Capítulo 1

Três meses antes...

__ Rebanho de incompetentes. __ Gritei com ódio. Com uma raiva que destruiria toda a minha sala, se não respirasse fundo para me conter.

Como deixaram que ela escapasse?

Claro que isso, não vai ficar assim. Eles vão se arrepender por esse erro cometido. Dei um murro na mesa furioso. Respirei fundo novamente, para conter a minha ira.

Pego o envelope com as informações dela. Abro e olho novamente.

Linda!

Fugiu de mim. Do homem que a deseja fervorosamente. Estou com raiva dessa fujona, de mim. Na verdade, de todos. Pego meu telefone e ligo para meu braço direito.

__ Mark, preciso que venha ao meu escritório! __ Desligo em seguida, sem ao menos dar tempo para ele responder. Depois de dois minutos ele bate na porta.

__ Em que posso ajudar senhor Wanny? __ Questionou-me de forma profissional. Mesmo, trabalhando comigo a bastante tempo, Solomon sempre foi muito formal.

__ Preciso, que localize está pessoa para mim. __ mostrei a foto __ Quero sua total descrição. Entendido?

__ Entendido. Algo mais? Balancei a cabeça em negativo. Acredito que ela estará em minhas mãos em breve, é apenas uma questão de tempo.

Três meses depois ...

Estou com, as informações que Mark, conseguiu dela. Finalmente ele a encontrou. Após três meses de muita espera. Como ele me explicou, localiza-la foi o mais difícil. Era muito complicado, afinal, a mesma não tem família aqui em Nova York, e muito menos documentos. Essa questão de está ilegal aqui, preciso resolver o mais rápido possível. Nada mais pode tira-la de mim.

Finalmente a encontrei...

A infeliz, continua linda, quer dizer, mais linda do que antes. Aquele olhar inocente, que me deixa doido, continua lá me instigando.

__ Você virá comigo por bem, ou por mal 

déesse! __ Declarei entusiasta. Me levanto, pego minha Glock preta e coloco no coldre e escondo com o terno. Sou um homem importante, e tenho muitos inimigos. Não me misturo com coisas ilícitas. A única coisa que fiz fora da lei, foi comprar a minha gata fujona, fora isso, prefiro sempre o caminho correto. Em minha defesa, eu a comprei por que seria pior para ela. Teria um futuro ruim, em algum bordel de Nova York, ou de outro país.

A primeira vez que ouvir sobre ela, foi em uma reunião de empresários. Eles me convidaram para ir a uma boate. Fui, pois necessitava espairecer. Percebi que o lugar não era normal, quando presenciei uma mulher em prantos pedindo ajuda. Quando a escolhi para dormir comigo, não achei que estava lá, por ser forçada. Passei a noite com ela. Me contou que foi enganada, que havia acabado de chegar na cidade. Que um homem se ofereceu para rachar o taxi com ela, e quando menos esperava, estava naquele lugar se prostituindo.

Se eu não soubesse que era real, imaginaria está naquele filme Busca Implacável. Aconteceu a mesma coisa com a personagem. Mas como dizem, que a vida imita a arte, não precisei pensar muito, para quer ajuda-la.

Sempre que podia ia até a boate e escolhia a jovem. Claro que não fazia nada, apenas conversávamos. Ela me deu todas as informações que precisava para colocar um fim nessa organização criminosa. Com apenas um telefonema anônimo, contatei a polícia que invadiu o local. O problema foi que antes disso, descobrir pela menina que eles estavam leiloando uma jovem brasileira, que chegaria em breve. Pedir para ver a foto, e meus olhos escureceram. Era a mulher mais linda que já tinha visto. Fiz o possível para compra-la e conseguir. Não deixei nenhum rastro. Mesmo sabendo que é errado que eu fiz, não resistir. De alguma forma eu sabia que ela seria minha.

Mark abri a porta do meu carro para que pudesse entrar. Um carro nos segue de longe. São meus seguranças, dois para ser exato. Chegamos à casa em menos de uma hora. Saber que ela estava tão perto de mim, me deixa enraivecido. Respiro fundo para controlar meu temperamento. Olho para a fachada da casa velha e analiso.

É bem pequena para quatro pessoas viverem!

Saiu do carro, deixo os três homens para trás. Bato duas vezes na porta de madeira, demonstrando minha impaciência.

__ Já vai! __ Alguém grita do outro lado. Notei irritação na voz, mesmo assim não liguei. Quando pensei que esperaria a eternidade, a porta foi aberta. Nada, me preparou para a visão estonteante que tive. Será possível , ela ser mais divina pessoalmente? Meu coração deu um reboliço no peito. Pigarreio umas três vezes para disfarçar.

__ Lizandra Almeida! __ Falo seu nome com um misto de satisfação. Sinto o seu medo daqui. Entro na casa sem a sua permissão.

__ Ei, você não pode entrar na casa dos outros sem permissão. __ grunhiu nervosa __ Quem é você afinal? A analisei da cabeça aos pés, fui até o sofá e me sentei. A fitei friamente fazendo-a se encolher em um canto da pequena sala.

__ Quem sou não é importante menina, você só precisa saber, que vim busca-la.

__ Como assim me buscar? Eu não estou te entendendo.

__ Não se faça de tola, você está entendendo perfeitamente! __ sorri debochado __ Acha que fugiria para sempre? Ninguém consegue fugir de mim por muito tempo, acho bom saber disso.

Ela ficou pálida, e continuou muda. Quando vir que continuaria assim, voltei a falar.

__ Eu paguei por você, e irá comigo. __ Avisei autoritário. Não sei se foi o meu tom, mas, ela se manifestou, demonstrando seu descontentamento.

__ Não irei com você, não sou um objeto para ser comprado. __ Apontou o dedo na minha cara.

Nervosinha em...

Abrir meu terno lhe mostrando a arma. Lizandra arregalou os olhos de medo.

__ Não importa o que você é para mim, eu paguei por você, e a quero ,seja por bem ou por mal.__ ela começou a chorar me aborrecendo __ Pare de chorar, isso não lhe ajudará em nada. Ela limpou as lágrimas com relutância.

__ Por que não me deixa em paz? Eu não quero ir com você! __ Declarou ainda chorosa.

__ Se você não vir comigo, seus amigos iram sofrer. __ Pego o envelope com as informações dá amiga dela e dos filhos e a entrego. Após ver o conteúdo ela me olha com pavor.

__ Você não teria coragem? São apenas crianças!

__ Quer pagar para ver, má déesse? Só tenha ciência que nunca blefo.

__ Tudo bem, eu irei com o senhor. __ Existia dor em sua voz. Ignorando todos os meus princípios me levanto do sofá. Fecho meu terno escondendo minha arma e estendo minha mão para ela.

__ Vamos!

__ Não, espere! __ se assustou com o xingamento que saiu dos meus lábios __ Não estou te enrolando, apenas quero me despedir dos meus amigos, antes de ir, por favor!

Sem conseguir resiste imprenso-a na parede. Tão pequena e indefesa.

__ Está bem, vou lhe conceder este pedido. __ alisei a pele do seu braço __ Não tente fugir de mim de novo Lizandra, por que você sabe que não conseguirá, se esconder por muito tempo. E não terei clemência na próxima vez.

__ Eu não vou fugir, lhe dou a minha palavra. __ Falou tremula. Sua boca é tão convidativa.

__ Confiarei nela  déesse! __ Sem conseguir resistir, juntei nossos lábios. Isso foi o suficiente para meu controle se esvair. Sentir a macies dos seus lábios, não chegou perto dos meus pensamentos. Foi ainda melhor.  Afastei nossos lábios assustado, com os sentimentos que veio à tona.

__ Demore o tempo que precisar, terá um carro aí fora para quando estiver pronta! __ Sair sem olha-la.

__ Quais são as ordens, senhor Wanny? __ Mark questionou abrindo a porta do carona. Neguei com a cabeça e fui para o lado do motorista.

__ Vocês dois vem comigo, e você Mark fica e vigia. __ sentei no banco do carro __ Ela vai aguardar a amiga chegar para se despedir. Vir surpresa nos olhos dele, porém fiz questão de ignorar.

__ Como quiser senhor! __ Me respondeu sério.

__ Fique de olho Solomon, não a deixe fugir! __ Dei partida no carro, mostrando minha frustração. Ainda hoje a terei só pra mim. Pode ser egoísmo da minha parte, entretanto, estou pouco me lixando...

 

Glossário:

 déesse -  É  de origem francêsa e significa, minha deusa

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