O sol estava se pondo no horizonte, lançando sombras longas pelos corredores de pedra do castelo de Eldoria. Adrian caminhava rapidamente em direção aos aposentos de Elara, com o coração pesado e a mente atormentada pelas palavras do general inimigo. Ele precisava ouvir a verdade diretamente de sua esposa.Ao entrar nos aposentos, encontrou Elara perto da janela, olhando para o jardim lá fora. Ela virou-se ao ouvir o som da porta se abrindo, e seu rosto iluminou-se com um sorriso que logo desapareceu ao notar a expressão sombria de Adrian.“Adrian, o que aconteceu?” ela perguntou, sentindo um arrepio de preocupação atravessar seu corpo.Ele se aproximou, seus olhos fixos nos dela, intensos e carregados de emoção. “Eu preciso saber a verdade, Elara. Agora. Você sabia dos planos de seu pai? Você foi enviada aqui com a missão de me matar?”A expressão de Elara endureceu. Por um momento, ela pareceu considerar mentir, mas sabia que não havia mais como escapar. O segredo que ela carregava
A noite estava densa, e o vento cortante trazia o frio da incerteza. Adrian caminhava pelos corredores do castelo, sua mente um turbilhão de pensamentos. A fuga de Elara o deixara preocupado, inquieto. O som da porta de seus aposentos ecoou em sua mente, relembrando o momento em que havia percebido que ela desaparecera. Ele sentia como se uma parte de si tivesse sido arrancada.Sir Edgar se aproximou, sua expressão dura, mas compreensiva. “Majestade, enviamos patrulhas para procurá-la. Não há como ela ir muito longe sozinha, ainda mais nas condições em que se encontra.”Adrian assentiu, mas seu olhar estava perdido, preso na escuridão além das janelas. “Ela está grávida, Edgar. Fugiu porque tem medo de nós… medo de mim.”“E com razão,” retrucou Sir Edgar. “Majestade, não podemos esquecer o que ela fez. A princesa é uma ameaça. Se ela estiver em contato com Valoria, pode ser o fim de Eldoria.”Adrian olhou para o conselheiro, lutando para manter a calma. “Ela está carregando o meu filh
Elara entrou no castelo de Valoria com o coração batendo forte, cada passo ressoando no grande salão, como se o próprio edifício estivesse ciente do confronto que estava por vir. Os guardas, surpresos com sua chegada repentina, a deixaram passar com uma mistura de respeito e curiosidade. O rei aguardava no trono, seu olhar firme e frio, penetrando sua filha enquanto ela se aproximava."Pai," Elara começou, a voz controlada apesar da tempestade em seu peito, "precisamos conversar."O rei de Valoria, com seu rosto austero e suas feições endurecidas pelo tempo e pela guerra, ergueu uma sobrancelha. "Elara, pensei que estava em Eldoria, desempenhando o papel que lhe foi dado." Sua voz carregava sarcasmo."Eu sei o que você está fazendo," ela continuou, sem hesitar. "Os ataques, a manipulação, as mentiras… você está planejando destruir tudo, não é? Inclusive a aliança com Eldoria."Ele riu, um som frio e sem alegria. "Destruir, filha? Estou fazendo o que é necessário para garantir o futuro
A noite caiu sombria sobre o castelo de Valoria, e o vento frio parecia carregar consigo a tensão que pairava no ar. Elara, aprisionada em seu quarto, estava alerta, seus ouvidos atentos aos passos pesados dos guardas no corredor. O ambiente era sufocante, e ela sabia que não poderia esperar muito mais tempo. Seu coração batia rápido, não só pelo medo, mas também pela determinação de salvar seu filho e impedir uma guerra devastadora.De repente, um estrondo ecoou pelas paredes de pedra do castelo. Gritos e sons de luta se misturaram ao barulho de metal contra metal. Elara correu para a janela e viu uma multidão armada invadindo os portões principais. Eram rebeldes de Valoria, cansados das decisões tirânicas do rei, clamando pelo fim da guerra e pela paz que parecia cada vez mais distante.“Elara!” Uma voz grave veio do corredor, um guarda batendo à sua porta. “Fique longe da janela, é perigoso!”Ela ignorou o aviso e continuou observando a cena caótica lá fora. "Essa é a minha chance,
O céu estava encoberto, ameaçando tempestade, enquanto os exércitos se preparavam para o que parecia ser um ataque grande a Eldoria. As tropas inimigas, lideradas por generais dos reinos estrangeiros aliados ao rei de Valoria, cercavam o castelo de Adrian, que agora se encontrava em uma posição crítica. Os muros estavam danificados e os soldados exaustos; semanas de batalha haviam drenado suas forças, mas não sua determinação. Adrian, montado em seu cavalo, olhava para o horizonte, seu rosto endurecido pela dor da guerra e pela ausência de Elara. O peso de suas responsabilidades como rei estava claro em seus olhos. Ele sabia que precisava liderar seus homens até o fim, mas o cansaço o consumia. "Majestade, as tropas estão prontas para o ataque," anunciou Sir Edgar, aproximando-se. "Eles parecem estar se preparando para um último avanço." Adrian assentiu, firmando o punho ao redor do cabo de sua espada. "Então, que venha. Não recuaremos. Não enquanto meu sangue ainda correr." A bat
A chuva que caía sobre Eldoria era tão intensa que parecia lavar todo o sangue e sofrimento dos campos de batalha. No interior do castelo, Adrian estava deitado em seu leito, respirando com dificuldade, enquanto o curandeiro e seus assistentes se moviam freneticamente ao redor dele, tentando estancar o sangramento que parecia não ter fim."Segurem-no firme!" ordenou o curandeiro, aplicando um unguento forte na ferida aberta. "Se ele continuar a se debater assim, não conseguiremos salvá-lo."Sir Edgar, ao lado da cama de Adrian, mantinha a expressão tensa e o coração apertado. Nunca havia visto seu jovem rei em um estado tão vulnerável. Adrian, mesmo semiconsciente, continuava a murmurar, chamando por Elara."Ele precisa dela," sussurrou Sir Edgar, sentindo o peso da culpa. Talvez tivesse sido um erro deixar que Elara partisse. "Elara deveria estar aqui…"O curandeiro olhou para Sir Edgar com um misto de pena e urgência. "Majestade, se ele continuar perdendo sangue assim, não vai sobre
Os corredores do castelo de Eldoria estavam agitados. Mensageiros iam e vinham com ordens urgentes, os sons de passos acelerados ecoando nas paredes de pedra fria. A notícia de que o rei Adrian havia sobrevivido ao ataque e estava se recuperando trouxe um misto de alívio e esperança aos corações de seu povo, mas todos sabiam que a paz ainda estava distante. As tropas de Valoria continuavam posicionadas na fronteira, e o exército de Kaldor, agora desmascarado como aliado secreto de Valoria, havia sido derrotado, mas não aniquilado.No salão principal, Adrian, ainda pálido, mas já de pé, apoiava-se levemente em Sir Edgar enquanto observava o mapa estendido na mesa à sua frente. Ao seu lado, Elara mantinha uma expressão séria e determinada, seus olhos movendo-se rapidamente sobre o mapa. Ela conhecia cada centímetro das terras de Valoria, cada rota escondida e ponto fraco, e estava disposta a usar seu conhecimento para assegurar a vitória de Eldoria."Precisamos tomar uma decisão logo,"
O sol nascente brilhava sobre as muralhas de Eldoria, trazendo um novo dia, mas também uma nova ansiedade. O mensageiro enviado ao rei de Valoria ainda não havia retornado, e a incerteza pairava como uma sombra sobre todos no castelo. Adrian estava em pé na grande sacada, observando o horizonte, seus olhos constantemente voltados para o caminho que levava ao reino inimigo. A proposta de paz estava em jogo, mas ele sabia que a resposta de Valoria poderia ser qualquer coisa menos a paz.Dentro do castelo, Elara caminhava de um lado para o outro, tentando manter a calma. Ela tinha visto a determinação de seu pai muitas vezes antes, mas também sabia que ele era orgulhoso e teimoso. Aceitar uma trégua agora, quando seus recursos estavam se esgotando, seria admitir a derrota — algo que ele jamais havia feito.Entretanto, ela não podia se concentrar completamente nas preocupações da guerra. Seus pensamentos sempre voltavam para Adrian e seu filho, um bebê que agora representava tanto a esper