- O que você está falando, moleque atrevido! - Repreendeu o Sr. Cardoso. - Eduardo, como é que você fala assim! - Disse Marta, também lançando um olhar feroz para o filho. - Mãe, o problema na perna do vovô persiste há tantos anos, mesmo com tantos especialistas nacionais e estrangeiros, não conseguiram resolver. Eu simplesmente não acredito que ela seja melhor do que eles. E se ela piorar a situação do vovô ao invés de ajudar? - Retrucou Eduardo.- Relaxe, Sr. Eduardo. Se eu não sou especialista nisso, não vou me meter. Além do mais, meu avô e o Sr. Cardoso são amigos há muitos anos. Eu não faria nada para o prejudicar. - Tranquilizou Inês, lançando um olhar a Eduardo, meio sorrindo. - Inês, não ouça esse moleque insolente. Eu confio em você e sei que não faria mal a mim. - Disse o Sr. Cardoso, com um sorriso afetuoso. Ele olhou para Inês e suspirou. Em seguida, continuou. - No entanto, esses anos todos com minha perna doente, consultei muitos médicos e ainda não fui curado. Já est
Com certeza, o jeito de Inês com a medicina foi algo que mereceu destaque.Marta empurrou o Sr. Cardoso para cima, de volta ao quarto, enquanto Inês carregava a caixa de remédios atrás deles. Eduardo seguia Inês. - Te aviso, se você fizer algo contra meu avô, você vai se arrepender! - Sussurrou Eduardo. Embora Eduardo fosse um pouco rebelde e atrevido do lado de fora, ele era extremamente protetor com sua família, especialmente com seu avô, a quem ele amava muito.- Fique tranquilo. - Disse Inês.Ao chegarem ao quarto, Eduardo ajudou seu avô a se deitar e depois levantou as barras das calças para expor os joelhos. Inês lavou as mãos, colocou luvas médicas e pegou um conjunto de agulhas de acupuntura de sua caixa de remédios.- Sr. Cardoso, relaxe. As primeiras agulhadas podem causar um pouco de desconforto, você precisa aguentar. Além disso, se sentir qualquer desconforto, pode me avisar. - Orientou Inês.Sr. Cardoso assentiu. Eduardo e Marta ficaram ao lado, visivelmente nervosos.
- A lesão nas pernas do Sr. Cardoso já persiste por um longo período. Mesmo utilizando a técnica de Nove Agulhas da Harmonia, não vou conseguir o curar completamente. No entanto, como mencionei, embora não seja passível de cura, esse conjunto de acupuntura pode aliviar a dor em suas pernas. - Explicou Inês, com uma expressão de lamentação.O Sr. Cardoso suspirou. Na verdade, ele não tinha muitas esperanças, e o alívio da dor crônica em sua perna já seria um resultado excelente.- Eu conheço muito bem essa lesão em minhas pernas. A esperança de cura é impossível, menina. Ficaria muito grato se conseguisse aliviar a dor que me atormenta há anos. - Disse o Sr. Cardoso, olhando para Inês. - Sr. Cardoso, vou permanecer na Cidade J por um tempo. Se precisar de algo, pode me chamar a qualquer momento. - Disse Inês, abrindo um sorriso. Depois de fazer acupuntura no Sr. Cardoso, Inês se preparou para sair, mas Marta estava muito animada e insistiu para que ela ficasse para o jantar. Inês teve
Terminada a conversa, segurando Emanuel, eles entraram no carro. Marta, sorrindo, os viu partir e, quando o carro se afastou, soltou um suspiro profundo.- Inês é uma garota legal. Eu até estava pensando em juntar vocês dois, mas quem diria que ela é a ex-mulher do Sr. Emanuel. - Disse Marta, com um tom de lamentação.Joaquim olhou na direção em que o carro se afastava, com um olhar profundo. - Ex-mulher, e daí? Eles já não têm mais nada. - Comentou Joaquim. Mesmo que tivessem algo, no máximo seriam amigos próximos. - Joaquim, você... Não está interessado na Inês, né? - Perguntou Marta, olhando para o seu filho. Joaquim ficou em silêncio. Marta o conhecia bem. Esse silêncio era como um consentimento.- Bem, eu não me importaria se sua futura esposa fosse divorciada, mas você ouviu o Sr. Emanuel dizendo que está cortejando a Inês. Pelo que parece, ele planeja se casar novamente com ela. Se você for atrás dela, não estará competindo diretamente com o Sr. Emanuel? - Indagou Marta.Emb
Em um ambiente acolhedor, o silêncio era interrompido apenas pelo som de uma agulha caindo. A brisa noturna adentrava pela janela entreaberta, fazendo as cortinas dançarem ao sabor do vento. Em um amplo sofá, um homem pressionava a pequena mulher em seus braços, a olhando com um olhar ardente, enquanto a beijava de maneira suave, amorosa e reverente.Ao redor pairava uma atmosfera de ambiguidade, a temperatura lentamente subia.Inês, envolvida pelo beijo, se perdeu nos sentimentos. Só depois de entender as intenções de Emanuel é que ela repentinamente recobrou a consciência.- Emanuel, minha menstruação chegou! - Lembrou Inês, empurrando Emanuel que estava sobre ela.Foi por isso que ela se atreveu a provocar ele tão descaradamente.Emanuel ficou tenso por um momento, afastando lentamente os lábios. Uma mão acariciava suavemente o rosto dela, a respiração instável.- Inês, você está fazendo de propósito. - Disse Emanuel, semicerrando o olhar.Inês piscou os olhos, os cílios curvados tr
- Sim, estou nervoso. - Confessou Emanuel. Emanuel estava tão nervoso que seu coração parecia estar prestes a pular para fora do peito.Inês riu em voz alta, se inclinou e deu o deu um beijo.- Minha resposta é que eu quero estar com você. - Disse Inês. Emanuel ficou tenso de repente. Inês acariciou o rosto dele e continuou. - Eu pensei sobre isso e decidi tentar, como você sugeriu. Como podemos saber se realmente combinamos se não tentarmos? Ela realmente gostava muito dele. Assim que ele agia um pouco mais gentil, carinhoso e a mimava um pouquinho, ela simplesmente não conseguia resistir.Inês não sabia se o relacionamento deles duraria, mas ela não queria perder essa chance. Mesmo que eles se separassem no futuro, os dias que passaram juntos se tornariam as melhores lembranças de sua vida.Inês olhou para Emanuel, que estava boquiaberto, e cutucou seu peito.- Inês. - Hesitou Emanuel, abraçando Inês repentinamente, a desejando. Em seguida, ele quis confirmar e perguntou. - Então
- Emanuel, sei que o Grupo Antunes se preparou muito para este projeto. Se você me der a oportunidade, estou disposta a assumir todas as responsabilidades financeiras para dar o devido andamento ao projeto. - Disse Inês.Inês não estava passando por problemas financeiros. No entanto, em razão de ser um projeto do governo, não era algo que se conseguia apenas com dinheiro. Dadas as circunstâncias e a força do Grupo Antunes, o Grupo Ribeiro certamente não conseguiria competir. Mas se Emanuel concordasse em ajudar, a situação podia ser diferente.Emanuel olhou para Inês, sem saber se devia sorrir ou ficar zangado. - Inês, se você quisesse este projeto, podia ter me falado sem esses rodeios. - Comentou Emanuel.Não era necessário que ela se submetesse a isso só para aceitar a ajuda dele.- Mas não é isso que estou fazendo? - Indagou Inês, sem entender o que ele queria dizer. Emanuel a encarou, sem dizer uma palavra. Nesse momento, a campainha tocou.- Eu vou atender. - Disse Emanuel, se
Ele realmente havia tratado os sentimentos dela como se fossem falsos?Inês permaneceu parada, olhando fixamente para o nada, até que o som da porta se fechar a fez despertar abruptamente.Emanuel já tinha ido embora, deixando Inês sozinha na casa, em um silêncio tão profundo que seria possível ouvir o som de um alfinete caindo.Ao olhar para a canja de ovo com açúcar mascavo pela metade na mesa, Inês sentiu o nariz picar, quase a soltar lágrimas.“Emanuel, seu canalha, como ousa dizer que meus sentimentos por você são falsos? Maldito homem idiota!" ...Emanuel voltou para a mansão em Monte Vista cheio de raiva, indo direto para a piscina e nadou mil metros para acalmar os ânimos.A noite foi uma montanha-russa emocional, terminando em decepção.Ele precisava se acalmar, no entanto, não importava o quanto tentasse, a imagem de Inês ainda rondava sua mente.“Essa mulher sem coração!“Ele queria que ela o aceitasse completamente, de corpo e alma. Mesmo que o amor dela por ele não fosse