- Está bem! - Assentiu Pedro. Depois de uma pausa, ele comentou. - Parece que houve algum problema com o noivado da Valentina e do Osvaldo, né? Na verdade, você poderia simplesmente contar a verdade para a família Simeone. Não é que não queiramos nos unir a eles, é que o Emanuel acha que o filho deles não está à altura.Ângelo suspirava de dor de cabeça sempre que o assunto vinha à tona. Com Emanuel apoiando Valentina, ele se viu sem saída. Não deu para simplesmente amarrar Valentina e entregar ela de bandeja para a família Simeone.- É mesmo? - Questionou Ângelo, erguendo as sobrancelhas. A família Simeone era bastante preocupada com a imagem, e se eles descobrissem que o Emanuel achava que eles não estavam à altura, com certeza iria rolar um rebuliço. Ângelo e Pedro se entreolharam, compartilhando um entendimento silencioso, e começaram a rir. Então, Ângelo disse. - Eu vou falar com a família Simeone sobre isso. Não se preocupe. Se concentre no projeto e não me decepcione. - Disse Ân
Naquela noite, Inês se hospedou na mansão em Monte Vista. Após o jantar, ela ligou para Cauã e indagou sobre a situação do avô, sentindo alívio ao saber que estava tudo bem.Enquanto trabalhava um pouco nos documentos em seu quarto, antes de apagar a luz e ir dormir por volta das onze horas, Inês não imaginava que a tranquilidade da noite seria interrompida. No meio da madrugada, a porta do quarto foi aberta silenciosamente, e a imponente figura de um homem adentrou lentamente.Emanuel caminhou até a beira da cama, observando a pequena mulher dormindo profundamente, com uma expressão indescritível de serenidade. Ele se questionava em como ele a convenceria a ficar no dia seguinte.Seu plano inicial de causar danos a si mesmo não funcionava, já havia tentado antes, e só a deixou chateada. Contudo, a ideia de adquirir o lugar onde ela estava hospedada parecia promissora.Decidido, Emanuel se inclinou e deu um beijo nos lábios de Inês. - Eu tenho certeza de que tranquei a porta. - Murmu
Após o almoço, Emanuel foi para o trabalho e, no caminho, deixou Inês em seu apartamento. - Este lugar fica muito perto da minha empresa. - Comentou Emanuel.Apenas uma rua os separava.Considerando a proximidade do apartamento de Inês à sua empresa, Emanuel abandonou a ideia de adquirir o imóvel. Decidiu não apressar as coisas. Se Inês não queria morar com ele agora, tudo bem. Pelo menos o lugar era próximo, permitindo que ele a visitasse com frequência.Depois que Emanuel partiu, Inês arrumou suas coisas rapidamente e foi encontrar um parceiro de negócios.O Grupo Ribeiro estava de olho no projeto de desenvolvimento na periferia norte, mas antes precisava conseguir a qualificação para concorrer, que estava nas mãos desse parceiro.Com a força do Grupo Ribeiro, isso não seria difícil. Inês descobriu através desse parceiro de negócios que este projeto na Cidade J estava sendo observado de perto por várias famílias influentes. A competição entre o Grupo Ribeiro e eles não apresentava
- O que você está falando, moleque atrevido! - Repreendeu o Sr. Cardoso. - Eduardo, como é que você fala assim! - Disse Marta, também lançando um olhar feroz para o filho. - Mãe, o problema na perna do vovô persiste há tantos anos, mesmo com tantos especialistas nacionais e estrangeiros, não conseguiram resolver. Eu simplesmente não acredito que ela seja melhor do que eles. E se ela piorar a situação do vovô ao invés de ajudar? - Retrucou Eduardo.- Relaxe, Sr. Eduardo. Se eu não sou especialista nisso, não vou me meter. Além do mais, meu avô e o Sr. Cardoso são amigos há muitos anos. Eu não faria nada para o prejudicar. - Tranquilizou Inês, lançando um olhar a Eduardo, meio sorrindo. - Inês, não ouça esse moleque insolente. Eu confio em você e sei que não faria mal a mim. - Disse o Sr. Cardoso, com um sorriso afetuoso. Ele olhou para Inês e suspirou. Em seguida, continuou. - No entanto, esses anos todos com minha perna doente, consultei muitos médicos e ainda não fui curado. Já est
Com certeza, o jeito de Inês com a medicina foi algo que mereceu destaque.Marta empurrou o Sr. Cardoso para cima, de volta ao quarto, enquanto Inês carregava a caixa de remédios atrás deles. Eduardo seguia Inês. - Te aviso, se você fizer algo contra meu avô, você vai se arrepender! - Sussurrou Eduardo. Embora Eduardo fosse um pouco rebelde e atrevido do lado de fora, ele era extremamente protetor com sua família, especialmente com seu avô, a quem ele amava muito.- Fique tranquilo. - Disse Inês.Ao chegarem ao quarto, Eduardo ajudou seu avô a se deitar e depois levantou as barras das calças para expor os joelhos. Inês lavou as mãos, colocou luvas médicas e pegou um conjunto de agulhas de acupuntura de sua caixa de remédios.- Sr. Cardoso, relaxe. As primeiras agulhadas podem causar um pouco de desconforto, você precisa aguentar. Além disso, se sentir qualquer desconforto, pode me avisar. - Orientou Inês.Sr. Cardoso assentiu. Eduardo e Marta ficaram ao lado, visivelmente nervosos.
- A lesão nas pernas do Sr. Cardoso já persiste por um longo período. Mesmo utilizando a técnica de Nove Agulhas da Harmonia, não vou conseguir o curar completamente. No entanto, como mencionei, embora não seja passível de cura, esse conjunto de acupuntura pode aliviar a dor em suas pernas. - Explicou Inês, com uma expressão de lamentação.O Sr. Cardoso suspirou. Na verdade, ele não tinha muitas esperanças, e o alívio da dor crônica em sua perna já seria um resultado excelente.- Eu conheço muito bem essa lesão em minhas pernas. A esperança de cura é impossível, menina. Ficaria muito grato se conseguisse aliviar a dor que me atormenta há anos. - Disse o Sr. Cardoso, olhando para Inês. - Sr. Cardoso, vou permanecer na Cidade J por um tempo. Se precisar de algo, pode me chamar a qualquer momento. - Disse Inês, abrindo um sorriso. Depois de fazer acupuntura no Sr. Cardoso, Inês se preparou para sair, mas Marta estava muito animada e insistiu para que ela ficasse para o jantar. Inês teve
Terminada a conversa, segurando Emanuel, eles entraram no carro. Marta, sorrindo, os viu partir e, quando o carro se afastou, soltou um suspiro profundo.- Inês é uma garota legal. Eu até estava pensando em juntar vocês dois, mas quem diria que ela é a ex-mulher do Sr. Emanuel. - Disse Marta, com um tom de lamentação.Joaquim olhou na direção em que o carro se afastava, com um olhar profundo. - Ex-mulher, e daí? Eles já não têm mais nada. - Comentou Joaquim. Mesmo que tivessem algo, no máximo seriam amigos próximos. - Joaquim, você... Não está interessado na Inês, né? - Perguntou Marta, olhando para o seu filho. Joaquim ficou em silêncio. Marta o conhecia bem. Esse silêncio era como um consentimento.- Bem, eu não me importaria se sua futura esposa fosse divorciada, mas você ouviu o Sr. Emanuel dizendo que está cortejando a Inês. Pelo que parece, ele planeja se casar novamente com ela. Se você for atrás dela, não estará competindo diretamente com o Sr. Emanuel? - Indagou Marta.Emb
Em um ambiente acolhedor, o silêncio era interrompido apenas pelo som de uma agulha caindo. A brisa noturna adentrava pela janela entreaberta, fazendo as cortinas dançarem ao sabor do vento. Em um amplo sofá, um homem pressionava a pequena mulher em seus braços, a olhando com um olhar ardente, enquanto a beijava de maneira suave, amorosa e reverente.Ao redor pairava uma atmosfera de ambiguidade, a temperatura lentamente subia.Inês, envolvida pelo beijo, se perdeu nos sentimentos. Só depois de entender as intenções de Emanuel é que ela repentinamente recobrou a consciência.- Emanuel, minha menstruação chegou! - Lembrou Inês, empurrando Emanuel que estava sobre ela.Foi por isso que ela se atreveu a provocar ele tão descaradamente.Emanuel ficou tenso por um momento, afastando lentamente os lábios. Uma mão acariciava suavemente o rosto dela, a respiração instável.- Inês, você está fazendo de propósito. - Disse Emanuel, semicerrando o olhar.Inês piscou os olhos, os cílios curvados tr