Os olhos de Emanuel escureceram um pouco, e ele ficou em silêncio por um momento.- Rahman atirou em mim. - Disse Emanuel. Inês se assustou, pensando que ele havia sido baleado e levou um susto.- E você... - Hesitou Inês.Emanuel sorriu meio que ironicamente.- Eu desviei. - Brincou Emanuel.Inês revirou os olhos para ele.- Infantil! - Disse Inês.Emanuel levantou a mão e gentilmente acariciou a cabeça de Inês, com um olhar cheio de remorso.- Inês, me desculpe. - Disse Emanuel.Inês o olhou, sabendo que ele se referia à Flor de Jade Fosca.- Você sabia de antemão que a Flor de Jade Fosca era falsa? - Perguntou Inês.- Não sabia! - Exclamou Emanuel. Se ele soubesse que a Flor de Jade Fosca era falsa, como poderia dar a ela?Inês sorriu levemente.- Então não precisa se desculpar. - Respondeu Inês.Ela sabia que isso não tinha nada a ver com ele, o problema provavelmente era com Solomon.- Não se preocupe, eu vou esclarecer isso. A verdadeira Flor de Jade Fosca, eu também vou encont
Após Inês adormecer, Emanuel saiu do quarto. Cauã e Rahman estavam posicionados no corredor como verdadeiros guardiões, e seus olhares demonstraram antipatia ao verem Emanuel.- Inês já está dormindo. Nos próximos dias, por favor, cuidem bem dela. - Solicitou Emanuel, com gentileza.- Cuidar de Inês é nossa responsabilidade, não precisa pedir. Aliás, você e Inês não têm mais nada em comum. Então, qual é a sua qualificação para falar assim? - Disse Rahman, com uma expressão descontente, revirando os olhos. - Sr. Emanuel, já está na hora. Por favor. - Disse Cauã, indo direto ao ponto e dando um ultimato. Emanuel permaneceu em silêncio e desceu as escadas. Na sala de estar, Fabiano já o esperava há algum tempo. Ao entrar no carro, Fabiano entregou para Emanuel um tablet.- Aqui estão as informações sobre a origem da Flor de Jade Fosca, fornecidas pelo segundo em comando do Salomão. A mercadoria passou apenas por duas mãos antes de chegar até eles. - Disse Fabiano.Neste ponto, Fabian
- Me passe a Flor de Jade Fosca, o preço fica por sua conta. - Disse Emanuel, sem perder muito tempo, indo direto ao ponto. Antonio levantou a sobrancelha, entendendo que a Flor de Jade Fosca era crucial para Emanuel.- Se é assim, que tal nos encontrarmos pessoalmente para uma boa conversa? - Perguntou Antonio, abrindo um sorriso sarcástico.- Passe endereço. - Respondeu Emanuel. Antonio passou um endereço e desligou o telefone.Em seguida, ele se virou para seus capangas, com uma expressão sombria. - Se preparem, teremos um convidado importante em breve, precisamos o receber muito bem. - Disse Antonio....Emanuel desligou o telefone e, ao sair do hotel, se deparou com Matheus.- Sr. Emanuel, eu vou falar com Antonio em seu lugar. - Disse Matheus.Antonio e Emanuel tinham uma rixa considerável. Se Emanuel fosse pessoalmente, certamente sairia prejudicado.- A Flor de Jade Fosca está com ele. Se eu não for, ele não vai te entregar. - Respondeu Emanuel.- Mas... - Hesitou Matheus.S
Fabiano mudou sua expressão e avançou na direção de Antonio.- Antonio, não se atreva! - Repreendeu Fabiano, com os olhos fixos em Antonio.Antonio soltou uma risada alta, lançando um olhar sombrio em direção a Emanuel. - Isso depende de o Sr. Emanuel realmente estar disposto ou não pela Flor de Jade Fosca. - Afirmou Antonio.Emanuel afastou Fabiano e se levantou de forma firme.- Pode ser. - Respondeu Emanuel, com convicção. - Sr. Emanuel! - Exclamou Fabiano.Emanuel estava entregando sua vida nas mãos de Antonio.- Cala a boca! - Repreendeu Emanuel, impaciente com a interferência de Fabiano. Fabiano ficou em silêncio.Emanuel estava determinado a seguir adiante com o que precisava ser feito, e ninguém poderia o impedir.Com a testa franzida, Matheus fixava um olhar penetrante em Emanuel.Emanuel estava disposto a arriscar tudo por Inês.Quebrando o breve silêncio que pairava no ar, Antonio bateu palmas e abraçou a loira ao seu lado. - Sr. Emanuel, que coragem a sua. - Disse Anto
Uma gota sequer.Emanuel virou o copo de cabeça para baixo na mesa, seus olhos frios não revelavam qualquer emoção.- A Flor de Jade Fosca! - Insistiu Emanuel. Antonio semicerrava os olhos enquanto observava Emanuel, seus olhos estavam cheios de incredulidade.Havia rumores de que cinco anos atrás, Emanuel havia eliminado sozinho uma organização criminosa na África do Sul, assombrando aqueles do outro lado até hoje. Dizem que ele saiu do inferno, sem piedade, agindo com crueldade, sem deixar espaço para misericórdia.Ninguém imaginaria que alguém assim, iria arriscar a própria vida por uma flor desintoxicante.Antonio, de repente, ficou curioso. Quem teria a capacidade de fazer Emanuel, tão dominador, pedir ajuda desse jeito? Então, Antonio empurrou a mulher bonita que estava sentada em seu colo, se levantou e aplaudiu.- Sr. Emanuel, não é à toa que você é o “Sr. Emanuel”. Eu, Antonio, aprendi algo novo hoje! - Disse Antonio, jogando a caixa contendo a Flor de Jade Fosca para ele.E
Na manhã seguinte, quando Inês acordou, não viu Emanuel no quarto. Após se arrumar, a empregada trouxe o café da manhã para ela. Depois de comer, começou novamente a receber a infusão.Inês olhava para a porta do quarto, por diversas vezes, queria perguntar a Rahman sobre o paradeiro de Emanuel, mas ficava em silêncio.- Não adianta ficar olhando, Emanuel foi embora ontem à noite. - Disse Rahman, percebendo os desvios de olhares de Inês. Rahman estava com as pernas estendidas sobre o sofá, incapaz de suportar por mais tempo o olhar imóvel de Inês, que aguardava a chegada do marido. Ela se assemelhava a uma estátua, fixa e silenciosa.- Ele voltou para Cidade J? - Indagou Inês, piscando os olhos.- Aonde mais ele iria? - Retrucou Rahman, pegando uma maçã e, enquanto descascava, acrescentou:- Quando você se recuperar, podemos voltar para o País M. Você ficou fora por tanto tempo, aqueles homens devem pensar que você morreu e já devem estar aprontando novamente. - É mesmo? Eu estava
Considerando que o Sr. Emanuel disse para não contar para Inês, Matheus não se intrometeu.- Será que aconteceu alguma coisa com ele? - Perguntou Inês, levemente preocupada, pensando na hipótese de Emanuel ter se machucado, já que não tinha ido pessoalmente.- Você tem o número dele, não tem? Liga para ele e pergunte. - Respondeu Matheus. Inês ficou em silêncio.Ligar para ele? Mas, o que diabos ela diria se ele atendesse?Além de “obrigada”, Inês não tinha ideia do que poderia dizer.E o que Emanuel queria, com certeza não era apenas um mero agradecimento.Vendo Inês em silêncio, Matheus deu de ombros. - Deixa pra lá, não fique se remoendo. Minha missão é apenas garantir que você tome posse desse remédio. Quanto ao que vai acontecer depois, é com você. Aliás, você comer crua ou vai colocar na panela com água fervente? - Perguntou Matheus. - Vou precisar ferver ela junto com alguns outros remédios. - Respondeu Inês, instruindo Cauã a buscar as ervas conforme a receita que ela havia
O remédio estava pronto. Inês estava prestes a tomar um gole quando Rahman desceu as escadas.Ele havia tirado um cochilo a tarde e tinha acabado de acordar. Ao ouvir Cauã dizer que Matheus trouxe a verdadeira Flor de Jade Fosca para Inês, Rahman ainda não estava muito satisfeito.- Inês, vou dar um gole nesse remédio primeiro. Se estiver tudo bem, você pode tomar depois. - Disse Rahman.Sem esperar que Inês o impedisse, Rahman pegou uma pequena concha da panela e bebeu um gole.- Rahman, você enlouqueceu? Por que está tomando remédio sem estar doente? - Questionou Inês, pegando a colher de volta e olhando para ele sem palavras.- Não eu só queira tomar, para garantir que você não vai acabar vomitando sangue de novo. - Respondeu Rahman, com desdém, olhando para a tigela de remédio com uma expressão de nojo.- Dessa vez não vai acontecer. Inês verificou. Esta Flor de Jade Fosca é a verdadeira. - Disse Matheus, olhando para Rahman de maneira indiferente. - Melhor que seja verdadeira,