A dor da traição, vem de quem você mais se importou, que você amou.
Pensar dessa forma nunca fez tanto sentido. Neste lugar escuro, posso ver o quanto minha vida fugiu ao meu controle. Na verdade, nunca vivi, apenas existo nesse mundo cruel. A vida é boa pra uns, e ruim para outros.
Porque será? Realmente não faço ideia.
Nem sei o porquê de está pensando nisso, nesse exato momento, afinal nem é a hora e muito menos o lugar. O breu toma todo o lugar, não consigo enxergar nada, sinto dores terríveis em meu corpo. Estou sufocando, o ar é tão denso, que dificulta minha respiração. Como ele pôde fazer isso comigo.
__ Socorro, socorro... __ grito, mas ninguém vem ao meu socorro, então começo a gritar pelo meu pai __ Papai, papai. Grito até perder minha voz, mas ele não vem.
Cadê o senhor? Porque fez isso comigo, sua própria filha?
Lembro-me que saímos juntos. Ele disse que faríamos um passeio, achei até estranho, nunca foi legal comigo, mas, mesmo assim fiquei feliz, afinal estava agindo como um pai deveria agir. Precisávamos desta aproximação entre pai e filha.
Entramos no carro, mesmo receosa sorri. Me senti feliz por esta ao lado dele. Não saber o nosso destino, não me deixou em alerta. Mesmo sabendo da convivência difícil com ele, eu ainda confiava.Paramos em um lugar escuro, ele desceu do carro e me disse pra ficar, nem olhou nos meus olhos, porém obedeci.
Olhei para fora e o vir, conversando com dois homens estranhos, não conseguir vê-los. Eles entregaram algo nas mãos do meu pai, e vieram na direção do carro. Senti um calafrio em meu corpo. Os desconhecidos chegaram perto do veículo e abriram a porta do carona.__ Tá na hora de ir sua putinha! __ um deles declarou sem paciência. Eu não estava entendendo nada. Como assim ir? Porque eles estavam me xingando? Nem deu tempo externa minhas perguntas. Eles me tiraram do carro, e eu comecei a gritar.
__ Não, me soltem... não quero ir com vocês! Socorro, socorro... __ Soquei o peito do desconhecido com raiva. O outro que estava apenas olhando, gritou-me enraivecido.
__ Você vai sim, sua vagabunda! Acho bom ficar quietinha, ou será pior.Olho para o lado, e vejo o meu pai. Ele me encara com um meio sorriso. Eu não acreditava que ele seria capaz, de algo tão bárbaro, mas lá no fundo eu sabia a verdade.
__ Por que Carlos? Por que fez isso comigo? __ Ele não merece ser chamado de pai, agora posso ver isso.
__ Por que você merece! __ falou apertando meu queixo __ É uma puta igualzinha à sua mãe. Nunca me beneficiou em nada, mas, agora você vai ter o que merece.Os homens maus encarado, começaram a rir dá minha cara. Falavam que eu era uma imbecil e burra. A raiva me dominou de tal forma, que comecei a gritar e a soca-los com toda a minha força. Um deles ficou sem paciência e me deu soco no rosto e perdi os sentidos.
Acordei neste lugar, escuro e abafado, lembrando da desgraça que está minha vida. Meus olhos se familiarizaram com a escuridão e com o abafamento. Ouvir passos do lado de fora, e alguém abriu porta. Ainda está escuro e muito frio. Não são os mesmos homens. Esses são ainda mais sinistros. Meu medo triplicou. Eu estou sem forças, não consigo me mexer. Um deles percebe, e me carregam até um carro.
__ Quem são vocês? Por favor me ajudem. __ Tentei em vão. Eles fazem de conta que não estão ouvindo. Me colocam no carro e dão partida, eles começam a conversa em inglês. Sei disso porque também falo. Aprendi em um cursinho online.
Eles dizem que fui comprada por um homem muito rico, e que o desgraçado pagou muito bem por mim. Falavam coisas chulas. Diziam que sou muito gostosa, e que deveriam tirar uma casquinha minha, antes de me entregar para meu dono.
Entrei em pânico na hora. Posso aguentar muitas coisas, todavia, ser estuprada não está entre elas. Prefiro morrer, antes que isso aconteça. Não que eu queira morrer, preciso mesmo, é de um plano rápido, uma oportunidade para fugir.Eles pararam em um posto de gasolina, e os dois saíram. Eu vi que era a minha chance de fugir. Os idiotas, deixaram as portas destravadas. Murmurei um obrigada a Deus, por ter me dado está oportunidade. Abrir a porta e corri. Corri como se dependesse a minha vida, e na verdade, realmente dependia. Escutei tiros atrás de mim, e meu desespero aumentou. Sentir uma ardência em meu braço, no entanto, continuei correndo. Avistei um carro e gritei por socorro. Estava sentindo muita dor no corpo, e principalmente nos pés. Cair no chão esgotada. A última coisa que escutei antes de perder a consciência foi a voz de uma mulher desesperada tocando minha jugular.
Acordo assustada. Era só um pesadelo. As lembranças daquele dia, não me deixam em paz. Parecia tão real.
Quando isso vai para meu Deus? Quando eu terei paz?
Voltei a fechar os olhos, e chorei. No momento é o que minha alma pede. Hoje as dores do corpo não me incomodam mais, entretanto restou algo pior. A dor da alma. Ela doe mais que um soco na cara. Me sufoca de tal maneira, que não sobra nada, apenas ela querendo me destruir aos poucos.
Continuei a remoer meu passado até conseguir dormir de novo. Não sei se isso vai passar um dia, mas, tenho fé que serei feliz.
Três meses antes... __ Rebanho de incompetentes. __ Gritei com ódio. Com uma raiva que destruiria toda a minha sala, se não respirasse fundo para me conter. Como deixaram que ela escapasse? Claro que isso, não vai ficar assim. Eles vão se arrepender por esse erro cometido. Dei um murro na mesa furioso. Respirei fundo novamente, para conter a minha ira.Pego o envelope com as informações dela. Abro e olho novamente. Linda! Fugiu de mim. Do homem que a deseja fervorosamente. Estou com raiva dessa fujona, de mim. Na verdade, de todos. Pego meu telefone e ligo para meu braço direito.__ Mark, preciso que venha ao meu escritório! __ Desligo em seguida, sem ao menos dar tempo para ele responder. Depois de dois minutos ele bate na porta. __ Em que posso ajudar senhor Wanny? __ Questionou-me de forma profissional. Mesmo, trabalhando comigo a bastante tempo, Solomon sempre foi muito formal.__ Preciso, que lo
Eu não acredito que isso está acontecendo comigo! Como esse homem me achou? O olhar frio que direcionou a mim, ainda me arrepia.__ Eu não vou chorar! __ Declarei para mim mesma. Nesses três meses já chorei o que tinha para chorar. Ele me achou, agora enfrentar as consequências de cabeça erguida. Ele me beijou! Para com isso Lizandra, nem foi um beijo de verdade! Não sei por que ele fez isso, mas, admito que mexeu comigo só um pouquinho. Droga! A quem desejo enganar? Esse roçar de lábios mexeu comigo, e como mexeu. Apenas não sei se isso é bom, ou, ruim. Eu tenho dezoito anos, nunca havia beijado alguém. Foi novo. Deve ser por isso, que o meu corpo reagiu daquela forma. É a única explicação plausível. Só pode ser isso! Me sento no sofá, à espera da minha amiga Meg e seus filhos. Seu nome é Megan Shimit. Naquela noite, ela, Eduardo e Marina foram meus salvadores. Conhece-los foi o meu melhor presente. E
O corpo fala! Acho que já ouviram falar sobre isso. Mas, nesse momento estou citando, por que para mim é obvio, que aquela menina ficou atraída por mim. A forma mais interessante para ver se uma pessoa, está atraída por você, é através da linguagem corporal. A primeira coisa que observei foram seus olhos. Eles dilataram apenas em me ver. Seu corpo tremeu, ela estava nervosa, e sempre que eu a encarava muito, a mesma mordia aqueles lábios volumosos. Tudo foi inconsciente, todavia, os sinais estavam lá. Ela será minha, mais cedo ou mais tarde. Quando cedi aos meus impulsos de tocar nossos lábios, foi uma sensação nova. Fiquei ciente que era o primeiro beijo dela, e isso me deixou eufórico. Serei seu primeiro em tudo. O meu ego masculino, regozijou-se. Cheguei em casa exausto. Quando fui vê-la pela manhã, acabei me atrasando para alguns compromissos. Eu possuo uma empresa no ramo da importação e exportação. Nossa atividade visa, oferecer produtos nacionais ao ex
Seja aquele que cura as feridas, não aquele que as provoca! Não sei por que essa frase está na minha mente. Eu sinto que alguém muito importante as citou para mim. Não faço a mínimo sobre o fato de estar rondando minha cabeça, mas, eu sei o que ela quer dizer para mim. Cheguei à conclusão, que preciso me dar bem, com o meu algoz. Se eu quero permanecer bem, preciso manter um diálogo saudável com ele. Fazem duas semanas que não o vejo. Confesso, que estou meio apreensiva e muito chateada também.Constatei que a presença dele me assusta, conquanto, ficar sozinha me assusta muito mais. Na casa de Meg eu tinha os três para me consolar quando tinha um pesadelo, só que aqui não tenho ninguém. Aqui, além dos pesadelos tem meus pensamentos, que são muitos sombrios. Balanço a cabeça, para não pensar em meu passado, pois isso me deixa indefesa. E ficar assim agora, não é aconselhável. Estou tão absorta, que não ouço alguém bater à porta. O susto que tomei
Quando jovem passei por muitas cenas como essas. A vida não é fácil para um jovem, principalmente um jovem negro. Lutei para ter o meu espaço, e conseguir com muito suor. Quando presencio uma cena de racismo, a raiva me domina, principalmente se a pessoa que sofre é a minha mulher. Gostei de como minha mulher suou! __ E, então? Quem lhe deuo direito de desrespeitar minha mulher? __ Eu controlava minha ira, para não explodir na cara dessa mulher. Eu não sou assim, tão inflexível. Porém, depois que Lizandra entrou em minha vida, vivo dessa forma, vinte e quatro horas por dia. __ Senhor Wanny, não sabia que ela é era sua mulher!__Tentou justificar, mas foi em vão. Não a ajudou em nada. __ Primeiro lugar, ELA É MNHA MULHER, segundo isso não vem o caso. Não saber desse detalhe não lhe dar o direito de humilha-la; __ olhei para outra atendente que observava com os olhos arregalados _
É, definitivamente podem me chamar, de fraca! Deixei que ele fizesse o que quisesse comigo, e ainda por cima chorei, como uma idiota.O que mais me enraivece, é que gostei daquele beijo. Eu queria. Sei que sair de lá com raiva, claro que, mais raiva de mim, do que dele. Já se passaram duas semanas desde o episódio, e posso dizer que algumas coisas mudaram. Dominik está mais atencioso, carinhoso e quando chegou em casa naquela noite, me pediu desculpas. Nunca se importaram tanto, com meu sentimento a ponto de me pedirem desculpas, e me enxerem de mimos. Eu não sei o que ele pretende com isso, e pretendo descobrir isso agora mesmo.Quando o vir entrando na sala, com sua costumeira imponência, congelei na hora. Na minha cabeça á tinha tudo esquematizado, mas, bastou vê-lo, que tudo fugiu da minha mente. Dominik, provoca em mim, uma miríade de sentimentos, que não consigo descrever.
Hoje, definitivamente não é o meu dia! Acordei com um mau humor do cão.Não vou fingir que isso não tem a ver com Lizandra, pois estaria mentindo. Ontem, ela me surpreendeu. Fez o que ninguém teve coragem. Me esbofeteou! Sei que na hora a raiva me consumiu, e se ela não corresse talvez, fizesse algo que pudesse me arrepender depois.Ela chorou por minha causa!Quando a vir, entrando no escritório, fiquei incomodado, pelo simples fato dela ter visto aquela sem noção em meu colo. No primeiro momento pensei em empurrar Victória, porém, desistir. No fundo queria saber qual seria sua reação. E o que presenciei agradou-me muito. Ciúmes! Quando vislumbrei esse sentimento, me vir com um sorriso espontâneo. Isso quer dizer que ela está mudando seus pensamentos sobre mim. O jeito que agiu, a forma que dominou a situação foi sexy, e m
Ainda controlando toda a lascívia do meu corpo, espero ansioso pela resposta dela. Lizandra não sabe, mas, desde que começou a explorar meu corpo, estou acordado. Ficar parado foi uma tortura. Suas mãos são macias, inexperientes, porém, deliciosas.__ Você! __ Incentivei controlando o riso. Ela está envergonhada, posso ver nitidamente.__ Eu só estava conhecendo o seu corpo, desculpa! __ Tentou levantar, só que a segurei no lugar. Sem ela esperar peguei sua mão e coloquei sobre o meu membro. Estou tão duro! Céus, nunca fiquei dessa forma, apenas por ser acariciado.__ Dom! __ Exclamou nervosa.__ Toque Lizandra, sinta o quanto te quero nesse momento.__ Não posso... eu... __ A interrompi libertando-me da cueca, fazendo seus olhos redobrarem de tamanho. Não sei onde estou com a cabeça, contudo, não quero parar.__ Entre quatro