanuel abandonou a ideia de adquirir o imóvel. Decidiu não apressar as coisas. Se Inês não queria morar com ele agora, tudo bem. Pelo menos o lugar era próximo, permitindo que ele a visitasse com frequência.Depois que Emanuel partiu, Inês arrumou suas coisas rapidamente e foi encontrar um parceiro de negócios.O Grupo Ribeiro estava de olho no projeto de desenvolvimento na periferia norte, mas antes precisava conseguir a qualificação para concorrer, que estava nas mãos desse parceiro.Com a força do Grupo Ribeiro, isso não seria difícil. Inês descobriu através desse parceiro de negócios que este projeto na Cidade J estava sendo observado de perto por várias famílias influentes. A competição entre o Grupo Ribeiro e eles não apresentava
- O que você está falando, moleque atrevido! - Repreendeu o Sr. Cardoso. - Eduardo, como é que você fala assim! - Disse Marta, também lançando um olhar feroz para o filho. - Mãe, o problema na perna do vovô persiste há tantos anos, mesmo com tantos especialistas nacionais e estrangeiros, não conseguiram resolver. Eu simplesmente não acredito que ela seja melhor do que eles. E se ela piorar a situação do vovô ao invés de ajudar? - Retrucou Eduardo.- Relaxe, Sr. Eduardo. Se eu não sou especialista nisso, não vou me meter. Além do mais, meu avô e o Sr. Cardoso são amigos há muitos anos. Eu não faria nada para o prejudicar. - Tranquilizou Inês, lançando um olhar a Eduardo, meio sorrindo. - Inês, não ouça esse moleque insolente. Eu confio em você e sei que não faria mal a mim. - Disse o Sr. Cardoso, com um sorriso afetuoso. Ele olhou para Inês e suspirou. Em seguida, continuou. - No entanto, esses anos todos com minha perna doente, consultei muitos médicos e ainda não fui curado. Já est
Com certeza, o jeito de Inês com a medicina foi algo que mereceu destaque.Marta empurrou o Sr. Cardoso para cima, de volta ao quarto, enquanto Inês carregava a caixa de remédios atrás deles. Eduardo seguia Inês. - Te aviso, se você fizer algo contra meu avô, você vai se arrepender! - Sussurrou Eduardo. Embora Eduardo fosse um pouco rebelde e atrevido do lado de fora, ele era extremamente protetor com sua família, especialmente com seu avô, a quem ele amava muito.- Fique tranquilo. - Disse Inês.Ao chegarem ao quarto, Eduardo ajudou seu avô a se deitar e depois levantou as barras das calças para expor os joelhos. Inês lavou as mãos, colocou luvas médicas e pegou um conjunto de agulhas de acupuntura de sua caixa de remédios.- Sr. Cardoso, relaxe. As primeiras agulhadas podem causar um pouco de desconforto, você precisa aguentar. Além disso, se sentir qualquer desconforto, pode me avisar. - Orientou Inês.Sr. Cardoso assentiu. Eduardo e Marta ficaram ao lado, visivelmente nervosos.