Inês ficou sem palavras. ...Cidade J. Grupo Antunes. Após uma noite inteira de trabalho, apenas às cinco da manhã Emanuel fechou o notebook. Ele lavou o rosto com água fria e pediu ao assistente que trouxesse café, iniciando mais um dia de trabalho. - Sr. Emanuel, há uma reunião às dez da manhã, que tal descansar um pouco agora? Eu o chamo quando for a hora. - Disse Fabiano.Fabiano observava o Sr. Emanuel, cuja expressão fria e dura lembrava a de uma máquina de trabalho, sem mostrar qualquer emoção, sentiu um frio na barriga. O Sr. Emanuel estava exatamente como quando voltou da África do Sul há cinco anos. Naquela época, uma sombra pairava sobre toda a empresa, e todos estavam apreensivos. Ele viu o Sr. Emanuel superar aquele período sombrio, mas agora, com a partida de Inês, parecia ter regredido. - Não é necessário. - Disse Emanuel.Emanuel folheava os documentos em suas mãos, lendo rapidamente. - Entre em contato com o pessoal do Grupo RQ e diga que o Grupo Antunes está
Matheus, surpreso, rapidamente se colocou na frente de Emanuel.Instintivamente, ele tentou sacar uma arma, mas só então lembrou que não havia trazido uma hoje.- Rahman! - Hesitou Matheus.Fabiano, percebendo a situação, também correu para proteger Emanuel.Matheus tentou acalmar a situação.- Rahman, mantenha a calma, podemos conversar. - Disse Matheus.Emanuel, com um olhar frio, encarou Rahman e saiu de trás de Matheus.- Você está disposto a enfrentar as consequências para a sua família se me matar?A temperatura ao redor parecia ter caído.Rahman sorriu maliciosamente.- Emanuel, Inês é a pessoa mais importante para mim! Se você ousar machucar ela, eu nunca vou te perdoar. - Disse Rahman.- O que você quer dizer? Não foi Inês quem partiu seu coração e o abandonou? Como isso se tornou você machucando ela? - Indagou Matheus, confuso, olhando para Emanuel.Emanuel logo percebeu que havia algo estranho nas palavras de Rahman.- O que aconteceu com Inês? - Perguntou Emanuel.Eles tinh
Emanuel lançou um olhar para a mansão atrás dele e, com suas longas e fortes pernas, começou a caminhar em direção à casa. No instante seguinte, uma bala atingiu o chão perto de seu pé. Cauã, segurando uma arma, soprou a fumaça azulada da ponta do cano, com um olhar selvagem e feroz em seus olhos.- Sr. Emanuel, invadir uma propriedade privada é crime. - Alertou Cauã.- Eu quero ver Inês! - Insistiu Emanuel.Cauã reprimia a raiva em seu peito.- Você acha que a nossa chefe é alguém que você pode ver quando quiser? - Retrucou Cauã.Emanuel apertou os punhos com força, sem querer perder mais tempo.- O que você quer? - Indagou Emanuel.Cauã apagou a ponta do cigarro.- Considerando que você já levou um tiro pela nossa chefe, eu não vou te matar hoje. Mas também não pense que vai ver ela! - Disse Cauã.- Saia da frente! - Exclamou Emanuel, exaltado.Como Emanuel poderia ir embora agora, quando seu coração estava prestes a saltar do peito?- Emanuel! Se você der mais um passo à frente, não
- Emanuel, você... - Hesitou Cauã.- Não importa o que você pretenda fazer, pelo menos me deixe levar de volta ao quarto agora. - Disse Emanuel, interrompendo Cauã, carregando Inês para o andar de cima.- Droga! - Exclamou Cauã, amaldiçoando Emanuel em voz baixa, sabendo que não poderia o impedir e imediatamente mandou chamar um médico.Emanuel só percebeu ao chegar ao quarto que Inês havia sido desconectada do soro antes de terminar a infusão. A mão em que o IV estava inserido, agora estava inchada.- Ela está muito fraca agora, não pode ser mais perturbada. Precisa descansar e se recuperar por alguns dias. - Aconselhou o médico, recolocando o IV em Inês.Emanuel se sentou silenciosamente ao lado da cama, segurando a mão de Inês com o IV como se fosse um tesouro precioso, com extrema delicadeza.- O que aconteceu com ela, afinal? Ela estava bem quando saí, como ficou tão fraca? - Perguntou Emanuel.Cauã, com os braços cruzados, parou ao lado da cama.- O que você acha que aconteceu? S
Os olhos de Emanuel escureceram um pouco, e ele ficou em silêncio por um momento.- Rahman atirou em mim. - Disse Emanuel. Inês se assustou, pensando que ele havia sido baleado e levou um susto.- E você... - Hesitou Inês.Emanuel sorriu meio que ironicamente.- Eu desviei. - Brincou Emanuel.Inês revirou os olhos para ele.- Infantil! - Disse Inês.Emanuel levantou a mão e gentilmente acariciou a cabeça de Inês, com um olhar cheio de remorso.- Inês, me desculpe. - Disse Emanuel.Inês o olhou, sabendo que ele se referia à Flor de Jade Fosca.- Você sabia de antemão que a Flor de Jade Fosca era falsa? - Perguntou Inês.- Não sabia! - Exclamou Emanuel. Se ele soubesse que a Flor de Jade Fosca era falsa, como poderia dar a ela?Inês sorriu levemente.- Então não precisa se desculpar. - Respondeu Inês.Ela sabia que isso não tinha nada a ver com ele, o problema provavelmente era com Solomon.- Não se preocupe, eu vou esclarecer isso. A verdadeira Flor de Jade Fosca, eu também vou encont
Após Inês adormecer, Emanuel saiu do quarto. Cauã e Rahman estavam posicionados no corredor como verdadeiros guardiões, e seus olhares demonstraram antipatia ao verem Emanuel.- Inês já está dormindo. Nos próximos dias, por favor, cuidem bem dela. - Solicitou Emanuel, com gentileza.- Cuidar de Inês é nossa responsabilidade, não precisa pedir. Aliás, você e Inês não têm mais nada em comum. Então, qual é a sua qualificação para falar assim? - Disse Rahman, com uma expressão descontente, revirando os olhos. - Sr. Emanuel, já está na hora. Por favor. - Disse Cauã, indo direto ao ponto e dando um ultimato. Emanuel permaneceu em silêncio e desceu as escadas. Na sala de estar, Fabiano já o esperava há algum tempo. Ao entrar no carro, Fabiano entregou para Emanuel um tablet.- Aqui estão as informações sobre a origem da Flor de Jade Fosca, fornecidas pelo segundo em comando do Salomão. A mercadoria passou apenas por duas mãos antes de chegar até eles. - Disse Fabiano.Neste ponto, Fabian
- Me passe a Flor de Jade Fosca, o preço fica por sua conta. - Disse Emanuel, sem perder muito tempo, indo direto ao ponto. Antonio levantou a sobrancelha, entendendo que a Flor de Jade Fosca era crucial para Emanuel.- Se é assim, que tal nos encontrarmos pessoalmente para uma boa conversa? - Perguntou Antonio, abrindo um sorriso sarcástico.- Passe endereço. - Respondeu Emanuel. Antonio passou um endereço e desligou o telefone.Em seguida, ele se virou para seus capangas, com uma expressão sombria. - Se preparem, teremos um convidado importante em breve, precisamos o receber muito bem. - Disse Antonio....Emanuel desligou o telefone e, ao sair do hotel, se deparou com Matheus.- Sr. Emanuel, eu vou falar com Antonio em seu lugar. - Disse Matheus.Antonio e Emanuel tinham uma rixa considerável. Se Emanuel fosse pessoalmente, certamente sairia prejudicado.- A Flor de Jade Fosca está com ele. Se eu não for, ele não vai te entregar. - Respondeu Emanuel.- Mas... - Hesitou Matheus.S
Fabiano mudou sua expressão e avançou na direção de Antonio.- Antonio, não se atreva! - Repreendeu Fabiano, com os olhos fixos em Antonio.Antonio soltou uma risada alta, lançando um olhar sombrio em direção a Emanuel. - Isso depende de o Sr. Emanuel realmente estar disposto ou não pela Flor de Jade Fosca. - Afirmou Antonio.Emanuel afastou Fabiano e se levantou de forma firme.- Pode ser. - Respondeu Emanuel, com convicção. - Sr. Emanuel! - Exclamou Fabiano.Emanuel estava entregando sua vida nas mãos de Antonio.- Cala a boca! - Repreendeu Emanuel, impaciente com a interferência de Fabiano. Fabiano ficou em silêncio.Emanuel estava determinado a seguir adiante com o que precisava ser feito, e ninguém poderia o impedir.Com a testa franzida, Matheus fixava um olhar penetrante em Emanuel.Emanuel estava disposto a arriscar tudo por Inês.Quebrando o breve silêncio que pairava no ar, Antonio bateu palmas e abraçou a loira ao seu lado. - Sr. Emanuel, que coragem a sua. - Disse Anto