Sem hesitar, ela ligou imediatamente para Joaquim.Quando a chamada foi atendida, a voz de Joaquim soou um pouco sombria.- Tão tarde e ainda não foi descansar?Inês falou friamente:- Joaquim, qual o sentido de você me enviar essa foto?- Só queria te mostrar que Emanuel não é digno de você.Inês sorriu ironicamente e respondeu:- Se é tão corajoso, fale isso na cara do Emanuel! Veja se ele não te mata! Joaquim, eu sempre pensei que você fosse um homem íntegro, mas nunca imaginei que você fosse igual ao seu irmão, um canalha que age pelas costas!Joaquim franziu a testa. "Será que ela pensa que fui eu quem mandou alguém tirar essa foto escondido?"- A foto não foi tirada por alguém a meu mando, eu a vi por acaso sendo compartilhada por outra pessoa. Eu te enviei para que você visse quem Emanuel realmente é.Assim que Joaquim terminou de falar, Inês disse:- Sei muito bem quem é Emanuel, não preciso que uma foto me lembre disso.- Você confia tanto nele assim?Inês hesitou um pouco an
Inês deixou a mansão da família Ribeiro e, em pouco tempo, percebeu que um carro preto a seguia constantemente. Não importava a velocidade, o veículo mantinha uma distância constante de trezentos a quatrocentos metros. Como estava em uma via principal e não podia parar facilmente, Inês ignorou a situação, permanecendo curiosa para descobrir as intenções daquele carro.Finalmente, o veículo parou em frente ao prédio do Grupo Ribeiro. Inês olhou para trás e viu que o carro também parou. Após aguardar um pouco e notar que ninguém saía do carro, Inês decidiu descer e se aproximar.Ela havia acabado de voltar para a Cidade P e não tinha tido desentendimentos com ninguém. Quem poderia estar a seguindo? No entanto, antes de chegar ao carro, ela viu uma pessoa familiar saindo do banco do passageiro.- Fabiano? - Indagou Inês, confusa.“Será que é Fabiano? Se ele está aqui, Emanuel também está.”- Srta. Inês. - Cumprimentou Fabiano. Ele olhou para Inês, fez um breve aceno com a cabeça e abriu
- Vi em uma conversa de fofocas no grupo. - Revelou Inês, de forma casual.Por respeito ao seu avô, ela evitou mencionar o nome Joaquim.- Inês, me deixe explicar. Eu não conheço essa mulher. Ontem à noite no bar... - Disse Emanuel, com um olhar tenso e sério para Inês. Inês não conseguiu segurar o riso diante da expressão nervosa de Emanuel.- Eu sei, Sr. Emanuel, seu gosto não é tão ruim. Além disso, não sou burra. A perspectiva dessa foto é tão astuta, como eu não perceberia o deslocamento? - Interrompeu Inês. - Você acredita em mim? - Questionou Emanuel, confuso. - Sim, pelo menos nesse assunto eu confio em você. - Disse Inês, colocando o celular na bolsa. Afinal, eles se conheciam há mais de dois anos, e ela tinha algum entendimento sobre Emanuel.Emanuel a abraçou novamente, uma sensação de realização preenchia seu coração. Nada foi mais reconfortante do que ter sido confiado pela pessoa amada.- Inês, obrigado. - Agradeceu Emanuel, se sentindo culpado. Inês confiava tanto n
- Ah, eu tenho que viajar a trabalho. Assim que terminar as coisas da empresa, vou direto para o aeroporto. - Respondeu Inês, mantendo os olhos fixos em Emanuel.- Viagem a trabalho? - Questionou Emanuel, cerrando o olhar. A primeira coisa que veio à mente de Emanuel foi que Inês estava prestes a sair do país novamente. Mal tinha voltado por alguns dias e já estava prestes a partir novamente. Após um breve momento, ele continuou com o questionamento. - Para onde você vai a trabalho, e quando volta? Você vai sozinha ou alguém vai te acompanhar? - Não tenho certeza da data de retorno, depende do progresso. Vou sozinha. Meu avô está sozinho na Cidade J, e não me sinto confortável deixando ele sozinho. Então, pedi ao Cauã para ficar lá e cuidar dele. - Respondeu Inês. Após um breve momento, Inês olhou para Emanuel com um sorriso malicioso e o provocando disse. - Quanto ao destino.... Adivinhe.- País M ou País F? - Perguntou Emanuel.Os negócios da família Ribeiro envolviam principalmente
Joaquim piscou os olhos por um momento.- É raro ver um casal se divorciar e ainda manter uma relação tão boa. - Comentou Joaquim.- Joaquim, mesmo que eu e a Inês não sejamos mais casados, ela não é alguém que você possa cobiçar. - Disse Emanuel, encarando Joaquim com os olhos levemente semicerrados. - Não vou esconder do senhor que me apaixonei à primeira vista pela Inês. Estava prestes a conquistar ela, e além disso, o avô da Inês gosta muito de mim. - Disse Joaquim, com um sorriso modesto no rosto. - E daí? - Retrucou Emanuel. Se Joaquim tivesse dito isso antes de encontrar com a Inês, Emanuel poderia até acreditar. No entanto, agora, suas palavras não tinham efeito algum sobre ele. Em seguida, ele acrescentou. - Mesmo que o Sr. Gustavo tenha aprovado você como genro, enquanto a Inês não gostar de você, você não terá nenhuma chance.- Eu sei que a Inês não gosta de mim. Ontem à noite, declarei meu amor a ela, e ela me rejeitou. Mas não pretendo desistir assim tão fácil. - Disse J
- Valentina! Onde você está? O que aconteceu? - Perguntou Emanuel, desesperado, sentindo um aperto no coração. Do outro lado da linha, Valentina chorava, mal conseguindo respirar. - Mano, estou na mansão. Mamãe e papai me trancaram aqui e não querem que eu saia. Eles querem que eu me case com aquele cara mimado da família Simeone. Não quero me casar com ele, mano, você precisa vir me salvar! - Explicou Valentina.- Espere um pouco, estou a caminho. - Disse Emanuel. - O que aconteceu com Valentina? - Perguntou Inês, nervosa, com os olhos fixos em Emanuel. - No caminho eu te conto. - Respondeu Emanuel, puxando Inês para o carro e imediatamente instruindo o motorista a ir até a mansão da família Antunes.No caminho, Emanuel explicou para Inês o que Valentina havia dito ao telefone.Inês ouviu e ficou tão furiosa que parecia que o cabelo dela ia começar a soltar fumaça.- Em pleno século XXI e eles ainda querem impor casamentos arranjados! O que seus pais estão pensando? - Disse Inês,
- Pai, a Valentina me disse que vocês estão planejando uma aliança com a família Simeone, para ela se casar com o Osvaldo, isso é verdade? - Perguntou Emanuel, olhando para o pai. Ângelo desceu as escadas e assentiu com a cabeça. - É verdade, eu e sua mãe conversamos muito sobre isso. Achamos o Osvaldo uma boa opção. Além disso, a família Simeone é uma das principais na Cidade J. Se a Valentina se casar com ele, certamente não será maltratada. - Explicou Ângelo. - Boa opção? Todos sabem que o Osvaldo é um mulherengo! Recentemente, até expuseram ele assediando as estrelas da empresa. Você quer que a Valentina se case com ele? Isso seria igual jogar ela em um abismo. - Disse Inês, furiosa.- Srta. Inês, não se intrometa nisso, este é um assunto da nossa família Antunes! - Disse Ângelo, olhando sombriamente para Inês. Inês apertou os punhos com raiva, prestes a xingar alguém. Em seguinda, ele continuou. - O Osvaldo pode ser um pouco mulherengo, mas é compreensível para alguém jovem. Qu
- Valentina, se você der um passo para fora desta porta, não me chame mais de pai! - Disse Ângelo, vendo Emanuel se afastar com Valentina.Valentina ficou tensa e olhou para Emanuel ao seu lado. Emanuel deu um tapinha no ombro dela, transmitindo silenciosamente força.Valentina respirou fundo e saiu sem olhar para trás. Os três saíram da família Antunes e se depararam com um porsche se aproximando.O carro parou na porta, e em seguida, Pedro desceu. - Sr. Emanuel, Valentina, Srta. Inês. - Cumprimentou Pedro. Ao ver o machucado na cabeça de Emanuel, ele arqueou levemente as sobrancelhas e perguntou. - O que aconteceu aqui?- Pedro, não pense que eu não sei. Foi você quem disse ao pai para me casar com Osvaldo. - Disse Valentina, o encarando com rivalidade. Ouvindo isso, Emanuel franziu a testa.- Valentina, você está me acusando injustamente. Apenas mencionei casualmente ao pai que você estava na idade de se casar. A ideia era que ele te levasse para conhecer o mundo e pessoas. A deci