Naquela noite, Inês se hospedou na mansão em Monte Vista. Após o jantar, ela ligou para Cauã e indagou sobre a situação do avô, sentindo alívio ao saber que estava tudo bem.Enquanto trabalhava um pouco nos documentos em seu quarto, antes de apagar a luz e ir dormir por volta das onze horas, Inês não imaginava que a tranquilidade da noite seria interrompida. No meio da madrugada, a porta do quarto foi aberta silenciosamente, e a imponente figura de um homem adentrou lentamente.Emanuel caminhou até a beira da cama, observando a pequena mulher dormindo profundamente, com uma expressão indescritível de serenidade. Ele se questionava em como ele a convenceria a ficar no dia seguinte.Seu plano inicial de causar danos a si mesmo não funcionava, já havia tentado antes, e só a deixou chateada. Contudo, a ideia de adquirir o lugar onde ela estava hospedada parecia promissora.Decidido, Emanuel se inclinou e deu um beijo nos lábios de Inês. - Eu tenho certeza de que tranquei a porta. - Murmu
Após o almoço, Emanuel foi para o trabalho e, no caminho, deixou Inês em seu apartamento. - Este lugar fica muito perto da minha empresa. - Comentou Emanuel.Apenas uma rua os separava.Considerando a proximidade do apartamento de Inês à sua empresa, Emanuel abandonou a ideia de adquirir o imóvel. Decidiu não apressar as coisas. Se Inês não queria morar com ele agora, tudo bem. Pelo menos o lugar era próximo, permitindo que ele a visitasse com frequência.Depois que Emanuel partiu, Inês arrumou suas coisas rapidamente e foi encontrar um parceiro de negócios.O Grupo Ribeiro estava de olho no projeto de desenvolvimento na periferia norte, mas antes precisava conseguir a qualificação para concorrer, que estava nas mãos desse parceiro.Com a força do Grupo Ribeiro, isso não seria difícil. Inês descobriu através desse parceiro de negócios que este projeto na Cidade J estava sendo observado de perto por várias famílias influentes. A competição entre o Grupo Ribeiro e eles não apresentava
- O que você está falando, moleque atrevido! - Repreendeu o Sr. Cardoso. - Eduardo, como é que você fala assim! - Disse Marta, também lançando um olhar feroz para o filho. - Mãe, o problema na perna do vovô persiste há tantos anos, mesmo com tantos especialistas nacionais e estrangeiros, não conseguiram resolver. Eu simplesmente não acredito que ela seja melhor do que eles. E se ela piorar a situação do vovô ao invés de ajudar? - Retrucou Eduardo.- Relaxe, Sr. Eduardo. Se eu não sou especialista nisso, não vou me meter. Além do mais, meu avô e o Sr. Cardoso são amigos há muitos anos. Eu não faria nada para o prejudicar. - Tranquilizou Inês, lançando um olhar a Eduardo, meio sorrindo. - Inês, não ouça esse moleque insolente. Eu confio em você e sei que não faria mal a mim. - Disse o Sr. Cardoso, com um sorriso afetuoso. Ele olhou para Inês e suspirou. Em seguida, continuou. - No entanto, esses anos todos com minha perna doente, consultei muitos médicos e ainda não fui curado. Já est
Com certeza, o jeito de Inês com a medicina foi algo que mereceu destaque.Marta empurrou o Sr. Cardoso para cima, de volta ao quarto, enquanto Inês carregava a caixa de remédios atrás deles. Eduardo seguia Inês. - Te aviso, se você fizer algo contra meu avô, você vai se arrepender! - Sussurrou Eduardo. Embora Eduardo fosse um pouco rebelde e atrevido do lado de fora, ele era extremamente protetor com sua família, especialmente com seu avô, a quem ele amava muito.- Fique tranquilo. - Disse Inês.Ao chegarem ao quarto, Eduardo ajudou seu avô a se deitar e depois levantou as barras das calças para expor os joelhos. Inês lavou as mãos, colocou luvas médicas e pegou um conjunto de agulhas de acupuntura de sua caixa de remédios.- Sr. Cardoso, relaxe. As primeiras agulhadas podem causar um pouco de desconforto, você precisa aguentar. Além disso, se sentir qualquer desconforto, pode me avisar. - Orientou Inês.Sr. Cardoso assentiu. Eduardo e Marta ficaram ao lado, visivelmente nervosos.
- A lesão nas pernas do Sr. Cardoso já persiste por um longo período. Mesmo utilizando a técnica de Nove Agulhas da Harmonia, não vou conseguir o curar completamente. No entanto, como mencionei, embora não seja passível de cura, esse conjunto de acupuntura pode aliviar a dor em suas pernas. - Explicou Inês, com uma expressão de lamentação.O Sr. Cardoso suspirou. Na verdade, ele não tinha muitas esperanças, e o alívio da dor crônica em sua perna já seria um resultado excelente.- Eu conheço muito bem essa lesão em minhas pernas. A esperança de cura é impossível, menina. Ficaria muito grato se conseguisse aliviar a dor que me atormenta há anos. - Disse o Sr. Cardoso, olhando para Inês. - Sr. Cardoso, vou permanecer na Cidade J por um tempo. Se precisar de algo, pode me chamar a qualquer momento. - Disse Inês, abrindo um sorriso. Depois de fazer acupuntura no Sr. Cardoso, Inês se preparou para sair, mas Marta estava muito animada e insistiu para que ela ficasse para o jantar. Inês teve
Terminada a conversa, segurando Emanuel, eles entraram no carro. Marta, sorrindo, os viu partir e, quando o carro se afastou, soltou um suspiro profundo.- Inês é uma garota legal. Eu até estava pensando em juntar vocês dois, mas quem diria que ela é a ex-mulher do Sr. Emanuel. - Disse Marta, com um tom de lamentação.Joaquim olhou na direção em que o carro se afastava, com um olhar profundo. - Ex-mulher, e daí? Eles já não têm mais nada. - Comentou Joaquim. Mesmo que tivessem algo, no máximo seriam amigos próximos. - Joaquim, você... Não está interessado na Inês, né? - Perguntou Marta, olhando para o seu filho. Joaquim ficou em silêncio. Marta o conhecia bem. Esse silêncio era como um consentimento.- Bem, eu não me importaria se sua futura esposa fosse divorciada, mas você ouviu o Sr. Emanuel dizendo que está cortejando a Inês. Pelo que parece, ele planeja se casar novamente com ela. Se você for atrás dela, não estará competindo diretamente com o Sr. Emanuel? - Indagou Marta.Emb
Em um ambiente acolhedor, o silêncio era interrompido apenas pelo som de uma agulha caindo. A brisa noturna adentrava pela janela entreaberta, fazendo as cortinas dançarem ao sabor do vento. Em um amplo sofá, um homem pressionava a pequena mulher em seus braços, a olhando com um olhar ardente, enquanto a beijava de maneira suave, amorosa e reverente.Ao redor pairava uma atmosfera de ambiguidade, a temperatura lentamente subia.Inês, envolvida pelo beijo, se perdeu nos sentimentos. Só depois de entender as intenções de Emanuel é que ela repentinamente recobrou a consciência.- Emanuel, minha menstruação chegou! - Lembrou Inês, empurrando Emanuel que estava sobre ela.Foi por isso que ela se atreveu a provocar ele tão descaradamente.Emanuel ficou tenso por um momento, afastando lentamente os lábios. Uma mão acariciava suavemente o rosto dela, a respiração instável.- Inês, você está fazendo de propósito. - Disse Emanuel, semicerrando o olhar.Inês piscou os olhos, os cílios curvados tr
- Sim, estou nervoso. - Confessou Emanuel. Emanuel estava tão nervoso que seu coração parecia estar prestes a pular para fora do peito.Inês riu em voz alta, se inclinou e deu o deu um beijo.- Minha resposta é que eu quero estar com você. - Disse Inês. Emanuel ficou tenso de repente. Inês acariciou o rosto dele e continuou. - Eu pensei sobre isso e decidi tentar, como você sugeriu. Como podemos saber se realmente combinamos se não tentarmos? Ela realmente gostava muito dele. Assim que ele agia um pouco mais gentil, carinhoso e a mimava um pouquinho, ela simplesmente não conseguia resistir.Inês não sabia se o relacionamento deles duraria, mas ela não queria perder essa chance. Mesmo que eles se separassem no futuro, os dias que passaram juntos se tornariam as melhores lembranças de sua vida.Inês olhou para Emanuel, que estava boquiaberto, e cutucou seu peito.- Inês. - Hesitou Emanuel, abraçando Inês repentinamente, a desejando. Em seguida, ele quis confirmar e perguntou. - Então