Ele e Sarah pensaram a mesma coisa: "Quando Lorena souber dessa verdade, não ficará nada feliz. Na verdade, ela pode até..." Stéphanie fez um sinal para Norberto, que estava ao seu lado: — Norberto, vocês podem se retirar. Norberto assentiu e levou Tadeu e Mauro para fora da sala. As pessoas que Guilherme trouxe também saíram por conta própria. Em um instante, a grande sala ficou vazia, restando apenas duas pessoas. Nenhuma das duas abriu a boca para falar. Para Stéphanie, o casamento de Guilherme com Lorena foi uma surpresa, algo que ela não esperava, e também não teve tempo de impedir. — Por que ela? — Stéphanie perguntou, com um olhar penetrante. Guilherme entendeu imediatamente o que Stéphanie queria dizer: — Sempre foi ela. Essas palavras mostraram que, desde o início, o coração dele estava em Lorena. Stéphanie não pôde deixar de entender, mas, ao olhar para Guilherme, parecia um pouco surpresa, como se agora o estivesse observando mais atentamente. Quand
— Ah? Eu estava pensando em você. Lorena quase falou isso sem pensar. Depois, ela levantou as mãos e as balançou na frente dele, seus olhos de amêndoa brilhando, piscando rapidamente, e fez um biquinho: — Amor, me ajuda a levantar. Minha bunda está toda dormente, eu quase vou afundar na cama. Lorena nunca tinha tido um sono tão doloroso. Ela tinha ferimentos nas costas e nas pernas. Ela queria dormir deitada de bruços, mas isso pressionaria a ferida costurada em sua perna, então optaram por fazer um curativo mais grosso nas costas. Colocaram um cobertor macio por baixo, já que ela era magra e a pressão não era muito grande. Guilherme achou que ela tinha se tornado mais ousada depois de "pular" no Rio Esperança, que agora estava mais atrevida? Ela nunca falava assim na frente dele. E desde que acordou, ela o chamava de "amor", algo que só acontecia quando ela tinha algo a pedir ou quando ele a forçava durante momentos íntimos. Guilherme não pegou a mão dela, mas colo
Lorena disse: — Não se esqueça do que o Grupo X faz, meu olfato é afiado. Ela não mencionou que sabia fazer perfumes.Lorena continuou: — Você realmente não está se sentindo bem? Guilherme não deixou de notar a preocupação nos olhos dela.— Eu estou bem. Foi o Heitor quem mandou. Eles estão preocupados que, com tantas coisas para fazer, se eu cair, não vai ter ninguém para pagar o salário deles. Eles disseram que é para aliviar minha pressão. Essas coisas eu nunca me envolvo, é tudo organizado por eles. — Guilherme inventou uma desculpa qualquer.Lorena hesitou. — Tá bom. — Ela estava com muitas perguntas hoje e logo perguntou. — Você teve algum negócio que não deu certo hoje?Guilherme a olhou: — Por que pergunta isso?Ela respondeu: — Porque desde que entrou, você está inquieto. Embora ele tenha brincado com ela há pouco, ela podia sentir que ele tinha algo em mente. Ela o olhou, esperando uma resposta.— Sim, realmente, eu tive uma reunião sobre uma parceria à tard
— Como você chegou aqui? — Lorena olhou para Mônica, que estava entrando pela porta. — Ela não sabe que eu estou machucada, sabe? Ela olhou para Mônica com um pouco de receio. Em seguida, se endireitou um pouco, esticou o pescoço e olhou por cima para ver se havia mais alguém atrás dela. Nesse movimento, acabou forçando a ferida nas costas. Guilherme estava sentado na cadeira ao lado da cama, pronto para cortar uma maçã para ela. Quando olhou para cima, percebeu um traço de medo nos olhos dela. — Se cuide, você tem uma ferida nas costas. — Ele se levantou imediatamente, colocou a mão no ombro dela e a empurrou suavemente de volta. Mônica, claro, sabia o que Lorena estava temendo. — Lorena, fique tranquila, a Noemi não sabe. Eu saí porque tinha um assunto particular para resolver. — Mônica disse. — O Elder voltou, e com ele por perto, a Noemi não vai se preocupar. Não importa o quanto Lorena pareça dura e destemida, sem medo de nada e de ninguém, ela tem pavor de que Noe
Lorena fez um biquinho, piscando os olhos com um olhar digno de pena e ainda usou um tom manhoso. Boom! A mente de Mônica explodiu! "Caramba! Que função nova é essa? Será que a Lorena desenvolveu uma segunda personalidade?! E ainda por cima está se fazendo de fofa?! Isso não faz sentido!" Isso de jeito nenhum combinava com a imagem fria, imponente e estilosa que a Lorena sempre tinha! Será que ela tinha entrado no quarto errado? Os olhos de Mônica correram para cima e para baixo, analisando Lorena. Não, ela não tinha se enganado. Aquela ali era mesmo a chefe da Aliança Velada. Será que ela deveria contar às outras sobre essa "segunda personalidade" da Lorena? A mente de Mônica já estava a mil, tão cheia de pensamentos que ela nem sabia mais como descrever o que estava vendo. — Só uma mordida. O homem finalmente ergueu o olhar para ela, enquanto terminava de descascar a maçã. Lorena abriu um sorriso radiante, acenou para ele e, em seguida, se virou para olhar para
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu
Heitor voltou para a empresa intrigado. "Sr. Guilherme, que nunca se mete em assuntos alheios, hoje resolveu intervir?""Será que o Sr. Guilherme, sempre tão reservado, está prestes a se apaixonar?""Amor à primeira vista?"A mulher de hoje era realmente muito bonita, talvez até bonita demais."Mas aqueles que se apaixonam à primeira vista geralmente são atraídos pela aparência. Será que a reserva do Sr. Guilherme nos últimos anos era apenas fachada?"Heitor sentiu que havia descoberto um grande segredo.Ele olhou humildemente para o Guilherme, que emanava uma aura fria, e disse cautelosamente:— Sr. Guilherme, sobre o ocorrido hoje, prometo manter segredo.Guilherme estreitou os olhos com desconfiança, olhou para ele friamente e disse:— Está sem trabalho ultimamente?Heitor sentiu um arrepio na espinha e rapidamente negou:— Não, não.Aprender a não comentar o que se descobre é uma habilidade que Heitor desenvolveu ao longo dos anos ao lado do Sr. Guilherme, uma espécie de ferramenta