Giovane exclamou surpreso: — O quê? Ele ficou atordoado. Ela teve a ousadia de chamar o Sr. Caetano pelo nome. Lorena abaixou levemente o olhar, estalou a língua e, num tom sarcástico e pausado, respondeu: — Não esperava que alguém criado pelo Caetano fosse do tipo "músculos fortes e cérebro fraco". As palavras dela o desconcertaram por um momento. Quando Giovane abriu a boca para mandá-la se calar, sentiu de repente algo pressionando sua cintura. Estava prestes a se mover quando ouviu a voz fria da mulher ao seu lado: — Eu aconselho você a não se mexer. Se minha mão escorregar e a arma disparar, sua cintura estará arruinada. Giovane olhou imediatamente para baixo, na direção de sua cintura. Uma pequena pistola dourada estava pressionada contra ele. Ele conhecia aquela arma. Era uma Desert Eagle dourada. "Impossível! Como uma mulher poderia usar uma arma, ainda mais uma Desert Eagle dourada?" A dúvida nos olhos dele não escapou ao olhar atento de Lorena. — Você pod
Dentro do helicóptero. Guilherme recebeu uma ligação de Nicolas. — Alô, pai... Quando isso aconteceu? — O rosto de Guilherme ficou instantaneamente sombrio, sua expressão impecável revelando uma frieza gélida. Pietro e João imediatamente perceberam que algo estava errado. Guilherme disse: — Pai, deixe isso comigo. Uma hora antes, Michele havia desaparecido. De manhã, Michele combinara de sair com uma amiga. Estava previsto que voltaria às 15h30, mas já eram quase 16h, e ela ainda não havia retornado. Além disso, não tinha dado sequer um telefonema. Nicolas achou estranho, então ligou para ela. No entanto, tanto o celular de Michele quanto o do motorista estavam desligados. Nicolas, então, entrou em contato com a amiga de Michele, que informou que elas haviam se separado às 14h30. Foi nesse momento que Nicolas percebeu que algo estava errado. Ele conhecia bem a personalidade de Michele. Mesmo que ela tivesse outros compromissos, elateria avisado que não voltaria a te
De repente, outro som ecoou. Um disparo de arma de fogo reverberou pelo túnel. Após terminar de falar, Lorena desviou a arma em sua mão ligeiramente para o lado e atirou rapidamente no chão. Todos se assustaram, inclusive Giovane, que estava mais próximo. As suspeitas que alguns tinham sobre Lorena desapareceram instantaneamente. Ela realmente estava disposta a atirar. — Na saída do túnel! — Gritou um dos subordinados de Giovane. Ao ouvir isso, Lorena franziu as sobrancelhas e disse a Tadeu: — Vá para a saída do túnel e traga ele. Tadeu respondeu: — Sim. Com Giovane em poder deles, seus homens só puderam assistir impotentes enquanto Lorena o levava embora. Lorena dirigia enquanto Tadeu estava no banco de trás com Giovane. — Zéfero, nós vamos simplesmente deixar Giovane com eles? — Perguntou um homem, olhando para outro, de cabelo curto. A pessoa chamada Zéfero era a mesma que havia respondido às perguntas de Lorena antes. — Na saída do túnel estão Ezequiel e
Após Lorena desligar o telefone, Giovane se virou para Tadeu, que estava ao seu lado, e perguntou: — Esse Guilherme que ela mencionou agora há pouco... é qual Guilherme? Tadeu, que obviamente sabia que Lorena era casada, lançou um olhar de desdém para Giovane: — O que você acha? Quantas pessoas no mundo têm coragem de carregar esse nome? — Ele deu uma risadinha, provocador. — Seja confiante, é exatamente quem você está pensando: o Sr. Guilherme da família Santos. Em seguida, ele olhou para Lorena, que estava no banco do motorista, e fez um gesto com o queixo, indicando ela: — Ela é a esposa legítima do Sr. Guilherme da família Santos. Boom! As palavras de Tadeu explodiram na mente de Giovane como uma granada. Ele sentiu como se seus ouvidos tivessem sido atingidos, causando um zumbido incessante. Ele murmurou, tremendo: — Mas... aquela pessoa disse que ela era apenas um membro distante da família Santos... Ergueu a cabeça e, sob a fraca iluminação, era possível ver
Félix fugira antes do previsto. Assim que soube disso, Jerônimo ligou imediatamente para Guilherme. — Félix fugiu antes do esperado. A voz fria de Guilherme respondeu sem hesitação: — O encontre. Vivo ou morto. — Entendido. — Respondeu Jerônimo, direto e sem rodeios. Enquanto isso, em um quarto escuro de um porão, estava o próprio Félix, sentado calmamente em frente a vários monitores. Ele assistia às imagens exibidas nas telas com grande interesse, quase como se estivesse se divertindo. Em uma das telas, se via Jerônimo entrando na mansão de Félix acompanhado de alguns homens. Não demorou muito para que eles saíssem de lá, aparentemente sem encontrar o que procuravam. Outra câmera mostrava o interior de um carro, onde Michele estava. Michele tinha os pés e as mãos amarrados, e sua boca estava coberta com fita adesiva preta. Apesar da situação, seu semblante permanecia sereno, quase impassível, com apenas um toque de desconforto evidente. Ao observar aquilo, Félix
— Sr. Guilherme, o rastreamento mostra que a trajetória da Sra. Santos está se movendo rapidamente. Emanuel passou o tablet para Guilherme. No dispositivo, um pequeno ponto vermelho se movia velozmente na tela. O homem franziu a testa; sua voz saiu baixa e fria: — Verifique para onde ela está se dirigindo! Emanuel imediatamente se virou, pegando o computador para investigar. Pouco tempo depois, exibiu no monitor o mapa do local para onde Lorena estava indo. — Sr. Guilherme, pela trajetória da Sra. Santos, a dois quilômetros à frente está a Ponte da Liberdade. Debaixo dela, passa um fosso defensivo. Guilherme perguntou: — Quanto tempo até ela chegar? Emanuel respondeu: — Cerca de três ou quatro minutos. Enquanto isso, do outro lado, Lorena dirigia em alta velocidade. Finalmente, ela avistou um carro parado na transversal sobre a Ponte da Liberdade. No entanto, o veículo estava na outra pista. Um som agudo de frenagem brusca trouxe Michele de volta aos seus pe
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu