Sarah franziu ligeiramente a testa. Ela nunca tinha ouvido falar do nome dessa mansão, além disso, não era a casa da sua neta ou genro.Cinco minutos depois.Na sala de estar.Sarah estava sentada no sofá, olhando para a pessoa à sua frente, que estava na cadeira de rodas. O rosto familiar apareceu diante dela.Sem exagero, ela estava horrorizada. Ela tinha vivido entre sessenta e setenta anos e nunca havia experimentado o que era se sentir realmente aterrorizada.Se não fosse pelo seu coração forte, ela já teria perdido os sentidos de tanto medo.— Você... você... você realmente é a Stéphanie? Sarah colocou as mãos sobre as pernas e tremia incontrolavelmente. Sua fala também começava a se tornar desajeitada. Isso... era simplesmente absurdo, inacreditável. Uma pessoa que ela acreditava estar "morta" há mais de vinte anos, de repente aparece viva na sua frente. Como não se sentir chocada, aterrorizada? Era difícil até aceitar esse fato.Stéphanie estava sentada na cadeira de roda
— Você está se sentindo bem? — O homem se inclinou levemente, estendendo a mão para acariciar sua cabeça, perguntando com delicadeza.Lorena piscou com os olhos amendoados, que pareciam água, balançou a cabeça e, em seguida, deu um pequeno beijo nos lábios secos e vermelhos. — Estou com fome.O homem deu uma risada baixa e, gentilmente, a ajudou a se levantar. Ela estava ferida nas costas, então não podia se apoiar, apenas se sentou. Ele lhe serviu um copo de água morna, fez com que ela bebesse e, em seguida, trouxe uma marmita térmica que estava ao lado, abriu e colocou na mesa móvel à sua frente. — Agora você só pode beber uma sopa de galinha leve. — Guilherme notou a expressão de desagrado que apareceu no rosto dela ao ver a sopa, e o pequeno franzir de sobrancelhas. — Fui eu quem fiz.Lorena olhou para ele, piscando várias vezes. — Normalmente, o protagonista masculino não diz que preparou a comida, ele sempre diz que foi o mordomo da casa quem fez. Os olhos negros do hom
— Veja se você se sai bem. — O homem disse isso e permaneceu em silêncio.Lorena não era boba; ela sabia que o controle estava todo nas mãos dele. O que ele disse, na verdade, não significava nada.Do lado de fora do quarto, Lavínia e Murilo observavam a cena através do vidro do meio.Murilo tentava controlar a expressão, mas quem não estava conseguindo era Lavínia, que estava com a boca aberta, formando um "O" de espanto."Será que o sol vai nascer no Oeste agora?"Essa cena era tão inesperada e assustadora que, em seu íntimo, Lavínia exclamou novamente: "Caramba!"— Lorena realmente sabe fazer manha? — Lavínia disse, com o rosto incrédulo. — Eu já estava convencida de que ela nunca seria do tipo que faz isso.Murilo entendia o espanto dela, mas estava mais surpreso com outra pessoa.Ele viu com seus próprios olhos Guilherme colocar a colher que Lorena havia usado na boca dele novamente na boca dele. Ele não tinha mania de limpeza? Será que ele conseguia tolerar esse nível de coisa?—
Chegou uma visitante inesperada na Quinta da Lua.A ligação que Guilherme recebeu não tinha a ver com assuntos de trabalho, mas sim com as pessoas da Quinta da Lua.Na manhã de hoje, a pessoa do vídeo enviado por Murilo, Heitor já havia investigado e confirmado que era alguém da Quinta da Lua.E o homem que primeiro percebeu que Lorena havia nadado até a margem do Rio Esperança também tinha ligação com este lugar, assim como a Sra. Sarah, que também estava aqui.Tudo o que foi investigado e todas as pessoas estavam relacionadas a essa mansão.Norberto não era estranho para Guilherme, afinal, ele era o genro da família.Guilherme estava ali para resolver duas questões:Primeiro, para levar a Sra. Sarah de volta.Segundo, para entender por que haviam enviado sangue para Lorena.— Sr. Norberto, peço desculpas por interromper.Guilherme demonstrou a elegância que era parte de sua essência, pois, apesar de qualquer intenção que essas pessoas pudessem ter, no fim, foram eles que enviaram o s
Ele e Sarah pensaram a mesma coisa: "Quando Lorena souber dessa verdade, não ficará nada feliz. Na verdade, ela pode até..." Stéphanie fez um sinal para Norberto, que estava ao seu lado: — Norberto, vocês podem se retirar. Norberto assentiu e levou Tadeu e Mauro para fora da sala. As pessoas que Guilherme trouxe também saíram por conta própria. Em um instante, a grande sala ficou vazia, restando apenas duas pessoas. Nenhuma das duas abriu a boca para falar. Para Stéphanie, o casamento de Guilherme com Lorena foi uma surpresa, algo que ela não esperava, e também não teve tempo de impedir. — Por que ela? — Stéphanie perguntou, com um olhar penetrante. Guilherme entendeu imediatamente o que Stéphanie queria dizer: — Sempre foi ela. Essas palavras mostraram que, desde o início, o coração dele estava em Lorena. Stéphanie não pôde deixar de entender, mas, ao olhar para Guilherme, parecia um pouco surpresa, como se agora o estivesse observando mais atentamente. Quand
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu
Heitor voltou para a empresa intrigado. "Sr. Guilherme, que nunca se mete em assuntos alheios, hoje resolveu intervir?""Será que o Sr. Guilherme, sempre tão reservado, está prestes a se apaixonar?""Amor à primeira vista?"A mulher de hoje era realmente muito bonita, talvez até bonita demais."Mas aqueles que se apaixonam à primeira vista geralmente são atraídos pela aparência. Será que a reserva do Sr. Guilherme nos últimos anos era apenas fachada?"Heitor sentiu que havia descoberto um grande segredo.Ele olhou humildemente para o Guilherme, que emanava uma aura fria, e disse cautelosamente:— Sr. Guilherme, sobre o ocorrido hoje, prometo manter segredo.Guilherme estreitou os olhos com desconfiança, olhou para ele friamente e disse:— Está sem trabalho ultimamente?Heitor sentiu um arrepio na espinha e rapidamente negou:— Não, não.Aprender a não comentar o que se descobre é uma habilidade que Heitor desenvolveu ao longo dos anos ao lado do Sr. Guilherme, uma espécie de ferramenta