Naquela noite, Thomas tinha acabado de sair de um clube com os amigos quando, de repente, uma garota usando um volumoso casaco branco de plumas, mas com uma silhueta esguia e elegante, veio correndo em sua direção. Um dos amigos, com olhos atentos, imediatamente reconheceu quem era. Com um leve empurrão no ombro de Thomas, o amigo disse: — Sr. Thomas, não é aquela garota que confessou os sentimentos para você no bar da última vez? Ela está vindo na nossa direção agora. A palavra "confessou" se tornou um verdadeiro pesadelo para Thomas. A cena de Manuella roubando dele um beijo à força ainda vagava, vívida, em sua mente. O nome dela passou rapidamente pela sua cabeça, o fazendo se arrepiar da cabeça aos pés. Um calafrio percorreu seu corpo enquanto ele lançava um olhar rápido na direção indicada pelo amigo. Bastou um segundo de reconhecimento. Sem hesitar, Thomas se virou e começou a correr em direção ao estacionamento. O amigo, confuso, gritou atrás dele: — Sr. Thomas
Ao ouvir isso, Thomas sentiu uma ponta de alegria no coração, mas, no segundo seguinte, a garota mudou completamente o tom: — Mas, como diz o ditado, "o planejamento nunca acompanha as mudanças". Quem pode prever o futuro, não é? Dizem que os homens têm mais dificuldade em conquistar as mulheres, enquanto, para as mulheres, conquistar um homem parece mais fácil. Thomas, deixa eu te conquistar, vai? Quem sabe você não acaba gostando de mim, hein? Tudo na vida precisa ser testado. A forma imprevisível dela agir fez Thomas sentir uma grande dor de cabeça. "Gostar? Gostar do quê?" — Na minha vida passada, será que ofendi a sua família inteira? Agora você está aqui para se vingar de mim. — Thomas estava completamente sem palavras. Como era possível que nada do que ele dissesse surtisse efeito? Manuella deu um sorriso largo e, com a maior seriedade, respondeu: — Que tal perguntar a eles nos meus sonhos esta noite? Thomas ficou sem fala. "O que ela está falando agora?" — Tho
Guilherme realmente fazia jus ao papel de irmão mais velho: — Então o deixe sofrer um pouco. Do outro lado, Thomas, que acabara de ter a ligação encerrada por Guilherme, estava com uma expressão de pura melancolia. Naquele momento, sentiu algo cutucando seu braço direito. Se virou para ver quem era o autor do gesto, e lá estava Manuella, inclinando levemente a cabeça e usando o dedo indicador para cutucar seu braço enquanto o observava atentamente. — Thomas, você está bem? — Perguntou ela, com sua voz doce e melodiosa. Ela era, de fato, muito bonita. Não era por falta de atrativos, mas ele simplesmente não tinha interesse nenhum nela. — Estou bem! — Respondeu ele de forma ríspida. Manuella ignorou completamente o tom desagradável dele e logo abriu um sorriso radiante, cheio de juventude: — Então, Thomas, isso significa que você aceita que eu te conquiste? Thomas sentiu uma vontade imensa de revirar os olhos. — Me diga, o que você quer para me deixar em paz? A garo
Grupo JM. Nos últimos dias, Lorena tinha vindo aqui praticamente todos os dias. Após o almoço, Guilherme foi novamente para uma reunião. Ela ficou sozinha no escritório dele. Foi quando Heitor bateu à porta e entrou. — Sra. Santos, os resultados dos exames chegaram. Heitor entregou a ela os documentos que acabara de trazer. Lorena os recebeu imediatamente e os abriu. Era um relatório de teste de DNA do filho de Benjamin e Jennifer. A compatibilidade genética era de 99,99%, confirmando a relação de parentesco. Outro relatório era sobre o teste de DNA entre o atual marido de Jennifer e o filho dela, mas o resultado era completamente oposto ao primeiro. — Ah, Félix e Melissa ainda têm se comunicado ultimamente? — Lorena levantou os olhos e olhou para Heitor. Heitor respondeu: — Por enquanto, não. Lorena ficou pensativa por um momento, como se estivesse refletindo sobre algo. — Certo, não é nada. Pode sair. — Entendido, Sra. Santos. Heitor mal tinha colocado
Em vez de se apressar, ela estendeu a mão calmamente, pegou o cappuccino que havia pedido, tomou um gole e saboreou com um ar de tranquilidade e conforto. Quem a visse assim, sem saber de nada, pensaria que ela estava ali apenas para apreciar um café. Félix baixou ligeiramente os olhos e lançou um olhar para a mesa à sua frente, mais vazia do que uma folha de papel em branco. Ele disse: — Srta. Lorena, marcar um encontro com alguém e nem oferecer uma xícara de café, é isso que você faz? Lorena levantou os olhos suavemente e, através da linha do horizonte formada pela borda da xícara, lançou um olhar desinteressado para o homem sentado à sua frente. Então, enquanto colocava a xícara sobre a mesa, ela disse vagarosamente: — Você realmente acha que eu convidaria para tomar café alguém que está constantemente pensando em como eliminar meu marido? Já ouviu aquele ditado? "A mentira destrói a alma." — Ela mudou o tom repentinamente. — Se não entendeu, tudo bem. Volte e pergunte a
Grupo Amorim. — Presidente Benjamin, a Srta. Lorena chegou. — Disse a secretária, que acabara de receber uma ligação da recepção, entrou apressada para informar, sem ousar perder um segundo. Afinal, a posição de Lorena agora era completamente diferente de antes. Ela era a esposa de Guilherme, o imperador dos negócios, e a Sra. Araújo da renomada família Santos, uma dinastia centenária e prestigiada. — Quem você disse que chegou? — Benjamin perguntou, achando que havia ouvido errado. Três minutos depois, Lorena foi conduzida com toda a reverência ao escritório. Os funcionários do Grupo Amorim já tinham visto Lorena antes, mas toda vez que a encontravam, era impossível não se impressionar com sua beleza deslumbrante. Assim que entrou no escritório, o olhar dela pousou diretamente em Benjamin, que estava sentado à mesa. Ela o cumprimentou com uma naturalidade confiante: — Há quanto tempo, Presidente Benjamin. Como tem passado? Sem esperar por uma resposta, caminhou tranqui
— O que você quer dizer com isso? — Benjamin continuou fingindo ignorância até o fim. Lorena respondeu: — Significa exatamente o que eu disse. O Presidente Benjamin, tendo alcançado uma posição tão alta, não deveria ter dificuldade em entender, certo? Você acabou de entender, não foi? — Ao terminar, ela curvou os lábios em um sorriso malicioso e astuto. — Lorena, cuidado com o que diz! Palavras podem trazer problemas! — Benjamin advertiu, com o rosto tenso. Ela, no entanto, permaneceu indiferente, com um sorriso enigmático: — Fique tranquilo, esse problema não foi causado por mim. Foi por... — Ela fez uma pausa breve e baixou o tom de voz. — Você mesmo, Presidente Benjamin. Será que o senhor está se fazendo de esquecido? As palavras de Lorena o deixaram desconcertado. Apesar de ele ter uma suspeita em mente, havia algo de que ele tinha certeza: "Ela não podia, de jeito nenhum, saber sobre aquilo." Percebendo que Benjamin não estava disposto a falar, Lorena prosseguiu:
— Naquele ano, a pessoa enviada para a cremação foi a sua... — É melhor pensar bem antes de dizer isso! — A voz fria e cortante de Lorena o interrompeu antes mesmo que ele pudesse terminar a frase. Os olhos claros e profundos dela, brilhando como estrelas, refletiram de repente um brilho gélido e assustador. Benjamin sentiu instantaneamente o frio que parecia perfurar seus ossos. Por um momento, ele ficou paralisado. Desde que ela rompeu com a família, sua presença se tornou cada vez mais intimidadora, tanto que até Daniel, às vezes, sentia medo dela. De repente, Lorena esboçou um sorriso cheio de malícia, com um toque evidente de astúcia por trás daquele gesto. — Ah, certo. — Disse ela em um tom calmo, com uma tranquilidade inquietante, como se estivesse contando uma história qualquer. — Quase me esqueci de te contar: programei um sistema com um temporizador. Assim que der cinco horas... Ela ergueu o queixo e apontou para os documentos nas mãos dele. — Se eu não ouvir