Guilherme realmente fazia jus ao papel de irmão mais velho: — Então o deixe sofrer um pouco. Do outro lado, Thomas, que acabara de ter a ligação encerrada por Guilherme, estava com uma expressão de pura melancolia. Naquele momento, sentiu algo cutucando seu braço direito. Se virou para ver quem era o autor do gesto, e lá estava Manuella, inclinando levemente a cabeça e usando o dedo indicador para cutucar seu braço enquanto o observava atentamente. — Thomas, você está bem? — Perguntou ela, com sua voz doce e melodiosa. Ela era, de fato, muito bonita. Não era por falta de atrativos, mas ele simplesmente não tinha interesse nenhum nela. — Estou bem! — Respondeu ele de forma ríspida. Manuella ignorou completamente o tom desagradável dele e logo abriu um sorriso radiante, cheio de juventude: — Então, Thomas, isso significa que você aceita que eu te conquiste? Thomas sentiu uma vontade imensa de revirar os olhos. — Me diga, o que você quer para me deixar em paz? A garo
Grupo JM. Nos últimos dias, Lorena tinha vindo aqui praticamente todos os dias. Após o almoço, Guilherme foi novamente para uma reunião. Ela ficou sozinha no escritório dele. Foi quando Heitor bateu à porta e entrou. — Sra. Santos, os resultados dos exames chegaram. Heitor entregou a ela os documentos que acabara de trazer. Lorena os recebeu imediatamente e os abriu. Era um relatório de teste de DNA do filho de Benjamin e Jennifer. A compatibilidade genética era de 99,99%, confirmando a relação de parentesco. Outro relatório era sobre o teste de DNA entre o atual marido de Jennifer e o filho dela, mas o resultado era completamente oposto ao primeiro. — Ah, Félix e Melissa ainda têm se comunicado ultimamente? — Lorena levantou os olhos e olhou para Heitor. Heitor respondeu: — Por enquanto, não. Lorena ficou pensativa por um momento, como se estivesse refletindo sobre algo. — Certo, não é nada. Pode sair. — Entendido, Sra. Santos. Heitor mal tinha colocado
Em vez de se apressar, ela estendeu a mão calmamente, pegou o cappuccino que havia pedido, tomou um gole e saboreou com um ar de tranquilidade e conforto. Quem a visse assim, sem saber de nada, pensaria que ela estava ali apenas para apreciar um café. Félix baixou ligeiramente os olhos e lançou um olhar para a mesa à sua frente, mais vazia do que uma folha de papel em branco. Ele disse: — Srta. Lorena, marcar um encontro com alguém e nem oferecer uma xícara de café, é isso que você faz? Lorena levantou os olhos suavemente e, através da linha do horizonte formada pela borda da xícara, lançou um olhar desinteressado para o homem sentado à sua frente. Então, enquanto colocava a xícara sobre a mesa, ela disse vagarosamente: — Você realmente acha que eu convidaria para tomar café alguém que está constantemente pensando em como eliminar meu marido? Já ouviu aquele ditado? "A mentira destrói a alma." — Ela mudou o tom repentinamente. — Se não entendeu, tudo bem. Volte e pergunte a
Grupo Amorim. — Presidente Benjamin, a Srta. Lorena chegou. — Disse a secretária, que acabara de receber uma ligação da recepção, entrou apressada para informar, sem ousar perder um segundo. Afinal, a posição de Lorena agora era completamente diferente de antes. Ela era a esposa de Guilherme, o imperador dos negócios, e a Sra. Araújo da renomada família Santos, uma dinastia centenária e prestigiada. — Quem você disse que chegou? — Benjamin perguntou, achando que havia ouvido errado. Três minutos depois, Lorena foi conduzida com toda a reverência ao escritório. Os funcionários do Grupo Amorim já tinham visto Lorena antes, mas toda vez que a encontravam, era impossível não se impressionar com sua beleza deslumbrante. Assim que entrou no escritório, o olhar dela pousou diretamente em Benjamin, que estava sentado à mesa. Ela o cumprimentou com uma naturalidade confiante: — Há quanto tempo, Presidente Benjamin. Como tem passado? Sem esperar por uma resposta, caminhou tranqui
— O que você quer dizer com isso? — Benjamin continuou fingindo ignorância até o fim. Lorena respondeu: — Significa exatamente o que eu disse. O Presidente Benjamin, tendo alcançado uma posição tão alta, não deveria ter dificuldade em entender, certo? Você acabou de entender, não foi? — Ao terminar, ela curvou os lábios em um sorriso malicioso e astuto. — Lorena, cuidado com o que diz! Palavras podem trazer problemas! — Benjamin advertiu, com o rosto tenso. Ela, no entanto, permaneceu indiferente, com um sorriso enigmático: — Fique tranquilo, esse problema não foi causado por mim. Foi por... — Ela fez uma pausa breve e baixou o tom de voz. — Você mesmo, Presidente Benjamin. Será que o senhor está se fazendo de esquecido? As palavras de Lorena o deixaram desconcertado. Apesar de ele ter uma suspeita em mente, havia algo de que ele tinha certeza: "Ela não podia, de jeito nenhum, saber sobre aquilo." Percebendo que Benjamin não estava disposto a falar, Lorena prosseguiu:
— Naquele ano, a pessoa enviada para a cremação foi a sua... — É melhor pensar bem antes de dizer isso! — A voz fria e cortante de Lorena o interrompeu antes mesmo que ele pudesse terminar a frase. Os olhos claros e profundos dela, brilhando como estrelas, refletiram de repente um brilho gélido e assustador. Benjamin sentiu instantaneamente o frio que parecia perfurar seus ossos. Por um momento, ele ficou paralisado. Desde que ela rompeu com a família, sua presença se tornou cada vez mais intimidadora, tanto que até Daniel, às vezes, sentia medo dela. De repente, Lorena esboçou um sorriso cheio de malícia, com um toque evidente de astúcia por trás daquele gesto. — Ah, certo. — Disse ela em um tom calmo, com uma tranquilidade inquietante, como se estivesse contando uma história qualquer. — Quase me esqueci de te contar: programei um sistema com um temporizador. Assim que der cinco horas... Ela ergueu o queixo e apontou para os documentos nas mãos dele. — Se eu não ouvir
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu