Em um ambiente acolhedor, o silêncio era interrompido apenas pelo som de uma agulha caindo. A brisa noturna adentrava pela janela entreaberta, fazendo as cortinas dançarem ao sabor do vento. Em um amplo sofá, um homem pressionava a pequena mulher em seus braços, a olhando com um olhar ardente, enquanto a beijava de maneira suave, amorosa e reverente.Ao redor pairava uma atmosfera de ambiguidade, a temperatura lentamente subia.Inês, envolvida pelo beijo, se perdeu nos sentimentos. Só depois de entender as intenções de Emanuel é que ela repentinamente recobrou a consciência.- Emanuel, minha menstruação chegou! - Lembrou Inês, empurrando Emanuel que estava sobre ela.Foi por isso que ela se atreveu a provocar ele tão descaradamente.Emanuel ficou tenso por um momento, afastando lentamente os lábios. Uma mão acariciava suavemente o rosto dela, a respiração instável.- Inês, você está fazendo de propósito. - Disse Emanuel, semicerrando o olhar.Inês piscou os olhos, os cílios curvados tr
- Sim, estou nervoso. - Confessou Emanuel. Emanuel estava tão nervoso que seu coração parecia estar prestes a pular para fora do peito.Inês riu em voz alta, se inclinou e deu o deu um beijo.- Minha resposta é que eu quero estar com você. - Disse Inês. Emanuel ficou tenso de repente. Inês acariciou o rosto dele e continuou. - Eu pensei sobre isso e decidi tentar, como você sugeriu. Como podemos saber se realmente combinamos se não tentarmos? Ela realmente gostava muito dele. Assim que ele agia um pouco mais gentil, carinhoso e a mimava um pouquinho, ela simplesmente não conseguia resistir.Inês não sabia se o relacionamento deles duraria, mas ela não queria perder essa chance. Mesmo que eles se separassem no futuro, os dias que passaram juntos se tornariam as melhores lembranças de sua vida.Inês olhou para Emanuel, que estava boquiaberto, e cutucou seu peito.- Inês. - Hesitou Emanuel, abraçando Inês repentinamente, a desejando. Em seguida, ele quis confirmar e perguntou. - Então
- Emanuel, sei que o Grupo Antunes se preparou muito para este projeto. Se você me der a oportunidade, estou disposta a assumir todas as responsabilidades financeiras para dar o devido andamento ao projeto. - Disse Inês.Inês não estava passando por problemas financeiros. No entanto, em razão de ser um projeto do governo, não era algo que se conseguia apenas com dinheiro. Dadas as circunstâncias e a força do Grupo Antunes, o Grupo Ribeiro certamente não conseguiria competir. Mas se Emanuel concordasse em ajudar, a situação podia ser diferente.Emanuel olhou para Inês, sem saber se devia sorrir ou ficar zangado. - Inês, se você quisesse este projeto, podia ter me falado sem esses rodeios. - Comentou Emanuel.Não era necessário que ela se submetesse a isso só para aceitar a ajuda dele.- Mas não é isso que estou fazendo? - Indagou Inês, sem entender o que ele queria dizer. Emanuel a encarou, sem dizer uma palavra. Nesse momento, a campainha tocou.- Eu vou atender. - Disse Emanuel, se
Ele realmente havia tratado os sentimentos dela como se fossem falsos?Inês permaneceu parada, olhando fixamente para o nada, até que o som da porta se fechar a fez despertar abruptamente.Emanuel já tinha ido embora, deixando Inês sozinha na casa, em um silêncio tão profundo que seria possível ouvir o som de um alfinete caindo.Ao olhar para a canja de ovo com açúcar mascavo pela metade na mesa, Inês sentiu o nariz picar, quase a soltar lágrimas.“Emanuel, seu canalha, como ousa dizer que meus sentimentos por você são falsos? Maldito homem idiota!" ...Emanuel voltou para a mansão em Monte Vista cheio de raiva, indo direto para a piscina e nadou mil metros para acalmar os ânimos.A noite foi uma montanha-russa emocional, terminando em decepção.Ele precisava se acalmar, no entanto, não importava o quanto tentasse, a imagem de Inês ainda rondava sua mente.“Essa mulher sem coração!“Ele queria que ela o aceitasse completamente, de corpo e alma. Mesmo que o amor dela por ele não fosse
Emanuel podia imaginar o motivo da visita de Inês, com certeza era sobre o projeto na periferia norte. Ele queria ver Inês, mas não queria ouvir ela falando apenas sobre trabalho. Isso só o faria perder o controle emocional, fazendo com que a relação deles se tornasse apenas um negócio.Emanuel estava preocupado, temendo que, nessas circunstâncias, não conseguisse controlar suas emoções e acabasse machucando Inês. Em seus vinte e poucos anos, Inês era a única pessoa capaz de afetar suas emoções dessa maneira. Sempre que estava diante dela, ele simplesmente não conseguia controlar suas emoções.Inês, com uma única frase, conseguia influenciar todos os sentimentos dele.Emanuel ficou em silêncio, deixando Matheus mais curioso. - A Inês fez alguma coisa extraordinária de novo? - Brincou Matheus.Emanuel ficou em silêncio por um momento antes de responder. - Ela aceitou minha declaração de amor. - Revelou Emanuel. - Essa não é uma boa notícia? - Disse Matheus, entusiasmado, batendo na
- Inês, muito obrigado. Nos últimos anos, devido à dor nas pernas, eu acordava quase todas as noites de madrugada. Na noite passada, dormi muito bem, algo raro. - Disse o Sr. Cardoso, imensamente agradecido. - É verdade, Srta. Inês, muito obrigado mesmo. - Disse Fernando. olhando para Inês com muita gratidão.- Não precisa agradecer, Sr. Fernando. - Respondeu Inês.Depois do almoço na família Cardoso, Inês fez outra sessão de acupuntura no Sr. Cardoso.Ao sair à tarde, Joaquim a acompanhou. No caminho de volta, Joaquim dirigia e observava Inês no banco do passageiro. - Está esperando uma ligação? - Perguntou Joaquim.Inês estava olhando para o celular, esperando uma chamada ou uma mensagem de Emanuel.- Não. - Respondeu Inês, colocando o celular na bolsa e olhando para a paisagem na janela.Joaquim ficou em silêncio por alguns segundos antes de falar.- Inês, você pode me fazer um favor? - Pediu Joaquim. - Qual? - Questionou Inês.- Esta noite, tenho um leilão de caridade para parti
Íris entrou na loja de luxo e imediatamente pôs os olhos na saia de lantejoulas douradas em forma de cauda de sereia que a vendedora segurava. Sem pestanejar, exclamou:- Que linda! - Disse enquanto se aproximava rapidamente e apontava para a saia na mão da vendedora:- Me dê para experimentar!A vendedora, ao ver Íris, brilhou os olhos e disse:- Claro, Srta. Íris, um momento, por favor!A Srta. Íris era uma cliente VIP naquela loja, e se ela gostasse daquela saia, com certeza a compraria. Sabendo disso, a vendedora, com um sorriso radiante, caminhava como se já tivesse garantido uma generosa comissão. Valentina, porém, num passo rápido, se colocou na frente da vendedora e disse:- Pare aí! Fomos nós que vimos essa saia primeiro, por que ela deveria experimentar antes de nós?Valentina detestava vendedores interesseiros! Seu empecilho, no entanto, fez com que Íris também a detestasse. De súbito, a cliente empurrava a outra que reclamava e declarava:- O que importa se vocês viram prim
- Nunca vi alguém tão bom em fingir. Nossa gerente tirou o dia de folga para resolver assuntos pessoais, como ela poderia chegar em dez minutos? E ainda por cima, vir correndo te encontrar. Quem você pensa que é? - De forma arrogante, a vendedora daquele estabelecimento se esforçava para rebaixar Inês e Valentina.A primeira, no entanto, olhava para a vendedora com um sorriso que não era bem um sorriso. De forma sombria, ela declarava imponentemente:- Logo você vai saber quem eu sou.Valentina olhava para Inês com os olhos brilhando intensamente, confiante de que, conhecendo Inês, logo haveria uma reviravolta! Esta, demonstrando o porquê de ser alvo de tanta admiração, virava para Íris, que a encarava, e dizia de forma calma:- Desculpe, eu também gosto muito deste vestido e não posso ceder ele para você. Pode escolher outro modelo de sua preferência.Íris, que continuava encarando Inês, respondeu com não tanta elegância:- Eu quero este vestido hoje!Desde pequena, ninguém ousou comp